Uma acadêmica de odontologia explicando tudo sobre os primeiros dentinhos do seu bebê
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Dentição decídua
O que é dentição decídua?
Popularmente conhecidos como dentes de leite, a dentição decídua é o primeiro conjunto de dentes que surgem na cavidade oral do ser humano. O desenvolvimento dentário começa durante o período embrionário e os dentes tornam-se visíveis (erupção dentária) na boca durante a infância.
Quais dentes formam a dentição decídua?
Arcada Superior: 2 incisivos centrais, 2 incisivos laterais, 2 caninos, 2 primeiros molares e 2 segundos molares. Arcada inferior: 2 incisivos centrais, 2 incisivos laterais, 2 caninos, 2 primeiros molares e 2 segundos molares.
Em qual idade esperamos encontrar a dentição decídua?
O surgimento dos primeiros dentes costuma ser aos 6 meses e prolonga-se aproximadamente até aos 30 meses, embora haja bebês que têm o primeiro dente tão cedo quanto os três meses ou tão tarde quanto um ano.
Guia de erupção dos dentes
6 a 9 meses: incisivos centrais inferiores.
9 a 10 meses: incisivos centrais superiores.
10 a 11 meses: incisivos laterais inferiores.
11 a 12 meses: incisivos laterais superiores.
12 a 14 meses: primeiros e segundo molares inferiores e superiores.
14 a 24 meses: caninos.
ps: os caninos são os últimos a erupcionarem.
Funções da dentição decídua
preparar os alimentos para a digestão e assimilação em etapas em que a criança está em máximo crescimento.
servem de guia de erupção: mantêm o espaço para a dentição permanente.
estimulam o crescimento dos maxilares com a mastigação.
sons: os dentes anteriores intervêm na criação de certos sons.
Distúrbios e doenças mais frequentes observados na dentição decídua
Macrodontia: Aumento do tamanho dos dentes sem a presença de sulcos de clivagem ou lobulações, podendo ser observado aumento na coroa ou na raiz do dente. Sua principal consequência é a alteração estética.
Microdontia: Dentes de tamanho menor do que o normal, envolvendo normalmente um ou dois dentes. Os dentes mais acometidos são os incisivos laterais superiores, que se apresentam em forma cônica, com ponta afiada e aguçada, sendo denominados dentes conóides.
Geminação: Alteração hereditária de forma, tamanho e estrutura dentária, produzindo um dente maior sem alteração de número. É causada pela tentativa do germe dentário em dividir-se, produzindo dois dentes incompletamente separados, com coroa grande, dupla ou bífida, mas com raiz e canal radicular único. A etiologia é desconhecida e pode estar relacionada a fatores ambientais, traumas, deficiências de vitaminas, doenças sistêmicas ou predisposição genética.
Fusão dentária: União de dois germes distintos durante o desenvolvimento, com duas raízes e canais radiculares distintos. A morfologia irregular predispõe à cárie, à doença periodontal e ao comprometimento estético.
Taurodontia: Alargamento da câmara pulpar e diminuição do tamanho das raízes, sendo que a distância da furca até a junção cemento-esmalte é maior do que a distância cérvico-oclusal. O diagnóstico é radiográfico.
Dente invaginado: Invaginação das células do epitélio interno do órgão de esmalte. Localizado na região do cíngulo, pode variar desde um pequeno aprofundamento até profundos canais por toda região coronorradicular.
Densevaginatus: Cúspide adicional com a forma de tubérculo que se projeta a partir da superfície oclusal dos pré-molares e molares e da superfície lingual/ palatina dos caninos e incisivos. O nódulo, também conhecido como cúspide de Talon ou evaginação, é consequência da proliferação anormal do epitélio de esmalte para o interior do retículo estrelado, sendo ainda desconhecida a sua etiologia. A evaginação é clinicamente significativa, pois pode causar interferência oclusal, culminando em fratura coronária, deslocamento dentário ou perda óssea.
Como tratar esses distúrbios e doenças?
Macrodontia: Nem todos os dentes necessitam de intervenção direta, mas deve ser feito controle do paciente. Quando for indicado, fazem-se plastia dentária e ajuste oclusal. Microdontia: Correção ortodôntica associada à restauração adesiva ou protética. Geminação: A maioria dos casos não requer tratamento, principalmente na dentição decídua. Fusão dentária:Na dentição decídua, a maioria dos casos não requer tratamento. Na dentição permanente, o tratamento depende do grau de fusão, podendo ser indicado acompanhamento, separação, restauração protética, ajuste oclusal ou exodontia. Taurodontia: A maioria dos casos não requer tratamento, principalmente na dentição decídua. Dente invaginado (odontoma ou dens in dens):Prevenção da cárie devido à maior retenção de placa nesta região. Acompanhamento clínico e radiográfico. Densevaginatus: Prevenção da cárie devido à maior retenção de placa nesta região. Ajuste oclusal e ortodontia. Acompanhamento clínico e radiográfico.
Como promover a saúde bucal?
A pirâmide alimentar é o mais popular guia alimentar, representado graficamente por uma pirâmide e tendo como princípios a variedade, a moderação e a proporcionalidade.Trata-se de um instrumento de educação nutricional que tem como objetivo promover mudanças nos hábitos alimentares visando à saúde global do indivíduo e à prevenção de doenças. Na pirâmide, os alimentos que devem ser mais consumidos estão próximos à base, e os que se encontram no topo devem ter um consumo mais restrito. A pirâmide alimentar propõe que o consumo energético diário seja composto por 55 a 60% de carboidratos, 25 a 30% de lipídeos e 10 a 15% de proteínas, sendo que o consumo de açúcares não presentes naturalmente nos alimentos não deve ultrapassar 10%.
Higienização bucal nas crianças
Até ao nascimento dos primeiros dentes do bebê, deve-se limpar as gengivas, bochechas e língua com um pano ou gaze úmida, pelo menos duas vezes por dia, mas, especialmente, antes de colocar o bebê para dormir.
1. Antes do primeiro ano de idade
Depois dos primeiros dentes do bebê nascerem e até ele completar 1 ano de idade, é aconselhado escovar os dentes com uma escova de dentes própria para a idade, que deve ser macia, com a cabeça pequena e com um punho grande.
2. Após um ano de idade
A partir de 1 ano de idade, deve-se escovar os dentes do bebê com uma escova própria e pasta de dente própria para bebês, que tem menos concentração de flúor, pois os outros cremes dentais têm mais flúor que pode deixar manchas brancas nos dentes do bebê, além de correr o risco de engolir esse flúor.
Os dentes do bebê devem ser escovados, de preferência, depois das refeições. Porém, como nem sempre é possível escovar os dentes após todas as refeições, é recomendado escová-los pelo menos duas vezes por dia, sendo a última antes de dormir.
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