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O sonho
Neste último capítulo, pessoas voam pelo céu de Taitara. A 1ª vez que Lucas viu um homem voando foi quando estava em uma torre na cidade. Esta torre pode estar ligada ao sonho que o garoto teve no capítulo 7. Neste, seu tio Baltazar comemora a construção de uma torre, junto a reis barbudos. O homem voando, visto na torre, não estava no sonho, mas também é um elemento irreal, fantástico. Desse modo, a existência de elementos de um sonho, como a torre e o voo, dentro da realidade, pode nos dizer que a realidade já se confude com um sonho. Isso porque o sonho da existência da liberdade já está por vir. O final do livro é extremamente aberto, mas esses elementos podem nos indicar um possível feliz desfecho. Esse livro está cheio de símbolos, nunca se sabe o que pode acontecer, mas esperamos o melhor para os de Taitara.
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Utopia no final de SRB
Utopia, o conceito de um mundo ideal, pode ser visto como um elemento positivo no capítulo final deste livro. Muitas vezes, a noção de utopia é vista como algo ruim, como uma ilusão, uma negação do mundo real. Porém, neste livro, a utopia, representada pelo voo repentino de diversos moradores de Taitara, é vista como um primeiro passo em direção à mudanças. Antes de algo mudar, é necessário pensar, sonhar com esta mudança. Assim, o voo, elemento utópico, aparece como um sonho coletivo, como a união da cidade em direção à mudança para uma realidade melhor. A Companhia já não é mais capaz de controlar o voo, o que revela uma vitória desse povo, que após muito resignar, foi capaz de caminhar e vencer desafios.
Uma música que traz bastante esse sentido de mudanças, de libertação é Breaking Free, do filme High School Musical. Apesar de ela aparecer em um contexto bem menos significativo, ainda acho que ela é válida. Aqui: https://open.spotify.com/track/5zQ1Wq6HNYjGZWkVv5P8Eg?si=NZbMla4xSdC_oIZxc0oSSg
Trechos (traduzidos) :
“Nós estamos planando, voando
Não existe nenhuma estrela no céu
Que nós não possamos alcançar
Se tentarmos
Então estaremos nos libertando”
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Cavalos no armazém
Este livro está cheio das simbologias e de polissemia, portanto, este capítulo não poderia ficar de fora. Neste, durante uma terrível chuva, dois cavaleiros chegam ao armazém e colocam seus cavalos dentro do estabelecimento, os quais acabam fazendo suas necessidades. Podemos interpretar esse acontecimento como a marca de que haverá a vinda de algo inevitável, que, assim como as necessidades naturais dos cavalos, não podem esperar, e quando se acumulam, vêm em montes. O que está por vir pode ser, finalmente a revolta dos cidadãos oprimidos de Taitara, que vem tardando, mas, se vier como as necessidades dos cavalos, virá com força.
Além disso, a saída dos cavalos da chuva pode ser associada com a expressão popular brasileira “tirar o cavalinho da chuva”. Esta significa se desiludir, parar de cultivar pretensões e poderia se relacionar com a Companhia, um aviso para que esta “tire seu cavalo da chuva” e pare de acreditar que está 100% em controle, quando uma possível revolta está por vir.
Imagem: https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn%3AANd9GcRr66nsgEPBorH_MtQ_r22wv7MWKgqOz-OX_gLm6X4rU6AYakkK&usqp=CAU
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Capítulo 8 - Cavalos na chuva
Neste capítulo, o pai de Lucas parece estar muito perto de realizar um sonho, mas até parece que alguém jogou algum tipo de bruxaria nele, porque absolutamente nada dá certo! O homem tenta conseguir materiais para finalizar seu armazém, mas ninguém parece querer ajudá-lo, há sempre uma desculpa esfarrapada. Ele até tenta ir a outra cidade, porém sua compra é barrada e ele é preso por “contrabando” pela Companhia, lugar de onde este infeliz homem se demitiu. É claro que não houve nenhum crime, uma vez que levar produtos de uma cidade à outra nunca foi proibido. Podemos perceber que há uma espécie de perseguição ao pai de Lucas, por parte da Companhia, que deseja prejudicar o homem, quem é um ex-aliado. É possível associar esta situação com um regime ditatorial, em que aqueles que não se aliavam ao governo eram caçados e prejudicados, punidos de formas brutais. Este livro manda umas indiretas relativamente diretas para criticar regimes desse tipo, esta é apenas uma de dezenas delas . Por fim, não sabemos o que a Companhia vem fazendo com o homem após sua prisão, mas creio que, se pode ser relacionado com uma ditadura, posso afirmar que, com toda a certeza não é nada de bom.
Acho que ditadura é um tema bem pesado, então eu recomendaria ouvir uma música mais animada, que me lembrou um pouquinho do tema discutido. Ouça :
Mariah Carey - Obsessed
https://open.spotify.com/track/5EGPf0nqO7vEIwsOX6Er98?si=a4NlWoL4TPKFtQyaop37eQ
Trecho: “Por que você está tão obcecado comigo?”
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Capítulo 7 - O Caderno Proibido
Neste capítulo, Lucas vai à casa de Tio Baltazar. Quando chega, está exausto e acaba dormindo imediatamente. Ele sonha com seu tio se tornando um rei barbudo, por ter construído uma grande torre. Nesse sonho, a realidade era bem melhor, seu tio estava saudável e no poder, como um dia foi. Eu acredito que o fato de Baltazar ter sido coroado como um rei após ter levantado uma torre, representa para Lucas uma época em que o tio havia construído a Companhia, tinha poder e tudo era bom. Era um tempo em que todos admiravam o homem e respeitavam o garoto. Esse sonho revela como o menino deseja que as coisas ainda fossem.
Eu acho que podemos relacionar esse sonho com uma música do filme da Cinderela: “A Dream Is A Wish The Heart Makes” ou em português “Um Sonho É Um Desejo D’Alma” https://youtu.be/1i8XVQ2pswg
youtube
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O Grande Uzk
“Pois esse homem que nos distraiu tanto, a ponto de desviar inteiramente a nossa atenção das dificuldades com a Companhia, está ameaçado de nunca ter vindo aqui.”
“Quando um governo oferece algo que a população quer, com o objetivo de apaziguar as possíveis revoltas, chamamos o fenômeno de pão e circo.” https://www.todoestudo.com.br/historia/pao-e-circo/amp
Eu acredito que a intenção da Companhia, ao trazer o Grande Uzk à cidade foi distrair a população dos problemas reais, estabelecer uma política parecida com a do pão e circo, usada na Roma Antiga e que aparece em governos ditatoriais. O esquecimento por parte da população pode ter sido uma estratégia da Companhia para dar atenção a um assunto irrelevante, em vez de o que está acontecendo na cidade. Ao verem as mágicas de Uzk, a população pode ter viajado para tão longe de suas realidades que não se sabe mais o que é real ou não, como a presença do mágico. Essa distorção da realidade beneficia a Companhia, pois faz com que o povo esteja ocupado demais em entender o que aconteceu e o que está acontecendo para questionar as novas medidas. As regras impostas pela Cia podem ser como um porto seguro para aqueles que estão confusos, pois representam algo fixo, que organiza a sociedade. Nessa leitura, não tenho certeza de nada além do fato de que existem segredos muito obscuros por trás da Companhia.
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Capítulo 6 - Pausa Para Um Mágico
Neste capítulo, o pai de Lucas sofre uma mudança muito drástica em seu comportamento. Ele passa de um pai distante, ocupado com o trabalho e defensor da Companhia para um pai presente, que cuida da família e não fala do trabalho sete dias por semana. Eu achei um tanto suspeito. Não vejo como este homem teria uma mudança tão rápida de personalidade a não ser que tivesse uma intenção ou estivesse sendo controlado pela Companhia. Eu quis trazer essa imagem da Rainha Má, da Branca de Neve. Talvez o pai de Lucas seja como ela: muda por fora, mas nunca por dentro, nunca seus verdadeiros pensamentos.
imagem: https://images.app.goo.gl/CCACsBWBNoWTQ8js7
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Resignação
Livro - “Nossa vida voltou à triste rotina de fitar muro, praguejar contra muro — e esperar por algum acontecimento indefinido que nos tirasse desse molde.”
“Do hábito da resignação nasce sempre a falta de interesse, a negligência, a indolência, a inatividade, e quase a imobilidade.” - Giacomo Leopardi
“Não mude nada e nada irá mudar.”
“O mundo não será destruído por aqueles que fazem o mal, mas por aqueles que os olham e não fazem nada.” - Albert Einstein
“A resignação é um s**cídio cotidiano.” - Honoré de Balzac
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Capítulo 5 - Cruzes Horizontais
Neste capítulo, é possível notar uma mudança de estado do pai. No começo, como no capítulo anterior, ele se apresenta imponente e exigente, sempre desejando ser tratado como uma figura superior. Porém, após Lucas contar à cidade que os binóculos seriam confiscados e após a Companhia perder a confiança em seus fiscais, por terem revelado estas informações, o pai do menino passa a ficar desanimado e preocupado, nem se importando mais com a qualidade de suas roupas, o que antes era muito importante para ele. Essa mudança tão veloz de estado me faz acreditar ainda mais que a Companhia está envolvida com algo muito sinistro e que suas punições vão bem mais longe do que apenas avisos ou ameaças. Algo kafkiano está por vir.
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A cidade e os urubus
Tim Maia - Gostava Tanto de Você
https://genius.com/Tim-maia-gostava-tanto-de-voce-lyrics
“Não sei por que você se foi
Quantas saudades eu senti
E de tristezas vou viver
E aquele adeus não pude dar
Você marcou na minha vida
Viveu, morreu na minha história
Chego a ter medo do futuro
E da solidão que em minha porta bate”
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Capítulo 4 - Muros muros muros
Neste capítulo, muros surgem na cidade, da noite para o dia, sem nenhum aviso ou vestígio do porque teriam sido construídos. Acredito que estes foram feitos pela Companhia, para controlar o povo da cidade. O que me fez acreditar nisso foi o estranho comportamento do pai de Lucas, que trabalha lá, principalmente quando diz que os funcionários não estavam “andando na linha”. Me disseram que este livro teria alguns elementos kafkianos, portanto acho que algum tipo de projeto maligno está se passando dentro da fábrica e mesmo os funcionários se recusam a cumprir com este. A Companhia tem de garantir, por meio dos muros, que todos se comportem para que não haja denúncias e este projeto dê certo.
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Pai de Lucas
Neste capítulo, o pai do protagonista consegue um alto cargo na Companhia. Ele passa a ser respeitado, não por ser uma boa pessoa, trabalhador como Baltazar, mas sim pelo medo que impunha nas pessoas. É uma situação que faz referência à de ditadores, os quais mantém seu poder por meio da opressão e do medo, não pela admiração. E este medo não é apenas ficcional, é criado por meio do modo que os funcionários da Companhia são tratados pelo pai, que é um fiscal, os quais poderiam representar a população nas mãos de sistemas opressivos, que é reprimida ao agir contra o governo.
imagem: https://knowyourmeme.com/memes/i-understood-that-reference
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A Companhia
No início, a Companhia estava indo maravilhosamente bem. Todos “endeusavam” o fundador, o tratavam como um rei ou santo. Os colegas de Lucas tinham inveja dele, por ter Baltazar como tio. Porém, no final do 3º capítulo há uma confusão, uma movimentação suspeita na companhia e Baltazar vai embora da cidade, para o tratamento de uma doença. Estes acontecimentos com certeza irão mudar a visão de todos sobre a Companhia.
imagem: https://www.crosswalk.com/blogs/joe-mckeever/what-it-means-to-praise-god-and-why-it-s-good-for-us.html (o texto em cima da imagem foi editado por mim)
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Capítulo 3 - A Partida
“Da parte de Tio Baltazar isso não era muito notado porque sendo ele um homem rico, podia passar por cima de muitas coisas e fingir que não percebia outras. Já meu pai, sempre às voltas com probleminhas miúdos, era mais desconfiado, mais pronto a tomar o pião na unha.”
Acredito que esta frase representa bem este capítulo. O pai de Lucas via problemas e acreditava que o pior poderia acontecer, já o tio, sendo rico e poderoso, não prestava atenção a isso. Acho que essa falta de atenção pode ter levado ao clímax do capítulo, em que algumas pessoas correm em direção à Companhia e outras estão confusas, interrogam todas que vem de lá.
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Capítulo 2 - Um homem correndo
Esse gif representa os leitores ao lerem: “Meu pai vivia correndo naqueles dias; se ele soubesse para onde estava correndo, teria moderado o passo.” Eu suspeito do dr.Marcondes, porque, no fundo, ninguém é assim tão amigável e simpático. Acho que ele está planejando algum tipo de fraude para sair ganhando. Espero que eu esteja enganada.
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Capítulo 1 - A chegada
Era assim que Lucas via seu tio antes de conhecê-lo. Acho que essa quebra de expectativa mostra um pouco do pensamento infantil do garoto e nos ajudará a ver um possível amadurecimento do menino ao longo do livro.
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Photo
Assistindo o vídeo, eu consegui entender que histórias/situações “kafkianas” têm como principal característica uma visão absurda, mas que contém um fundo de verdade, de situações cotidianas. Kafka, em suas narrativas, mostrava o quão focadas as pessoas estão em suas obrigações, o quanto elas mesmas se prendem em situações desconfortáveis e a falta de sentido que existe nisso, quando observamos de fora. Portanto, algo “kafkiano” é aquilo que, por meio do absurdo, relata um pouco da realidade.
Imagem: capa do Ted Talk assistido em aula
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