Seja bem-vindo! Publicações toda semana criando paralelos entre a Cibercultura e assuntos da vida cotidiana.
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As notícias como produto e a cibercultura
Na sociedade moderna, se tornou cada vez mais comum o grande fluxo de informações que acabamos consumindo todos os dias, Tik tok, Youtube e Instagram, possuem através de seus vídeos curtos, conteúdos viciantes que tornam a atenção, algo cada vez mais difícil de se reter.
Muitas das vezes, consumimos notícias do mundo todo e como num piscar de olhos, acabamos por esquecer daquilo que acabamos de consumir.
A notícia como produto, é algo que vem sendo cada vez mais destacado, devido ao grande número de canais e de notícias, o que vende de verdade é ser sempre o primeiro a cobrir o evento mais recente, sempre pulando para o próximo quando a validade daquela notícia se expira.
No contexto atual, onde por exemplo temos movimentos a favor da escala 6x1, os jornais cobrem de maneira rasa, trazendo consigo o jornalismo declarativo, sem nunca se aprofundar em suas matérias. A tecnologia acima de tudo, transformou essas notícias em ferramentas de venda, onde quem vende a notícia mais rápido, tem mais atenção e consequentemente consegue vender melhor os seus anunciantes.
Para aqueles que buscam entender, e digerir as notícias para se manter informados para além do jornalismo declarativo, é essencial buscar por jornalismo alternativo, que foge da grande mídia enviesada.
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Inteligência Artificial e Plágio Acadêmico: Os Desafios Éticos na Era Digital
Fonte: Blog da GShield
A popularização da Inteligência Artificial (IA) trouxe avanços significativos para diversas áreas, incluindo a educação.
No entanto, seu uso indiscriminado em trabalhos acadêmicos tem levantado questões éticas e preocupações sobre plágio.
Esses debates ganham destaque, especialmente quando discutimos como a IA pode facilitar a produção de conteúdos, mas também comprometer a originalidade e a autoria intelectual. Neste texto, exploramos os problemas éticos e de plágio causados pela IA, com base na Cartilha sobre Plágio Acadêmico da UFF (“Nem tudo que parece é plágio”).
O que é Plágio Acadêmico?
Fonte: Turnitin
De acordo com a cartilha, plágio é a apropriação indevida de ideias, textos ou obras de terceiros, sem a devida atribuição de autoria. Isso inclui desde a cópia literal de trechos até a paráfrase sem crédito. Com a IA, esse problema se amplifica, pois ferramentas como ChatGPT e outras plataformas de geração de texto podem criar conteúdos que, apesar de originais em sua construção, muitas vezes se baseiam em fontes não citadas ou em dados coletados sem transparência.
Os Riscos Éticos do Uso da IA em Trabalhos Acadêmicos
Falta de Autoria: A IA não é uma autora, mas sim uma ferramenta. Quando estudantes entregam textos gerados por IA como se fossem de sua autoria, estão violando princípios éticos da produção acadêmica.
Desinformação: A IA pode gerar conteúdos imprecisos ou baseados em fontes não confiáveis, o que compromete a qualidade e a credibilidade do trabalho.
Dificuldade de Identificação: Diferente do plágio tradicional, que pode ser detectado por softwares de verificação, o plágio gerado por IA é mais difícil de identificar, pois o texto é original, mas não reflete o pensamento crítico do estudante.
Como Evitar Problemas Éticos e de Plágio
A cartilha ainda oferece diretrizes valiosas para evitar práticas inadequadas:
Atribuição de Fontes: Sempre cite as fontes utilizadas, inclusive quando a IA for usada como ferramenta de apoio.
Uso Consciente: Utilize a IA para auxiliar na organização de ideias ou na revisão de textos, mas não como substituta da sua própria produção intelectual.
Transparência: Se for usar conteúdos gerados por IA, informe aos professores ou orientadores, discutindo como a ferramenta foi empregada.
Conclusão
Fonte: Getty Images
A Inteligência Artificial é uma ferramenta poderosa, mas seu uso em trabalhos acadêmicos exige responsabilidade e ética. A cartilha nos lembra que a originalidade e a autoria são pilares fundamentais da produção intelectual.
Portanto, é essencial que estudantes e educadores discutam abertamente os limites e as possibilidades da IA, garantindo que a tecnologia seja uma aliada, e não uma ameaça, à integridade acadêmica.
Referências
UFF. Cartilha “Nem tudo que parece é plágio”. Disponível em: https://app.uff.br/riuff/bitstream/handle/1/14023/cartilha-sobre-plagio-academico.pdf?sequence=1&isAllowed=y.
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Capitalismo de Vigilância e Tecnopolítica: Quem Controla Seus Dados?
A era digital trouxe inúmeras facilidades para a nossa vida cotidiana, mas também abriu espaço para novas formas de exploração.
O capitalismo de vigilância, conceito desenvolvido por Shoshana Zuboff, descreve um modelo econômico baseado na extração e comercialização de dados pessoais. Plataformas digitais e redes sociais capturam nossas interações, moldam nosso comportamento e vendem nossas informações, muitas vezes sem nosso total conhecimento ou consentimento.
No centro dessa questão está a tecnopolítica, ou seja, o uso da tecnologia para influenciar processos políticos e sociais. Governos e corporações utilizam algoritmos para prever e direcionar decisões, impactando desde preferências de consumo até escolhas políticas. Essa lógica levanta um debate crucial sobre privacidade e liberdade de expressão: até que ponto estamos dispostos a trocar conveniência por exposição?
A falta de regulamentação adequada torna os usuários vulneráveis, deixando-os sujeitos às regras impostas pelas grandes empresas de tecnologia. Mesmo quando políticas de privacidade são atualizadas, os termos costumam ser complexos e difíceis de compreender, resultando em um consentimento superficial. Além disso, o armazenamento massivo de dados cria um ambiente propício para vazamentos e violações de segurança, expondo milhões de pessoas a riscos como fraudes e manipulação digital.
O impacto do capitalismo de vigilância vai além do consumo digital. As redes sociais tornaram-se arenas de influência política, onde a modulação de comportamentos é usada para direcionar debates e alterar percepções da realidade. Casos como o escândalo da Cambridge Analytica demonstram como dados pessoais podem ser usados para manipular eleições, comprometendo a integridade dos processos democráticos.
Então, como podemos nos proteger? Algumas medidas essenciais incluem:
Educação digital: Compreender como os dados são coletados e utilizados é o primeiro passo para evitar manipulações.
Uso consciente das redes sociais: Revisar configurações de privacidade e limitar a exposição de informações pessoais.
Cobrança por regulamentações: Apoiar leis que protejam a privacidade digital e garantam transparência no uso de dados.
Criptografia e segurança digital: Utilizar navegadores que priorizam privacidade, evitar serviços que coletam dados excessivamente e adotar práticas de segurança como autenticação em duas etapas.
O capitalismo de vigilância não é apenas um modelo de negócio, mas uma ameaça aos direitos fundamentais. Sem um olhar crítico e medidas de proteção, continuaremos a ser o produto desse sistema, muitas vezes sem perceber.
A resistência a essa lógica passa por ações individuais e coletivas, desde a adoção de tecnologias que respeitem a privacidade até a mobilização para um ambiente digital mais ético e seguro.
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Fake News e a Cibercultura: Como estourar a bolha?
Vivemos na era da informação, mas também da desinformação. As fake news se espalham rápido, impulsionadas pelos algoritmos das redes sociais, que criam bolhas informacionais e reforçam nossas crenças.
O resultado? Um mundo digital onde cada um vê apenas o que deseja, dificultando o pensamento crítico.
Eli Pariser, em O Filtro Invisível, explica que nossos feeds são moldados pelas interações prévias, criando um ciclo vicioso de confirmação. Redes como Facebook, Instagram e Twitter usam esses mecanismos para manter os usuários engajados, tornando o ambiente online cada vez mais fechado e personalizado.
O perigo aumenta quando fake news invadem essas bolhas. Estudos mostram que muitos compartilham notícias sem nem ler o conteúdo completo. Esse comportamento, aliado ao desejo de reforçar crenças pré-existentes, faz com que informações falsas se espalhem rapidamente.
A disseminação de fake news não afeta apenas debates políticos e sociais, mas também interfere em temas como saúde pública e segurança. Um exemplo recente foi a ampla circulação de informações falsas sobre vacinas, gerando dúvidas na população e contribuindo para a queda nas taxas de imunização. Além disso, golpes financeiros utilizando notícias fraudulentas têm se tornado cada vez mais comuns, enganando usuários e causando prejuízos significativos.
Mas como sair dessa bolha? Aqui vão algumas dicas:
Questione fontes: Não acredite em tudo que vê.
Verifique informações: Sites como Agência Lupa e Aos Fatos ajudam na checagem.
Busque opiniões diversas: Leia diferentes pontos de vista.
Eduque-se digitalmente: Escolas e universidades devem abordar o impacto dos algoritmos e a desinformação.
Pratique a empatia digital: Antes de compartilhar um conteúdo, pense no impacto que ele pode causar. Evite propagar informações sem checar sua veracidade.
A solução não está apenas em regulações ou políticas das plataformas. O verdadeiro desafio é criar uma cultura de responsabilidade digital, onde cada um de nós atue como consumidor crítico de informação.
Somente assim podemos furar a bolha e construir um ambiente digital mais transparente e democrático.
!!!
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Geopolítica e Cibercultura
Na semana de posse do atual presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou um investimento de 500 bilhoes em estudo de IAs, pouquíssimo tempo após, surge a Deepseek, IA chinesa que teve como investimento o valor de 5 milhões de dólares, cerca de 1% do investimento prometido por Donald Trump.
Tal situação expôs a fragilidade política atual do EUA, onde a grande potência comercial e cultural do mundo se vê cada vez mais confrontada, seja por seus inimigos ideológicos, quanto por seus vizinhos que sempre acatavam seus pedidos de ajuda.
Com o mercado de IA crescendo cada vez e se inflando quase como uma bolha, é possível se perceber que a tecnologia é mais uma vez usada como ferramenta política, usada para mostrar ao mundo que “nós somos os maiores” .
Chamada até mesmo de Sputnik 2, a Deepseek põe em risco a predominância sobre os estudos de IA e consequentemente dão holofotes a China, principal antagonista ao imperialismo americano, inclusive fomentando “estratégias nacionalistas” por parte de Donald Trump, que nas semanas posteriores fez vários comunicados polêmicos sobre invadir países, como no caso onde o mesmo reafirmou que retomaria o controle do canal do Panamá, além de declarar novas taxas de impostos sobre China, México e Canadá entre outros países,
Segundo o economista e professor José Kobori: “Vejo nas ações e retórica de Donald Trump um sinal de fraqueza e de desespero, uma clara demonstração de quem sabe que o império americano está em declínio. Suas bravatas contra o mundo e inclusive seus aliados, é mais uma demonstração de fraqueza do que de força.
Diante do exposto, fica clara a relação dos avanços da tecnologia e como ela dita os movimentos da geopolítica, em tempos de especulação massiva e capitalismo tardio, nos afetando indireta e diretamente, modificando a forma que nos relacionamos e consumimos.
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Trump e as Fake News: Como a Desinformação Moldou uma Era Política
Fonte: Teen Vogue
Em um mundo cada vez mais conectado, a informação tornou-se uma das forças mais poderosas da sociedade.
Por outro lado, essa conexão que nos une também pode ser utilizada para manipulação, divisão e confusão. Poucos líderes políticos ilustram isso de forma tão clara quanto Donald Trump, cuja interação com notícias falsas transformou a função da desinformação na política contemporânea.
O termo fake news ganhou destaque global durante a campanha presidencial de Donald Trump em 2016. Durante aquele período, as redes sociais foram dominadas por informações falsas e teorias conspiratórias, frequentemente originadas de grupos com intenções duvidosas ou entusiastas fervorosos. Essas narrativas, muitas vezes exageradas, foram amplamente disseminadas, atingindo um público enorme e moldando percepções.
Mas o que torna as fake news tão eficazes? A resposta está na combinação de algoritmos de redes sociais, que priorizam conteúdo polêmico e engajador, e na natureza humana, que tende a se conectar mais facilmente com informações que confirmam suas crenças pré-existentes. Trump, um mestre da comunicação, soube explorar essa dinâmica como ninguém.
Trump e a Arte de Distorcer a Verdade
Fonte: ResearchGate
Durante sua presidência, Trump não apenas se beneficiou das fake news, mas também as utilizou como uma ferramenta estratégica. Ele popularizou o termo "fake news" para desacreditar veículos de imprensa que o criticavam, criando uma narrativa de que a mídia tradicional era inimiga do povo. Essa tática não apenas fortaleceu sua base de apoiadores, mas também minou a confiança em fontes jornalísticas confiáveis.
Além disso, Trump usou sua presença massiva no Twitter (agora X) para disseminar suas próprias versões dos fatos, muitas vezes sem qualquer base na realidade. Seus tuítes, repletos de acusações infundadas e exageros, eram compartilhados e amplificados por milhões, criando um ciclo de desinformação difícil de ser contido.
O Impacto das Fake News na Democracia
Fonte: Expresso
As consequências da disseminação de fake news vão muito além da política partidária. Elas minam a confiança nas instituições, acentuam a polarização social e tornam mais difícil a discussão pública fundamentada em fatos. Nos Estados Unidos, por exemplo, a influência de agentes estrangeiros nas eleições de 2016, através de campanhas de desinformação, gerou preocupações a respeito da integridade das democracias na era digital.
No Brasil e em outros países, o fenômeno se repetiu, com notícias falsas sendo usadas para influenciar eleições e manipular a opinião pública. A pergunta que fica é: como podemos combater essa onda de desinformação sem sacrificar a liberdade de expressão?
O Caminho para um Futuro Mais Informado
Fonte: Brasil Escola
Combater notícias falsas precisa de um ataque em várias frentes. Primeiro, as plataformas online precisam ser mais responsáveis, com detectores de mentiras digitais e um "cancelamento" em massa de informações falsas. Segundo, educação em mídia, tipo uma força-tarefa anti-desinformação, ensinando a identificar fontes confiáveis e a desconfiar de coisas estranhas, como “um gato falando português”.
Por fim, é essencial fortalecer o jornalismo independente, que desempenha um papel crucial na busca pela verdade. Em um mundo onde a desinformação se espalha rapidamente, o jornalismo de qualidade é mais necessário do que nunca.
A Desinformação como Herança de uma Era
Geane Alzamora, da Comunicação Social, coordena o grupo MediaAção: esforço pluridisciplinar
A era Trump deixou um legado complexo, no qual as fake news se tornaram uma ferramenta política poderosa. Enquanto a cibercultura continua a evoluir, o desafio será garantir que a tecnologia seja usada para promover a verdade e o diálogo, em vez de servir como veículo para a manipulação. Afinal, em um mundo cada vez mais digital, a informação é poder – e cabe a todos nós decidir como esse poder será usado.
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Vigilância e Cibercultura: Monitoramento, Algoritmos e o Futuro da Privacidade no Mundo Digital
No coração da cibercultura, conceito central desenvolvido por Pierre Lévy, está a interconexão digital que transforma radicalmente as dinâmicas sociais, culturais e políticas.
Entretanto, essa interconectividade também introduz um aspecto perturbador: a vigilância. Num contexto em que algoritmos e plataformas dominam grande parte da infraestrutura digital, a vigilância se estabeleceu como uma das principais forças que influenciam o cenário virtual atual.
Vigilância na Era Digital: O Que é e Por Que Importa?
No âmbito da cibercultura, a vigilância diz respeito ao acompanhamento contínuo das ações humanas através de dispositivos e plataformas digitais. Tal monitoramento muitas vezes se dá de maneira discreta, mediado por algoritmos, sensores e programas que reúnem informações sobre nossos comportamentos, decisões e interações.
Por exemplo:
Dispositivos IoT (Internet das Coisas): Casas inteligentes conectadas à internet registram hábitos diários.
Redes sociais: Algoritmos rastreiam cliques, curtidas e visualizações para criar perfis comportamentais.
APIs (Interfaces de Programação de Aplicativos): Facilitam a integração entre serviços, mas também são canais para coleta e análise de dados em massa.
A Vigilância Algorítmica e a Construção de Bolhas
As informações obtidas por meio de APIs e diversas ferramentas são analisadas por algoritmos que não apenas observam, mas também influenciam comportamentos. Esses algoritmos colocam o engajamento em primeiro lugar, em detrimento da veracidade ou da diversidade de perspectivas, resultando em bolhas informativas.
Na prática:
Engajamento: A lógica algorítmica amplifica conteúdos polarizadores que geram mais interações, mesmo que sejam baseados em desinformação.
Microtargeting: Empresas e campanhas políticas utilizam dados coletados para personalizar mensagens persuasivas, influenciando opiniões e decisões.
A Ética da Vigilância: Um Futuro Possível?
De acordo com a análise de Pekka Himanen em sua obra "A ética dos hackers e o espírito da era da informação", a tecnologia digital deve ser orientada por valores como liberdade, transparência e criatividade. Contudo, a prática da vigilância frequentemente se afasta desse ideal, colocando em primeiro plano o controle e a exploração financeira.
Para que a vigilância digital não se torne uma ferramenta autoritária, é essencial:
Regulação: Estabelecer políticas claras para limitar a coleta de dados e proteger a privacidade.
Educação digital: Promover a conscientização sobre como os dados são coletados e utilizados.
Resgate da ética hacker: Inspirar inovações que utilizem a tecnologia para fortalecer a democracia e ampliar o acesso à informação.
O Desafio da Cibercultura
A vigilância é um elemento central e contraditório na cibercultura: enquanto promove conectividade e inovação, ameaça valores fundamentais como a privacidade e a autonomia individual. O desafio é construir um ambiente digital mais ético e inclusivo, onde APIs, algoritmos e plataformas sirvam aos interesses da sociedade como um todo — e não apenas ao lucro ou ao controle político.
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Plataformização da Internet: Como a Rede se Comunica Através de APIs
Imagem: iStock
A comunicação entre websites e serviços na internet é uma parte crucial da experiência digital moderna.
APIs, ou Interfaces de Programação de Aplicações, desempenham um papel fundamental nesse processo, permitindo que diferentes sistemas se integrem e compartilhem dados de maneira eficiente.
As APIs oferecem um conjunto de regras e protocolos que permitem que os desenvolvedores acessem recursos e serviços em uma plataforma de software, facilitando a interconexão de aplicações e websites.
Podem ser classificadas em diferentes tipos, como APIs REST, SOAP e GraphQL. As APIs REST (Representational State Transfer) são as mais comuns, funcionando sobre o protocolo HTTP. Elas utilizam métodos como GET, POST, PUT e DELETE para realizar operações.
Por exempio, um website de e-commerce pode usar uma API REST para se comunicar com um sistema de gerenciamento de inventário, permitindo que os usuários visualizem produtos disponíveis em tempo real. O eBay e o Amazon, por exemplo, disponibilizam APIs REST para que desenvolvedores integrem seus serviços em outras plataformas.
Leia: Fielding, R. T. (2000). Architectural Styles and the Design of Network-based Software Architectures.
Outro exemplo significativo é o uso de APIs para integrar serviços de pagamento em websites. Plataformas como Stripe e PayPal oferecem APIs que permitem que os comerciantes aceitem pagamentos online de forma segura.
Ao utilizar essas APIs, um website pode processar transações financeiras sem armazenar informações confidenciais de pagamento, garantindo a segurança dos dados dos usuários e simplificando o processo de checkout.
Confira: kit de API da Stripe e do PayPal
Além dos serviços financeiros, as APIs também são amplamente utilizadas em redes sociais. Por exemplo, o Facebook e o Twitter disponibilizam suas APIs para que desenvolvedores possam acessar e integrar funcionalidades como a publicação de posts, o compartilhamento de conteúdo e a extração de dados analíticos.
Dessa forma, um blog pode automaticamente compartilhar novos posts em suas redes sociais, aumentando o alcance e o engajamento do conteúdo.
Além de facilitar a comunicação entre servicos, as APIs proporcionam uma experiência mais rica e personalizada para os usuários.
Websites podem utilizar APIs para integrar dados de diferentes fontes, como pesquisas de clima, notícias ou informações sobre locais. Isso significa que um site de turismo pode usar a API do Google Maps para exibir locais de interesse em um mapa interativo, proporcionando aos visitantes uma ferramenta útil durante suas viagens.
À medida que o ecossistema digital se expande, a importância das APIs se torna cada vez mais evidente. As empresas estão constantemente inovando e buscando manieras de oferecer experiências mais integradas e fluidas para os usuários.
Entender como as APIs funcionam e como podem ser utilizadas é essencial para desenvolvedores e empresas que desejam se destacar no mercado digital atual.
Sugestão de Leitura: Graph API do Facebook/Meta
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APIs e a Cibercultura: Poder, Controle e Polarização no Ambiente Digital
As APIs (Application Programming Interfaces) são peças fundamentais da infraestrutura digital contemporânea.
Apesar de sua aparente invisibilidade, elas desempenham um papel crucial na organização e nas dinâmicas de poder das plataformas digitais, elementos centrais da cibercultura descrita por Pierre Lévy. No Brasil, o uso (e abuso) dessas interfaces reflete tanto as potencialidades quanto os riscos da tecnologia em um ambiente político polarizado.
O que são APIs e por que elas importam na cibercultura?
As APIs funcionam como pontes que permitem que diferentes softwares e plataformas se conectem, trocando informações e funcionalidades. Por exemplo:
Serviços como Uber usam APIs do Google Maps para integrar dados de localização.
No contexto da cibercultura, as APIs são fundamentais para estruturar ecossistemas digitais, possibilitando a criação de ferramentas colaborativas e expansíveis. Entretanto, ao mesmo tempo em que promovem inovação, também reforçam o controle das plataformas sobre o ambiente digital.
APIs como Ferramentas de Controle

Embora sejam projetadas para integração, as APIs são regulamentadas pelas próprias plataformas, que decidem o nível de acesso oferecido. Em 2023, o Twitter restringiu sua
API gratuita, dificultando o trabalho de desenvolvedores, pesquisadores e jornalistas que dependiam dela para monitorar desinformação e comportamento político nas redes. Essa mudança ilustra como as plataformas podem usar APIs para consolidar seu poder, limitando a transparência.
Além disso, os algoritmos que regem essas plataformas priorizam o engajamento — e não a veracidade —, fomentando bolhas informacionais. As APIs, nesse sentido, acabam servindo a interesses corporativos que amplificam a polarização, em vez de promover o diálogo.
APIs e Polarização Política no Brasil

No Brasil, o uso estratégico de APIs em disputas políticas, é um exemplo claro de como essas ferramentas podem ser manipuladas. Bots que simulam trending topics e amplificam narrativas polarizadoras têm se tornado comuns, utilizando APIs para automatizar postagens e expandir o alcance de desinformação.
Esses bots criam um ambiente hostil, no qual a desinformação mina a qualidade do debate democrático. Além disso, práticas como cracking — no caso envolvendo Carla Zambelli e o hacker que vazou dados — mostram como essas tecnologias podem ser usadas para corroer instituições democráticas, desviando-se completamente da Ética Hacker.
Leia mais: Cibercultura, Hackers e o Cenário Político Brasileiro para entender mais sobre o caso envolvendo Carla Zambelli.
A Ética Hacker e o Futuro das APIs
Imagem: Pekka Himanen
Conforme Pekka Himanen aborda em A ética dos hackers e o espírito da era da informação (2001), o ethos hacker está enraizado em valores como liberdade, criatividade e colaboração. As APIs representam o potencial dessa ética quando usadas para criar ferramentas que ampliam o acesso à informação e promovem a inovação.
No entanto, o cenário brasileiro demonstra como a ética hacker pode ser corrompida quando essas ferramentas são instrumentalizadas para ataques, manipulação e desinformação. Para enfrentar esses desafios, é fundamental resgatar os valores originais da Ética Hacker, utilizando as APIs para criar um ambiente digital mais ético e democrático.
Leia também: Hackers: Criatividade, Ética e Inovação na Era Digital e descubra como o ethos hacker pode transformar a tecnologia em uma ferramenta de empoderamento coletivo.
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Hackers: Criatividade, Ética e Inovação na Era Digital
Na era da informação, o termo "hacker" frequentemente evoca imagens equivocadas de indivíduos encapuzados, invadindo sistemas de computadores em um jogo de gato e rato com a segurança digital. No entanto, o livro "A Ética dos Hackers e o Espírito da Era da Informação", de Pekka Himanen, desmistifica essa visão e explora os verdadeiros valores por trás da cultura hacker.
Longe de serem meros infratores, hackers são descritos como agentes da criatividade, inovação e colaboração – traços que têm impulsionado transformações significativas em várias esferas da sociedade.
O que é a ética hacker?
Himanen redefine o conceito de hacker, mostrando que não se trata apenas de habilidades técnicas avançadas, mas de uma filosofia de vida. Ser hacker é ser movido pela paixão, curiosidade e desejo de criar algo significativo. Esses valores contrastam com o modelo tradicional de trabalho, baseado em rotinas rígidas e motivações financeiras.
A ética hacker pode ser resumida em alguns pilares principais:
Paixão e Criatividade Hackers não trabalham apenas por dinheiro ou reconhecimento. Eles buscam explorar o desconhecido e resolver problemas de maneira criativa, muitas vezes em contextos que extrapolam o campo da tecnologia.
Colaboração e Compartilhamento de Conhecimento A cultura hacker valoriza o compartilhamento. Ideias e soluções são publicadas e aprimoradas em colaboração com outros, promovendo uma meritocracia de ideias.
Liberdade e Flexibilidade Hackers rejeitam normas que restringem a criatividade, preferindo modelos de trabalho mais livres e adaptáveis, onde o foco está no resultado e na qualidade, e não no cumprimento de regras arbitrárias.
Hacker vs. Cracker: Uma distinção essencial
Uma das confusões mais comuns que Himanen destaca, embora de forma indireta, é a diferença entre hackers e crackers. Enquanto os hackers se dedicam à criação e à inovação, os crackers são conhecidos por atos destrutivos, como roubo de dados e invasões maliciosas. A mídia muitas vezes usa o termo "hacker" de forma pejorativa, mas isso é uma deturpação que precisa ser corrigida.
Hackers são criadores; crackers, destrutivos. Essa diferença não é apenas técnica, mas profundamente ética. Enquanto os hackers constroem para o benefício coletivo, os crackers destroem por ganho próprio ou por motivos egoístas.
A ética hacker na prática
Na era digital, a ética hacker transcendeu o universo tecnológico e permeou outras áreas, como o empreendedorismo, a ciência e até o ativismo social. Startups inovadoras, iniciativas de código aberto, projetos comunitários e movimentos como o software livre são exemplos claros de como a mentalidade hacker pode gerar impactos positivos no mundo.
Vivemos em um momento em que a inovação é crucial para lidar com desafios globais, como mudanças climáticas, desigualdades sociais e transformações tecnológicas. A ética hacker, com sua ênfase em colaboração, paixão e criatividade, oferece uma alternativa poderosa ao individualismo e à competitividade excessiva que marcam o mundo corporativo.
A cultura hacker nos ensina que o progresso não é alcançado isoladamente, mas em conjunto, compartilhando conhecimento e explorando os limites do possível.
Conclusão
"A Ética dos Hackers e o Espírito da Era da Informação" é um convite para repensar como vivemos, trabalhamos e criamos. A mentalidade hacker, fundamentada em valores de liberdade e inovação, tem o potencial de transformar não apenas a tecnologia, mas a sociedade como um todo.
Que possamos aprender com os hackers – os verdadeiros – a trabalhar com propósito, compartilhar sem medo e construir um mundo mais criativo e conectado. 😊
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Cibercultura, Hackers e o Cenário Político Brasileiro
Foto: Twitter de Carla Zambelli
A cibercultura, conforme Pierre Lévy em 1997, está intrinsecamente ligada à forma como a tecnologia molda as interações sociais e políticas contemporâneas.
No Brasil, a realidade é evidenciada pelo crescente envolvimento de plataformas digitais em disputas políticas, o que demonstra a potência das tecnologias para mobilização social quanto o grande número de conflitos que nelas emergem - em alguns casos fomentada por seus próprios financiadores.
O ambiente digital nacional tem sido marcado por comportamentos hostis, especialmente no contexto de "polarização" política acentuada, onde a Ética Hacker se apresenta como um conceito relevante para entender essa dinâmicas.
Leia: Entenda as acusações contra Carla Zambelli e hacker, que o STF tornou réus
Em A Ética dos Hackers, Himanen menciona que a ética hacker se caracteriza pela valorização da criatividade, da colaboração e do acesso à informação, promovendo um espírito de inovação e liberdade. No entanto, essa ética pode ser corrompida em um contexto de polarização política, como é o caso do cenário brasileiro, onde o acesso e a manipulação de dados são utilizados para fins de ataque e deslegitimação do outro.
Essa transformação da ética hacker em ferramentas de hostilidade se manifesta por meio de práticas como o cracking, que no contexto busca principalmente corroer a confiança no processo eleitoral e distanciar ainda mais a sociedade de discussões politicamente relevantes, criando um exército de mentes alienadas capaz de entregar à obscuridão sua própria democracia.
Um exemplo emblemático desse fenômeno é o caso do cracker contratado por Carla Zambelli, deputada federal ainda em atividade que, em 2022, teve sua participação exposta na tentativa de desestabilizar adversários políticos.
Sua intenção ainda não foi esclarecida, no entanto, sabe-se que Carla Zambelli tentou, por meio de invasão, de descobrir o endereço residencial do ministro do STF Alexandre de Moraes, que recentemente foi um dos nomes revelados em operação da Polícia Federal como alvos em uma tentativa de Golpe de Estado ocorrida em 2022.
O incidente não só ilustra a instrumentalização dessas habilidades digitais na política, o que foge totalmente à Ética Hacker, mas também evidencia a moral ambígua que pode emergir na cibercultura. Embora os crackers possam ver a si mesmos como agentes de mudança ou protesto, as ações de Zambelli revelam como a ética hacker pode ser também subvertida.
Dicionário: Crackers não se diferenciam de Hackers no que diz respeito às habilidades: seu conhecimento pode ser exatamente o mesmo. O que muda é a intenção de suas ações.
A desinformação na política não é algo recente na história brasileira. No entanto, campanhas de difamação na internet e ataques massivos também têm se tornado comuns, utilizando-se de estratégias como bots que amplificam essas narrativas polarizantes ao simular trending topics e espalhar de forma massiva conteúdo falso nas redes sociais.
Esse fenômeno prejudica a qualidade do debate democrático, e perpetua um ciclo de hostilidade que dificulta a construção de consensos. A ética hacker, nesse sentido, é pervertida, pois suas potencialidades criativas são manipuladas para ataques pessoais e deslegitimação do outro.
Além das práticas de cracking, a análise do papel das redes sociais e das plataformas digitais neste contexto é crucial.
As ferramentas certamente poderiam servir para a promoção de diálogo entre diferentes visões políticas, convergindo para um bem comum, mas a programação do algoritmo, que prioriza o engajamento acima da veracidade, contribui para a criação de uma "bolha", onde os usuários se cercam de informações que reforçam suas crenças e alimentam a tolerância a seus opositores.
Se fortalece, então, o apelo para que os hackers sirvam de pilar fundamental da democracia, uma vez que a manutenção da liberdade individual só é possível quando esta democracia é prioridade. Um cenário onde a soberania se enfraquece é desfavorável para toda a nação, e o hacker pode ser a chave para manter o equilíbrio entre a tecnologia e a democracia.
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