brancomago
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Uma unidade de inúmeros fragmentos sobrepostos em um todo.
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Outro dia estava na feira de artesanato daqui de Faro e ouvi uma mãe dizendo para sua filha pequena de uns 6 ou 7 anos ao passar perto das mesas: filha, não toca com a mão, toca com os olhos.
Acho que ela quis dizer para a criança nao tocar nas coisas que estavam expostas com a mão com medo de quebrar/derrubar e entao, tocar com os olhos, que seria "apenas olhe".
Ouvi aquilo achei engraçado na hora e morreu ali.
Dias depois, estavam viajando em umas fotografias que tenho guardado, essa frase da mãe para criança voltou do nada e ficou rondando meus pensamentos. Tocar com os olhos. A fotografia sepa tem dessas né.. tocar com os olhos.
Talvez não só a fotografia mas o lance de analisar, admirar, observar.. praticando o exercicio de observação de uma fotografia, talvez chegamos ao um ponto em que nos conectamos com a imagem, o contexto, personagem, com a historia, tanto que parece que tocamos na coisa. Passa a existir um contato entre o observador e a imagem. Uma conexão. Um entra no outro.
Fiquei pensando, será que isso acontece somente quando há dialogo entre o observador e a imagem? P mim que estava lá na hora da fotografia é facil, mas e para quem não tava mas mesmo assim passa por esse processo? Esse é o sinal de que você conseguiu fazer uma fotografia potente, que o observador analise por tanto tempo a imagem que a partir de um certo momento eles se tocam. Isso é algo interessante.
Uma tarde de março no Jardim da Alameda.
"Tocar com os olhos"
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Fragmento do que um dia já foi e hoje transformado em outro, ganha vida própria.
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o amor do fragmento até o todo.
Era uma vez um fragmento descolado nesse eixo universal.
Após contato com outros fragmentos, foi-se formando uma unidade. Essa unidade que ao decorrer do tempo foi tendo mais contato com outros fragmentos e outras unidades, acabou se tornando um todo.
O todo é formado pelas unidades, que ela é feita da soma dos fragmentos.
No caso, é correto afirmar que somos O todo, pois fazemos parte do todo, e ele faz parte de nos.
Assim sendo, entendo que sou o todo, sou as unidades, e todos os fragmentos, assim como todos são o todo, as unidades e todos os fragmentos. Somos um, somos o tudo, e o todo é o que somos.
Assim, entendendo que não devo sentir o mal a nenhum fragmento, não devo querer a dor a nenhum fragmento, não devo querer o atraso a nenhum fragmento.
Por isso a sensação de lar ao sentirmos amor de outro. No fundo é seu proprio amor fazendo o caminho de volta p casa.
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O vazio existencial interior fantasmagórico do passado.
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Entre nossas vontade do agora e a raízes de suas motivações, existe um espaço infinito que se dilata como um elástico. Por hora tão espaçoso que caberia um galaxia de sentimentos e argumentos para explicar o quanto, porque e o que te motiva a ter essa vontade. Outrora esse espaço se reduz a um minusculo fragmento, aproximando o consciente e mostrando o quanto tais vontades são ilusórias e mascarada pela falta de algo (quimico, natural ou material, devido a sensação que tais nos proporciona) ou alguem.
Aonde eu quero chegar não é nos motivos das motivações, mas sim na ideia de sempre encurtar os espaços dentro de nos, nos aproximando cada vez mais da nossa verdade, do nosso verdadeiro eu. Ter a pura consciência de suas motivações que te levar a ter vontade ou desejo de algo.
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Era só uma abdução mesmo nessa vida loka que parece que vivemos como se estivéssemos dentro de um furacão dando voltas mudando de sentindo toda hora, e nos humanos presos ao ciclo giratório do vento que nos leva a lugar nenhum, como se sua vida estivesse entrega a força do vento que controla seu caminho e você com zero poder de decisão. E a cada tentativa de sair dessa caos parece que se entra mais ainda afundo dele, e qualquer tentativa de resgate de alguém de fora é quase um suicídio para esse alguém. A verdade é que desse furacão ninguém pode ajudar ninguém a sair. Meio cliché mas, só mesmo agente ajudando si próprio para conseguir sair dessa confusão. Só mesmo conseguindo se amar para poder criar um buraco no espaço-tempo e fazer sua própria abdução de um lugar indesejável para outro de seu agrado.
E isso começa entendendo o único momento-agora...
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