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oh, sweet little baby;;
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Clarke Hayden: dezenove anos, selecionada de Belcourt.
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clarke-hayden-blog · 9 years ago
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          “Não precisa explicar nada, Alteza.” A garota sorriu, mantendo o olhar no rosto do garoto. Olhar para baixo significava rir e não queria demonstrar o quão considerava aquela situação... No mínimo, inusitada. Mas Clarke deveria guardar suas palavras para depois — era o príncipe ali. Todo cuidado era pouco; e o risco de parecer robótica precisava passar longe de seus olhos azuis. A garota acenou positivamente com o pedido do rapaz, retirando sua capa de imediato e estendendo-a. “Não posso negar o pedido de uma pessoa sem roupas, posso, Alteza?” Brincou.
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Isto mesmo, preciso de roupas… Mas também acho que preciso lhe dar uma explicação, não é como se eu fosse sair pelo castelo a uma hora destas usando apenas isto, não fui eu, eu só tenho dois irmãos muito… - Nate deixou que a frase morresse no fim, tentar se explicar naquelas situações era extremamente embaraçoso e estava com vergonha de si mesmo de ter sido flagrado naquela situação por uma das selecionadas. - Seria demais lhe pedir que me empreste sua capa e me acompanhe até os meus aposentos, onde poderei me trocar e te levar até seu quarto?
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clarke-hayden-blog · 9 years ago
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              “Ouviram isso, meninos? Dobrem as línguas.” A garota brincou, cruzando os braços. Não achava correto o tom que a outra usava, não só com os guardas mas com a própria Clarke. Porém, Clarke não era funcionária e poderia defender-se com igualdade, mas os guardas? Não. Mais, a garota valorizava cruas e pobres opiniões como a deles, pois mostrava-lhe o que a maioria das pessoas pensaria das selecionadas em geral. “Comida parece ser uma prioridade minha para você? Ótimo.” A garota respondeu, abrindo um sorriso. Comida, sim, já lhe fora uma prioridade, mas nada nunca lhe faltara — apesar do sentimento constante de que estava lutando por cada pedaço de comida que ingeria. Ainda que fosse, era uma prioridade para Jade. Clarke era apenas a doce menina apaixonada pela profissão de seu pai.“Agora já sei que você é péssima em ler pessoas. E em piadas.”
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               Elysee tinha uma boa memória para rostos, portanto reconheceu a moça no mesmo momento em que a viu. Já observara-a no Salão das Mulheres e não via motivos para gostar dela. Na verdade, por mais que se esforçasse para ser amiga de todos, algumas pareciam impossíveis de serem conquistadas. A loira ao seu lado era uma delas, além de não incitar nenhuma simpatia com sua língua desenfreada. “Eu apenas sugeri que os nobres homens que nos defendem fossem menos fofoqueiros. Não ordenei absolutamente nada, apesar de ter autoridade o suficiente para tal.” Seu tom fora severo, como se repreendesse uma garotinha malcriada. Porém, o sorriso habitual logo voltou aos seus lábios. Dessa vez não estava contida como sempre. Havia uma diversão indecorosa ali. Diferente de Elysee, Valkyria não podia ser reprimida. “E sobre nossas amiguinhas, não creio que as difamei. Qualquer um com paladar decente aprecia a comida servida no castelo. Você não? Digo, você parece alguém cuja comida está bem em cima da lista de prioridade.”
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clarke-hayden-blog · 9 years ago
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          Clarke arqueou uma sobrancelha: quem a outra pensava ser para olhá-la daquela forma? Quem a outra pensava ser para fazer qualquer coisa? “Me desculpe,” Clarke começou, elevando um pouco seu tom de voz — por alguma razão, o olhar da outra simplesmente a tirara do sério. “mas, que tal pular toda a coisa da expressão facial e falar logo o que está na sua cabeça?” Questionou, devolvendo-lhe o olhar. “Perguntei se estava bem pois achei sua aparência estranha — agora eu já entendi que saúde não é bem o seu problema.”
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— Impressão sua, querida. Estou ótima! Queria poder dizer o mesmo a seu respeito, porém… — Morgana comprimiu os lábios, analisando a outra com uma careta de desgosto, como se a loira estivesse vestindo o vestido mais pavoroso de toda Illéa.
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clarke-hayden-blog · 9 years ago
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         { FLASHBACK }
          “Aonde pensa que vai?”
          A caminhada de Clarke fora interrompida por tais palavras, cuspidas tão diretamente em sua direção que a garota percebeu não ter escapatória. Seu nome, então, pronunciado tão alto a fizera fechar os olhos, tentando acordar do pesadelo: havia acabado. Luna estava ali e provavelmente queria eliminar a ameaça que a garota era. Jade — pela primeira vez em Illéa abraçando seu verdadeiro nome e suas raízes — virou-se para a princesa, encarando-a por alguns momentos. O pouco que ouvira sobre a garota deixara óbvio que ela faria uma cena caso não a respondesse. O que você vai fazer, Jade? Vai lutar ou desistir? Essa é a sua batalha. Essa garota não pode tirar isso de você. Você não pode deixar. Os pensamentos atingiam a loira com rudeza e rapidez. A sobrancelha arqueada, a postura ereta e o olhar confuso — afinal, não era o nome que a princesa havia acabado de dizer. Ela era Clarke Hayden agora.
          “No me llames por mi nombre,” A loira começou, virando-se para que pudesse caminhar salão afora. Podia ouvir o som de seus próprios passos, ressoando em sua mente tão alto, que preparava-se para gritar. A frase? Nunca terminada. Clarke saiu do salão, esperando ser seguida e lentamente, buscava por um local vazio. Abrira mais portas do que conseguia contar e ao encontrar um local sem pessoas, esperou. Alguns segundos depois, entrou no recinto, mantendo a porta atrás de si aberta. Ana Jade de la Fuente era feliz, ela pensou, era simples. E essa identidade fora arrancada de você para tornar-se a princesa de nome tão grande que lhe doía pronunciar naquele estado: princesa Jade, seu pai lhe dissera. Ana Jade di Santiago. E, este nome também fora tirado dela. Mas, Clarke Hayden? Era uma identidade que estava demorando para aceitar, mas não ousaria perdê-la. Lutaria com unhas e dentes para proteger-se, mesmo que isto, em sua distorcida opinião, significasse que Luna precisava perder a Espanha. Entre as “irmãs”, a selecionada considerava-se a única que muito perdera. 
          Mas, então, a garota começou a associar: elas eram tão... Parecidas. Ao encará-la, era como se pudesse ver seus próprios olhos em outra pessoa. A postura, até, contava uma história que nem todos eram capazes de ler. Considerava-se boa em ler pessoas, mas não conseguira ler Luna. Elas eram família, não eram? Eram sangue. Jade se repreendeu. O tempo parecia ter congelado. Tantos pensamentos e hipóteses lhe rodeavam em um período de tempo tão curto. A respiração, descontrolada, não era pelo o que encontrar a princesa e por ela ser reconhecida significava para ela como possível próxima na linha de sucessão espanhola; era pelo o que significava encontrá-la como pessoa. As mãos foram até o rosto, e naquela posição, repousou. Não estava acreditando, não estava acreditando. O barulho da porta fechando-se a puxou daquele devaneio, e virou-se para encará-la.
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clarke-hayden-blog · 9 years ago
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          A própria Clarke andava, muito antes de chegar no castelo, perdida em suas próprias memórias. As saudades que sentia de casa, dos amigos e de sua vida anterior. E toda a raiva que sentia por ter permitido que a nova vida que lhe fora oferecida escapasse por entre seus dedos. A festa, então, parecia tão caótica quanto a própria garota após o feito de Anastásia. Tão perdida que, antes de sentir o choque com outro corpo, ela não havia percebido a presença de qualquer outra pessoa no salão. Niña estúpida!, ela quase gritou, respirando profundamente antes de abrir um sorriso amarelo. “Eu sei que a culpa foi sua.” Respondeu, friamente. “Está tudo bem. Não se preocupe.” A garota disse, olhando para o pequeno acidente.
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O corpo de Belinda estava na festa, vestindo aquele maravilhoso vestido e sentindo as dores que os saltos causavam, mas sua mente estava perdida em devaneios. Pensava na mudança que havia sofrido em questão de alguns dias, não sabia que se estava encantada ou assustada. Quando imaginaria em toda a sua vida que um dia estaria presente em uma festa tão bela? Bel caminhava pelo salão com um copo na mão, tão distraída quanto se era possível, até esbarrar em alguém e derramar um pouco do conteúdo do copo. A morena  instantaneamente corou e se desmanchou em desculpas. - A culpa foi toda minha, eu… Desculpa, eu não… 
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clarke-hayden-blog · 9 years ago
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          Clarke cruzou os braços, encarando a cena com certo desprezo no olhar. Um sorriso travesso repousava em seus lábios e antes mesmo que a garota pudesse estender sua mão, a morena levantara-se. “Parece que alguém abusou das taças hoje, certo?” Questionou, olhando-a. Uma de suas mãos fora em direção a garota, retirando o que parecia ser um papel do cabelo dela. “Se já está cansada de checar o chão... Deveria ir descansar.”
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Cair? Não, não eu só estava… checando o chão. É um piso muito bom, sabe? Bem… limpo.
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clarke-hayden-blog · 9 years ago
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          Clarke sorriu: era verdade. Todos ali pareciam precisar de uma bebida e de uma boa noite de sono. Como algo que, fora planejado para ser perfeito, poderia dar tão errado, ela perguntava-se. A taça recebida fora imediatamente direcionada para suas mãos, embora muito depois, tenha decidido realmente ingerir o líquido presente na taça. “Não, obrigada.” Respondeu. “Acredito que uma taça não vá fazer falta...” Sugeriu, apontando para a bandeja. 
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— No momento todos nós estamos precisando de uma bebida, senhorita. — Dissera pegando uma taça de vinho e colocando-a sobre a mesa da garota. — Deseja mais alguma coisa? — Parecia que as palavras deslizaram automaticamente por entre os seus lábios, como havia feito a noite toda.
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clarke-hayden-blog · 9 years ago
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          A pergunta de Anastásia não podia ser respondida. Afinal, nem mesmo Clarke sabia o que ela estava fazendo ali. Se era apenas curiosidade, se queria ser mais uma a explicitar o ódio pela mulher ou se havia algo que continuava a atraindo diretamente para ela. As semelhanças eram gritantes, mesmo na postura ou no modo de falar. A garota não conseguia entender o que levava alguém a fazer esse tipo de coisa: amor?, ela perguntava-se. “Boa pergunta, senhora...” Clarke admitiu. “Para criticá-la,” A garota abaixou a cabeça. “para ver como estava...” Clarke revirou os olhos, descartando a opção de imediato. “Ou para entendê-la.” Finalizou, voltando seu olhar para a ruiva. “Por que fez aquilo? Como você pode ter tanta certeza de que sairá impune?” Questionou, realmente curiosa. 
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Party’s Over
— E você veio aqui… Pra quê, Clarke? — A ruiva tinha recebido diversas visitas Àquela noite, depois do acontecido, e todas tinham sido bastante peculiares. Porém, com a loira, ela não sabia o que esperar, pois não sabia exatamente o que sentir em relação a ela. Não era exatamente bom, mas era diferente. Porém, ela estava sempre na defensiva. Para Anastásia, tudo o que Clarke queria era criticá-la, exatamente como todos. — Deixe que se recuperem. Eu já até esqueci. 
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clarke-hayden-blog · 9 years ago
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          Ter voltado para o salão era uma das últimas opções na lista da loira. Os recentes acontecimentos lhe davam mais que razão para isolar-se em seus aposentos, mas como justificaria posteriormente? “Eu reencontrei minha irmã esta noite, então, gostaria de ter um pouco de tempo para pensar”? Não era uma opção. Teria de fingir ser apenas mais uma abalada pela bagunça que Anastásia fizera. Encontrava-se sentada, a postura um tanto desleixada — já que, para seus padrões, a única postura aceitável é a quase robótica — e o cabelo solto, desobedecendo a fantasia. A funcionária que se aproximara com a bandeja fora recebida com um sorriso e um simples aceno positivo: já havia passado por muito na noite para continuar negando-se uma bebida. As poucas que ingerira até então, incontáveis não eram, não foram e nunca seriam o suficiente para seus padrões elevadíssimos quando o assunto era bebida — a garota sentia falta de embebedar-se entre amigos. “Parece que você também precisa de uma bebida.” Comentou, por mera falsa simpatia.
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Felicity fora uma das criadas selecionadas para servir naquela noite, o que de fato lhe causou grandes surpresas. Pensou consigo mesma que o trabalho não seria tão difícil quanto parecia, só teria de levar uma bandeja em suas mãos, oferecendo bebidas aos convidados, e faria isso até a festa terminar. De início, tudo ocorrera muito bem, mas então a festa desandou de uma forma inimaginável. A morena sentia-se exausta e tudo o que queria era que a noite pudesse acabar logo. Suspirou, pegou uma badeja e a enchera de copos, começando a caminhar por entre os convidados. — Aceita uma bebida, senhorx?  
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clarke-hayden-blog · 9 years ago
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          De certo, a selecionada ficara surpresa com a simpatia que conseguia captar da morena. A imagem que tinha na cabeça sobre os monarcas em geral era cada vez mais alterada e o esteriótipo que formara em sua cabeça se desmantelava, ao menos com a princesa. Esperava, inclusive, que não passasse daquilo: havia parabenizado-a, ela havia agradecido, fim. Clarke a reverenciara e andaria na direção oposta, deixando-a sozinha para aproveitar a festa com aqueles que quisesse. 
          O convite da menina, no entanto, fora muito bem recebido. A Hayden imaginou que a garota não desejava sua companhia, sinceramente, estaria apenas entediada, sem opções ou poupando-se de conversar com opções piores do que a própria loira. No entanto, que mal havia? Era a irmã do príncipe Nathaniel, certo? Era uma princesa, certo? E mais, poderia ser uma pessoa legal. Mesmo que esta opção não tenha entrado para a lista de razões que fizeram Clarke dizer: “Ficaria mais que honrada, Alteza.” com um sorriso no rosto. 
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19th Birthday / Natasha
Natasha havia ouvido pelo menos umas quinhentas vezes só naquele curto tempo de festa diferentes formas de cumprimento, mas todas com as mesmas palavras e mesma feição facial de cansaço. Natasha imaginou o quão diferente realmente estaria de todas aquelas pessoas, visto que sua bochecha já estava começando a demonstrar seus primeiros sinais de esforço.
Quando se virou para o lado, não presenciou nada diferente na forma como a loira havia lhe abordado, a não ser pela gentileza e um certo brilho no seu olhar, que chamaram a atenção de Natasha e a deixou longe de todo o alvoroço de pessoas que queriam cumprimentá-la.
“Muito obrigada, querida.” respondeu sinceramente, lhe lançando um breve sorriso, sem querer parecer muito superficial. Não se sentiu confortável para reparar na fantasia da loira, então se limitou a um relance de olhar. “A sua fantasia também está adorável.” por um momento, Natasha fez menção de cumprimentar a loira e se retirar. Mas talvez pelo despertar da curiosidade, a princesa não o fez. “Quer tomar alguma coisa?” perguntou gentilmente, agindo como uma anfitriã preocupada.
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clarke-hayden-blog · 9 years ago
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          A devoção da outra para com o bem-estar dos outros chegava a ser assustadora, do ponto de vista da selecionada. Clarke não se importava com a roupa e mesmo que se importasse, a festa poderia ser dada como finalizada há tempos. No entanto, mentalmente agradeceu pela fala da outra — detestaria perguntar o que havia acontecido e receber a explicação de forma tão sutil a poupou de questionar sobre. “Ei, não se preocupe, está tudo bem.” A garota afirmou, tentando abraçá-la novamente. “No entanto... Acho que você ficaria linda de Tinker Bell. E, não seria a primeira vez que vesti algo manchado.” Clarke ofereceu, sorrindo com cumplicidade. Ela realmente não se importaria e parecia significar muito mais para a outra do que significaria para si.
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           Belle tentou se acalmar quando notou que alguém havia se aproximado e mais ainda quando esta pessoa tocou seu ombro. Não queria chorar na frente das Selecionadas e dos convidados, não queria que se preocupassem com ela e arruinassem suas noites. Engoliu o choro o máximo que pode e, quando estava prestes a secar as lágrimas com os dedos, se sentiu ser abraçada. Rapidamente colocou as mãos nos ombros da loira, afastando-a de si. “Não, senhorita! P-por favor, estou toda suja de vinho, se me abraçar vai se sujar também!”
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clarke-hayden-blog · 9 years ago
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          “Eu? Hm... Nada, estava brincando.” Clarke sorriu, aproximando-se da outra. Os balões ao redor da garota foram retirados tão logo que a loira nem teve tempo para cogitar outra piada envolvendo o descuido da outra. “Prontinho. Assassino neutralizado.” Forçou-se a dizer, para manter a conversa agradável.
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“O que você quer dizer com isso?” Levantou uma sobrancelha, ainda tentando se livrar dos balões, que tinham se enrolhado ao redor de sua cintura. “Eu também gostaria, mas estou meio enrolada aqui.” Brincou, embora com uma pequena raiva contida na voz. Não direcionados a garota, mas aos balões. “Você vai me ajudar ou não?”
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clarke-hayden-blog · 9 years ago
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nuestro encontró en la sangre;; @clarke&luna
@luna-santiago
          A garota estava entediada. Meticulosa demais para se embebedar, complacente demais para negar algumas taças. As poucas conversas que tivera até então serviram para distraí-la por um tempo, mas não pareciam ser suficiente. Retiraria-se por um tempo sob a desculpa de algum imprevisto e voltaria mais tarde. Marcaria sua presença sem ter, necessariamente, permanecido na celebração.
          Iniciou sua caminhada com calma, cumprimentando aqueles que a olhavam e com um sorrisinho gentil no rosto — solidificar a imagem de boa menina da casta 4 tornava-se cada vez mais fácil dados os segundos que passava ali. Interrompeu a própria caminhada, piscando algumas vezes. A mão fora diretamente até o pescoço, por mania e a garota ponderou. Seria ela? Luna. Apesar da fantasia, o rosto da princesa era visível e nenhuma maquiagem era capaz de escondê-la. Não dos olhos de Clarke. A garota suspirou, ignorando. Ela estava ali, como vários outros, para assistir a Seleção, certo? Deveria ser, só podia ser. 
          Apenas por precaução, a selecionada pôs-se a caminhar novamente, na direção oposta. Evitava olhá-la e até mesmo pensar sobre sua presença ali. Toda fibra em seu corpo gritava de nervosismo. Luna estar ali poderia mudar tudo. Poderia destruir tudo. Poderia... As possibilidades eram infinitas. Não podia ter certeza de nada e isso era o que mais a irritava. Não sabia se seu pai havia dito a verdade à princesa. Se ele havia escondido o fardo que Clarke era da menina e prosseguido com sua vida dourada no castelo. Ou, se ele havia dito para sua amada filha que ela tinha uma irmã. Ou, pior, se a garota havia descoberto por si mesma e queria eliminar uma ameaça. Ameaça. A palavra repetiu-se na cabeça de Clarke algumas vezes. Não era exatamente isso o que ela era? Uma ameaça? Uma indiscrição, como tantas vezes ouvira a Rainha comentar atrás das portas. Afaste este pensamentos, idiota, e continue andando. Continue andando, Clarke sussurrou para si mesma. Apenas continue andando.
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clarke-hayden-blog · 9 years ago
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          “Imaginei que não doeria elogiar você. Sabe, assim você pode voltar feliz para seus aposentos, considerando que ninguém mais te notou.” Sorriu novamente, praticamente cuspindo as palavras. Não planejava construir relações amigáveis com nenhuma selecionada, mas a senhorita Lerolan havia demonstrado ter o especial dom de tirá-la do sério — grande desafio, considerando a meticulosidade que a garota demonstrara desde que pisara no castelo. “Levarei isto como elogio — estou bonita o suficiente para fazer com que precise me diminuir, certo? Alguns não nasceram para competir.”
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A selecionada estava mais animada do que o habitual com a festa, e tinha certeza que isso se devia à taça de vinho que trazia em mãos; não só a ela, mas às tantas outras que já havia ingerido. Havia dançado com mais guardas do que podia contar naquela noite, mas nem chegara perto do príncipe, que parecia ocupado demais felicitando a irmãzinha. Não se importava, realmente. Não muito, contanto que ele não estivesse dançando com nenhuma das outras selecionadas. Sua personalidade competitiva estava mais forte do que nunca, e ela não era capaz de dominá-la tão bem, razão pela qual eram constantes as alfinetadas nas concorrentes. Cansada após tantas danças, a morena resolveu bebericar seu vinho um tanto afastada dos demais, pensando que teria um pouco de paz em seu isolamento, mas não contava com a presença de Clarke. Tão logo ouviu a voz da selecionada uma careta de desgosto se formou em seu rosto; o sorriso da outra só poderia ser falso, ela concluiu. Não se suportavam desde o encontro no primeiro dia. — Não esperava elogios vindos de você, meu bem, mas agradeço. — forçou-se a dizer. — Veio vestida de quê? Filha da floresta? Desculpe, mas está longe de parecer uma fada… Elas são, no mínimo, graciosas — completou, abrindo um sorriso complacente.
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clarke-hayden-blog · 9 years ago
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          “Permissão?” Clarke fingiu choque. “Você não está de folga? Quer dizer, você está fantasiada.” Argumentou, pegando uma das sobremesas para si. A garota parecia envolvida demais em seu trabalho. Clarke poderia, até, afirmar. O pouco que vira dos funcionários do castelo até então mostrava que todos pareciam afogados em suas próprias tarefas, quase incapazes de diferenciar o tempo pessoal do tempo que passavam acompanhando os habitantes dali. A garota parecia encaixar-se perfeitamente nesta categoria. Por fim, a loira sorriu, levando um dos doces à boca.
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Belle in Wonderland
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           “Ah, olá!” Belle cumprimentou a jovem que se aproximou dela, comentando sobre o fato dela estar ali parada na frente da mesa de doces, sem realmente fazer nada a respeito. Provavelmente era uma cena bem esquisita. Rindo, ela deu de ombros. “Eu só estava me perguntando se poderia, mas já que a senhorita parece ter me dado permissão, não deve ser nada demais.” Sem mais pestanejar, a garota garrou um dos doces e o jogou na boca. “A senhorita não quer nada?”
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clarke-hayden-blog · 9 years ago
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          Era óbvio que o caos que se instalara no castelo estava devastando a todos, cada um de uma forma diferente. Para Clarke? O encontro com Luna, a destruira por completo. E ao retornar para o centro da festa, o escândalo de Anastásia. Caminhava pelos corredores, distraída, esperando, talvez, sugar tranquilidade daquelas paredes. Encontrar a dama-de-companhia do príncipe em prantos só servira para fortificar a conclusão que tirara da noite: devastadora, por falta de palavra melhor. “Ei—” Chamou, procurando prender a atenção da garota. Temia uma aproximação, afinal, não eram íntimas. Mal haviam conversado, mas podia ter a certeza de que era uma pessoa boa. Estendeu sua mão, tocando o ombro da outra. A abraçara tão logo que nada mais fora visto — a roupa da garota, por exemplo. “Eu não sei o que aconteceu, mas... Está tudo bem.”
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            Belle não queria sentir-se tão afetada pelo que havia acontecido, mas nunca em sua vida alguém tinha lhe dito aquelas coisas ou feito nada daquele gênero com ela. Talvez ela fosse muito sensível, e não devesse estar chorando por algo tão bobo, mas a verdade é que ela tinha gostado do vestido. Era talvez a roupa mais bonita que já possuíra na vida, e agora estava arruinada. Além de tudo isso, caminhava pelos corredores, em prantos, pensando em como tinha sido tola de tentar conversar com uma mulher tão irracional. A culpa era dela mesma.
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clarke-hayden-blog · 9 years ago
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          Errada estava ela quando deduzira que a noite não guardava surpresas. Ainda podia recordar-se perfeitamente das expressões ao seu redor com a pequena performance de Anastásia. Sentira-se, inclusive, incomodada. Nada comparava-se, é claro, com o incômodo que mordeu a família real, mas Clarke? Apenas questionou-se que razões a levaram a fazer aquilo. Se valia a pena. De todas as pessoas do castelo, Anastásia era uma das poucas que não conseguia ver através. Sem preocupar-se com as proibições que rodeavam os aposentos da mulher, calmamente a selecionada direcionou-se até lá, batendo na porta tão logo que nem parara para pensar se a mulher tinha companhia — ou se realmente estava ali. Assim que convidada para entrar, o fez, fechando a porta atrás de si antes de olhá-la com um misto de curiosidade e aversão. “Senhora.” Cumprimentou, erguendo uma sobrancelha. “Estão todos se recuperando da bagunça que você fez lá fora,” Clarke comentou. Não sabia se aquilo era sua forma de repreendê-la ou de parabenizá-la — Deus, a garota nem mesmo sabia o que fazia ali. “um show e tanto, se posso dizer.”
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Party’s Over
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Anatasia estava sentada em uma das poltronas de seu quarto, pensando em quais seriam seus próximos passos depois do que tinha feito na festa de Natasha. Respirou fundo, pensando no que poderia fazer quando o Rei descobrisse e como iria explicar aquilo pra ele. Ela já estava acostumada a falar com ele de forma que apaziguasse sua raiva, mas desta vez, talvez ela tivesse ido longe demais. Quando ouviu algumas batidas na porta, revirou os olhos e se virou para encarar a entrada do quarto. — Entre.
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