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Domingos seguem sendo meu dia menos preferido da semana. Tem algo neles que me pesa, como se o tempo desacelerasse só para me fazer me perder na melancolia pensando em tudo que ainda falta. É um dia suspenso, entre o fim do que foi e o começo do que vai ser, mas sem a energia de um início ou a plenitude de um encerramento. As horas parecem mais longas, o silêncio mais alto, e a saudade, seja do que foi ou do que nunca chegou, encontra espaço para se espalhar.
— eu, poesia.
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tô revivendo memórias e juntando os cacos por aqui desde que você se foi.
dizem que o amor se esgota mas não entendo como é possível amar tanto e depois conseguir ir embora como se nossas mãos nunca tivessem se tocado. eu sei que você lembra das mesmas descargas elétricas que eu senti.
superar significa deixar no passado, mas como deixar pra trás o que eu quero no meu presente?
teu sorriso ainda persegue meus sonhos, e teu cheiro tá impregnado no meu coração.
os ponteiros do relógio dão voltas rápidas, e quando me dei conta já passaram-se meses... mas porque você ainda continua aqui se já foi?
todos os cantos da casa marcam tua passagem nas tardes de domingo, e minha playlist preferida do Spotify ainda me lembra nós.
você foi embora mas ainda não saiu daqui.
[será que um dia vai?]
voarias
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sem radar
perdi o meu rumo nos teus olhos castanhos e me perdi quando vi eles partirem. me misturei com as tuas cores, cantei tuas músicas preferidas, tomei teus trejeitos pra mim. continuo inteira, mas falta um pedaço teu aqui. ando sem direção porque meu radar só aponta pra ti, e você não quer ser mais meu destino final. meu som preferido virou tua gargalhada, tu me inebriou com teu cheiro e agora eu sufoco sem ar porque não posso mais te sentir. me viciou em ti, me tomou pra si, e desapareceu me deixando em completa abstinência. o mundo não sabe mais meu nome, o sol não aparece mais porque tudo é tão confuso e amargo agora sem as tuas mãos nas minhas. [virou minha sentença esperar o dia que você vai voltar.]
voarias
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eu já fui tanta coisa, para tantas pessoas.
já fui a tímida do grupo de amigos, a gorda feia que nunca pegava ninguém. já fui a "mulher macho" já fui a trouxa, aliás papel que compri por alguns anos. em outra fase da minha vida, já fui a depressiva que não tinha nada e fazia pra chamar atenção. a anti social. a arrogante, a louca, a determinada demais. sincera demais. honesta demais. sozinha demais. a que nunca vai arranjar alguém. e eu me pergunto? afinal de contas eu sou o que? louca? sim, mas uma louca consciente. anti social? não, é só preguiça das pessoas, de conviver com as falsidades dos outros. arrogante? com quem merece? lógico, quem é que atura palavras ofensivas e fica quieta? brava? não, apenas tenho atitude e sei o que eu quero. e analizando isso tudo, eu deduzo: eu sou tudo que quero ser. de um coração de gelo até a pessoa mais fofa do mundo. posso ser sua melhor opção ou seu pior pesadelo. posso ser a luz que emana do céu pra te iluminar, mas posso ser as trevas que te cobrem e te faz chorar uma noite toda. e não baby, não é culpa sua, eu aprendi a ser assim. e se eu vou ser calmaria ou tempestade, depende de você.
K.M.R | esmurecida
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