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━━━━━━━━━━━━ Reegan escutava com atenção, divertindo-se com a indignação alheia. "Sacrifícios devem ser feitos, huh?", indicou para a festa clandestina. Essas festas eram sempre frequentes quando Reegan tinha os seus vinte anos e imaginava que faziam parte da cultura do Acampamento Meio-Sangue. "Fica tranquilo, ninguém vai molhar o rolê, 'tá tudo sob controle", garantiu e pegou o copo da mão alheia. Havia deixado o seu em algum canto daquele lugar e vinho estava sendo muito bem vindo. Além do mais, ele lembrava muito seus colegas do exército. "E ninguém vai encher o cu de cachaça sozinho enquanto eu estiver presente, isso eu te garanto! Só não vomitar em mim ou no meu tênis e tudo certo."

ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤopen starter / party .

˚。 ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ━━ fiquei de monitor infantil a tarde toda. ━━ ia contando para MUSE enquanto enchia o copo com vinho. até a boca, quase derramando mesmo. ━━ até dei meus doces pra distrair um dos mini curiosos! ━━ e ainda estava indignado por isso. lynx era uma bela formiguinha e prezava muito por seus doces.━━ acho bom ninguém fazer uma merda muito grande e me obrigar a acabar com tudo… eu tô muito a fim de ficar manguaçado. ━━ ali, falava como patrulheiro, também. independentemente da situação, não podia sair da função, nem por um momento de lazer. ━━ aqui, bebe comigo! não tem graça encher o cu de cachaça sozinho. ━━ acrescentou quase imediatamente, passando seu copo ainda exageradamente cheio.

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━━━━━━━━━━━━ "Nunca jogou?", perguntou incrédulo. Reegan considerava beer pong parte da construção de caráter de qualquer adolescente normal... Ainda que não fosse adolescentes normais, se estavam ali dentro. E tampouco era um adolescente. Mas um pouco de diversão não faria mal a ninguém. "Fechado! Só não vale se afogar na cachoeira... Não quero ser obrigado a salvar ninguém", alertou numa risada divertida. Então, começou a montar os copinhos. "Eles ficam em formato de pirâmide", explicou rapidamente. "E, claro, damas primeiro."

Eunwol observava a partida de beer pong de alguns semideuses enquanto bebia sua terceira (ou quarta?) taça de vinho. Comeu alguns petiscos, aprovou e reprovou alguns doces, mas enquanto esperava algo - nem ela sabia o quê -, começou a andar pela festa antes que se sentisse entediada o suficiente para voltar a seu chalé, ainda tinha que parabenizar algumas pessoas.

"Jogar?", olhou para o lado e sorriu de lado para o filho de Hefesto. "Eu nunca joguei isso, na verdade", falou, as palavras saindo por seus lábios sem muito filtro. Riu de si mesma. "Você tem uma proposta, certo?", refletiu e cerrou os olhos, se referindo ao que ele acabou de dizer. "Por que não fazemos assim: se eu ganhar, um de nós tem que dançar uma música inteira no meio de todo mundo", riu mais uma vez, achava sua ideia brilhante. "Se você ganhar, eu pulo na cachoeira", arqueou as sobrancelhas, desafiadora. "Que tal?"

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━━━━━━━━━━━━ Reegan riu. Não iria discordar da mulher, se ela tinha tamanho apreço pelas roupas que não suportariam a água da cachoeira. Então, arqueou as sobrancelhas. "Quem perder, tem que dançar no meio de todo mundo o passo mais vergonhoso que conhece", sugeriu novamente.

˚。 ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ━━ de jeito nenhum! ━━ alethia exclamou sem hesitar, ao perceber que era com ela que o homem falava. ━━ olha só como estou vestida. até parece que vou arruinar tudo por um beer-pong... ━━ disse, categorica. as peças erma delicadas, não tinha intenção de estragá-las, se pudesse evitar. ━━ pense em outra punição e eu jogo com você.

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starter aberto!

reegan is with you

na festa dos líderes . . .

━━━━━━━━━━━━ Reegan largou alguns pacotes de salgadinhos em cima da mesa de guloseimas; não era o mais saudável de todos no quesito alimentação, principalmente agora. Festas normalmente divertiam o filho de Hefesto e ele sorriu, olhando para a mesa de beer pong, uma taça de vinho na mão. Então virou-se para MUSE, riso entre os lábios. “E aí, ‘bora jogar? O perdedor entra de roupa e tudo na cachoeira”, sugeriu. Definitivamente, havia deixado de lado a figura de capitão por alguns momentos.

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REEGAN DE'LUCA, festa dos líderes.

o mais simples do simples, homem básico, bonito e cheiroso. essa costuma ser a vibe que reegan passa quando vai em festas. a dog tag pendurada em seu pescoço é ostentada com orgulho e o sorriso fácil não deixa seu rosto, assim como o dunk low verde da nike não sai de seu pé.

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POV, o filho de Hefesto clama pelos deuses.

Havia certo comodismo no Acampamento Meio-Sangue. 

Mesmo treinando tanto, ou até mais, quanto no Exército. Reegan percebia a forma como seus ombros relaxavam, tranquilizavam mais facilmente. Não era preciso viver sempre em constante modo de fugir ou lutar. Por isso, prezava tanto pelo local, pela sensação familiar, mesmo que distante do que aquilo que seu coração buscava. A verdade é que embora o Acampamento tenha sido seu santuário por nove anos, Reegan já não era mais a mesmo criança perdida e incapaz de lutar por si mesma, sem saber o que buscava. 

Não…

Agora era um adulto, que sabia lutar por si mesmo, capaz de tudo, o que não o tornava menos perdido.

Estava sempre na beira entre sentir-se culpado por rejeitar um lugar como aquele, onde a calmaria costumava reinar, onde haviam ficado seguros por muito tempo, mas, ao mesmo, querer algo além das barreiras mágicas do Acampamento, querer algo além do que diziam sobre os semideuses gregos e a incapacidade deles de chegar aos 20 anos. Afinal, tinha completado 31 anos. Um caso à parte, muito além da expectativa de vida dos meio-sangues comuns. Tinha tido baixas, não só no exército, mas no Acampamento também. Tinha sentido suas perdas pessoalmente, principalmente durante os dois períodos conturbados que experienciou. Seu braço, sua audição perdida e as diversas cicatrizes — tanto dos monstros, como das balas — lembravam-no disso diariamente.

Ele segurou sua dog tag com força. Seus pertences haviam sido reduzidos a um quase nada, nesses anos de viagens extremas. Sabia viver com pouco. Mas ainda tinha apego às cartas trocadas por sua mãe e era uma que segurava em frente a fogueira. Não sabia ainda o que pediria aos deuses, tampouco sabia se pediria algo, de fato. Mesmo assim ele estendeu o papel que guardava tão próximo ao peito e assistiu.

O eu te amo na caligrafia de sua mãe demorou a queimar, mais do que o normal, mesmo assim, esperou pacientemente. Quando fechou os olhos, o mesmo arrepio fugaz correu seu corpo, como sempre, preparando-se para talvez ser ouvido. Não chamava por um deus específico em suas preces, apesar de esperar que, ao menos, Hefesto lhe respondesse, mas sim por todos eles, queria que fosse ouvido pela maioria do panteão grego.

“Peço, em nome de todos os semideuses nesse Acampamento, que os benevolentes deuses, possam nos guiar durante esse momento de escuridão; que os benevolentes deuses gregos se tornem a luz e a esperança…”, murmurou baixinho, olhos fechados. Não importava quantas vezes o fazia, sempre sentia-se um pouco idiota no caminho. Mesmo assim, não negaria esforços para que saíssem daquela, pelo menos, inteiros.

Reegan suspirou.

“O melhor presente que poderíamos receber, apesar de pouco merecedores, é a sabedoria para lidar com tempos conturbados”, além disso, o filho de Hefesto também sabia que, em sua maioria, os deuses do panteão grego, tinham certo apreço por serem vangloriados e costumavam gostar quando os semideuses faziam pouco caso da existência deles mesmo perto das divindades. “Hoje, nesse Acampamento, encontro irmãos, amigos e colegas que, embora não se provem dignos da glória à todo momento, merecem uma vida além das conturbações”, aquele, ali, era um pouco da sua raiva.

Sempre sentia-se daquela forma. Palhaçada.

“Que olhem com carinho para seus filhos, primos e irmãos”, murmurou uma última vez.

Era humilhação demais. Reegan vinha se tornando menos e menos crente na generosidade da maioria dos deuses gregos.

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━━━━━━━━━━━━ Com o cigarro em mãos, deu uma única tragada, deixando queimar, expulsando a fumaça para longe. Reegan não tinha o hábito de fumar, mas podia facilmente entender os motivos pelos quais Ian se apegava ao vício. Deu ainda uma última olhada no cigarro, antes de apagá-lo no chão. Deixou que ele falasse, observava-o com atenção, o choro não passaria despercebido pelo olhar treinado do mais velho, tampouco sua angústia. "Eu sinto muito", repetiu, como se isso pudesse surtir algum efeito. Era difícil vê-lo daquela forma, então sentou-se, na frente do filho de Melinoe, jogando o cigarro para longe e pegou a mão de Ian nas suas, apertando-a, deixando claro que estava ali. "Ei", chamou, sua voz calma e delicada, estudando a situação com tranquilidade. Não podia deixar se afetar. Tinha que saber agir nessas situações. Era seu trabalho, afinal. "Me diz como te ajudar. Você não está mais sozinho..."

Ele tentava ao máximo não olhar para Reegan. Não gostava de ter que encontrar com ele agora naquele momento, sua cabeça estava uma bagunça, seus poderes estavam se descontrolando, tudo estava indo para os ares e agora estava sendo responsável por tanta coisa e nao conseguia nem tomar conta de suas próprias coisas. E lá estava Reegan, o lembrando de como foi estar sozinho novamente. Ser jogado a tudo, ser abandonado novamente. "Não. Você não abandonou ninguém, você foi servir, não é?" Ele disse, usando as palavras do outro, tentando não se sentir afetado com a voz e o tom do outro. Ele viu a mão e por alguns segundos hesitou, se virando para ele. "Esta tudo um caos aqui, eu..." E sentiu uma unica lagrima cair e se desviou do rosto do outro, tirando o cigarro e dando para ele. "E você acha que eu me encaixo?" Perguntou depois de alguns segundos, não virando para ele. "Essas coisas não param mais... Desde que você.... Desde muito tempo, eles não param, eles ficam mais alto e mais..." Ele coçou a sua cabeça, afundando sua cabeça entre suas pernas.

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━━━━━━━━━━━━ Com um suspiro, Reegan se abaixou, acocorando-se na frente de Ian. "Se está querendo dizer que abandonei alguém, use suas palavras", a firmeza em sua voz era resultado dos anos servindo, mas a suavidade nos olhos denunciavam o carinho que tinha pelo mais novo. A própria culpa que tinha sobre seus atos falava alto. Ele estendeu a mão, um pedido silencioso para pegar o cigarro que estava entre os dedos de Ian, e abaixou a cabeça. "Ian...", o cabelo caiu sobre o rosto e Reegan procurou as palavras. O que dizer? "Eu sinto muito se é o que te fiz pensar, mas não quis deixar você aqui... Eu... Eu não me encaixo aqui."

Ian havia recebido as cartas do outro, e bem, estaria mentindo se dizesse que havia fingido não receber algumas por pura raiva de Reegan. Era algo irracional e ele não entendia muito bem o porquê, mas ele nem conseguia olhar para Reegan direito naquele momentou. Deu um trago no cigarro, parecia uma criança desafiando o outro. "Sumiu…E deixou todo mundo aqui." Ele disse, mas havia sido de tanta criancisse que ele mesmo balançou a mão se parando. "Deixa para lá, você fez o que era melhor para você."

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REEGAN DE'LUCA, son of hephaestus.

life is old there, older than the trees. younger than the mountains, growing like a breeze. country roads, take me home to the place I belong. […]

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━━━━━━━━━━━━ Ah, Reegan arqueou as sobrancelhas. Ele tinha dificuldade em saber os motivos pelos quais Ian vinha o evitando, mantendo distância, principalmente, levando em consideração, o quão próximos eram antes de se juntar ao exército. Lá estava sua resposta. "Só que... Eu não sumi", disse rapidamente. Não mentia. Tinha escrito cartas e tudo mais. "Eu estava servindo...", uma explicação simples, testando o terreno. "E você não precisava ter voltado a fumar."

Sua relação atual com Reegan era estranha. Bem, ele ainda não havia superado muita das coisas que envolviam o homem. Ele ter o largado sozinho era a coisa principal. Desde que ele voltou, tentava ao máximo não se encontrar com ele e parecia que quando decidiu fazer algo que não deveria, o outro apareceu como um mandado dos deuses. "Ah…" Ele tentou disfarçar, ao mesmo tempo que estava irritado com ele, ainda sentia uma pressão do jeito que ele encarava ele. "Sim…" Ele gaguejou, tentando ser confiante. "Muita coisa mudou desde que você sumiu." Ian sabia que estava sendo infantil, mas não conseguia se segurar.

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━━━━━━━━━━━━ Reegan tinha um sorriso no rosto, fácil, de criança, como quem havia acabado de se encontrar novamente. Ao menos, era como se sentia, estando de volta, com Helena ao seu redor. Sua irmãzinha era capaz de fazê-lo sentir-se em casa num passe de mágica. "Estou!", comemorou, ainda com ela em seus braços, erguendo-a brevemente do chão, como fazia quando mais novo, então observou as braçadeiras. "Eu... Soube. Já me contaram... Tudo", confirmou, assentindo brevemente enquanto distanciava-se, apenas o suficiente para observá-la. Fazia muito tempo desde que haviam se visto, dez anos, mas os mesmos traços de criança continuavam no rostinho da outra. "Isso, uhh", titubeou. Bem, ela já havia visto o mecanismo e era inteligente o suficiente para deduzir a realidade. Não tinha motivos para esconder. "Foi durante o exército... Enquanto estava servindo... Aconteceu uma fatalidade, em campo", não queria dar motivos para que ela se preocupasse, tampouco chamar atenção para o acontecido. "É um mecanismo para me ajudar manter a movimentação do meu braço esquerdo", explicou, então, dessa vez, aproveitando da distância entre eles para mostrar os fios de bronze celestial que se esticavam até a ponta dos dedos. "Viu? Bem legal!"

A tensão pós-natal ainda pairava no acampamento, o que fez com que Helena intensificasse ainda mais seus treinos, temendo outro encontro com a Quimera. Havia acabado de voltar para o chalé, seu machado descansava apoiado a cômoda enquanto retirava o restante dos aparatos de luta dos punhos. A voz que ouviu vindo da entrada a fez sentir um arrepio, como se tivesse sido levada para outro momento. O cenho se franziu ao perceber que continuava no mesmo lugar, até erguer o olhar e encontrar o irmão mais velho a encarando. "Reegan?" questionou soltando um riso surpreso. Não tinha dúvidas de que era ele, apesar do cabelo comprido. "Não acredito que está aqui!" exclamou praticamente lançando-se nos braços do mais velho para retribuir o abraço. "Estou...bem. Sem colocar fogo nas coisas por um tempo." brincou, indicando a braçadeira em seu braço. "Você soube o que aconteceu?" perguntou, temendo ser a pessoa que precisaria atualiza-lo dos últimos acontecimento, afinal eram praticamente 10 anos de atualizações desde a última vez que haviam se visto. "O que é isso? Tá tudo bem?" questionou ao perceber o pequeno mecanismo escondido entre os fios escuros.

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━━━━━━━━━━━━ "Tudo bem!", murmurou. Não se importava com a demora, apesar de que ela havia feito crescer certa ansiedade no peito de Reegan. Ansiedade em vê-la. Ele sorriu, assentindo, a mão esquerda no bolso para disfarçar o fato de que já não conseguia mais movimentá-la. Entretanto, Reegan não cansaria de estudar uma maneira de consertar seu próprio corpo. "É completamente diferente... Às vezes, me sinto um espião do lado de fora... Às vezes, parece que não tem mais lugar para mim lá", comentou tão distraído quanto poderia. Seus olhos se preocupavam em observá-la e o coração tentava à todo custo escapar pela boca. O cabelo, curtinho, denunciava que faziam poucas semanas desde que havia se afastado do exército.

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FLASHBACK

"Desculpa o atraso... Tive uma pequena emergência no hospital" murmurou apressada ao alcançar Reegan no local em que haviam marcado, após o encontro breve. "Não é um pouco estranho falar assim? Sabe, de um emprego normal com alguém que..." sabe que não somos normais - ou humanos. A pergunta se interrompeu ao que Juliet franziu o cenho em um caretinha confusa e soltou um risinho. "É quase como se a gente se conhecesse de outra vida" completou. Reencontrar alguém do acampamento lhe trazia um misto de sentimentos e pelo o que conhecia do desejo de Reegan de viver fora do acampamento, desconfiava que ele entendia aquela sensação.

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━━━━━━━━━━━━ Reegan não podia evitar, divertia-se com a mais nova e com as brincadeiras feitas por ela. Então riu, balançando a cabeça. "Jamais pensaria isso de você", explicou-se rapidamente, corrigindo seu erro inicial. Se dizia estar cansada, quem era Reegan para negá-la? Conhecia cansaço e fome de perto, então apenas recolheu as espadas que ela havia derrubado, levando-as até um banquinho mais próximo. Checando o relógio no pulso, concluiu. "Ainda não perdemos o horário de almoço, vamos!", chamou-a, mão direito envolvendo o pulso dela enquanto começava seu caminho para longe do treino e para mais perto da comida. "E eu nunca deixaria você morrer, Tetê, é isso o que você pensa de mim?", retornou a pergunta com um sorriso presunçoso, uma sobrancelha arqueada e divertimento em suas expressões.

mais   alto   que   seu   suspiro   de   indignação   ,   apenas   o   ronco   de   seu   estômago   provando   que   ,   daquela   vez   ,   não   se   tratava   apenas   de   uma   desculpa   !   oras   ,   era   alguém   que   honrava   seus   compromissos   !   mas   também   ainda   era   meio   humana   e   se   cansava   .         ❝         é   isso   que   você   pensa   de   mim   ,   capitão   ?         a   alcunha   zombeteira   vem   acompanhada   de   uma   continência   igualmente   sem   seriedade   ,   as   espadas   —   as   quais   vinha   se   obrigando   a   usar   em   alguns   treinos   para   ampliar   seu   leque   de   possibilidades   diante   de   uma   desgraça   como   a   de   algumas   semanas   atrás   —   são   largadas   ao   chão   com   pouco   cuidado   e   mais   drama   do   que   o   necessário   .         ❝         mais   vinte   minutos   aqui   e   eu   juro   que   morro   ,   você   me   mataria   .   como   ia   viver   com   esse   peso   ,   uh   ?   ah   ,   por—   caramba   ,         se   corrige   no   último   instante   ,    um   sorriso   travesso   agraciando   suas   feições    ;   ao   menos   ele   não   poderia   dizer   que   ela   não    respeitava    os   mais    velhos   ,         ❝         perdemos   o   horário   do   almoço   ,   não   foi   ?   veja   só   .   morte   !

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━━━━━━━━━━━━ Não demorou mais que cinco segundos para calibrar o mecanismo e conectá-lo novamente ao seu lobo temporal. Ele a observou com atenção, o suor não facilitava a reconexão, mas também não dificultava a ponto de impedi-la. "Creio que sim", assentiu. Não se considerava um especialista, apenas era o que fazia, dentro e fora do Acampamento: resgate. E gostava, amava o que fazia. "Foi realmente uma fatalidade, ninguém estava esperando que aquilo acontecesse", assentiu, ademais, Reegan nem estava presente no incidente. Chegou depois, quando era tarde demais. "Bom, estou fazendo o possível para descobrir qualquer coisa, mas como não temos nem mesmo uma base sequer, fica difícil. Principalmente, levando em consideração o estado em que ele se encontra...", ali estava, a seriedade de um antigo Capitão das Forças de Operações Especiais. Era algo comum: sempre que seu corpo sentia que estava trabalhando, até mesmo sua postura mudava... Ereto, com as mãos se encontrando em frente ao corpo, pernas espaçadas e cabeça erguida, pronto para passar e receber ordens.

#                 ──────               Acompanhar o treino de outros campistas podia ser tão enriquecedor quanto a atividade do próprio corpo, por este motivo era comum que Aurora agisse como espectadora durante a prática de alguns deles, exatamente como fazia naquela tarde. Sua mente tampouco parava de trabalhar, avaliando os mais diversos assuntos. Por vezes, seus pensamentos escoavam pela boca, como um vazamento inevitável, levando-a tecer comentários inoportunos. O arrependimento por eles existia, mas sempre honrava as próprias palavras. ── Não é você que é conhecido como um especialista em identificar semideuses perdidos? ── Respondeu sem hesitar, oferecendo uma justificativa para o que dissera. ── Posso estar enganada... Mas, deixa pra lá, foi apenas uma brincadeira. ── A ausência do humor do timbre e na expressão dificultava tal compreensão. ── Enfim, parece que não existia especialidade capaz de prever ou impedir aquele garoto de trazer os monstros consigo até o acampamento. ── Relembrando o fato, deixou que um suspiro baixo escapasse por entre os lábios. ── Sei que está praticamente catatônico desde o incidente, mas você já tentou descobrir algo sobre ele?

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━━━━━━━━━━━━ "Eu... Ehh, eu não disso isso", Reegan gaguejou de imediato. Demorou a perceber a brincadeira, a manha no tom de voz, não havia treinamento militar que o preparasse para aquele tipo de ironia, então riu, abaixando a cabeça, dessa vez, nitidamente, envergonhado. "Tento ser", admitiu, embora não fosse muito bom em ser romântico, Reegan tentava e gostava de presentear aqueles pelos quais nutria certo carinho. "Não é nada demais, são mais flores de boas vindas mesmo... Ela... Enfim, boas vindas", garantiu, mas sabia que mentia e Giselle saberia também, claro nas maçãs do rosto brevemente coradas.

                   𖹭   ✿  ノノ  então   quer   dizer   que   não   mereço   flores   ?      as   suas   flores   ?   a   tênue   projeção   de   um   bico   é   esculpido   na   feição   de   giselle   ;   são   poucos   segundos   ,   porém   ,   que   são   suficientes   para  camuflar   uma   manhã   fictícia   e   brincalhona   .   o   olhar   curioso   peregrinou   para   as   mãos   do   rapaz   ,   cujos   pulinhos   de   empolgação   decorrem   junto   ao   sonido   discreto   de   palmas   . oh   ,   eu   não   sabia   que   você   era   um   cara   romântico   !   então   suspirou   melancólica   quando    curvou   com   leveza   o   tronco   para   inspirar   do   bálsamo   doce   oriundo   das   pétalas   .     posso   perguntar   quem   é   a   garota   sortuda   ?    isso   é   tão   doce   !    mordeu   o   lábio   inferior   diante   à   curiosidade   ímpar   ,   o   suave   cutucar   na   costela   do   mais   velho   .     alguém   está   apaixonado   ,   uh   ?    ou   são   flores   de   um   pedido   de   desculpas   ?

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━━━━━━━━━━━━ Reegan costumava andar para pensar com clareza. Então, era o que fazia. Andava, sem ter noção alguma do que buscava ou de onde estava indo. Isso, é claro, até perceber apenas a sombra de alguém conhecido. "Hm", disse, olhos atentos ao que Ian tinha em mãos e braços cruzados, não exatamente desaprovando, mas também não tinha nada que gritasse estou satisfeito! em sua expressão. "Fumando, huh?", constatou, passos cuidadosos até se aproximar de fato.

Ian tinha um pouco de vergonha do que estava fazendo. Não deveria, já era um adulto e nunca fazia aquelas coisas em algum lugar que alguém poderia ver ou ser incomodo, mas ainda sim, parecia que estava cometendo um crime. Todo o estresse dos seus poderes e agora como conselheiro, e ainda sentia uma estranha coisa se aproximando que se viu voltando um habito muito antigo. Um habito que havia prometido para todos que o conhecia que iria parar. Estava escondido atrás de um chalé novamente, já tinha se repetido isso algumas vezes durante o dia, e se sentava com o cigarro em mãos. Cabeça na parede tentando relaxar, até ouvir alguém se aproximando. "Ah, oi oi!" (1/4)

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CABIN 9 - HEPHAESTUS.

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