c-cora-a
Cora.
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Textos. Textos. Sentidos e textos.
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c-cora-a · 2 years ago
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As vezes 54.
Às vezes quando me deito e olho pro céu branco, a memória fica em branco e talvez me desce o encanto-pranto. O céu escurecido, o silêncio intumescido mostra o que está escondido. As vezes que me deito nem sempre acho um jeito, o escondido não é meu amigo e me corta o peito, me dando mau jeito. Levanto-me pela manhã, olho a janela e não encontro quem aquela, quem aquela me dá aquarela. O vento lá fora corre, o tempo aqui dentro é um vento mas um vento lento, lento e sem tempo. As vezes 54, às vezes de 1 em 1, as vezes de 7 em 6, às vezes nem sei o que fez. Já me é sem tempo que vejo a janela, já me é com tempo que procuro aquela, aquela que às vezes perco em procurar. Não tento entender - já insisto em me perder e não ter pra onde correr, apenas sentar na janela e ver o vento nascer.
11 de setembro de 2022
- Cora.
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c-cora-a · 2 years ago
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Hoje é mais do que ontem, amanhã é mais que hoje.
Amanhã não sei o que fazer, talvez correr?
Ontem foi menos que hoje, hoje é mais que ontem, bem mais, muito mais.
Fico? Deixo? Corro em frente e me quebro o queixo? Talvez não.
Quanto mais longe,mais perto, quanto mais adormecido mais e mais desperto.
E amanhã? Amanhã eu não sei, não sei mesmo, talvez seja o mais do mesmo.
É assim, assim talvez seja esse para mim.
Talvez, só talvez, dessa vez, amanhã seja mais do que essa vez.
Talvez amanhã.
31 de Agosto de 2022
- Cora.
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c-cora-a · 3 years ago
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Filme de Memórias.
Passa um filme na minha mente, um filme cheio e diferente com cores e misturas atraentes, são memórias de repentes. Memórias embaralhadas e pintadas como um fresco afresco inacabado. De cena em cena molda-se de uma forma diferente, são memórias cheias de gente - gente imponente - que marcaram-me a mente, são memórias permanentes. Não sei mais como ou quando vem, só sei que serão bem vindas, são as memórias mais lindas que puderam aparecer neste filme, são reminiscências com florescências, são memórias sem aparências. Do nada o filme se encerra, do nada, como algo que se enterra e por fim sigo em frente com todas aquelas memórias marcadas por gente.
3 de Julho de 2022.
- Cora.
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c-cora-a · 3 years ago
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Se eu pudesse voltar no tempo.
Se eu pudesse voltar no tempo, eu correria com o vento, aproveitaria o momento sem ter algum descontento.
Se eu pudesse voltar no tempo, talvez tentaria de forma diferente, sem modificar o presente.
Se eu pudesse voltar no tempo, usaria o momento para mais valor - ao acontecimento.
Se eu pudesse voltar no tempo, não tenho arrependimento, mas eu voltaria no tempo.
Se eu pudesse voltar no tempo, aproveitaria mais o momento, que sei que por o tempo não vai mais voltar.
16 de junho de 2022.
- Cora.
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c-cora-a · 3 years ago
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O sonho.
Acordo pela madrugada ainda sem saber o que acontece, a cabeça ainda presa ao real sonho aos poucos se conecta com uma realidade diferente. Caminho para o banheiro e no reflexo do espelho apareço de uma forma diferente, os olhos de sono e a aparência amassada não são tão eficientes. O sonho, real mas tão real que assusta meu mental, me puxa para uma realidade que jamais quero adentrar. Era tudo real, pessoas, acontecimentos e mensagens. Mensagens. A mente nublada ainda sonhada custa a entender o que ocorreu, num misto de realidade e fantasia onde a cabeça vazia cria e copia o que talvez, já até aconteceu. Mas esse não sou eu, esse sonho não é meu, foi só um sonho e que sonho enfadonho, onde o personagem principal é o medo, o medo do enredo deixar de ser sonho enfadonho e virar real, no final.
29 de Maio de 2022.
- Cora.
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c-cora-a · 3 years ago
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Memórias.
- Era uma manhã estranha quando tudo aconteceu, o dia levemente cinza trouxe a mim memórias do intenso ano vivido, era o começo de um novo ciclo. De longe avisto a caixa que tanto evitei, não tinha mais para onde ir precisava encarar e desbravar o que estava a minha espera. O local frio e de paredes brancas eu era uma total estranha, tudo me era tão novo, era de fato uma nova etapa de minha vida. Ah, vida, não cansas de me pregar peças, trazendo para mim aquilo que mais quero evitar. No primeiro vislumbre, avistei os pequenos olhos intensos, com seus ————lampejos, o ————-, ——————— que ——————————— fizeram-me pensar por dias. Dias. De início não notei, que bobo, eu sei; mas depois desabrochou como uma flor, párvula e singela, florescendo como lindas ——————em uma janela, sabia que seria diferente quando rente à ————————-, ————————. Em momentos de loucura trouxe-me a ternura que neguei notar, momentos de confusão que evitei presenciar. Vieram me a tona com um simples falar. Não haviam mais saídas, as mãos que me pusera. já não eram mais minhas amigas, não saberiam me tirar. Era algo para marcar. Não sei quem sou, não sei quem sinto, não sei o que fez comigo, não quero conhecer por agora, espero que embora, antes de ir embora, ————————, ———————-, ——————, como —————-, —————— o ————————-que existe, assim como a ——————— que na terra resiste, não deixe que sejamos apenas mais um final de algo que inexiste.
- 23 de Setembro de 20- -.
- Cora.
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c-cora-a · 3 years ago
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Eu tive azar.
- Eu tive azar em achar que ao nadar eu não iria me afogar, em achar que ao me afogar eu saberia nadar para não me afogar. Pensei que conseguiria velejar, sem cair no meio do mar. Tive azar em te encontrar. Não tive sorte, quis me mudar pro norte pra nadar sem me afogar, pra não ter azar. Foi cedo, sem medo ou receio, não foi nada pelo meio foi tudo por inteiro. Congelei. Quis congelar o tempo, o vento e o momento, o momento do meu grande contento – descontento – o momento do meu azar.
- Cora.
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c-cora-a · 3 years ago
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605.
- Talvez não seja esse e também não seja mais esse, ou talvez não seja esse mesmo. Talvez não seja agora, prefiro esperar lá fora, esse mesmo. Talvez seja esse, também aquele ou para – parar – aquele. Espero lá fora, corra mundo a fora, chuto a minha bola, enquanto esse e aquele são. Eu sinto, não minto; eu vivo mas não é um perigo, espero lá fora pelo eu contigo. Pode ser esse, aquele também e mais aquele outro, que pulsa como um touro e bate por um estouro, eu guardo como ouro. É, é isso, talvez seja esse, aquilo e isso aguardar lá fora por isso.
- 28 de Dezembro de 2021.
- Cora.
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c-cora-a · 3 years ago
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A arte não arte mas ainda arte de amar.
Amar é paz, amar é sagaz, amar satisfaz.
Amar é pequeno, amar é veneno, amar é obsceno.
Amar é partir, polir, redigir e explodir.
Amar é querer suprir e não deixar partir.
Amar é colidir.
Amar é amar um elo, até que se torne um elo amarelo, de amar somente amar.
Amar é deixar partir, para não explodir ao colidir.
Amar é levantar e não mais querer cair.
Amar é errar e acertar, travar e destravar.
Amar é armar e atirar.
Amar, amar e amar.
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c-cora-a · 3 years ago
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Os corpos de carvão.
- Corpos jogados no chão, são corpos de carvão, giram e se debatem entre dois como se fosse em meio à multidão, correm de si pois o medo é a imensidão. Os corpos de carvão pulam de mão em mão, e não se vão. Andam a pé até terem os pés tortos, dando ré e esfarelando pelo chão, os corpos de carvão. Desenham um por si mesmo como se fossem um espelho, sem quaisquer tipo de esguelho não se jogam por escanteio, mas se perdem em si mesmo, numa infinita multidão, os corpos de carvão.
- Cora.
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c-cora-a · 3 years ago
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Eu te amo. Eu te amo em cada ponto, eu te amo em cada encontro; eu te amo além do ponto. Parece um furacão, causou-me uma rebelião, mas ainda assim batuca meu coração. Eu te amo, eu te amo com ferros, com fogos e com esmeros, até mesmo nos desesperos. Eu te amo por defeitos, eu te amo por sem jeitos, eu te amo com jeito. Eu te amo de longe, eu te amo de perto; por mais que distante do que estar perto, ainda assim acho que é o certo. Eu te amo e talvez não vá embora sequer passe agora ou talvez nunca chegue a passar, pois por ti meu amor, sempre irei tracejar a linha para assim, te amar. Eu te amo.
- Cora.
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c-cora-a · 3 years ago
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Amarena.
Ela é pequena
Serena, plena
Amarga
Não envenena
Surgida do doce,
Amarga, meu doce
É sim ela, minha pequena amarena.
- Cora.
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c-cora-a · 3 years ago
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E foi assim talvez o fim do que não era pra ser assim. Dói colocar todas as histórias no bolso, encarar os fatos reais que um dia foram imaginários, dói colocar tudo pra trás e encarar um novo mundo remodelado onde tudo parece novo e solitário, dói encarar os planos conjuntos e ver que agora apenas são histórias, dói colocar no bolso aquilo que um dia foi tão grande e imenso que nem mesmo uma bolsa seria suficiente. Dói e arde aquilo que não se vê, queima e desatina aquilo que não mais se combina, perde a cor tudo e tanto a cada esquina, o que não mais se combina acaba e termina somente. Aqui.
- Cora - S.I
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c-cora-a · 3 years ago
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Me corta o coração, me cortam as mãos e me tiram o chão. A amarga sensação do sumir, a dor do ir e a angústia do não previr. Pula pra fora olhos a dentro, salta de costas de costas ao vento pra dentro em tempo, de não saber por onde ir. Não sei se deixo florir, se resolvo polir, ou se deixo explodir. Cortantes oceanos que mesmo por anos mantém se entre e durante o para sempre, oceanos que afogam, oceanos que banham o mar inundado, do ainda inacabado.
- Cora - S.I.
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c-cora-a · 3 years ago
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O ouvido nos inunda, até que a paz nos confunda e o amor afunda. O ouvido nos apaga, a paz nos afaga e a luz se apaga. A luz se apaga a paz se esmaga, a confusão se faça. Afundo, afogo, afoito, afundo o amor açoito. O ouvido nos confunde, até que nos inunde e perca os sentidos, mentidos e desmentidos, afundados e alagados, Pelo escutado e alagado amor.
- Cora.
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