babynowhere
you are the 𝒕𝒓𝒂𝒈𝒆𝒅𝒊𝒂𝒏
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* when everything's so pure, can it be aimless? painless?
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babynowhere · 2 years ago
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goldiehook​.
Golden ergueu as sobrancelhas. “E no que eu deveria estar reparando, exatamente?” Fez-se de desentendida para ouvir a resposta dela, quase sorrindo. Quando a loira aceitou o alvo como Golden queria que o fizesse, o sorriso enfim se manifestou nos lábios avermelhados. Ela se afastou e deixou que a artista comemorasse, esperando que a euforia trazida pelo acerto lhe rendesse uma nova aluna e alguns novos excals. A sinceridade repentina e inocente a tirou de eixo momentaneamente, e Goldie supriu a vontade de rir. Não porque queria ridicularizá-la (e por isso se conteve) mas porque havia algo de doce naquilo. Ademais, não era como se Golden não tivesse agido daquele jeito de propósito. “Eu poderia estar.” Afirmou, repuxando os cantos dos lábios cheios. “É mesmo uma tática muito boa. Convidá-la para ser minha aluna, porque assim eu poderia vê-la mais vezes.” Apesar do interesse no ouro como toda boa pirata, ela gostaria daquilo também. Baby era encantadora. “Bem, se não passar nas suas provas de novo é o que você almeja, então treinar a mira só traria vantagens. Você saberia acertar, mas saberia errar com mais facilidade também.” A destra alcançou a pistola mágica. Goldie ficou em posição, deixou que a simulação fizesse uma contagem regressiva para lançar os hologramas de alvos na direção dela, e fez questão de errar todos os tiros. Quando terminou, virou-se para Baby. “Viu? Super reprovada.” Sorriu. “Mas não vou insistir. Qualquer coisa, podemos virar parceiras de treino. Ou fazer uma troca justa. Eu te ensino a atirar, por um valor menor que eu cobro normalmente, e aí você me ensina a…” Franziu o cenho numa breve pausa. “O que é que você faz naquele Circo mesmo?”
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“em mim. eu sou muito charmosa, se prestar atenção.” disse sem ponderar. o que vinha aos pensamentos, facilmente deixava os lábios. não considerava-se atraente de forma que as pessoas a paquerassem por qualquer motivo — nunca havia acontecido, na verdade, mas negar que pudesse acontecer não combinava com baby. no momento que pensou ser possível, ou sentiu, ela acreditou que poderia ser aquele o caso (uma pena que não era). “esquece! você é a charmosa aqui.” voltou atrás no que tinha dito depois de ouvi-la falar, com um sorrindo satisfeito na face. era uma boa tática mesmo. “você deve ter muitos clientes.” refletiu. observou o ponto da hook, eloquente e efetivo. até a parte de errar propositalmente era feita com estilo, talvez fosse o conjuto mulher e pistola — tinha que se decidir em algum momento. “não sei sobre o que você está falando, você já me ganhou nisso-” gesticulou enfaticamente com as duas mãos. “ai.” deu risada, de repente, seu interesse estava ali. independente de acertar ou errar alvos, mas a ideia de fazê-lo propositalmente era boa o suficiente. “oficialmente, eu adestro animais, mas eu faço acrobacias também. fui demitida disso, mas não porque eu sou ruim.” pontuou. “alguma dessas coisas te interessa? posso te mostrar.”
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babynowhere · 2 years ago
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com as mãos, buscava dobrar as saias de mentirinha, segurando o ar como se estivesse com um vestido imenso. até mesmo sua postura havia mudado, o queixo subia junto ao nariz — era assim que visualizava a elite arthuriana. “é lindo de verdade!” disse empolgada e rodopiou antes de soltar as saias e sentar-se na cama de polly, pulando um pouquinho com o ato. “eu queria ser da realeza, um pouco, sabe... como em filmes de fantasia, ou pelo menos sonhar com isso tudo em um filtro de ilusão ou lembrança.” gesticulava com as mãos na frente do rosto. “não queria ser a criada, mas a princesa. ou a filha de um lorde, quem sabe?” empolgava-se com o pensamento. “uma filha querida. eu estaria em um cenário perfeito e teria um lago cheio de cisnes.” conseguia visualizar, sentindo o cheiro de terra molhada. “sabia que depois que seus parceiros morrem eles não procuram por outros?” suspirou. “queria saber se eles se sentem muito sozinhos depois disso.” estalou a língua, olhando para polly, percebendo que ela não estava falando nada daquilo. “você que vai ter que cuidar dessas flores? se não quiser, dá pra mim. eu acho que ficaria bonito no meu. eu tô no dormitório de londres. é frio demais, mas tem chá. não lido bem com portais, sempre fico indecisa para onde ir, é muito rápido.” contou. “eu gosto. essa mudança pelo menos é boa e agora estamos com alguém que conhecemos no dormitório, não tem problema se eu falar algo que eu não deveria dormindo.”
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starter com @babynowhere​.
onde: dormitório da polly, ala de paris.
“Não é tudo extremamente chique?” Falava e se comportava de modo propositalmente pomposo, prestando reverências aleatórias à Baby. Não era como se Polly tivesse tido contato com qualquer luxo antes de receber a oportunidade de estudar na Academia, mas sabia que, mesmo para os padrões arthurianos, tudo naquele dormitório era da maior finesse. Se divertia quase de forma infantil, aproveitando a ocasião. “Esse tanto de flor tá me dando um pouco de dor de cabeça, na verdade. Talvez eu suma com elas.” Disse exageradamente, massageando as têmporas. “Gostou do seu novo dormitório? Engraçada toda essa mudança abrupta na pior hora possível, não é?” Mas não esperava realmente respostas, no momento só gostaria de se divertir com a novidade.
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babynowhere · 2 years ago
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chuysean​!
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Discutir futuro lhe deixava com uma grande incógnita na cabeça, sua cabeça acabava doendo de tanto nó que acontecia, mas gostava de escutar a visão dos outros sobre e quando a amiga começou a falar, abraçou as próprias e encostou o queixo entre os joelhos, atento a tudo. — O agora assusta. — Acrescentou brevemente, escondendo a boca atrás dos joelhos e apertando os mesmos, saber que alguém morreu era assustador. Saber que filhos perderam a mãe era ainda pior, porque ele teve medo de perder sua mãe quando ela foi pro isolamento… Compartilhava um pouco daquela dor, mas não sabia colocar em palavras, muito menos, sem parecer falso por sua classificação. — As pessoas morrem lá. O pessoal daqui não sabe lidar com a morte, aparentemente, mas nós tivemos que aprender… As pessoas morrem sempre, não podemos controlar isso. — Comentou brevemente, o olhar vazio já que sentia a saliva descer amarga, parecia malvado o que estava falando, mas era a realidade que sempre fizeram questão de mostrar. — Se começarem a morrer, uma pena, podemos apenas chorar e dar apoio aos que perderam. Nós não somos super heróis para evitar e você sabe o que penso, sabe que não me importo tanto, porque eles fazem isso por ser alguém deles… Se fosse o contrário, possivelmente, iriam fazer uma festa, uma semana de comemoração. — Sabia o quão venenoso estava sendo, tinha plena noção, mas não conseguia esconder a raiva por tudo. — Baby. — Chamou baixinho, tocando os fios alheios com ternura. — O certo, agora, é a gente se proteger e ficar atento a tudo. O futuro não vai ser calmo, se essas coisas continuarem… Precisamos nos proteger e proteger quem importa, quem quer a gente bem e tudo mais. Você entende? 
ali onde estavam, vendo a linguagem corporal do soul, baby pegou uma almofada e começou a apertou. desejava não aparentar nervosismo, mas eventualmente, as reações alheias era o que mais a influenciava no momento. “sim...” sussurrou, algumas das mortes, das pessoas com as quais mais se importava, baby só soube após quatro anos, depois do tempo permaneceu no circo e depois fora para academia (sua primeira menção à mylo, por não tê-lo na academia, não teve a melhor das respostas). após algum tempo, deixou de se sentir no direito de sentir as coisas, se não estava lá; como poderia compartilhar sua dor e luto? guardava-o o mais profundamente possível. nada de ruim vai acontecer de novo, pensava. no entanto, estava acontecendo, não parava de acontecer. “eu sei que não podemos fazer nada, nunca. não dá pra defender o que não podemos ver e julgam até nossos pensamentos — coisas que eles nem sabem!” quando notou já havia aumentado a voz, assustando-se um pouco, então cobriu os lábios com a almofada, ajeitando-se no colchão para sentar-se olhar o amigo com atenção. “eu finjo que acredito que eles me aceitam aqui, mas...” moveu os ombros, abaixando os olhos com uma tristeza intrinseca e permanente que não precisava de conclusão ao pensamento. voltou somente a olhá-lo com o toque no cabelo, então concordou com a cabeça suavemente. “eu entendo.” disse com dificuldade. tinha tantos questionamentos que estava até ofegante e queria fazer o de praxe: chorar. ainda assim, conteve as lágrimas e usou da proximidade para abraçá-lo. rhys era diferente de si, ele conseguiria proteger as pessoas e, talvez, se confiasse nele cegamente, baby também conseguiria. era só acreditar.
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babynowhere · 2 years ago
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frankensteintremaine​.
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“Eu discordo. Sua voz é bonita e eu mereço ser mimado às vezes.” brincou. Victor riu abertamente diante da história contada. Sua caligrafia habitual era um garrancho, mas a assinatura era pomposa como a de um aristocrata; herança da criação rigorosa que sua mãe recebeu de Lady Tremaine e repassou ao filho. ‘Nós já fomos nobres.’ ela dizia 'E uma vez nobre, sempre nobre.’ ele não ligava, mas os treinos de caligrafia renderam em um autógrafo bonito e pretensioso, então era perfeito. “Todas as minhas versões são tipo um golden retriever perto de você, huh?” Sorriu porque sabia que era verdade, mesmo sem nunca ter visto. “Obrigado por inflar o ego dos meus eus. Depois eu assino seu tênis e dessa vez faço não desaparecer nunca mais.” Era uma vantagem de sua habilidade mágica, que ele tinha usando muito pouco desde o dia do Salvador por medo de sangrar e entrar em pânico. Mas em algum momento teria de tentar. “Acho que sim. Tem coisa que acaba virando só apego bobo.” Concordou. A próxima fala dela o deixou pensativo. Nunca tinha racionalizado sobre o quão mudados eles estavam. Adultos com responsabilidades, não mais crianças correndo na lama, também com responsabilidades, mas pouco cientes disso. A reflexão o deixou em transe enquanto andava e subitamente Victor se sentiu autoconsciente. Como será que ela o via agora? Estava diferente na aparência, no jeito de se vestir e se comportar. Carregava uma fama de quem não prestava e se orgulhava disso toda vez que lhe garantia uma diversão de uma noite só. Mas a opinião dela era diferente da de qualquer outra pessoa. Ele só acordou quando ouviu a pergunta sobre a fita cassete, suspirando pesadamente em resposta. “Não. Nunca tive coragem e agora tô com um ódio por isso… Devia ter escutado.” fez cara feia, mesmo que ela não fosse ver. Não queria pensar no assunto, em sua insistência pedante ou na covardia de não ouvir o que seu pai havia lhe gravado. Então focou novamente no falatório dela, que o levou de volta para a dimensão tranquila onde estavam antes. “Que lugares estranhos?” perguntou, rindo baixo. Calculou, percebendo que seria mais rápido chegar em seu dormitório, então mudou o caminho. “Nem sei mais o que é dormir direito, Babes. Tenho tanta merda de pesadelo, acordo um monte de vezes durante a noite…” reclamou, sem saber se ela ainda prestava atenção devido ao tom de voz sonolento. Uma vez no dormitório, foi um pouquinho mais difícil do que ele tinha previsto abrir a porta do apartamento e então de seu quarto com a jovem pendurada nas costas. “Baby bird!” chamou, cutucando o nariz dela para que acordasse. “Desce aí, não sou muito delicado, se for te colocar acabo te derrubando.” sorriu, indicando a cama de casal. As paredes já estavam cobertas com seus desenhos e pôsteres, mas o resto do cômodo era relativamente organizado. Quando se deu conta já estavam deitados lado a lado, emaranhados nos lençóis cheirosos. Uma das coisas bobas que Victor mais amava em Arthurian era poder comprar coisas como amaciante de roupas e travesseiros fofos. Não estava com sono, então apenas ficou olhando-a esperando a magia acontecer. Era fascinante ver pessoas caindo no sono com facilidade, já que ele nunca tinha tido essa capacidade. Mas seus olhos captaram outros detalhes, coisas que antes passavam despercebidas ao seu olhar infantil. Ela ainda tinha a mesma pinta no nariz, bochechas coradas, pele macia ao toque. Uma silhueta sinuosa. E das mais lindas. Lábios que prenderam seu olhar sem volta. Como podia ter passado tanto tempo sem notar? Talvez por medo de arruinar a conexão que reconstruíam. Franziu a testa, de uma vez percebendo que, crescidos, eram um homem e uma mulher. E que desde que se reaproximaram, subconscientemente ela mexia com seus desejos; causava uma atração diferente que ele sequer saberia explicar. Valia a pena arriscar? Sem pensar muito ele levou uma mão ao rosto alheio, afastando uma mecha de cabelo castanho. “Vai me matar se eu roubar uns minutos do seu sono pra te dar um beijo?”
moveu a cabeça, veemente negando. “tudo bem, você tá dizendo isso, agora eu vou te provar que eu canto muito mal. vou provar em cima de um palco!” decidiu repentinamente, aceitando um desafio sequer havia proposto. baby não era alguém que se envergonhava com facilidade, tampouco ocultava sua personalidade abundante de pequenos detalhes que ninguém pedira — e somente por isso existiam. “são, é, praticamente. tudo depende da sua raiva do dia… você é meio temperamental, sabia?” contava como se fosse algo surpreendente para ela, mesmo lidando anos com alguns dos lados mais improváveis de victor, alguns nem mesmo chegando a existir no presente em questão. “mas sim, é que nem um cachorrão.” e coloca cachorrão nisso! faziam anos que as alturas eram discrepante, mas assistir o mundo, ao menos dos corredores da academia, eram uma visão e tanto. (queria se lembrar mais tarde de caminharem do lado de fora, em algum lugar bem verde, vislumbrando liberdade). “só me agradeça quando adivinhar tudo que eu já te falei.” sabia mais que ninguém o quão desagradável agiu algumas vezes, mas não se arrependia, projetava a verdade de todas as ações. apegava-se a promessas, mas teria que esquecer todas que aquele victor não possuía lembranças. levantou o polegar sobre a história da pintura no tênis, ainda que não desse muito para ver, a ponta do dedo encostava no pescoço do amigo. “todos meus apegos devem ser bobos.” sorriu sem contemplar o pensamento. “você vai achar e ouvir, vic. eu sei que não é só ouvir, tudo bem ter demorado pra fazer isso.” a maioria das coisas, baby sentia constantemente, eram pesadas demais para assimilar e preferia que voassem com o vento — como sentimentos e emoções fixas, tudo que pudesse permanecer era complicado e, sobretudo, desesperador. “todos os lugares que tem merlin no nome ou… onde eu acho que ele vai estar?” torceu o nariz, os olhos ainda fechados. “não são lugares estranhos, tem piores, mas ando pensativa sobre esses.” suspirou alto, sem intenções de refletir. merlin era merlin e tudo bem (não para ela, especificamente). resmungou com a atenção sendo chamada, passando a mão no rosto como se um bichinho a pertubasse, de fato havia cochilado alguns segundos. desceu com facilidade, no momento que soltou as pernas, colocou os pés no chão sem se importar com o saltinho. percebera não estar em seu quarto, mas não era importante, seguiria a mesma trajetória que era embaixo das cobertas e com a cabeça apoiada no travesseiro fofo e cheiroso. estava confortável, victor ao seu lado a deixava confortável. faltava uma agudeza de sentidos, pois demorava a compreender algumas coisas sem palavras, antes de serem anunciadas. estava ali, afinal; no olhar contínuo, na proximidade. baby sentia o carinho perdurar e, até mesmo quando victor piscava, naqueles cento e ciquenta milissegundos, ela não deixava de senti-lo. beijar?, indagou-se. nunca imaginava-se beijando pessoas muito altas, o motivo era simples: não alcançava-as. sorriu para ele calmamente, as bochechas salientes. não! era sobre beijar victor e não simplesmente beijar. movia-se as próprias intenções para ser condescendente naquele momento. “eu não te mataria mesmo se você quisesse me matar.” apoiou os braços no tórax alheio, parcialmente sobre o corpo para que pudesse olhá-lo e analisá-lo. “vamos chamar isso de eu te beijando e depois, se você gostar, você me beija.” não esperou resposta antes de fechar os olhos e inclinar-se na direção dos lábios alheios para capturar o inferior suavemente. baby não tinha pressa, algo que nunca tinha feito antes — todos os beijos eram únicos e especiais para ela, assim como o verdadeiro amor em todas as suas ramificações —, então não precisava de precaução. era simples, fácil e agradável.
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babynowhere · 2 years ago
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beloxadormecido​.
“Mas o quê?” A surpresa do susto que Belo tomou com a proximidade repentina da garota foi logo esquecida quando notou o aparente susto alheio, amenizando sua irritação. Halloween town poderia ser bem estranha, por isso se pôs a observar o caminho pelo qual ela provavelmente teria vindo, tentando entender o que estava acontecendo. “Alguém está te perseguindo? Se for o caso, deveríamos sair daqui.”
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naquela circunstância, até se gritassem, baby não se moveria. diferente do pensado, ela não estava exatamente com medo, apesar do desespero soar bem parecido. quando notou as mãos já estavam presas ao casaco alheio e, mesmo sem ligar exatamente em ultrapassar limites, não queria incomodar o irmão de maravilha. afastou-se um pouco, levantando a destra para um aceno, mas desistiu no meio do caminho. “tá com medo?” talvez não fosse as palavras mais apropriadas, mas foram as primeiras a chegar aos lábios. “quero dizer, eu te assustei?” torceu o nariz. “desculpa.” olhou em volta, chegando se alguém estava vindo em sua direção. “não acho que estou sofrendo uma perseguição agora. posso ter me equivocado...” disse ao pensar um pouco. “oi, você é o belo, né? eu sou a baby. nós dois temos nomes com quatro letras. que coincidência.”
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babynowhere · 2 years ago
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thesecondxbella​.
       Andar por Halloweentown era tão interessante que Bella nunca sabia o que poderia ver de novo que ficaria encantada, como que não os levaram lá antes? Merlim sempre deixava as coisas mais legais escondidas, aquilo era fato, então ela procurava aproveitar ao máximo para comprar coisas estranhas — quando tinha dinheiro, já que não estava lá tão animada para criar peças para outras pessoas, então andava meio sem grana, mas acabava conseguindo uma coisa ou outra com algumas… atividades diferenciadas. — O que caralhos tá acontecendo? — questionou, mas como uma boa mulher, não hesitou em escondê-la atrás de si — ainda que não fosse lá muita coisa, já que era pequena. — O que foi que aconteceu Baby? Você aprontou alguma coisa e agora tão atrás de você? Ou pior, um homem tá te seguindo? Não consigo pensar em nada mais assustador do que isso.
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a infinidade de monstros no caminho a fascinava e, embora soubesse que existiam menos chances de ocorrer situações desagradáveis em halloween town do que no castigo, baby preferia não incomodar os monstros — queria a amizade de todos eles, se possível. em outros lugares, baby jamais se destacaria, exceto pelas roupas e jeito extravagante, mas ali era facilmente notada. “não, um homem não!” respondeu tão alarmada que fazia soar ter medo deles. a verdade é que uma perseguição, de verdade, a deixaria muito mais assustada do que estava fazendo naquele momento. “não aconteceu tanta coisa assim, é que... não, dessa vez eu não aprontei nada. aconteceu algo no passado — que eu não tive culpa — e agora estou aqui.” suspirou. “mas não tem problema!” levantou o indicador para cima com otimismo. “sinto que despistei quem, eu acho, que me procurava. as vezes eu só tô maluca mesmo.” o que era sempre melhor de se pensar.
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babynowhere · 2 years ago
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li-yujie​.
Halloween Town se tornara um de seus lugares favoritos imediatamente após a Academia mudar de localização. A Li não perdia uma oportunidade de visitar a cidade incrivelmente estranha, mas que cativava e cutucava sua curiosidade, convidando-a a conhecer cada pedacinho do lugar. Contudo, sua caminhada com fins exploratórios foi interrompida pelapessoa que a alcançou e se escondeu atrás dela. Veja bem, Yujie não era uma estranha a ser usada como escudo humano. Long Bai era um grande especialista nisso, pra falar a verdade, mesmo que fosse ele o seu escudo humano. Literalmente falando. Então, apesar de ter sido pega de surpresa com a aproximação repentina da outra garota, Yujie não estranhou a atitude. A bem da verdade, ficara curiosa. “Ok, não está aí pra quem quer que seja o seu perseguidor. Mas não pode me julgar por querer saber o motivo de me usar como esconderijo.”
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os olhares furtivos era a maior característica do momento — baby estava imóvel. com o objetivo de não ser notada, exceto pela pessoa que a escondia, ela demorou alguns minutos para dá-la uma justificativa. no final das contas, se falasse imediatamente, todo o ato de se esconder seria em vão. “obrigada.” sentiu que podia respirar fundo para finalmente conversar. a confirmação de que não estava ali era satisfatória e, mesmo que estivesse, sentia-se desaparecer em seus pensamentos. ufa! “tá, vamos lá!” bateu as mãos estrondosamente, agora que estava livre de quem fugia, ela podia fazer o barulho que tanto gostava. “é uma longa história, mas eu tenho uma amiga que tá com bastante raiva de mim, eu acho. e não sei como fazer ela ficar com menos raiva. eu nem posso fazer isso acontecer. talvez, na verdade, nem seja raiva... raiva mesmo. ela só parece bem raivosa — a expressão mesmo — e isso faz com que eu corra e me esconda. é bem instintivo, sabe?” contava rapidamente, sem tantas pausas para respirar.
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babynowhere · 2 years ago
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princssfrog​.
As horas haviam passado rápido demais anteriormente, de modo que Anne Marie estava andando por aquelas ruas mais tarde do que gostaria. Estivera distraída demais no museu para que olhassem para um relógio. Portanto andava a passos rápidos, com certo medo de que qualquer coisa pudesse aparecer, sentindo a mão queimando pelo desejo de usar seu poder para iluminar o caminho escuro. Isso quase aconteceu quando sentiu uma presença próxima, um grito involuntário de pavor deixando seus lábios até perceber que se tratava de alguma garota. E pelas poucas feições que conseguia ver, ela parecia ser da Academia também. “O que está fazendo?” Indagou, virando-se para trás afim de enxergar a figura que se escondia. “Você está aí? O que está fazendo? Se está fugindo de um monstro, não vou deixar que me use de escudo.” Já avisou, porque também tinha medo. Ainda assim, sentia um pouco de piedade da expressão que a garota parecia sustentar.
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acostumou-se com a noite — era um horário que luzes se faziam necessárias, iluminando artificialmente qualquer lugar desejado com diversas cores. apesar do momento de desespero, não estava tendo uma noite ruim. na verdade, ela desejava mesmo era ter entrado no bolso do casaco de uma criatura gigante, o que talvez fosse deselegante. ainda assim, não custava pedir. ouvir o seu “esconderijo” gritar gerou o mesmo efeito em baby, dando alguns passos desajeitados para trás. “se eu tivesse que usar alguém de escudo, eu escolheria uma coisa beeem maior. e dura!” justificou-se como se suas intenções fossem óbvias. “eu não queria que alguém me achasse, mas definitivamente não é um monstro.” olhou em volta, mas não tinha sinais de outrem em seu campo de visão. “você não é um bom esconderijo, mas o mal julgamento foi meu, então não tem problema.” concluiu, oferecendo-a um sorriso amigável. “está voltando pra academia? você parece assustada.”
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babynowhere · 2 years ago
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hayuncircus​.
“De quem se esconder?” Ficou confusa, ao perceber a outra se esconder atrás de si “Se não me disser quem é, não posso lhe proteger verdadeiramente. Saber por onde vem o inimigo e tentar a proteger dessa forma.” Hayun não se virou para falar, se a outra estava a se esconder, virar-se iria apenas piorar a situação.
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estava cautelosa com as palavras, não arriscando-se a responder de imediato. imaginava um cenário onde a silhueta de hayun a escondesse, mas não era como se a altura que possuíam fossem tão diferente. “ahm–” buscou pensar um pouco em como respondê-la. “de uma amiga.” não existia outro adjetivo para usar, embora fosse uma amizade cheia de complicações. “você tá falando como uma verdadeira espadachim, sabia? onde tá escondendo a espada?” brincava, no entanto, olhava-a em busca de alguma arma. hayun dizer que protegeria verdadeiramente deveria significado algo, não? “acho que ela não tá por aqui...” suspirou aliviada, ainda escondida atrás da outra.
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babynowhere · 2 years ago
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a academia não era um lugar seguro, não por todas as implicações das últimas semanas, mas porque tinha uma perseguidora. certo, talvez perseguidora fosse um exagero e, quem sabe, um tanto maldoso de sua parte. a questão é que baby sente medo da verdade. não podia contá-la e, mesmo assim, acreditava que a amiga da qual fugia a arrancaria de sua garganta — e sabe lá o que aconteceria. nas notícias arthurianas não teria nada sobre ela, o castigo nunca saberia e quem a conhecia acreditaria em qualquer coisa, porque ela é qualquer coisa. sendo assim, corria pelas ruas sombrias e estranhamente aconchegantes da peculiar halloween town — amava o estranho, sentia-se em casa. “eu não tô aqui, por favor, por favor, por favor...” disse rápido e ofegante para muse, usando o corpo deste de esconderijo e encolhendo-se atrás da silhueta alheia para observar cuidadosamente os arredores.
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babynowhere · 2 years ago
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respeitável público, le cirque des rêves apresenta: BABY, a adestradora de animais. em comparação com a vida no castigo, a utilidade que possuía no circo não seria considerada um fardo, exceto todas as suas perdas e derrotas no caminho. depois do circo nada é o mesmo — suas amizades, seus amores. anulações de si mesma em nome de um eterno segredo partilhado pelos que convivem consigo. tudo limita-se a efemeridade dos anos vividos na academia, completando um aprendizado que é praticamente uma luta — quando se tem o vislumbre de liberdade, como não desperdiçá-la e querer mais do que se pode ter? o circo é deslumbrante em vários aspectos, mas não quando se faz parte da estrutura. ainda bem que baby não pensa nisso. é baby, afinal. sonhos com finais felizes não estão atrelado na composição da circense. nem a qualquer um com quem cresceu. ao menos eles são livres, já ela... é brilhante e grandiosa — como uma surpenova.
  ⋆       𓂃      ♡ ◞     is there another us on this whole planet?
seu papel no circo está nos bastidores, com animais de diversos tamanhos, educando-os para, assim como ela, desempenharem sua função. ensina-os truques e interage diaramente com os mesmos. carinho e familiaridade existem nessas interações.
        * também é acrobata, mas por conta de sua constante ousadia e imprudência em apresentações, fugindo sempre do repertório para manobras perigosas e pouco ensaiadas, fizeram com que a afastassem de sua função. azar deles!
é replicadora temporal, ou seja, tem a habilidade de trazer clones — do passado ou futuro — para o presente.
        * sua interação com as cópias não influênciam no futuro, uma vez que são projeções e desaparecem assim que concluí o objetivo de sua invocação. isto é, algumas vezes, suas projeções só a ajudam para que sumam de uma vez. outras, no entanto, podem até tentar matá-la — ela não tem controle sobre as ações delas. ( se em uma distância grande de baby, elas também desaparecem.)
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babynowhere · 2 years ago
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por incrível que parecesse, havia mais do que não podia falar do que as coisas que eram permitidas. e, meu deus, ela já falava muito! em seu dicionário de bobagens, não existia mais conversinhas que pudessem driblar karma da irredutível verdade sobre o que aconteceu no tempo que desapareceu. na realidade, o que causava isso era que não conseguia ser uma mentirosa — era uma omissora declarada, no entanto. por isso, era quase como um esporte fugir da seriedade da marvolo. o contato com os castigados de sua infância, apesar dos anos, era delicado. nem todos aceitavam sua superficialidade e temendo a sinceridade compulsória, quando vislumbrou a silhueta de nefasta a sua frente, baby deu um pulo para trás. “ah!” gritou. tornou a sorrir, um sorriso estranho e culpado. ela não era um monstro — talvez um dragão gigante e medonho às vezes, mas não um monstro. “oi, kay.” arrumou a postura. “o módulo ii é super difícil não, é?” começou, sem mentiras. “não que eu ande ocupada, mas é difícil. você precisa da minha ajuda?” indagou agitada. “pretendo começar a correr, tipo, agora. me cansei muito da última vez que fiz e... vou começar agora. pra virar, sabe, um hobbie.” objetivos futuros também não eram mentiras.
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this is a closed starter to @babynowhere​!!
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Não conseguia entender a facilidade que Baby possuía em desaparecer, parecia mais algum tipo de dom. Desde que elas eram adolescentes e a garota sumiu de um dia para o outro, fazendo Karma acreditar que ela estivesse morta, a circense continuava surpreendendo com seus desaparecimentos incríveis. Não dessa vez, agora a Marvolo estava esperando para a encontrar dentro da Academia, saindo do que supostamente era o seu dormitório. Como ela faria para escapar ali? Baby devia explicações e era atrás disso que ela estava ao se encontrar parada com as costas encostadas na parede fria ao lado da porta do dormitório onde a mais nova estaria saindo. Não se importava em esperar quantas horas fossem, em algum momento ela teria que sair. E assim foi feito, assim que a porta se abriu, Karma tratou de parar em frente da mesma com os braços cruzados sob o tórax em uma tentativa de barrar a saída de quem quer que fosse. “Baby?” Perguntou, erguendo as sobrancelhas. “Quanto tempo.” 
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babynowhere · 2 years ago
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lostbash​.
Baby era uma das poucas pessoas que conseguia arrancar um sorriso genuíno de Sebastian mesmo que ele estivesse em seus piores dias. Havia algo sobre a maneira que ela pensava e agia que o deixava extremamente curioso. Era quase divertido observar as falas da garota, mas tentava não transparecer esse sentimento em suas expressões, pois tinha receio que ela pensasse que ele não a levava a sério. — Quer dizer então que você tem o seu próprio time de escavadores? — Aquilo parecia bem mais trabalhoso do que ele imaginava. Balançou a cabeça em concordância ao ouvir a justificativa dada pela circense. — Nesse caso, se precisar de alguma ajuda pode contar comigo. Não sei se sou bom cavando buracos, mas conheço algumas armadilhas. — Piscou para ela enquanto dava uma breve risada. Tinha aprendido muita coisa na época que ainda vivia na Nova Terra do Nunca. Ser um menino perdido, ou melhor, o próprio filho de Peter Pan, era quase a mesma coisa que ser um escoteiro, mas todos os ensinamentos eram usados em brincadeiras e pegadinhas. — Essa é uma promessa muito séria, Baby. — Usou um tom mais firme, quase um pouco dramático. — É porque eu estou sempre metido em confusão, acho que vou te dar bastante trabalho. Não sei se você não dá conta. — Deu de ombros em provocação, como se estivesse lançando um desafio a ela, mas deixou que o acordo com direito a promessa de dedinho fosse selado. — Agora não tem mais volta. — Soltou baixinho. Ao ouvir o adjetivo, a expressão divertida de Bash mudou para uma confusa. — Fofo? Ah, não. Esse é o pior adjetivo que uma garota que cava buracos para enterrar seus inimigos poderia me dar. — Disse em um tom decepcionado. A sobrancelha do Darling arqueou ao perceber que Baby tinha algum passado com o dono do bar e logo o motivo foi revelado. Ele como alguém que tinha crescido com crianças órfãs e tinha acabado de perder a mãe certamente não poderia estar mais incomodado com aquela nova informação. — Não se sei você tem, mas agora deu vontade de roubar mesmo as cervejas dele. Esse desgraçado com certeza merece. — Sugeriu e dessa vez não estava apenas brincando. — Agora que eu não quero mais deixar o meu dinheiro aí, não tenho mais planos de ir a lugar nenhum. — Virou para olhar para o estabelecimento com desdém. — A não ser que você queira a minha ajuda para aprontar uma com esse cara. — Um sorriso travesso tomou os lábios de Bash.
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se tivesse um time de escavadores, baby preferia que fossem toupeiras. talvez, se fosse mais esperta e tivesse a habilidade de conversar com animais, poderia chamar quem não se importaria em ajudá-la — se era insistivo, não tinha incômodo, não é? por outro lado, ela chamava pessoas (versões dela, especificamente). “não é bem um time, eu faço praticamente tudo sozinha. é que assim: se eu trago uma versão sua, você acha que ela iria me ajudar? é tipo você, mas não um você que você vai lembrar, entende?” gesticulou com uma das mãos, explicando de uma forma que nem ela sabia se entendia. “quero dizer que, sim, eu tenho um time, mas às vezes quem eu chamo só fica reclamando; tudo bem, porque eu gosto de companhia.” disse conformada, sem se importar. “mas eu posso contar com você mesmo? eu faço muitos pedidos, as pessoas normalmente se arrependem de oferecer ajuda pra mim. eu sempre lembro.” tratava como se fosse algo sombrio de se fazer, mas ela nunca fazia pedidos perigosos — não ainda. “se você não sabe fazer buracos, você cansa mais, mas depois se aprende. eu tenho prática com buracos que cabem pessoas.” comentou vagamente. “você pode me ajudar com isso de armadilhas, principalmente se forem elaboradas.” baby sabia de algumas, mas machucavam demais para ela testar. “ah, então você entra muito em perigo. eu me vejo como uma salvadora, então não tem o que se preocupar.” deu de ombros, imune a provocação. ela realmente acreditava que pudesse salvá-lo, ao menos hipoteticamente, bastava naquele momento para ter confiança em suas palavras e soltar o dedo alheio com a promessa repetina, mas real de sua parte. “eu sei.” sorriu com simplicidade. “assim você faz eu parecer uma garota muito mais legal do que eu sou.” deu risada. “parece que eu to a ponto de matar alguém e... eu não tô!” continuou o riso, confirmando sua posição mesmo que não precisasse. “eu retiro o fofo, mas não posso te dar outro adjetivo ainda. não pensei.” e talvez seu cérebro demorasse muito para pensar em algum com base na interação que estavam trocando. “eu não tenho problema nenhum em criar problemas para ele. sério, nenhum problema. nenhuma dorzinha no coração. nada, nada, nada.” estava expressiva sobre aquilo, falando energeticamente, pois queria chegar a algum lugar: “sim, eu quero!” virou-se com determinação na direção ao bar. “o bar já vai fechar, então se ele não cair no buraco, a gente pelo menos bebeu cervejas de graça e, quem sabe, quebrou algumas coisas?” não sabia qual era exatamente o plano de sebastian, mas não se importava em algum tipo de caos.
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babynowhere · 2 years ago
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frankensteintremaine​.
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“Eu amo essa música, é uma das melhores. Mas não vou te encher o saco cantando.” riu, ocupando-se em ouvir as próximas palavras da jovem. Uau, por aquela informação Victor não esperava! Ele usava os mesmos sapatos desde a época que seus pés pararam de crescer, mas isso não havia acontecido há tanto tempo assim e os mais antigos acabaram indo pro lixo por ficarem gastos demais ou por terem deixado de servir. Alguns Drizella tinha dado para outros meninos do Castigo que tinham pés menores e de vez em quando o Tremaine até os via por aí e achava graça. “… Babes, a gente vai ter que achar esses tênis. Eles tem muita história!” comentou, surpreso. De certa forma era reconfortante saber que ela ainda tinha um pedacinho daquela época consigo. Não pôde evitar o riso alto e confortável que se seguiu; as piadas dela a seu respeito continuavam ali e eram tão familiares que o transportavam para um tempo onde a vida era mais simples, apesar de nunca ter sido exatamente fácil. Ele gostava. A presença alheia o fazia sentir que era possível ter bons momentos no presente também. “Uau, em menos de dois minutos me chamou de palhaço e de velho. Devo ficar ofendido? Ou foi um tipo de elogio distorcido?” girou os olhos, apenas fingindo uma irritação que não sentia. Começou a andar com ela em suas costas, ignorando possíveis olhares e mantendo a atenção na busca, embora o calor do corpo alheio fosse quase suficiente para distraí-lo. Tinha se esquecido do quão sozinho vinha se sentindo nos últimos tempos (muitos tempos, na verdade) e a confiança dela em si era um presente por si só. Roubaria até um sapato da própria Crystal Shoes se ela lhe pedisse com jeitinho, embora tivesse que admitir que hoje em dia era mais provável que lhe comprasse um par de tênis novos e desenhasse coisas neles antes de entregá-los. Se orgulhava de seu passado como ladrãozinho do castigo que quase nunca era pego, mas evitava os roubos hoje em dia, já que haviam muito mais coisas em risco. “Não agradeça antes de eu te entregar!” riu, mentalmente já imaginando o que escreveria e rabiscaria nos sapatos e decidindo que os entregaria à ela mesmo que achassem os antigos. Baby estava lhe dando o presente de enxergar uma luz na vida tão escura que estava levando e isso era maior do que qualquer outra coisa. “Eu ouvi falar sobre uma cueca do Feiticeiro. Fiquei me perguntando se os fantasmas levaram bronca de Merlin por causa disso…” abriu um sorrisinho “Perdi uma fita cassete. Aquela que…” deixou a frase morrer pela metade. Era difícil para ele admitir que tinha perdido a fita dada a si por seu pai, então torceu que Baby se lembrasse de quando ele contou a ela sobre o objeto quando eram crianças. “Eu definitivamente trocaria uma calcinha de ouro por excals. Sendo bem sincero, tem uma galera aqui que usa roupas tão caras que tenho certeza que guardam uns sutiãs e cuecas que valem uma fortuna. Mas fantasmas não precisam de dinheiro, né? Eu acho… Tão só sacaneando com a nossa cara. Ouvi um garoto do módulo I dizer que perdeu um dente de leite que a mãe dele guardou. Toothiana deve estar furiosa.” contou, lembrando-se do desespero do menino “Será que depois que acharmos nossas coisas nós podemos sair pra…” deu uma pausa. Estava tentando chamá-la para um encontro? Estava. E céus, como Victor era péssimo naquilo. Suas técnicas de paquera eram muito mais sujas e ele não conseguia nem pensar em usar com a amiga. “Sei lá, dar uma volta e te arranjar uns sapatos novos. Topa?”
baby nunca começava algo com intenções de terminar, por isso soltou um som de quem planejava introduzir um assunto, mas não fez de fato. às vezes, para não dizer sempre, o som que saía dos seus lábios servia somente para ter a atenção de volta a ela, como uma forma de ser assistida — um hábito irracional, mas importante na composição de quem ela era. “eu amo shows particulares.” sorriu com obviedade. “é melhor você cantando pra mim do que eu pra você.” pensou brevemente em suas preferências. “acho que eu gosto de músicas de ninar, mas não as assustadoras.” ninguém havia cantado para ela, mas devia gostar. “teve uma vez que eu tentei imitar uma assinatura sua no meu tênis e ficou só um garrancho feio.” deu risada, ignorando que realmente ficou desesperada com a ausência do conteúdo no solado de seu tênis após ter apagado com o tempo. “aí eu pedi pra você mesmo fazer e a cada uns dois meses, eu pedia de novo. na verdade, eu nem me esforçava em pedir, você é o cara mais feliz e bonzinho de todos. principalmente quando se pede autógrafos.” ofereceu o polegar para cima em um sinal positivo e entusiasta da pessoa que victor era. certamente, existiam várias sagas que haviam dividido e que ela lembraria o contaria aos poucos, conforme viviam situações, podendo assim comportilhá-las com o amigo em uma realidade que ele estava presente. “mas agora não tem muito problema não ter esse tênis, né? tudo bem eu ter coisas novas. e não que suas assinaturas não fossem suficientes. sempre são! eram! eu só...” levantou os ombros sem ter como se explicar claramente. “tudo bem deixar algumas coisas para trás.” disse baixinho, porque assim como a maioria dos fragmentos de sua vida, eram um segredo. não queria que a fada azul ouvisse e, mesmo que pensasse ser impossível, ela fazia parte de seus medos irracionais. se deixasse tudo para trás e fosse moldada pelo presente, quem se tornaria? “eu sou do circo, então eu amoooo palhaços. e sobre você ser velho, bom, eu gosto do jeito que você é e da idade que tem agora.” como sempre, não era exatamente clara, nem precisava ser; sorria, porém, como se fosse simples. independente do tempo que passaram juntos, apreciava as mudanças. sinceramente, baby achava que eram muitas, mas se podia deitar a bochecha no ombro dele e deixar seu peso cair sem se importar, então victor não tinha mudado de um jeito negativo. “ah.. a cueca do feiticeiro!” a risada ecoaca pelo corredor, a diversão era grande demais para conter em volume baixo. “acho que merlin dando broncas deve ser bem medonho.” nunca havia pensado naquilo, mas não queria ser a pessoa a trazer esse lado do light one. moveu a cabeça sobre a fita, olhando-o com o canto dos olhos. “e... você ouviu?” até onde sabia, ele não tinha escutado e, por ser um assunto sensível, ela nunca o perguntou. até mesmo sendo invasiva, tinha alguns caminhos que ela preferia não interferir se não fosse de interesse dele. “as pessoas se apegam em cada coisa, né?” segurou o riso, estava inclusa naquele padrão. “eu não me importaria de ficar presa aqui.” concluiu, no final das contas, ela já estava presa. talvez nem fosse possível virar um fantasma ali. “topo!” respondeu de imediato. “podemos dormir antes?” suspirou, naquele momento já estava confortável demais nos ombros do amigo, fechando os olhos com o pedido. “só pra descansar um pouquinho e dar uma longa volta.” havia um ar sonolento na frase. “tô dormindo em lugares estranhos, se eu fico sonâmbula, eu trago umas versões estranhas das pessoas.” murmurava. “odeio pesadelos.”
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babynowhere · 2 years ago
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losztsoul​!
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— Eles realmente são! — Respondeu sorridente. Achava a amiga adorável, facilmente deixava-se levar pela empolgação da garota — assim como qualquer outro sentimento vindo de Baby. Uma vez leu sobre nomes serem poderosos, do tipo que, diz algo sobre você, acreditava fielmente na teoria nos momentos em que encontrava-se na agradável presença de Baby, pois, novamente, a achava fofa. A verdade é que Yuzi não era realmente um grande fã de macarons, o doce possuía uma aparência bonitinha, mas o gosto não era exatamente algo agradável, ao menos não para o paladar de Long. Ele não diria o pensamento em voz alta, não após notar a alegria da amiga. A culpa era dele no fim das contas, porque acabou idealizando o gosto do doce, aumentando expectativas, chamaria aquilo de Síndrome do Macaron, completamente inovador! Por outro lado, milkshakes eram uma boa ideia, poderia até mesmo sentir o sono deixando seu corpo e a fome tomando lugar. — Podemos fazer milkshake! — Exclamou de modo animado, levantando da cama. — Não deve ser difícil, não é? É literalmente só leite e… coisas! — Tinha medo de adentrar uma cozinha desde a última vez, na qual colocou fogo nas cortinas, mas dessa vez não aparentava que algo pudesse dar errado, tinha companhia, afinal. 
assim como a maioria das comidas com aspectos bonitinhos, baby sentia vontade de colocar na boca, como uma criança em desenvolvimento. às vezes, o impulso era tão grande que realmente chegava próximo dos lábios, mas o raciocínio lógico a impedia de morder. as doces, no entanto, pareciam plástico, assim como algo não comestível; o desejo ficava maior por conta disso. “parece algo que não se deve comer, tipo, um batom.” lambeu os lábios que recém havia colocado brilho labial. “meus lábios já perderam o gosto, yuzi.” disse com pesar para a amiga, soltando um resmungo em seguida. “vamos de milkshake!” sorriu empolgada. “sim, tem o milk e a gente shake umas coisas nele.” apontou o indicador e se levantou junto a outra, na intenção de incentivá-la. “podemos improvisar com o que tem lá.” calçou uma pantufa de burrinho que tinha no quarto como se a pertencesse e deu alguns passos até a porta, abrindo-a. “mademoiselle?” indicou com a mão e um leve curvar risonho de seu corpo para que yuzi saísse primeiro. @guerraepaz
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babynowhere · 2 years ago
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oi gente vou tentar brincar de ask game:
ASK DA BABY
ASK DA GENENIS
vou seguir o post da central pra mandar asks, mas quem quiser pode dar like aqui que mando primeiro assim que vou conseguindo! mwah 💋
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babynowhere · 2 years ago
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frankensteintremaine!
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A reação dela ao seu pequeno show foi quase como uma benção. Victor não sabia por que razão vê-la sorrir e corresponder ao seu abraço com igual entusiasmo o deixava tão feliz, mas ali estava e ele não negaria mais esses sentimentos depois de tanto tempo perdido. “Eu… Também não.” murmurou, franzindo a testa enquanto buscava na memória por uma música com seu nome. “Por sorte você tem músicas de sobra pra nós dois.” riu. Era bobo, mas gostava de fazer os trocadilhos com o nome da jovem. Se perguntou até se ela já havia visto Dirty Dancing e se riria se ele imitasse o personagem dizendo “Nobody puts Baby on the corner” em tom melodramático. Ao ouvir a fala abafada ele tentou fazer um plano. Poderia ajudá-la na busca enquanto fazia a sua própria, certo? “Roubaram seus sapatos? Porra. Fico triste, eu gostava deles, juro que eram iguaizinhos aos que você tinha antes.” comentou “Eu te emprestaria alguma coisa, mas acho que cabem uns três pés seus dentro dos meus tênis né…” riu baixo “Mas tenho um plano. A busca não acaba aqui não… It’s piggyback time, Miss Baby.” anunciou, com uma seriedade na fala, como se estivesse dizendo algo extremamente importante. “Se não acharmos eu roubo um par pra você. Vai ser um presente, então não tem problema.” justificou, querendo rir ao pensar que fazia muito tempo que não roubava nada. Aquele momento não era como visitar a infância, mas sim como visitar os antigos sentimentos da época. “Vamos lá, eu vou te carregar e cantar músicas com Baby no meio até alguém se irritar e nose dar uma ajuda. Ou até a gente desistir e ir tirar um cochilo, o que vier primeiro.” riu, levantando-se mais uma vez antes de soltá-la para que ela subisse em suas costas. A diferença de alturas estava começando a ficar discrepante quando eram mais novos e ele se lembrava de encher a paciência dela falando sobre como ficaria muito mais alto. Fazer essas bobagens no presente era como atualizar as velhas piadas, permitir que fossem Victor e Baby de agora, adultos, mas infantis de um jeito que ele não se deixava ser na maior parte do tempo.
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                                   ♡  ◞    ੭          esforçava-se para pensar em músicas, não sabendo da existência, o que lhe frustrava um pouco. de qualquer forma, baby não cantava bem e talvez fosse algo bom não tê-la cantando pelos corredores — para os outros, ela gostava de cantar. “é, eu acho que sim.” tinha uma satisfação na sua voz, como se tivesse algo a ver com isso e não fosse totalmente aleatória aquela questão. “só consigo me lembrar daquela: oh baby, baby, it's a wild world.” contou em meio ao seu abraço apertado. “e eu concordo.” quase chorou naquele momento, mas acabou dando um riso anasalado quando ouviu sobre seus sapatos. “são os mesmo, meus pés não cresceram muito. nada em mim cresceu muito. de você, uau, nossa... que diferença.” a insatisfação na voz foi momentânea. “eu sou do circo, sou acostumada com sapatos de palhaço.” brincou. “um plano?” pensou em voz alta, desafrouxando o abraço para olhá-lo. no final das contas, todo aquele sentimento presentes — os ruins e frustrantes — desapareciam. poderia ter várias coisas favorita e, observando victor ali, pensou, inclusive pessoas. “roubos são válidos quando são presentes.” validou o comportamento alheio e sorriu para ele, mostrando quase todos os dentes na ação. “seus planos melhoraram muito, menos mortais, acho que é porque você tá ficando velho.” comentava casualmente, ignorando que tinham idades próximas. deu risada com a série de abraços que a levantavam e, com o plano estabelecido, baby fez seu trabalho em escalá-lo. abraçou o pescoço alheio e deixou o rosto ao lado do dele, queixo apoiado em um lado dos ombros. deu um beijo na bochecha alheia, rápido e estalado. “obrigada pelo presente.” não precisava tê-lo para sentir-se agradecida. na verdade, o sentimento que a alcançava ao ficarem próximos, como amigos, eram como cinquenta festas de aniversário onde ganhava presente em todos. “onde vamos primeiro? o que você perdeu? sabia que perderam roupa íntima? esses fantasmas tão fora dos limites, mas será que é, não sei, uma rendinha de ouro?” embora o conteúdo, baby não falava necessariamente baixo. “trocar uma calcinha de ouro por excals, caso eu achasse, pareceria pervertida da minha parte?” torceu o nariz. “não tenho uma boa imagem, não quero parecer aqueles estranhos de internet. merlin se decepcionaria tanto comigo.”
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