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Just in my mind
A voz é alta demais.
Quando percebo já fiz o que não deveria, já fiz o que prometi não fazer.
A voz vem quando eu luto para que fique quieta.
A voz vai embora, quando eu tenho que lidar com as consequências.
A droga da voz me faz chorar.
Eu sei que ela está errada, ela sempre está.
Mas, então, por que continuo a ouví-la?
O quê há de errado comigo?
Eu tenho tanto medo de ser machucada que machuco a mim mesma e aos outros em minha volta.
Eu odeio a voz.
Odeio a minha voz.
A voz é minha.
Sou eu a pessoa que eu mais odeio.
A droga da voz não vai embora.
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Frágil
As vezes imagino que há uma barreira de vidro em mim.
Essa barreira é completamente constituída de retalhos, e ainda assim, é de vidro.
Os retalhos são fragmentos de dores, medos, raiva e inseguranças.
Quando chego perto de mais de alguém, eu as vezes consigo ignorar a barreira. Fingir que ela não existe. Performar que sou uma pessoa inteira.
Mas a verdade é que minha barreira está trincada. A cada frase mal interpretada, cada falta de atenção aos detalhes, cada palavra não dita, é como se um peso fosse colocado sobre essa barreira.
E ela é tão frágil.
Tão sutil.
Eu quero manter minha barreira. Não sei se deveria. Provavelmente não.
Mas o simples pensamento de deixá-la quebrar, de deixar tudo em mim ruir, de expôr as minhas vísceras sentimentais, me apavora demais.
A minha barreira me protege, mas por que é ela que me deixa tão nervosa?
Minha barreira me protege, mas por que sou eu quem tenho que fugir para protegê-la?
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Borboleta
Sai do casulo - eles disseram.
Você precisa sair mais, conversar mais, viver mais.
Mas como posso fazer isso se a qualquer incoveniente, qualquer mínimo detalhe errado, o meu corpo treme, minhas mãos fraquejam e meu coração acelera?
Não amadureci o suficiente;
Não cresci o suficiente;
Não vivi o suficiente.
Tudo o que mais quero é ter asas para voar o mais longe que conseguir, porém nasci num casulo protegido demais, e hoje o medo não permite que esta lagarta se transforme e voe.
Quando vai chegar a minha vez?
Por que o meu herói não veio?
Cadê a minha fada madrinha para me libertar?
A torre é alta demais, tenho medo de quebrar as pernas, pois não confio nas minhas asas.
Tenho medo de quebrarem as minhas pernas, pois não me ensinaram a voar.
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Reunião Familiar
Cabeça abaixada,
Múltiplos olhares,
Turbulência sanguínea,
Sussuros e risadas,
Piadas feitas e exclamadas,
Tremores e lágrimas,
Miados e grunhidos,
Todos querem fugir daqui.
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Pássaro Engaiolado
Vai,
Vai e bate nas grades que te cercam.
Esperneia, grita, chora.
Você sabe que ninguém te ouve.
Eles não te veem, como eu vejo,
Eles não te sentem, como eu sinto,
Eles não te conhecem, como eu conheço,
Mas, assim como eles, eu também não quero posso te ajudar.
Então luta passarinho, tenta mais uma vez, um dia você consegue quebrar as correntes que te prendem nesta gaiola de vidro.
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Like a Dream
Hoje sonhei em viver a vida, sair por aí, aproveitar o sol, e quem sabe, reunir os amigos em volta de uma rodinha para soltar uns raros bons sorrisos espontâneos que saem da minha boca levando toda amargura de dentro do meu cerne.
Foi um bom sonho.
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Eu deveria estar feliz.
Deveria está por aí aproveitando os ventos juvenis da vida.
Mas não, claro que não faria isso.
Meu egocentrismo não ousaria ceder.
Meu eu só consegue aproveitar a amargura dos feitos.
Sou a pior pessoa que já conheci.
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Eu falhei.
Falhei comigo mesma, com elas, com todos os quais não me importo.
Falhei como se pudesse falhar.
Falhei como se quisesse falhar.
Sorri antes de cair, brinquei antes de sofrer.
Eu mereci falhar.
Quem me deu o direito de tentar?
Quem me deu o direito de descansar?
Quem me deu o direito...?
Agora me resta a amargura do passado, a ansiedade do futuro, e a certeza de que não devo - não mereço - ser feliz.
E no final: ninguém se importa.
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Eles dizem que vou enlouquecer, que posso ficar doente se continuar assim.
Talvez estejam certos, talvez enlouqueça.
Talvez perda todas as minhas restrições e coloque para fora tudo o que me mata por dentro.
Seria o segundo dia mais feliz da minha vida.
O primeiro será o dia em que a morte bater à porta.
Tolos eles, mal sabem que já apodreci por dentro há tempos.
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Eu
Sou minha pior inimiga.
As piores críticas vêm de dentro de mim.
Ninguém cobra e se decepciona mais comigo do que eu mesma.
Por que?
Por que não consigo ficar satisfeita com a única pessoa que irá me acompanhar até o túmulo?
Sei o que devo fazer, mas não faço.
É medo?
Não sou suicida, mas gostaria de ir encontrar a tal paz eterna.
Seria feliz?
Tudo me cansa, me estressa ou me culpa.
Mas tenho minhas razões para não dar fim logo a esta tormenta doentia que chamam de vida.
HIB - please, don’t leave me here alone.
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Fear
Eu tenho medo.
De quê?
De quem?
Eu não sei.
Sei?
Devo fazer isso.
Devo ser forte.
Devo ser sozinha.
Por quê?
É o que todos fazem.
Será mesmo?
Devo acreditar.
Devo fingir.
O mundo é cruel para passarinhos que sempre foram engaiolados.
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Por que ainda tento?
Por que me esforço?
Por que me importo?
Quase tudo que tu faz me dói na alma.
Quase tudo o que os teus fazem, me martiriza em espírito e em vontade.
Mesmo assim eu continuo te querendo bem.
Te amando (?)
Céus, gostaria tanto de fugir, deixando para trás tudo aquilo que me atormenta.
Mas o que é a vida sem dor?
É possível viver assim?
Isso é vida?
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Me sinto tão cansada. Fatigada. Angustiada.
Não sei porque, quando ou como esse sentimento me dominou. Quando vi, já estava difícil demais de ler o livro que gostava, ver o anime que adorava, focar nos estudos que me importavam.
Quero acreditar que é porque me foquei demais em uma nova leitura, uma nova rotina, novas conquistas. Mas será isso real ou só são mais desculpas que crio em busca de alívio do pensamento de não saber mais quem sou ou o que sinto?
Por que não me reconheço mais?
Quando foi que virei esse borrão de medos, desejos, controvérsias e inseguranças?
Quem eu era?
Quem eu sou?
O que devo ser?
Não consigo achar respostas, e quanto mais tento mais perguntas surgem e me afogo nesse mar de nada. Nada.
Li uma vez: "continue a nadar"
Não sei se quero continuar. Mas ainda tento continuar. Nem sei o porquê. Ou se deveria saber.
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Kon
Hoje você se foi.
Me sinto tão vazia sem você aqui comigo, tão abandonada.
Tu esteve comigo por tanto tempo, e nos meus piores momentos foi tu o meu refúgio, o meu aconchego, o meu lar.
Fico feliz por ter conseguido me despedir, espero que no momento em que você se foi, você estivesse em paz.
Queria te pedir desculpas por qualquer coisa que eu pudesse fazer pra te ajudar e não fiz por incompetência, por medo, por ignorância.
Mas saiba que sempre te amei, e sempre te amarei.
Tua memória permanecerá impregnada em mim, e vou te levar comigo para onde for.
Te amo, pequena.
Seja feliz onde for.
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Lar
Gostaria de sair daqui, mas para onde iria? (para quem iria?)
Parece que estou no lugar errado, com as pessoas erradas.
Mas o que fazer quando são essas pessoas erradas que têm que ser as certas?
Não sei o que fazer para me encaixar, nem sei se devo me encaixar.
Mas a angústia de me sentir sozinha no meio deles �� sufocante, meus ouvidos tampam, o nó na garganta surge e as lágrimas descem.
Tenho que ir embora. Quero ir.
Mas onde será meu refúgio quando todos os que um dia amei se foram?
Será que existe alguém que possa me escutar no silêncio da minha alma?
Anseio pelo dia da minha liberdade enquanto continuo presa no meu lar.
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Fogueira
É tão estranho como tudo está agora.
Conheço tantos mas parece tão pouco no momento.
Quando que o silêncio da solidão se tornou minha morada?
Onde foi que tudo a minha volta começou a escapar dos meus dedos?
Na melancolia do crespúsculo quero ir ao encontro de corpos; me sentir viva, parte de algo.
Porém, na calmaria da manhã, a paz reina entre mim e a solidão.
Seria essa a liberdade da qual tanto falam?
Se sim... então por que me sinto mais presa do que nunca?
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Hollow
Acredito ser egoísta. Porque sei que você iria seguir em frente e encontrar um alguém novo, mas isso ainda assim me pegou desprevinida.
Não me sinto com raiva, não sinto nada além de curiosidade.
Como ela é? Você é feliz com ela? Ainda pensa em mim?..
Eu sei que não.
Queria que sim. Por que? para meu ego ser alimentado e eu sentir que algo de tudo aquilo que me disse foi real.
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