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Já não sei, tudo está embaçado e chove aqui dentro de mim... Você vem com os seus papos me enrolando, fica difícil assim viver rodeada de mentiras e desconfianças.

Era bem mais fácil quando podia me refugiar naquela bolha protetora, porém prometi a mim mesma que não mais o faria.

Seria regredir, e nessa vida só se anda para frente, é algo que costumo dizer pra mim de alguns meses pra cá.

Rótulos e mais rótulos, o desespero bate a porta, mas nós o ignoramos é o que se faz pessoas sãs.

Mas se por um acaso, eu deslizar e atravessar o espelho, nem que seja por instantes, bom nós sabemos que nada será como antes...

P.S: da garota rotulada.

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''Enquanto outras esbravejavam e gritavam, contorciam-se e choravam, Polly olhava e sorria. Sentava-se ao lado das que estavam assustadas, e sua presença as acalmava. Seu sorriso não tinha maldade, era cheio de compreensão. A vida era um inferno, ela sabia. Contudo, seu sorriso deixava entrever que ela tinha queimado tudo isso dentro dela. Seu sorriso tinha uma ponta de superioridade: nós não teríamos tido aquela coragem de nos queimar por dentro; e isso ela também compreendia.''

-Garota Interrompida-

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[…] Não era como se eu me importasse. Eu, na verdade, tinha uma pequena queda por garotas insanas. Elas sempre me satisfaziam. Em todos os sentidos.

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Já se pegou no meio da noite, quando a casa estava em completo e absoluto silêncio? Tudo transparecia calma, respirações controladas, rostos em total estado de relaxamento... Esse momento com toda certeza, parece ser o ideal pra se refletir sobre tudo ao redor. Debaixo da cama há canetas e um caderno com frases que jamais serão lidas, e no guarda-roupa escondido entre suas coisas vários comprimidos descascados esperando serem consumidos, em um total ato de desespero e rebeldia.

Mas então você vai adiando, sabe que as coisas não estão bem, sente o presságio do mal tempo se aproximando, porém vive uma completa dualidade.

A vida no seu total esplendor lhe faz promessas silênciosas, lhe intimando a se conceder um voto de confiança.

A morte na sua forma mais escura e sombria, sussurra já ter vivido o suficiente...

Uma decepção após outra, fracassos, erros. Você se esconde do mundo sobre uma camada de calma que sabe não possuir, que não liga, não se importa, mas não se engane!

O que vai fazer?

Lizi