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A altivez dos passos diz que é nobre o sangue que corre em CAELAN ALLENCOURT. Sendo ASTUTO e EVASIVO, ele foi escolhido como hospedeiro e protegido da FORTUNA. Aos VINTE E OITO ANOS, cursa o nível DIAMANTE. Sua reputação é conhecida além das fronteiras, e dizem que se parece com PATRICK GIBSON.
BIOGRAFIA
Apesar de sua longa linhagem de membros da nobreza datando de séculos atrás, a origem dos Allencourt pode ser resumida, basicamente, à sorte. Presente na aurora de Aldanrae como Império, Sterling Allencourt, aproveitando as brechas e vácuos de poder do recém instaurado regime, foi o fundador da primeira casa de apostas de Ânglia e responsável por colocar o nome da família no mapa. Na ocasião, o homem era pouco mais do que um trambiqueiro que se encontrou no lugar certo sob as circunstâncias corretas, mas a pequena quantia nascida de suas empreitadas encontrou uma expressiva tração depois de seu casamento com uma jovem nobre, renegada pela própria família. Foi Tabitha quem trouxe a magia para os Allencourt, hospedeira de um deus que pouco se importava com sua nova aliança; ao invés de demonstrar descontentamento pelo desvio da mulher, Loki viu-se até satisfeito com seu entremeio em um antro de manipulação e caos tal qual era o negócio de sua nova família.
Por gerações seguintes, os Allencourt foram hospedeiros do deus nórdico da trapaça e utilizavam de sua conexão com a magia do divino para alavancar os negócios, tendo sido responsáveis pela invenção de diversos feitiços relacionados a manipulação de sorte e previsão de probabilidades. O corte no privilégio veio alguns séculos depois, quando Loki, insatisfeito com a maneira com que a família parecia ter esquecido exatamente quem os levou até o sucesso, à fortuna e à nobreza, fez notar seu descontentamento com o apagão de todos os Seons dos Allencourt. Depois disso, a linhagem mágica da família perdeu muito de sua expressividade, com poucas manifestações do khajalor somente entre algumas mulheres de maneira esporádica e errática ao longo das gerações, sempre hospedeiras de deuses menores; a esse ponto, o que sustentava a família no topo era apenas o poder destas e o acúmulo centenário de riquezas imensuráveis.
Veio como enorme e justificada surpresa quando, sete gerações após o abandono de Loki, a magia tornou a despertar em um homem da família Allencourt. Em subversão quase completa, a divindade que reclamou o jovem não vinha do panteão nórdico como era costumeiro para a família; Fortuna, a deusa romana da sorte, havia escolhido Caelan Allencourt para ser seu hospedeiro mortal. A partir desse momento, as expectativas de restaurar o nome dos Allencourt à mais alta glória recaiu sobre os ombros do rapaz, que até então ficava perfeitamente confortável em se esgueirar pelas ruelas da capital e aprontar o que lhe desse na telha. Não era exatamente irresponsável, mas ficava imensamente mais feliz como frequentador dos cassinos da família do que como possível administrador, fora que não tinha pretensão nenhuma de usar poderes para arrancar o dinheiro alheio – Caelan adorava ganhar, mas somente em jogos justos.
Além de tudo, para sua imensa frustração, se provou muito bom em fazer magia. Possuía um entendimento profundo do aeons e uma interpretação criativa destes, talvez por conta de sua genética propensa a trambicagens e um olhar apurado para procurar entre frestas. Durante sua formação em Hexwood, escondeu o máximo de seu talento para criação de feitiços de sua família, afinal sua pretensão sempre foi parecer o mais incompetente possível para que não precisasse assumir responsabilidade qualquer com os cassinos dos Allencourt.
Caelan gosta de cultivar uma reputação de preguiçoso e despreocupado, em sua maioria para que as pessoas evitem lhe pedir ajuda. Ainda assim, tem suas próprias ambições; quer ser pioneiro em algo, escapar dos laços de um legado que nunca quis herdar de toda forma. Possui grande interesse nos reinos da Penumbra e nos últimos anos, com a ajuda de uma de suas irmãs – também aluna da Academia e igualmente propensa a ignorar o restante dos Allencourt –, tem trabalhado em novos feitiços que explorem melhor características dos universos paralelos. Apesar de sua relação de dualidade com a magia, tem uma conexão profunda com Fortuna; por vezes utiliza de suas habilidades apenas para, como sua deusa patrona, brincar com a sorte, mas promete compensar esse fato com algum tipo de grandeza no horizonte.
É o tipo de pessoa que faz amigos – e desafetos – com certa facilidade e que tem um comentário espertinho na ponta da língua para praticamente qualquer situação; carisma e malabares sociais são suas especialidades. Vive dizendo que regras estão mais para direcionamentos e não tem muitas ressalvas em quebrá-las. De muitas formas está mais perto de ser um ladrãozinho barato, metido a charmoso, do que o nobre que seu nome – ou melhor, o patrimônio – sugere, ainda que mostre um lado imensamente justo por vezes. Dentre todos os seus defeitos, que sabe serem muitos, ao menos pensa em si mesmo como alguém engenhoso. Sua lealdade é conquistada, mas muitas vezes inabalável quando solidificada.
Extracurriculares: Natação e Meditação e Harmonização Divina.
Seon: Felithra.
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