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existe em mim um estado de solidão permanente, que se atenua em determinados momentos, mas todos os dias em que eu acordo ele está lá
ele me acompanha há tanto tempo que já se tornou um velho conhecido
por um grande período da minha vida, quis lutar contra ele
e nessa batalha usei
a fantasia.
é aí que quero me esconder.
trazer a fantasia ao mundo é minha missão
as crianças
organizar.
eu preciso organizar.
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- eu estou com 68kg e queria emagrecer 8kg... mas sabe o que eu percebi? que no começo do ano passado eu estava com 58 e TAMBÉM queria emagrecer 8kg. talvez a questão não seja esses 8kg. talvez seja eu.
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are we there yet? - lost and found
o que fazemos quando estamos dirigindo e percebemos que estamos perdidos?
bem, apesar de cada um possuir suas rotas preferidas, em geral entramos em ruas menores que gradualmente nos levará à rua que estamos procurando.
o mesmo devemos fazer com nossas vidas.
quando iniciamos um processo de maior conscientização a respeito da vida, às vezes podemos cair em um esquema de quase vitimização em que nos culpamos por não termos feito algumas coisas antes como comer melhor, fazer exercícios antes, auto-cuidado...
mas esse esquema nos mantém perdido. o que passou não importa. é importante sua compreensão porém não devemos ficar lá.
assim, como quando nos perdemos dirigindo, ao nos darmos conta de que estamos fora do caminho que desejamos percorrer, tratemos de lentamente tomar nosso rumo novamente.
mesmo um único grau alterado em uma bússola nos levará a um caminho totalmente diferente.
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às vezes sinto que não conheço nada verdadeira e profundamente. sinto que tenho uma boa base formada por pequenos pedaços de informação, como um mosaico, mas que nada disso é profundo.
penso como isso se aplica ao meu próprio conhecimento. cavei tão profundo na minha história passada tentando justificar o que sinto hoje que acabei me tornando refém de minha própria história.
só há uma forma de quebrar essa corrente de maus tratos, e é o fazer diferente.
o passado aconteceu e é importante considerá-lo, mas usá-lo como muleta te fará mancar por toda a vida.
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não aprendemos aquilo que querem nos ensinar. o processo de ensino-aprendizagem não pode ser feito à força. aprendemos quando vemos necessidade, quando nos identificamos e quando queremos saber. é preciso enxergar a importância para se internalizar algo e admiração para servir de combustível até lá.
o conhecimento é um tesouro que não deve ser guardado em um baú: acumulado, de nada vale. seu valor vem do movimento, da troca.
sabedoria é o conhecimento em movimento.
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antes de tentar escrever a respeito de minha maternidade eu preciso parar e olhar para mim. aliás, talvez eu precise fazer exatamente o oposto disso: eu preciso parar de olhar para mim. preciso começar a fazer. já entendi e juntei uma boa parte das peças de meu quebra cabeça, já entendi parte da equação que fez eu ser quem eu sou, já defini para onde quero ir mas mais uma vez eu esbarro e me embosto no mesmo ponto: o fazer. essa é uma das maiores provas que o conhecimento teórico, sem a prova, é como um delicado bibelô: bonito de se olhar mas inútil.
e, pior, eu sei exatamente o que tenho que fazer mas por alguma razão prefiro me enveredar nos trajetos da culpa como se fosse areia movediça.
fazer exercícios. me alimentar bem. dormir bem. meditar.
não é preciso muita coisa e sinceramente elas sequer levam muito tempo. mas por alguma razão não consigo me comprometer a isso.
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31 de dezembro de 2019.
último dia do ano.
e que ano.
(engraçado que antes de escrever eu tenho uma ideia mas assim que começo a digitar a ideia se transforma e passa a fluir)
fiquei muito orgulhosa de mim esse ano.
percebi que a felicidade é algo real e que ela pode sim estar presente em todos os momentos (talvez só não o tempo todo).
entendi que a tal da felicidade não é um santo graal a ser descoberto ou alcançado. a felicidade para mim é fruto do desprendimento de quem eu achava ser para me lançar ao que ainda não sei.
reconheci meu tamanho e me recusei a permanecer em lugares pequenos demais para mim. permiti soltar o que estava engasgado - e tive muita dor de garganta...
aliás, quanta dor. esse ano doeu demais, doeu muito, meu deus como doeu. mas também curou. porque feridas são assim, se você se machuca e não limpa a ferida, ela infecciona. é preciso limpá-la e limpar dói. é tirar o que causou o machucado, é olhar pra ela, limpar e dar seu tempo.
não queria fazer metas para 2020 mas acredito que elas já estão aí.
ser quem sou, fazer o que eu posso, amar como eu amo e curar. sempre curar.
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o ser humano se acostuma.
é isso. simples assim.
o ser humano consegue se acostumar com absolutamente tudo.
hoje somos capazes de viver no gelo, no deserto, em ilhas longínquas, em montanhas e nas florestas.
e por muito tempo isso nos foi muito útil afinal, devido à essa incrível capacidade de adaptação, nos tornamos capazes de superar as adversidades e nos consolidamos como a raça dominante do planeta.
nos adaptamos.
nos acostumamos.
inclusive com o que não devemos nos acostumar.
principalmente com que não devemos nos acostumar.
nos acostumamos a acordar cedo em um pulo quando toca o despertador. a tomar café enquanto dirigimos pro trabalho. nos acostumamos a trabalhar em algo que detestamos apenas para pagar as contas do mês. nos permitimos usar aquele sapato apertado só porque é bonito. a estar naquela relação desgastada. à uma dor nas costas que não passa. ao leve desespero. a não se conhecer mais.
ao grito preso na garganta.
a perguntar que fica é, quanto nos custa o costume? qual parte de nós sacrificamos para termos que nos acostumar?
em que momento você escolheu aceitar o incômodo até que ele se tornou usual?
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'engole o choro' 'menino não chora' 'vai já pro seu quarto' 'uma menina tão linda assim chorando desse jeito' 'é feio chorar'
quem de nós não ouviu pelo menos uma dessas frases em nossa infância?
fomos ensinados desde cedo que existem os bons e os maus sentimentos.
os bons mereciam ser compartilhados com todos, registrados e eternizados na memoria.
os maus eram sentenciados e condenados. eles incomodavam. nós os reprimimos porque são errados de se sentir.
mas emoção é rio que corre. ela não serve para ser represada e sim para dar fluidez à nossa vida, movimento, ação. bem utilizadas servem como uma útil ferramenta de auto conhecimento para você entender a mensagem que estão tentando lhe passar.
emoções são uma ponte que conecta nosso interior ao exterior, porém para entendermos sua mensagem muitas vezes precisamos nos precisamos desligar do que nos rodeia e olhar para o que nos transborda.
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entender seu passado é diferente de ficar nele.
revisitar circunstâncias passadas usando sua visão atual ajuda a esclarecer e soltar (a) nós, estimula a empatia, ressignifica experiências negativas transformando-as em aprendizado.
mas ficar no passado lamentando pelo que poderia ter sido e não foi gera sofrimento.
gera culpa.
gera remorso.
acreditar que não se pode fazer nada com algo que aconteceu a você lhe mantém em um lugar de vítima que necessariamente exige a existência de um culpado.
enquanto há culpa na equação, a possibilidade de responsabilidade individual é anulada assim como a possibilidade de se atingir qualquer nível de liberdade, pois nos prendemos aos papéis que desempenhamos e dependemos deles para definir a quem somos.
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os tempos mudaram.
o tempo passa, o tempo voa, a poupança bamerindus já não existe mais e nem mesmo os velhos tempos são mais os mesmos.
nós não somos mais os mesmos e muito menos a forma como nos relacionamos.
ainda bem.
antigamente era comum que as famílias seguissem m um modelo hierárquico autoritário: o poder era concentrado na figura dos pais, principalmente no pai, enquanto os filhos e mulher obedeciam. ‘manda quem pode, obedece quem tem juízo’ era um dos motes da época. regras e limites eram impostos de maneira unilateral e, caso fossem desrespeitados, muitas vezes as consequências eram castigos físicos. o controle sobre os membros da família era um sinal de respeito portanto uma base validativa de qualidade das relações não importando qual método fosse necessário.
um dos diversos problemas decorrentes desse modelo de relacionamento é que a base que se constrói com o autoritarismo não é feita de amor e confiança mas sim de medo. a criança obedecia por medo das consequências de seus erros não por internalizar o que é o melhor para ela. ela obedecia por ter medo de apanhar, ficar de castigo, até mesmo por medo de perder o amor de seus pais... crescer com esse tipo de insegurança é um fardo muito pesado para uma criança. suas ações tem um peso diferente. na verdade a ideia de que a pessoa mais importante do mundo para você pode deixar de te amar por algo que você fez é um conceito desesperador para qualquer um, sejamos francos.
as consequências disso se refletem em diversas formas. nos índices de depressão, ansiedade, doenças mentais, violências contra si e contra o outro, relacionamentos abusivos dentre diversas outras mazelas humanas. não podemos afirmar que este é o único e absoluto fator que consequencia isso mas, como diz Lia Luft, a infância é o chão sobre o qual caminharemos o resto de nossa vida. é em cima disso que construiremos nossa base de viver com nós mesmos e com o outro.
e saber como esse chão foi fundamentado é de extrema importância para confiarmos em nossos passos. conhecer o caminho que trilhamos para ser quem somos nos ajuda a moldar o caminho que passaremos a seguir.
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às vezes sinto que tenho tanto pelo que agradecer que tudo que consigo fazer é ficar em silêncio e contemplar minha vida.
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temos plena consciência da importância da higiene pessoal em nossas vidas. estabelecemos rituais diários como tomar banho, escovar os dentes, os cabelos, lavamos nossas roupas, vamos à academia para ter um corpo legal...
mas e quanto ao que está por trás? a parte que fornece a sustentação para o todo? também está sendo igualmente cuidada?
por que nosso cuidado não se aplica à nossa higiene mental?
permitimos que pensamentos críticos e auto-destrutivos enraízem-se em nosso dia-a-dia ao ponto de nos confundirmos com seu conteúdo e os assumimos como parte de nossa personalidade.
aceitamos relações desgastadas, empregos exaustivos, amizades tóxicas... aceitamos nos encaixar em um espaço menor do que nós porque em parte acreditamos que é o que merecemos.
o cuidado físico realmente é de vital importância. porém, quando passamos muito tempo olhando para fora, podemos nos perder de onde realmente devíamos olhar.
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saber identificar o que estamos sentindo, dizer ao outro e conseguir direcionar este sentimento são alguns dos aspectos que compõe o que chamamos de regulação emocional. assim como qualquer outra habilidade do ser humano, a regulação emocional envolve um processo de aprendizagem que depende - e muito - do outro. crianças não nascem sabendo identificar que estão com sono, fome, irritadas, tristes e reagem a estes estímulos sem discernimento. cabe aos pais serem guias ajudando-as a deixar de ser termômetro, que varia conforme o ambiente e passarem a ser termostato, desenvolvendo capacidade própria de regulação.
e por que muitos de nós temos tanta dificuldade em lidar com as variações emocionais das crianças? sabemos, na teoria, que eles nada sabem mas por que na prática esquecemos disso na primeira birra?
em parte porque é impossível ensinar ao outro o que não fomos ensinados.
boa parte de nossa geração foi criada com base no ‘engole o choro’. ‘vai para o seu quarto’. ‘criança não tem o que querer’. não fomos ensinados a lidar com nossas emoções. fomos ensinados a suprimi-las e hoje pagamos o preço disso.
como podemos ensinar nossos filhos a manejar a raiva se nós a afogamos com bebida? como vamos ensinar nossos filhos o que é tristeza se ao primeiro sinal a sufocamos com comida? como podemos ensinar a eles a importância e beleza de se olhar para dentro se buscamos frequentemente nos distrair de nós mesmos? queremos uma vida permeada de alegrias mas fugimos e abominamos a outra face da moeda. tratamos de eliminar qualquer que seja o sintoma frente ao primeiro incômodo.
eu não gosto de usar a palavra cura porque seu conceito ocidental é permeado pela noção da ausência: ausência de doença, ausência de dores, ausência de sintomas. e a vida engloba tudo isso. a vida também está em nossas dores, mais do que isso, essas dores muitas vezes mostram o caminho. você sempre carregará suas cicatrizes, elas são as pedras do caminho que Fernando Pessoa falava - mas não precisamos ser definida por elas.
olhar para si e devolver a voz que um dia lhe foi privada te ajudam a contar a sua história como você quer que seja contada; você se torna o autor, não mais o personagem.
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o santo graal do século XXI
tratamos e nos referimos à felicidade como um marco a ser atingido a duras penas, um lugar que chegamos após um longo e tortuoso caminho, o oásis no meio do deserto. ‘quando terminar a faculdade, serei feliz’, ‘quando mudar de emprego serei feliz’, ‘quando encontrar a pessoa certa, serei feliz’. frequentemente atribuímos ao meio exterior a condição de nossa felicidade; não só a outrem, é responsabilidade do mundo como um todo convergir em uma equação exata onde finalmente a obra prima da vida humana, a dita felicidade, será possível de ser atingida.
aí então e só apenas aí então que minha vida terá sentido.
nessas horas me lembro do filme ‘click’ onde o personagem Adam Sandler com um controle remoto alvo da cobiça de muitos adiantava e passava pelos momentos desagradáveis da vida sem vivenciá-los. parece tentador a um primeiro momento mas por mais que a maior parte de nossas experiências hoje possa ser modelada conforme nosso gosto (o ser humano é o único animal capaz de alterar o habit onde vive; alteramos a forma, a temperatura, o cheiro, o som...) não sabemos quando ocorrerão os momentos mais importantes. às vezes é naquela fila do mercado que conseguimos encontrar a solução para uma questão que incomodava há anos atrás. é lavando a louça que você finalmente entende que a culpa não é sua. é lavando a roupa que você consegue o distanciamento necessário para entender que sequer existe isso de culpa e que isto é uma ferramente social forjada especialmente para o controle.
é no aqui e no agora que fomentamos ferramentas que auxiliarão a percorrer nosso caminho. a beleza de uma viagem não se limita a tão só o destino, mas também à estrada que te levou até lá.
o processo é para ser vivido e absorvido em sua íntegra. entender e praticar isso é o santo graal.
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dessa vez era definitivo. eu decidi que ia me matar.
após ter finalmente confrontado meu pai, questionado-o por que raios ele havia me batido tanto na infância (e recebido a derradeira resposta: 'não lembro') percebi que nada que eu fizesse iria curar a dor que eu carregava dentro de mim há tanto tempo. eu fazia terapia desde que me conhecia por gente. tomei remédios, florais, homeopatia, cogumelos, fiz yoga, constelação familiar, academia, acupuntura, shiatsu, comi de forma saudável, acordei às 4 da manhã, visualizei, fiz diário, exercícios, meditei, até respirei! mas parecia que tudo era inútil e eu estava fadada a me afogar no meu próprio drama infantil. não conseguia visualizar o futuro. toda vez que tentava, o passado se atravessava e me envolvia como uma camisa de força. a única visão clara que eu conseguia ter naquela terça-feira era a de uma corda pendurada no banheiro com meu corpo em sua ponta. depois que a sarah nasceu, eu havia me prometido que não me mataria. não confiava em ninguém para criá-la e queria acreditar que ninguém o faria melhor do que eu. mas após os últimos dias eu passei a acreditar que QUALQUER UM seria melhor do que uma mãe cuja estabilidade psicológica era tão confiável quanto uma vela no vento. estava cansada, estava cansada há muito tempo. na verdade não conseguia lembrar de uma época em que não estivesse cansada. os planos de voltar à clínica haviam sido substituídos por visões de a sarah morando com o pai e visitando a avó ocasionalmente. essas ideias que antes me assombravam agora vinham como flashs com a frase 'não parece ser tão ruim assim'. li algumas entrevistas de filhos de pais que haviam se suicidado e estabelecia para mim alguns parâmetros porque não é porque eu havia decidido me matar que eu precisava também acabar com a vida dela (como se o fato per se não o fizesse). não a deixaria encontrar o corpo. deixaria uma carta. várias cartas. deixaria claro que não foi culpa dela. uma citação da virginia woolf, quem sabe? 'devo a você toda a felicidade da minha vida'. até que... ela ficou doente. do nada. 'do nada'. vomitou uma. duas. três vezes. minha mãe enviou mensagem avisando e saí do trabalho às pressas para encontrá-la prostrada na cama, já adormecida. me coloquei ao seu lado, quase que desejando que ela acordasse. desejos às vezes se tornam realidade. seus olhos encontraram os meus e logo ela se aninhou em meu corpo. nessa hora, pensei 'quem ficará ao lado dela quando ela estiver doente? quem massageará seus pés quando ela estiver triste? quem dançará com ela no colo pelo quarto enquanto toca crer-sendo? quem será sua mãe quando ela chamar?' nunca fui adepta da ideia de tornar outra pessoa a razão de seu viver. mas quando a pessoa que você deu a luz, lhe devolve como um presente... não há como apagá-la.
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