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Entre o crime e o luxo
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cyberphonkbr · 1 year ago
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ONDE TUDO COMEÇOU.
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cyberphonkbr · 1 year ago
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HUNTER by Middleton
Popular modelo robótico de segurança privada.
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cyberphonkbr · 1 year ago
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Unidade PETA
Policia Especial Tatica AntiDrogas
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cyberphonkbr · 1 year ago
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CYBERPHONK
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DATA: 31 de DEZEMBRO de 2.221
LOCAL: SÃO PAULO
Muita coisa aconteceu nesses últimos duzentos anos. Por onde começar? Bem, a tecnologia obviamente avançou bastante. Robôs agora são a base produtiva e comercial da sociedade, eliminando quase toda necessidade de trabalho humano. Diversas doenças deixaram de ser incuráveis, desde que o paciente consiga arcar com os custos, lógico. Com os recursos adequados, é possível até combater o próprio envelhecimento: os mais ricos agora conseguem alcançar os 200 ou mais anos de vida. Isso levou ao surgimento de uma classe muito poderosa de homens centenários e extremamente ricos, popularmente conhecidos como Matusalém.
Infelizmente, a revolução tecnológica não alcançou a todos. A classe trabalhadora perdeu para os robôs o que tinha de valoroso: o trabalho. A pobreza e a fome dispararam. Pandemias empilham-se uma sobre as outras e a poluição urbana destrói a saúde pública. Entre os mais pobres, a expectativa de vida é de 50 anos. A mendicância se tornou insustentável, levando a um apartheid social: os ricos se reuniram em bairros próprios, cercados por muros impenetráveis. Dentro deles, um verdadeiro oásis tecnológico e social.
Para além do colapso social, temos também um colapso ambiental. O aquecimento global se agravou exponencialmente, reduzindo enormemente as regiões agrícolas viáveis. Catástrofes ambientais mais frequentes e o aumento no nível do mar levaram regiões litorâneas ao redor do mundo à destruição praticamente total. Várias espécies animais foram extintas: o último pinguim e o último urso polar vivos são clones, de propriedade particular. 
Como é de se esperar, os Estados no Terceiro Mundo não aguentaram muito tempo. A anarquia em que caíram é controlada pelo crime organizado, que trava conflitos constantes pelo poder. Os mais ricos passaram a empregar uma força de segurança privada, composta por robôs, para garantir sua propriedade. A truculência com que operam nas periferias tem sido avaliada como necessária pelos especialistas, para garantia do bem e da ordem, é claro.
Na Europa e na América do Norte, a situação é mais estável. Obviamente, os mais pobres foram segregados em seus bairros e muros também foram erguidos. Entretanto, o colapso social foi menor. O Estado não é mais o mesmo que já foi no século XXI, mas ainda existe, controlado pela oligarquia dos mais ricos e dos Matusalém. A ONU tornou-se um meio de coordenação política dessas oligarquias, que enviam forças militares robóticas para enfrentar o crime organizado no Terceiro Mundo (principalmente em regiões ricas em petróleo ou  urânio).
Em 2.222, o mundo real e o mundo virtual são um só. A realidade virtual avançou ao ponto de tornar impossível distingui-la da realidade. De longe, não é possível dizer com certeza absoluta se você está conversando com uma pessoa, com um robô ou com um holograma. A criminalidade virtual se reinventou, gerando uma figura emblemática na sociedade: o hacker. Capaz de assaltar contas bancárias sem deixar rastros, sequestrar aviões e desabilitar esquadrões policiais remotamente, os hackers se tornaram o maior incômodo aos poderosos e maior alvo de suas perseguições. Ao mesmo tempo, são adotados como heróis urbanos e benfeitores em suas comunidades.
Entre o crime e o luxo, as cidades foram tomadas pela luz artificial de telões imensos e anúncios coloridos em neon. Suas ruas são povoadas por tipos estranhos: desde grupos de neopunks até “ciborgues”, como são conhecidos humanos com implantes eletrônicos que substituem um membro ou órgão. É preciso saber navegar esse mundo ou não se dura muito nele.
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