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Opinião coletiva

Parece que 2017 nasceu e já está com dificuldades de respirar. Estamos a cada dia afundando em uma maré alta de opinião coletiva, onde o que é dito por um, está dito por todos. É muito complicado seguir uma ideia em que defende-se apenas um lado, sem espaço para explicações contrárias ou objeções. Infelizmente a juventude dos anos dois mil me parece um tanto acomodada e sem questionamentos, onde “se está bom pra mim, não me interessa se está bom para o próximo.” Em um ciclo de amigos, por exemplo, isso acontece com uma certa frequência. Digamos que dois amigos de um grupo relativamente grande, tenham uma discussão. Se você analisar a situação, a primeira pessoa que concordar com um dos dois terá seguidores imediatamente, e logo após terá quem discorda deste, onde também terá seguidores. Dificilmente as partes discutem com argumentação e educação. Sempre haverá dois indivíduos discutindo e o resto aplaudindo. Não necessariamente você deve ter uma opinião bem formada, mas acredita-se que a curiosidade pela informação, pela conversa, por novos pensamentos, não esteja mais presente na grande maioria das pessoas. Outra realidade de Opinião coletiva, é o modo como as pessoas interagem com as outras através deste. A crítica negativa nem sempre é bem vinda, porém, é a mais fácil de se lidar. Quando você fica sabendo de algum(ns) comentário(s) maldoso(s) por parte de uma pessoa próxima e que espalham-se através de outras bocas, por mais que seja difícil de acreditar, o jeito mais fácil de lidar é afastar-se. As vezes, essas críticas, por mais que doam, vindo de uma/umas pessoa/s que você gostava acabam aparecendo na hora perfeita para você lidar com elas, pois é através de decepções que ficamos mais fortes para continuar vivendo. 

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Calma. Ele está chegando.

Que saudade do arrepio, da sua insistência em me esfriar, quando, na verdade, é apenas uma tentativa de me abraçar. Poucos são aqueles que enxergam o inverno de maneira humana. Ele nos torna mais sensíveis, mais carinhosos, mais focados, mais pacientes, mais preguiçosos {as vezes demais}. Um cobertor, chocolate quente com marshmallow e meias quentes. Quem nunca? Particularmente, eu acredito que nasci para morar em lugares frios, gelados e nublados. Vejo uma beleza sutil nestes ambientes, acho que é por achar as pessoas mais verdadeiras, mais limpas de alma, mais transparentes.. O frio te leva para uma janta com os amigos, vinho, ou mais chocolate quente e muitos filmes. O frio te faz querer abraçar, beijar, se sentir protegido e confortável. O frio une. 

“Ele está chegando e eu estou ansiosa para vê-lo, para senti-lo. Quando ele se aproxima, me deixa calma, pois uma estação eufórica está indo embora, e ele me enrola em sua ventania como se precisasse me dizer algo. Vamos, me afogue em sua umidade, ora profundidade ora superficialidade, em diferentes lugares.Assim como ele, me sinto em todos e em nenhum lugar específico, me sinto fazer parte de todo e do nada.”