bekhana · 5 years ago
Text
shihyun‌:
Limitando-se a concordar com um gesto de cabeça e ter nos lábios o esboço de um sorriso, pensou consigo que não eram nem de perto os seus tópicos favoritos de conversa - quase lhe embrulhava o estômago quando tinha sua vida amorosa questionada por todos, não entendendo como o homem permanecia sem um relacionamento estável ou uma aliança no dedo. O tópico usual era sobre os dois relacionamentos relevantes e fracassados que tivera durante os anos de vida, dos quais Shihyun já estava cansado de ouvir e permanecer se sentindo mal só de saber que a tristeza de sua vida amorosa era entretenimento para os outros. Isso quando não surgiam com a brilhante ideia de querer apresentar a ele alguma mulher que conheciam e que todos juravam que seria perfeita para ele. Só que nunca era. Ele duvidava muito que existisse realmente alguém perfeito para si no mundo, pois a pessoa - Hana - que um dia jurou ser merecedora de tal título claramente não poderia tê-lo provado mais errado em seu julgamento juvenil. E duvidava muito que finais felizes no amor fossem uma realidade. Estava no ponto de sua vida em que não tinha muito mais fé em nada assim. “Eu imagino que seja exaustivo. Nunca é legal ser o centro das atenções das conversas dos outros, muito menos se tratando de objeto de pena para que se sintam melhores ao estarem na sua volta. Se sentindo úteis.” Pessoas em geral conseguiam ser bem cansativas, mas em algumas situações eram capazes de se superarem de uma forma incompreensível para o coreano. Recordava bem de como fora tratado após o falecimento da mãe. Todos querendo mostrar seus sentimentos para Shihyun e sua irmã, quase como uma competição de quem sentia mais ou conhecia sua mãe melhor. Nem gostava de se lembrar de como fora todo aquele circo de horrores na volta dos filhos pequenos da tão querida matriarca. “Não posso dizer que entendo, não tenho filhos… Mas minha irmã sempre fala que eles mudam a vida para melhor e ajudam nos momentos difíceis.” Ao menos quando pequenos, lembrava do comentário feito pela caçula ao contar sobre a dor de cabeça absurda que o filho mais velho lhe dava agora que alcançava os seus oito anos. “Que bom que você tem elas com você. Deve ser uma ótima mãe.” Sorriu, o elogio sincero escapando antes que se desse conta. Embora não fosse uma coisa ruim estar a elogiando; era o que realmente achava. Só não queria ter sua fala compreendida de forma errada.
Tumblr media
                       “Você não pode imaginar.” Murmurou, um tom de voz mais brando agora. Não o fazendo com o intuito de feri-lo, longe disso. Tudo o que disse fora porque, realmente, ele nunca seria capaz de imaginar como se sentia. Ninguém poderia, não só Shihyun. Porque fora ela que passara por todas as coisas ruins sozinha. Completamente e inteiramente sozinha. Grávida, com uma filha pequena e um marido morto. Ninguém nunca poderia dizer que a entendia, por estariam mentindo. “Mas é o que dizem: o que não nos mata, nos fortalece. E não posso dizer que isso não serviu para me tornar mais forte hoje. Sei o que é perder as pessoas e não estou disposta a perder mais ninguém.” E isso o incluía, de certa forma. Jamais seria habilidosa o bastante para pedir desculpas, ou explicar como ele ainda continuava sendo importante. Fora um grande amor e algo assim não se apaga, esperava que ele entendesse e sentisse o extremo e puro carinho que ainda tinha por ele. Mesmo dizendo tantas besteiras. “Bom, sei que você ainda se casará e terá filhos. Então, um dia entenderá do que estou falando.” Deu-lhe um dos seus sorrisos mornos, sem muito entusiasmo. Mesmo que falar de suas filhas fosse algo que gostasse, não poderia negar que era estranho falar sobre elas justamente com o seu ex-namorado. “Eu não sei se sou uma boa mãe, mas eu tento.” Abaixou os olhos, enfiando as mãos dentro dos bolsos da roupa azul. Não era modéstia, era a verdade. Com o trabalho que tinha, só Deus poderia dizer se era mesmo uma boa mãe. Mas se esforçava, ao extremo. As suas filhas eram seus maiores bens. “Bom, eu acho que já estou tomando o seu tempo mais do que deveria. Ainda preciso voltar ao trabalho.” Bateu um dos pés contra o chão de terra, seu sapato fazendo um barulho estranho no solo. Estranhamente não gostaria de ir embora, mas não tinha porque continuar lá quando seu objetivo havia sido cumprido. “Me desculpe de novo. Isso não irá mais se repetir. E obrigada por ter vindo, espero que a gente possa se ver de novo em breve.” 
Tumblr media
back to the start.
12 notes · View notes
bekhana · 5 years ago
Text
shihyun‌:
Levantou a mão destra para o ar, como quem se rendia em não insistir mais naquele ponto. Também não era como se fosse fazer uma grande diferença discutirem ou não sobre o que havia sido falado durante o reencontro entre os dois, nada apagaria suas palavras que certamente eram verdadeiras, da mesma forma que nada apagaria como se sentiu ao ouvi-las. “Sim, eu sei. E também não posso negar que entendo por ser a mesma coisa comigo.” Escapou por seus lábios um suspiro levemente frustrado, voltando a atenção para a vista à sua frente, sem muito ânimo para encarar a ex-namorada naquele instante. Tinha todos os motivos do mundo para guardar rancor, certamente não seria ele a fingir que estava tudo bem e perdoado entre eles. Em sua opinião, era justamente ele quem possuía os maiores motivos para não poder perdoar e deixar ir completamente aquela história. Poderia ter terminado com ela, certo, mas não fora Shihyun a engatar em um namoro pouco depois de terem terminado um relacionamento de anos. Justamente com o mesmo cara por quem desconfiava que ela tivesse sentimentos enquanto ainda estavam juntos. Tinha sérias dúvidas de que fosse a única pessoa a ver problemas naquela história toda. “Está tudo bem. Minha noite não estava uma maravilha, não precisa achar que estragou ela. E não devo ter perdido muita coisa quando saí de lá. Todos continuaram com os mesmos assuntos de sempre, duvido muito que alguém sequer tenha notado a minha partida.” Comentou, embora não estivesse tão certo assim de suas palavras como aparentava. Poderiam ser todos amigos ali, mesmo não falando com alguns desde um bom tempo atrás, mas nunca perderiam a chance de ter uma boa fofoca na ponta da língua e um assunto novo para discutirem entre si. E os ex-namorados praticamente haviam dado o show que deveriam estar aguardando por tanto tempo. “Você está bem agora? Sabe, sobre como estavam te tratando e tudo o mais.”
Tumblr media
                            Um longo suspiro escapou dos seus lábios, contendo todos os seus instintos de soar como uma completa megera novamente. E ainda que soubesse que Shihyun tinha seus motivos para guardar mágoas, era difícil para ela entender que fora tão fácil deixá-la para trás e seguir com sua vida. Cogitando a possibilidade dele nunca ter gostado dela da mesma forma que ela gostava dele. “Eu não sei... Acabei indo embora um pouco depois. Mas é certo que os assuntos tenham sido os mesmos. Filhos, casamentos e etc.” Sorriu, mesmo que tivesse sido o sorriso mais forçado de todos. Ainda não se sentia confortável o suficiente para voltar de onde estava. Não se sentia bem o suficiente para estar de frente para Shihyun, se mostrando ser a mesma garota frágil de antes, pedindo desculpas por agir de forma impulsiva ou não ser capaz de controlar seus próprios sentimentos. Parecia ter voltado no tempo. E não gostava de agir da mesma maneira. “Estou.” Fora tudo o que disse, em partes porque não estava com muita vontade de continuar falando sobre seu passado e em partes porque nunca seria capaz de fingir estar bem quando se tratava de Daehyun. Ele ainda era uma ferida aberta, ainda era o seu fantasma. O mesmo que a perseguiria para o resto da vida, fosse como fosse. E Hana não se sentia suficientemente à vontade para tratar daquele assunto justamente com o seu ex-namorado. Mais ainda quando esse era justamente o motivo de sua mágoa. “Está tudo bem. Eu sei que as pessoas se sentem no direito de demonstrar seu luto e solidariedade, mas eu não gosto de ser tratada como um manequim na vitrine. Todos falando de mim como se não estivesse a passos de distância o suficiente para ouvir. E tudo bem. Eu já estou acostumada com essa parte também.” Deu de ombros, indiferente. Sua maior dor não era ser exposta, ser tratada como coitada. Era se sentir tão sozinha em uma situação que na maioria das vezes lhe fugia o controle. Cuidar de duas crianças e ter toda a responsabilidade colocada sob os seus ombros. Ou, até mesmo, ter a carga emocional de segurar as própria filhas para que elas não tivessem medo do que o futuro reservaria. Fazer o papel de mãe, pai, protetora. Talvez isso ninguém fosse capaz de compreender. “Hyewon e Hyejoo são o meu filtro. É impossível me sentir mal quando estou com elas.”
Tumblr media
back to the start.
12 notes · View notes
bekhana · 5 years ago
Text
shihyun‌:
Não sabia o que passava em sua cabeça para ter aceitado o convite de Hana. Afinal, tinha ficado de cabeça quente a semana inteira só de pensar no tanto de absurdos que ouviu por parte dela quando só estava lá querendo ser simpático. Como se ele também não tivesse nada que gostaria de dizer para ela e roupa suja que gostaria de lavar depois de todos aqueles anos. Só se recordava de como se vira aceitando o convite em uma velocidade surpreendente para quem deveria estar tão incomodado assim. Quem sabe não pelo poder que a ex-namorada claramente ainda tinha sobre si mesmo depois de todos aqueles anos. Quando não poderia deixar de atender um pedido seu, por mais desgosto que estivesse com a situação toda. Ou, quem sabe, em seu subconsciente desejava vê-la mais uma vez. Eram diversas as hipóteses que surgiam em sua mente durante o trajeto de onde trabalhava até o parque onde combinaram de se encontrar, uma parte de si agradecendo que não era tão longe assim de seu trabalho, ou não teria a menor coragem dar as caras lá sem querer dar para trás com uma desculpa esfarrapada de ter ficado preso no trabalho. Pegou do bolso o celular para checar as horas e, ao levantar o olhar novamente, percebeu a ex-namorada já em seu campo de visão. Não tinha mais volta agora mesmo. “Oi.” Murmurou ao se aproximar, guardando em seu bolso novamente o aparelho antes de se sentar ao seu lado. Tentando não parecer muito hesitante, embora não fosse lá a missão mais fácil do mundo. “Bom, não posso dizer que não pensei nisso. Mas não gosto de descumprir a minha palavra.” Deu de ombros, suspirando logo após. Enfim tomando a coragem necessária para encarar a mulher ao seu lado. “Eu agradeço as suas desculpas. Ao menos reconhece. Sei que você fala todo tipo de coisa quando está bêbada. A noite não estava sendo uma maravilha mesmo, imagino que devesse estar estressada.” Embora não justificasse ter descontado tudo nele, era claro. “Só não imaginava que ainda guardaria tanto rancor de mim, Hana. Você estava bêbada, não mentindo.” E, se havia alguém ali com o direito de guardar rancor, era ele. Ao menos era o que dizia a si mesmo.
Tumblr media
                          “Eu vim até aqui porque desejava me desculpar. Então, por favor, não vamos continuar discutindo sobre isso.” Pediu, ainda que o simples ato de pedir fosse demais para ela. Sabia que uma pequena fagulha seria capaz de causar um incêndio. E com ele tratando-a daquela forma, ainda que merecidamente, não a impediria de dizer coisas das quais poderia se arrepender novamente. E bom, daquela vez, não tinha álcool em sua corrente sanguínea para poder culpar. “Eu não guardo rancor. Você sabe que eu faço muito mais o tipo de quem esquece e segue em frente, mas... Com você foi... Diferente. Mas eu realmente não quero falar sobre isso. Já faz bastante tempo, não é?” Passou a mecha que escapou para trás da orelha mais uma vez, respirando fundo. Sim, ainda guardava rancor. E muito. Ele fora o seu primeiro amor e não mediu esforços para deixá-la na primeira oportunidade que encontrou. Ainda que pudesse ter seus motivos, ainda que houvesse se justificado colocando em prova os seus próprios sentimento sobre ele, Hana nunca entendeu. O amava perdidamente quando ele a deixou. E ainda que houvesse engatado em um relacionamento com Daehyun pouco tempo depois, nunca, nem por um instante, deixou de amá-lo. Uma pena que ambos deixaram o tempo se introduzir no meio deles. “Eu só queria te dizer que me senti mal pela forma que falei e me senti pior ainda depois de ter te visto ir embora. Minha intenção não era estragar a sua noite e muito menos te atingir com qualquer besteira que eu tenha dito. Você não era o meu inimigo e continua não sendo. Eu só... Estava com a cabeça quente por conta das coisas que havia escutado antes de você chegar, os olhares das pessoas sobre mim e... Enfim, eu sinto muito. Mesmo.” Engoliu o orgulho ao repetir aquelas palavras. Por mais arrogante que pudesse ser alguns momentos, Hana sabia admitir quando cometia erros. Sendo essa uma das suas maiores qualidades.
Tumblr media
back to the start.
12 notes · View notes
bekhana · 5 years ago
Text
back to the start.
@hanshihyun
                  Desligou o celular ao marcar encontro com Shihyun em um parque perto do hospital em seu horário de almoço. A principio não imaginou que ele fosse aceitar facilmente depois da forma que o tratara em seu último encontro. Se sentia envergonhada por várias razões. Sendo uma delas o fato dele tê-la visto completamente bêbada, assim como as coisas que falara sem ao menos pensar. Não sabia que depois de tanto tempo ainda tinha mágoas e ressentimentos guardados por ele. Ou sentimentos maiores do que não conseguia explicar. Ficava zonza só de pensar que ainda poderia sentir qualquer coisa por Shihyun, a menor que fosse. Deixou de lado o estetoscópio após sua última visita, tirando o pequeno laço que segurava os fios do cabelo preso e pedindo a um residente que cuidasse de tudo até que ela voltasse. Tirou o jaleco, e saiu ainda com a roupa azul marinho. Comprou seu almoço, se é que poderia chamar aquele sanduíche de atum de almoço, e caminhou um pouco até o parque. A brisa gelada que tocava as suas bochechas a deixaram mais calma. Um pouco mais preparada para o encontro que teria com o ex-namorado, talvez. Hana raramente sentava em um daqueles bancos, raramente almoçava do lado de fora do hospital. Shihyun não tinha noção do quanto a arrancava de sua rotina. Estava pronta para morder um pedaço do seu sanduíche quando se tocou de alguém já caminhava em sua direção em passos firmes. Se levantou de onde estava sentada, embalando o lanche que por muito pouco não mordeu, completamente envergonhada. Vê-lo agora, só confirmava a sua teoria de que, de alguma maneira, ele a tirava de foco. “Oi.” Murmurou, baixo e contida, crispando os lábios conforme se controlava a todo custo para não passar uma mecha de seu cabelo para trás da orelha. Ele sabia bem que aquele era um sinal de que estava nervosa. “Pensei que fosse me deixar plantada depois de tudo o que te disse. Achei que você não viria.” Ergueu os olhos na direção alheia, quase tímida. “Juro que não vou tomar todo o seu tempo, eu só queria me desculpar pela forma com falei com você. Estava em um dia ruim e fui uma estúpida por descontar tudo em cima de alguém que não tinha culpa de nada.” 
Tumblr media
12 notes · View notes
bekhana · 5 years ago
Text
shihyun‌:
Ficou encarando a mulher completamente incrédulo, não entendendo de onde estava saindo tudo aquilo se realmente não tinha falado nada de tão ruim. Tentou até repassar em sua mente tudo o que falou, em busca de um momento em que pudesse acidentalmente ter sido insensível e até mesmo inconveniente, porém nada surgia em sua mente. Só o deixando mais confuso sobre o que é que estava acontecendo por ali. Poderia até não ser a melhor pessoa do mundo, muito menos o mais interessado em trocar assuntos naquela noite, mas não se recordava de nada que tivesse feito para torna-lo merecedor de simplesmente ser atacado. E, o que tinha feito, fora mais de dez anos antes. Embora não achasse que era certo culpa-lo por como as coisas tinham acabado entre eles. Afinal, nunca teria terminado o relacionamento caso não tivesse alcançado o seu limite e simplesmente não conseguir mais lidar com todos os problemas que surgiam. Com as suspeitas que se formavam em sua mente anteriormente tão insegura. Obviamente não se sentira nada melhor quando estas se mostraram verdadeiras. “Se eu estou te incomodando tanto, por que simplesmente não foi embora e me deixou falando sozinho? Tenho certeza de que ninguém obrigou você a ficar falando comigo, Hana. Era só ter ido embora.” Conteve a vontade de revirar os olhos, embora estivesse claro e cristalino em seu rosto como estava sobre tudo o que ela tinha dito. “Só estava tentando ser educado, sinto muito se você achou ruim e posso te garantir que não tenho planos de fazer de novo. Definitivamente não é o ponto alto da minha semana estar em uma reunião de faculdade e, ainda por cima, encontrar a minha ex-namorada. Queria saber como você estava e tentei tornar a situação menos desconfortável possível. Nós dois sabemos que nos fariam conversar em algum momento.” Passou a canhota pelo cabelo, um hábito seu quando estava nervoso, incomodado ou não sabia o que fazer. Estava os três naquele momento. “Olha, Hana.” Enfim tornando a encara-la, descruzou os braços. “Eu sinto muito pelo que aconteceu. Mesmo. Entendo que você queira estar com suas filhas agora, ao invés de com um monte de gente que só quer saber da vida de todo mundo. Entendo perfeitamente que prefira estar fazendo qualquer coisa do que batendo papo com seu ex. Mas simplesmente descontar tudo em mim não faz o menor sentido.” As mãos afundaram nos bolsos da jaqueta. Só esperava que estivessem ocupados o suficiente para não se preocuparem em ouvir a conversa deles. “Então, acho melhor eu ir. Se só estou incomodando e, como você disse, nada vai fazer a menor diferença, não tem o menor motivo pra eu estar aqui.”
                                         Se arrependeu das palavras que escaparam por sua boca logo depois de tê-las dito. Porque o olhar que caiu sobre si a deixara envergonhada, mas não de uma forma acanhada. Hana não estava acreditando que havia deixado suas emoções falarem tão alto. Ela era racional demais para ser controlada por seus sentimentos e talvez por essa razão estava se sentindo tão ridicularizada. “Você pode parar de me lembrar que a gente teve qualquer coisa no passado. Eu prefiro esquecer essa parte da minha vida.” Não se importou em camuflar as palavras para parecerem menos nocivas. Ele fora embora, afinal, ele desistiu dela primeiro, então, por que deveria se importar com seus sentimentos se nem ele havia se importado com os dela? Hana estava cansada de ser tão cuidadosa. “Não, você não sente. Porque você não tem a menor noção do que está falando. A mínima que seja.” Aquelas palavras, por mais que tão vagas, carregavam o peso de um sentimento enorme. Estava sendo arredia, sabia muito bem disso, mas ninguém jamais entenderia como ela se sentia. E odiava ver as pessoas agindo como se soubessem. “Não estou descontando nada em você. Acha que sou algum tipo de criança? Ou pior, acha que se fosse descontar qualquer coisa em você seria dessa forma?! Por favor, a vida me ensinou a ser muito mais maldosa do que isso. Só estou falando que não sei porquê vim pra cá. Não sei porquê estou desperdiçando momentos com as minhas filhas para ficar com pessoas que me olham com pena.” Por mais que fosse ela a pessoa que fugia do assunto, já estava engasgada o bastante para fingir que não percebia. “Acha que eu não notei que todo mundo tá me olhando como se eu fosse uma coitada? Como se a aliança no meu dedo fosse um grande cartaz de “infeliz”? Eu estou me fazendo de desentendida a noite toda mas não sou idiota. Estou de saco cheio disso. Porque todo mundo acha que tem direito de dar opiniões sobre a minha vida, mas não sabem nem metade do que eu passei nesses últimos anos.” Se não fosse tão boa em fingir que não sentia nada, teria deixado os olhos cheios de lágrimas aparecerem para Shihyun. Mas, por sorte, os anos lhe ensinaram a fingir muito bem. “Então, vai embora se você quiser. Você é bom disso. Foi o que você fez da última vez, né?” 
lonely.
8 notes · View notes
bekhana · 5 years ago
Text
shihyun‌:
Poderiam ter finalizado sua história de uma forma não muito agradável, especialmente de sua parte, mas o homem não poderia deixar de admitir que Hana era uma pessoa muito interessante. Sua presença com toda a certeza nunca seria se tornaria irrelevante em algum local. Muito menos dentre amigos dos tempos de faculdade que adoravam questionar sobre a vida dos que haviam se tornado bem-sucedidos, como todos os comentários sobre ela afirmavam. “É verdade, alguns hábitos nunca mudam.” Se absteve de comentar mais sobre tal assunto. Pois realmente era a última pessoa ali que deveria falar qualquer coisa sobre a presença alheia, sabendo muito bem que a estranheza entre eles nunca permitiria que passasse despercebida por si. “Que bom, de verdade. Fico feliz. Você sempre foi muito ambiciosa. Bom saber que todo o seu esforço acabou te levando até onde queria.” Poderia ter certa animosidade em relação a outra por seus próprios motivos, porém não deixaria de ficar contente com a realização desta. Se recordava muito bem de quando ambos estavam na escola e ouvia ela falar sobre o que desejava para o seu futuro, então era bom saber que tinha alcançado o que queria. “Nós dois conseguimos o que queríamos, aparentemente.”
Han levou a mão destra até a nuca, coçando a área de leve ao se arrepender de ter levantado tal assunto, mesmo que nem pudesse imaginar que uma pergunta boba sobre a prima de Hana com quem costumava se dar bem, levaria a aquilo. Imaginava que ela já deveria estar exausta de responder todas as perguntas sobre o ocorrido, pois conhecia todos ali bem o suficiente para saber que deveria ser o maior tópico de conversa com a mulher naquela noite. “Entendo…” Soltou, se perguntando por um momento se deveria ser mais um dos insistentes naquele assunto ou não. “Não esperava que fosse para a Suíça, é bem… Diferente. Lá deve ser legal, mas nunca fui pra ter certeza.” Diria que gostaria de ir um dia, mas o trabalho era sua prioridade e provavelmente continuaria sendo por mais um bom tempo. “Por favor, bate na madeira. Eu já decorei o rosto dos filhos de todo mundo por aqui.” Comentou em desespero, dando uma risadinha nervosa. Levantou uma sobrancelha ao ouvir o questionamento alheio, não evitando ficar surpreso por ela querer saber de tal parte de sua vida. Ou por seus amigos nunca terem falado nada sobre, fofoqueiros do jeito que eram. “Ah, não. Nenhum dos dois. Eu até estou num relacionamento, mas não acho que seja nada sério por agora.” Era uma coisa realmente casual e nem poderia considerar como um relacionamento propriamente dito, só estava respondendo aquilo porque não aguentaria mais alguém se achando casamenteiro e querendo apresenta-lo para alguém. Não poderia estar menos interessado. “E você? Deve ser a única pessoa aqui que não me mostrou foto dos filhos ainda. Duas meninas, certo? Como estão?”
                                       Não sabe explicar as razões pelas quais as palavras do homem ao seu lado a afetaram tanto. Talvez fosse seu ego, ou possivelmente, uma parte de si que não sabia que mesmo após tanto tempo ainda estava lá. De toda forma, sabia que eram sentimentos os quais não poderia se permitir ter. Sorriu, meio perdida, meio sem alternativa. E em uma ação rápida, se virou na direção alheia. O coração deu um pouco lá no fundo, teria que confessar. O queria seria de sua vida se as coisas não houvessem desandado? Estaria em uma realidade diferente agora? Não sabia. Tudo o que sabia era que precisava parar de viver em prol dos “se”. Deveria estar feliz em vê-lo construir sua vida como planejado, não? Shihyun fora seu primeiro amor e mesmo após todo o ressentimento de sua partida, continuaria sendo. Logo, os sentimentos e momentos que vivera com ele não poderiam ser apagados simplesmente porque não estavam mais juntos, certo? Errado. Porque Hana não fazia o tipo de mulher que esquecia. Ambos tomaram um rumo diferente em suas respectivas vidas, conquistaram seus respectivos sonhos. E era somente isso.Nada mais. “Que bom pra você.” Deu de ombros, colocando a taça em cima da primeira superfície que encontrou em sua frente. Já não estava mais tão disposta a conversas informais. “Assim, logo vai ser mais um desses que vai estar com uma aliança no dedo e exibindo as fotos de seus bebês.” Não sabe porque disse isso em voz alta, talvez fosse o álcool fazendo efeito apenas agora, ou talvez fosse sua forma de alfinetá-lo. De toda jeito, se imaginar em uma realidade onde isso acontecia, lhe embrulhava o estômago. “O que tem eu? Não tenho fotos das minhas filhas pra te mostrar. Também não acho que iria mostrá-las se tivesse.” Deixou-se levar pelo momento repentino de insanidade, sem se importar com as consequências de suas palavras. No fim, sempre poderia culpar o álcool pelas besteiras que dissera. “Eu não sei porquê eu vim. Não sei porquê você está aí parado puxando papo sendo que não faz a menor diferença para nenhum dos dois. Isso é ridículo.” Riu, no que passou uma mecha do cabelo para trás da orelha. Não era sua intenção faz um escândalo, tampouco ofendê-lo, só dizia a verdade. “Ninguém veio aqui rever os antigos amigos. A grande maioria veio aqui esfregar na cara dos outros o quanto suas vidas são maravilhosas, exibir o filhos e a família provavelmente rica. Essa sensação de nostalgia não me faz sentir saudade do que já passou ou dos amigos que tive, só faz eu me sentir um péssima mãe por ter deixado as minha filhas pra relembrar coisas que preferia esquecer. Não me leve a mal, Shihyun. Mas estou em uma fase da minha vida onde não me importo mais com cordialidades.” 
lonely.
8 notes · View notes
bekhana · 5 years ago
Text
shihyun‌:
Realmente não esperava acabar reencontrando Hana naquela noite. Sinceramente, parte de si até mesmo esperava nunca mais ter de vê-la de novo. Tinham história demais para que uma simples interação entre eles fosse normal, mágoas demais acumuladas provavelmente de ambos os lados, o passar dos anos não fora muito eficiente em apagar completamente a dor de como as coisas haviam acabado. Mas só estava percebendo agora que estava em sua frente. Não estava completamente alheio da vida da outra, um dos amigos em comum comentara uma coisa ou outra com o passar dos anos, como o nascimento das filhas e a morte de seu marido. Imaginava que deveriam ter comentado algo sobre sua vida para ela em algum momento também, embora duvidasse muito que ela devesse estar verdadeiramente interessada no que fazia ou deixava de fazer depois de ter sido ele próprio a terminar com tudo anos antes. Depois de vários anos juntos. Porém não era como se tivesse tomado a difícil decisão sem motivos. Nada andava como era entre eles e não estava feliz daquela forma, nem acreditava que as coisas poderiam vir a melhorar, o que mais poderia ter feito?
“Bom, esses encontros acabam sempre na mesma coisa. Tem sempre alguém mostrando foto dos filhos até que você decore os nomes de todos, alguém reclamando que levou um fora e vai acabar sozinho… Ah, e um bêbado. Não está perdendo muita coisa.” Deu uma olhada breve para onde os outros estavam, não tardando a encontrar o primeiro caso, uma amiga que fora sua colega no curso e estava disposta a mostrar a todos as fotos de sua filha aprendendo a andar de bicicleta. “Hm, como está com o trabalho? Conseguiu o que queria?” Foi a primeira coisa que surgiu em sua mente. Não estava com muitos tópicos de conversa em sua mente e imaginava que ela deveria querer fugir dos questionamentos sobre como estava sobre a perda do marido. Podiam não ter mais nada, mas tinha bom senso o suficiente para não querer deixa-la desconfortável. “Eu pareço muito bem? Obrigado.” Sorriu, os dentes alinhados perfeitamente se mostrando por um breve momento, não sabendo como deveria agir sobre a declaração alheia e optando por agir como se a segunda parte não o tivesse afetado. “Ah, eu estou bem. Cansado por todo o trabalho, ser promotor é mais cansativo do que a televisão faz parecer. Mas estou bem, sim.” Gostava de pensar que cansaço não era nada perto de estar fazendo o que queria para vencer a exaustão, porém os últimos casos que fora designado foram o suficiente para quase causar olheiras permanentes no Han. “E aquela sua prima? A que era engraçada. Como ela está? Lembro que o senso de humor dela era famoso no campus.”
                                     Teria dado risada se não estivesse muito mais concentrada em manter o rosto inexpressivo. Não deixar suas emoções transparecerem era uma habilidade uma vez que se reprimira por todo o tempo que se sucedeu a morte de seu marido. Tentando parecer forte para a família, amigos e principalmente a pequena Hyewon que não entendia tudo o que estava acontecendo. Tomou um gole do que sequer conseguia identificar dentro da segunda taça que havia pego e manchou ainda mais os lábios no que crispou a boca. Hana sabia bem que Shihyun fazia parte de um momento de sua vida a qual não gostaria de reviver. Muito menos na situação que se encontrava atualmente, uma vez que isso a fazia se questionar todas as vezes qual rumo sua vida teria levado caso não tivessem terminado. “Bom, parece que nós ainda estamos na universidade, porque alguns hábitos nunca mudam. De qualquer forma, sei que a minha presença não seria tão relevante assim, então, não devo ter pedido tanta coisa mesmo.” Tentou não evidenciar o tédio no tom de voz, mas fora difícil. Sentia que a vida havia tido um rumo totalmente diferente do planejado. Empurrando-a pra monotonia de uma história que nunca planejou pra si. Ser dona de casa nunca foi o sonho de Hana, assim como nunca foi seu sonho ser mãe. Porém, suas filhas eram, sem sombra de dúvidas, coisa mais importante de toda a sua vida. Um pedaço da recordação de tudo o que viveu. “Sim, consegui. Lutei muito pra isso, era de se esperar. Mas, com relação ao trabalho, é gratificante. Trazer vidas ao mundo é gota de alegria que faltava.” 
                                     "Eu imagino.” Soltou, assentindo a cabeça em concordância ao ouvi-lo falar sobre seu emprego. Havia conseguido o que queria também, afinal. Mas disso ela já sabia. O que gostaria de saber, de fato, estava na ponta de sua língua mas não tinha coragem para questioná-lo. Havia casado? Tido filhos? Apesar dos amigos em comum sempre tocarem em seu nome, Hana nunca soube nada sobre a vida pessoal de Shihyun. E preferia se manter desta forma, afinal, e tempos em tempos estava ocupada com seus próprios conflitos, sempre alheia a tudo que acontecia a sua volta. “Ah, ela vai bem. Se mudou para a Suíça um pouco depois da formatura. Vive lá com o marido e o filho, mas nós não mantemos tanto contato desde... então.” Engoliu em seco, se descuidando por um minuto sobre o assunto tabu da sua noite. Tomou o último gole da bebida e fingiu não estar acontecendo nada. “Parece que alguém logo vai vir aqui mostrar fotos de crianças pra gente.” Balançou a cabeça na direção dos amigos em comum que conversavam e observavam os dois em um canto afastado. Torcia para que não fosse indiscretos o suficiente para fazer piadas da situação sabendo de como estava a vida de Hana atualmente. Seu relacionamento com Shihyun havia acabado há muito tempo e não havia espaço para nostalgia naquele aspecto de sua vida. “Então, você não teve filhos ou casou? Pensei que fosse me mostrar as fotos do seu bebê também.”
lonely.
8 notes · View notes
bekhana · 5 years ago
Text
                             Sorriu docemente ao negar com a cabeça a taça de vinho que fora estendida em sua direção. Era fraca para bebida o bastante para saber que um gole a deixaria alterada o ao ponto de não conseguir realizar suas atividades ao voltar para casa ou caso fosse chamada em alguma emergência no hospital. Estava atenta ao aparelho celular, preocupada com as crianças que não estava sob a sua supervisão aquela noite. Ainda se questionando as razões pelas quais havia deixado suas filhas para participar da confraternização de amigos da faculdade. Não era do feitio de Hana simplesmente abandonar as suas obrigações por um pouco de diversão, mesmo sabendo que a vida social também era bastante necessária para a melhora de sua saúde mental. Coisa que já não sabia mais se tinha intacta desde a morte de seu marido. Um suspiro deixou os lábios ao ter que tocar no nome de Daehyun sem ao menos poder beber um gole de vinho. Sabia o quanto as pessoas tentavam ser gentis em demonstrar suas condolências ou relembrá-lo a cada momento que tinham ao lado de Baek. Porém, não era confortável, tampouco agradável para Hana contar como fora difícil tomar a decisão de desligar os aparelhos. Encostou-se em um canto no que se afastou com a desculpa de que precisava ligar para a babá para saber de Hyejoo e lá ficou por um tempo. Observando as pessoas que um dia conviveram consigo e que, agora, tinham suas vidas estruturada, família e filhos. Nunca imaginou que estaria ali depois de tantas dificuldades, muito menos que teria de enfrentar tudo sozinha, mas mantinha-se firme. Precisava se manter firme.
                             Uma nevasca se fez presente em seu estômago, gelando todo o resto de seu corpo progressivamente quando os olhos se encontraram com os de Shihyun. Relembrou-se prontamente dos momentos que viveu, por mais que estivesse se obrigando a esquecê-los e o coração deu um pulo. Sem saber se por medo ou por vergonha. Infelizmente, sua história tanto com Daehyun quanto com Shihyun havia sido assistida por muitos ali presente. Abraçou os próprios cotovelos, desviando o olhar quando notara que os olhos se encontraram. Buscou por um garçom, jogando para o espaço o receio de se embebedar com uma taça de vinho. Não se importava mais com as reações que acabaria tendo no fim da noite porque pôde sentir um frio na espinha quando notou a presença alheia ao seu lado e logo a voz que se fez presente em seus ouvidos. Virou-se devagar, com a mesma face inexpressiva que havia se habituado a exibir e sorriu, forçadamente. “Sim, é bem incomum me ver nos encontros anuais, eu imagino.” Crispou os lábios, espalhando o batom vergonho por toda boca ao capturar em uma bandeja uma taça de cristal. “Bom... Respondendo o que disse durante metade da noite, estou como sempre estive.” Disse, rápida. Evitando mentir em dizer que estava bem. Nem mesmo para Shihyun, alguém que certamente iria gostar de exibir o quanto havia crescido na vida, queria ter que inventar coisas fora de sua realidade. “Mas você eu imagino que deva estar muito melhor.” Deu de ombros, girando a aliança no dedo quando se permitiu observá-lo nos olhos. “Digo, você parece muito bem desde a última vez que.. nos vimos.” 
lonely.
@firetfly
Trocar assuntos com os antigos amigos de faculdade, a maioria com quem perdera o contato e só via em ocasiões como esta, até que estava sendo menos sofrível do que imaginava que seria. Se bem que, ao se levar em conta que não estava na casa do inventor da reunião nem há vinte minutos direito, seria melhor manter as expectativas baixas. Não que não gostasse de socializar, muito pelo contrário, até que dava um jeito de sair bastante levando em conta o pouco tempo livre que tinha devido ao trabalho. Só não era lá muito empolgante ouvir todo ano as mesmas histórias sobre os filhos de fulano, como beltrana desejava retornar aos anos de faculdade. E chegava a ser vergonhoso quando o primeiro bêbado começava a dar as caras. Embora Shihyun não estivesse se esforçando muito naquela noite para não ser ele a exercer tal função, discretamente se esquivando da rodinha de conversa em que estava para ir atrás de sua segunda bebida na noite. Porém, o que os olhos acabaram encontrando o fez desejar que não tivesse tomado tudo tão rápido e não houvesse necessidade de se aproximar o suficiente para que aquilo acabasse ocorrendo. Lógico que sabia que as chances de acabar a encontrando ali eram enormes, os amigos em comum eram os mesmos da época da faculdade e todo ano davam um jeito de realizar tal reunião. Mas praticamente todos os anos ele fora efetivo em dar o fora ou chegar atrasado o suficiente para não ter a sorte de vir a encontrar Hana ali. Mesmo não sendo uma ação proposital, acreditava que era o destino lhe dizendo que era melhor daquela forma. Pois ainda se recordava de como o coração doera ao terminar a relação que a mente juvenil, até mesmo inocente, acreditava que duraria por muito mais anos – até uma vida toda – do que realmente durou. 
Sua vontade era voltar para onde estava e fingir que não a tinha visto, evitar com todo o seu esforço o reencontro que não acreditava que aconteceria tão cedo assim. Afinal, que atirasse a primeira pedra quem gostaria de reencontrar uma ex-namorada daquela forma. O problema é que tinha certeza de que ela também o vira, o encontro breve dos olhares antes de desviar o próprio fora claro, não seria ele a querer pagar de crianção que estava de birra por um término e passaria a noite dando uma de antipático. Então enfiou um sorriso no rosto e andou em sua direção. Este discreto, claro, pois ainda tinha algum amor próprio no corpo. “Quanto tempo… Não imaginava que fosse te ver aqui.” Se encostou na parede próxima de Hana, cruzando os braços sobre o peito, o olhar tornando a encontrar a face da outra. Era possível que estivesse ainda mais bonita do que da última vez em que a vira? Provavelmente. “Não querendo repetir a pergunta que todos já devem ter feito hoje, mas na falta de originalidade… Como você tem estado?”
8 notes · View notes