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"Quem espera as grandes ocasiões para provar a sua ternura não sabe amar." Pessoas certas não existem, somos todos errados, procurando alguém que aceite nossas imperfeições. Alguém que às complete, ou que nos cure dos males que em nós habitam. Normalmente escrevo muito sobre amor, hoje parei e perguntei-me, porque? Vivemos em um mundo tão imperfeito, somos rodeados que devassidão e tendemos a nos acostumar com isso, já o amor, este é o único que consegue estar no meio de tudo e permanecer diferente. Anda com o ímpio e continua coerente. Vê e faz maravilhas, mas não se enaltece. O amor é o único que nos aproxima da razão, complicado, pois ele não tem razão alguma. O nosso maior erro é sempre achar que ele deve estar acompanhado de explicação, o amor é simples, é uma pergunta em que só temos espaço para o "sim ou não", Porém, complica-nos a razão, de tal forma que mal sabemos se ela ainda existe. Provavelmente seja essa a razão pela qual eu gosto de escrever e falar do amor, é nesse sentimento que mal conheço e entendo, que busco as respostas para todas as minhas incertezas, é o lado humano não-humano que mantém-me diferente. É razão para um sorriso calmo em todas as manhãs. O amor consegue ser a fé, a humildade, a perseverança, consolo que por vezes procuramos e a resposta para todas as perguntas que mal temos coragem de as fazer. Proferir palavras pode até ser fácil, proferir palavras de amor mais fácil ainda. Agora, transmir amor em palavras, será isso sinônimo de amor? Não o saberia responder. Pois nem nos poemas de Saramago e em todos ditos de Camões, encontraremos a paz e calma para sentir o amor, se o nosso coração não estiver em harmonia com com a nossa mente. O amor não é desejo, mas disperta-nos o desejo. O amor não é a paz, mas traz-nos paz. O amor não é sacrifício, mas liberta-nos e salva-nos. O que será o amor na verdade? Qual será a sua face? Existe uma quantidade exacta para ele? Uma forma? Um rosto? Uma designação? Contudo, vejo que ele é só igual a ele, nada mais se pode dizer se não que, o amor é amor. Quando eu era criança, sorria como criança, corria como tal e tudo quanto fazia era digno do que fora. Hoje sou adulto e sinto saudades da empatia que tivera antes, sinto saudades da inocência. Saudades do amor genuíno, sem alterações nem influências. Pudera eu crescer por fora, e continuar sentindo como criança, pudera eu continuar a amar como antes, ou simplesmente, continuar a amar. Hoje, vejo muitos sofrendo pelo sentimento que em norma devia fazer-nos felizes, mas saibam vós que sofreis, porque amais, amai ainda mais. Morrer de amor é viver dele, e nada é pequeno no amor. Quem espera as grandes ocasiões para provar a sua ternura não sabe amar.
Walter Soares
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"O mundo é um lugar cruel" As pessoas são idênticas em aspectos que lhes trazem benefícios comuns, pois quando não for do mesmo senso, aí as diferenças começam a fazer-se sentir. O ser humano é mau, ímpio, sujo, cruel. Vangloriar-se dos seus bem feitos é um acto compreensível, humilhar o outrem pelos seus bem feitos, retira a beleza dos mesmos, a humildade já não existe, quem dirá a dignidade? Se estás no topo da montanha, gritas vigorosamente exaltando victória, te esqueces da escalada ao topo. Te esqueces das cabeças aonde estão assentes os teus pés. Repiso, o ser humano é ímpio. A maior imprudência ao meu ver, não é humilhar as pessoas, é humilhar as pessoas que te tornam o que tu és hoje. Que esperas ser amanhã? Feche os olhos, o que vês? Respire, o que sentes? Olhe a tua volta, não são objectos, não é um puzzle, são pessoas! Trate-as como gostarias que fosses tratado. A vida é um mistério, um dia estamos felizes por um motivo exuberante, e no outro estamos tristes por um motivo reles. O motivo que outrora fora exuberante, o mesmo hoje tornou-se reles. Se até a razão do meu sorriso, pode me fazer chorar em circunstâncias diferentes, porque achas que não te acontecerá o mesmo? Nada é pra sempre. Nem as coisas boas, nem as más. Hoje estou triste, apetece-me ouvir o barulho das ondas do mar, quando estiver feliz, hei-de querer sentir as ondas do mar tocar-me os pés. Parecem situações diferentes? Até que ponto? Por que não pensar que a situação é a mesma, o nosso estado de espírito é que mudou. Sim, é o que acontece. Não vejo muito sentido no que aqui escrevo, contudo, me faz bem continuar a escrever. Noutros dias, escrevo o que creio que faz sentido, e assim encontro os meus sentidos sincronizados. Pode uma palavra tocar-te a alma? Uma música mexer-te de tal forma que mudes uma decisão? Um olhar fazer-te sorrir? Um toque desfazer-te em pedaços? Pode o mundo ser melhor? Pudera que cada um parasse de reclamar enquanto faz o que reclama, para mim, isso é hipocrisia. Se condeno a corrupção, porquê vou me corromper? Porque todos são assim. Porque é assim que o sistema funciona. Porque serás o único contra todos. Porque, porque, porque, porque e porque. Pra quê estudais vós, se as leis que proclamais não são execráveis nas vossas vidas e na vossa sociedade? Será que isso não é hipocrisia? Se não for, entra na lista de mais uma das coisas que não faço ideia do que seja. Enfim, são inúmeras desilusões, falsidades, mediocridades, mas o início para um novo início esta em ti. Eu porém, faço das minhas doutrinas as minhas directrizes, e essas, moldam aquilo que são os meus princípios. Se meu mudar os meus princípios não serei mais Walter Filipe Soares, quem serei eu?
-Walter Soares
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Aprenda a amar o processo da construção do amor-próprio. No começo, você sente que está mentindo para si mesmo, depois, aos poucos, começa a enxergar as coisas boas que há em ti. Quando menos esperar, você estará completo de si mesmo, estará amando cada parte de você e respeitando os seus sentimentos.
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Você não precisa ser tão segura de tudo o tempo todo. As coisas mais legais da vida acontecem exatamente quando a gente não faz a menor ideia do que nos espera. Lembre-se que você pode ir além sempre que quiser, basta persistir e correr atrás dos seus sonhos. Nada é impossível!
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A idiotice é vital para a felicidade. Gente chata essa que quer ser séria, profunda e visceral sempre. Putz! A vida já é um caos, por que fazermos dela, ainda por cima, um tratado? Deixe a seriedade para as horas em que ela é inevitável: mortes, separações, dores e afins. No dia-a-dia, pelo amor de Deus, seja idiota! Ria dos próprios defeitos. E de quem acha defeitos em você. Ignore o que o boçal do seu chefe disse. Pense assim: quem tem que carregar aquela cara feia, todos os dias, inseparavelmente, é ele. Pobre dele. Milhares de casamentos acabaram-se não pela falta de amor, dinheiro, sexo, sincronia, mas pela ausência de idiotice. Trate seu amor como seu melhor amigo, e pronto. Quem disse que é bom dividirmos a vida com alguém que tem conselho pra tudo,soluções sensatas, mas não consegue rir quando tropeça? hahahahahahahahaha!... Alguém que sabe resolver uma crise familiar, mas não tem a menor idéia de como preencher as horas livres de um fim de semana? Quanto tempo faz que você não vai ao cinema? É bem comum gente que fica perdida quando se acabam os problemas. E daí,o que elas farão se já não têm por que se desesperar? Desaprenderam a brincar. Eu não quero alguém assim comigo. Você quer? Espero que não. Tudo que é mais difícil é mais gostoso, mas... a realidade já é dura; piora se for densa. Dura, densa, e bem ruim. Brincar é legal. Entendeu? Esqueça o que te falaram sobre ser adulto, tudo aquilo de não brincar com comida, não falar besteira, não ser imaturo, não chorar, não andar descalço,não tomar chuva. Pule corda! Adultos podem (e devem) contar piadas, passear no parque, rir alto e lamber a tampa do iogurte. Ser adulto não é perder os prazeres da vida - e esse é o único "não" realmente aceitável. Teste a teoria. Uma semaninha, para começar. Veja e sinta as coisas como se elas fossem o que realmente são: passageiras. Acorde de manhã e decida entre duas coisas: ficar de mau humor e transmitir isso adiante ou sorrir... Bom mesmo é ter problema na cabeça, sorriso na boca e paz no coração! Aliás, entregue os problemas nas mãos de Deus e que tal um cafezinho gostoso agora? A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso cante, chore,dance e viva intensamente antes que a cortina se feche!
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"Saudade é verbo. Que ninguém duvide disto. Se até ‘verbo’ é substantivo, eu que sinto, defino. Não guardo registros, para não gerar memória, e forçar saudades. Acredito que as maiores mágicas da vida, não pedem explicações. Depois de explicados os encantos se desfazem, os brilhos nos olhos se apagam e a alma se esvai. Duvido de tudo que insista em me definir ou se auto-explicar. Desconfio de tudo que seja intenso, que não tenha senso ou que finja gostar. Gosto de gente de verdade, que acorda com a cara amassada, olhos sujos e boca com gosto de noite dormida. Coração não é terra de gente. É mar de pirata. É picadeiro de saltimbanco. É teoria demais pra mentes pouco praticadas. É músculo que não sente dor, mas dói sempre que a mente conjuga saudade. Verbo irregular, pretérito imperfeito, uma das sete pragas do Egito, peste bubônica, lepra, câncer, ou, todo mal que há. Felizes os que dormem noites tranquilas ou só sonham antes de dormir, livres assim de todos os pesadelos que os possam esperar. Viver é a arte de acordar, todos os dias, esperando apenas o jogo virar. É torcer para na próxima esquina, aquele alguém, sei lá, de repente, te encontrar. Amor é palavra que sentimento ou neologismo nenhum seria capaz de explicar. São conjuntos de sensações nervosas que cérebro nenhum consegue aguentar. Findando em saudade, como o encontro do rio com o mar. Ah, se todos os mistérios e segredos me fossem revelados. Ah, se todos os meus desejos me fossem saciados. Se todos os meus sonhos fossem realizados. Se todos os meus passados fossem apagados, os presentes simplificados e os futuros unificados… Saudade é verbo. Que ninguém duvide disto. Se até ‘verbo’ é substantivo, eu que sinto, defino. Defino mesmo sem saber se quer o motivo pelo qual, de fato, sinto. Mas, sentir também é verbo, verbo pelo qual meu coração se apaixona. Coração, que não é terra de gente. É mar de pirata. É picadeiro de saltimbanco. Verbo irregular, pretérito imperfeito, uma das sete pragas do Egito, peste bubônica, lepra, câncer, ou, todo mal que há."
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Por incrível que pareça, fazer um homem feliz não é uma missão impossível. Não precisa ser rica, mavavilhosa, ter o carro do ano,ser simpática completa o resto de beleza que possa faltar, homem não aguenta mulher bonita e que se acha, essa vira apenas um objeto na mão dele,antes uma gordurinha a mais,do que uma mulher chata, impaci...ente e que pergunta de...mais!! Mulher precisa saber entender o universo masculino e respeitar o momento das piadas sem graça com os amigos, saber dar carinho sem sufocar, sem deixar agente enjoado com vontade de correr pela avenida gritando socorro. Precisa saber a hora de estar presente e a hora de deixá-lo sozinho. Precisa entender que não existe homem perfeito, e que fillme de vampiro é pura ficção, e precisa saber e reconhecer pequenos e ´raros´ atos de carinho para que ele entenda que você gosta,e possa repetir sempre. Não é difícil,é só pensar em agradar mais, antes de cobrar!! Quando ele gritar com você, porque não quer ir com você, é porque você, egoista e cheia de crises e resoluções, nunca sai com os amigos dele, e sempre exige que ele saia com sua amigas chatas e fúteis. Quando ele reclamar que vocês não fazem nada separados, é porque ele só quer tomar um porre com o seu melhor amigo,como não faz a um bom tempo!! Quando ele achar que você não gosta mais dele, ele só quer ouvir uma única vez NO MÊS a mesma coisa que você gosta de ouvir TODO DIA! Que ele é importante para você.Simples! Quando ele surtar de ciúmes por causa daquele babaca que ele não gosta, está precisando que você tenha atitides de mulher e resolva sem esperar que ele tenha uma atitude mais drástica,acabando com a cara de algum infeliz. Não precisa ser todo dia, mas é sempre bom lembrar porque você foi o escolhida entre tantas mulheres interessantes e gostosas!! Quando ele menos esperou, que você o conquistou,você já tem! É só ser legal. E se você não cuidar do que tem, vai ser quando menos esperar, que você a vai perder,porque o que você não faz, vai ter outra que irá fazer (Em todos aspectos,tá?) Mas se você não sente a menor vontade de agradá-lo,se acha que chegou no limite e que não consegue ser mais do que essa namorada morna, se você não está nem um pouco a fim de ouvir o que ele tem a dizer, ou se simplesmente, você está cansada dele reclamando. Tá na hora de deixá-lo livre. Está na hora de deixar de ser egoísta, e permitir que uma próxima garota,o faça-o feliz. E fará! Eu disse,uma mulher e não um menina mimada o fará feliiz! Uma mulher inteligente saberá o homem especial que ela achou. E essa mulher o terá para sempre (Desde que use sempre lingeries pequenas.é lógico..rss). Não porque ela faz tudo o que ele quer, mas sim porque ela (a proxima) não enche o saco com tudo que ele faz!!!
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Não precisa mexer tanto nos pensamentos, ponderar tantos os passos, evitando tropeços, fazer listas de prós e cons., titubear tanto nas decisões (como se houvesse um caminho certo), se preocupar demais em escolher o futuro que melhor se encaixa na sua personalidade multifacetada. Vai apenas sendo, hoje, neste dia, o que te anima, o que te infla, o que te enche de curiosidade, beleza, poesia. Me parece que mais importante do que escolher o caminho “correto”, tentar não desagradar sua alma e o mundo ao mesmo tempo, é perceber que todos os roteiros são válidos, e mais do que querer saber os rumos e os resultados, a gente quer mesmo é experimentar a vida em todas as suas possibilidades.
A gente quer dançar tantas danças, experimentar comidas, lugares, sentimentos, mergulhar em diferentes olhares, conversar com o silêncio, abrir os livros, misturar os capítulos, não saber o que vem depois da esquina.
A gente não precisa de tantas garantias, não precisa olhar em volta, pensar que muita coisa poderia ser diferente, a gente não precisa fazer bonito para uma plateia imaginária chamada família, amigos, mundo, a gente não precisa suprir e nem criar expectativas enormes, baseadas em meras ilusões de felicidade.
Vai apenas aí vivendo seu dia. Coloca amor no café que você coa, abre a porta, que o sol ainda entra por menos que você perceba. Anda na rua, veja que tem gente que ainda diz bom dia. Larga mão de manipular os sentidos da sua história, pensa menos nos leitores, pensa menos nos clímax, nos conflitos, nos romances. Vai trilhando seus capítulos experimentais, quebrando regras, sendo mais Bergman do que Allen. Deixa que as coisas pousem sem nomes. Saia da linearidade que te norteia...
Saia do armário, vista as fantasias, solte os cabelos, tire os sapatos, ao invés de esperar que alguém venha te massagear os pés e te reconstruir o mundo.
Passeie pelos seus próprios jardins, porque se a flor do vizinho sempre te parece mais bela, deve ser porque sua velha alma se esqueceu como se auto cultivar.
Então reaprenda-se! Liga o foda-se, e desliga todas essas falas bestas que teimam em te colorir os dias.
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Às vezes eu fico louca.
Ou é esse o nome que eu mesma e outras pessoas usamos para definir uma amplitude de características ou reações que me tiram do eixo, da linha reta, do equilíbrio, do pacifico, do racional...
Às vezes eu fico louca porque eu ainda não sei apenas observar os assuntos do mundo sem misturá-los com as minhas emoções. Porque eu não sei observar a vida fora de mim. Porque eu não tenho olhos de fazer vista grossa. Porque eu ainda não tenho maturidade espiritual para ver coisas que fazem o meu sangue ferver e controlar essa fervura no mesmo momento com uma boa dose de ‘sou superior a isso’, ou ‘isso não me pertence’, ou ‘nada importa, o meu dia não será perturbado’...
Às vezes fico louca, fico cheia... de revoltas, de dores, de amores, de sentimentos. Fico sem verbo para expressar a mistura dos oceanos íntimos. Mas fico cheia de rugidos, de gestos, de vontades, de energias... Fico mais pra bicho do que pra gente, sem entender as mensagens subliminares do meu subconsciente. Não saio por aí manifestando por todos os lados, mas eu também não tomo uma pílula para camuflar a minha maluquice.
Quantas vezes o meu grau de loucura, diga-se de passagem, ainda aceitável socialmente, foi definido como tpm, sensibilidade exacerbada, coisas de mulher num dia ruim...
Eu fico louca e não apenas porque sou cíclica. Eu fico louca e não apenas por causa da minha biologia.
Eu fico louca porque algumas vezes não há mais o que me defina, porque a delicadeza e a mansidão que me foram ensinadas a enfrentar os dias muitas vezes não revelam a minha inteireza e escondem as minhas dores, sonhos e gozos, ou seja, grande parte de quem sou.
Fico louca porque dentro de mim há sim algo que ainda não foi domesticado e não tem nome. Chamam isso de loucura. E incluem dentro desse verbete, tudo o que não é permitido. Pejorativamente lhe dão um nome, que diga-se de passagem, tem conotação negativa.
A loucura.
Eu fico louca e escrevo um poema, eu fico louca e mudo os rumos da minha vida. Eu fico louca e percebo coisas que antes não percebia. Eu abro os olhos e os instintos. A loucura é a minha porta para a minha própria saída.
Deve ser por isso que a loucura é tão combatida. Deve ser por isso que tudo se justifica. Deve ser por isso que sempre acaba certo e protegido quem foi menos louco na vida. Há um perigo iminente em quem defende esse nosso magnífico estado de ser.
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Eu sempre tive medo de altura, mas quando se tratava de envolvimentos amorosos, eu era sempre a que encarava excitadíssima todos os bungee jumps.
Eu era mestre em me enfiar nos voos mais altos e nas quedas mais violentas. Entrava com coragem e coração escancarado nas empreitadas mais repentinas e malucas. Quantas barracas furadas no meio do nada eu me meti. Quantos paraquedas mal resolvidos eu me envolvi. Quantos loopings e montanhas russas gigantes eu entrei...
Tudo pelo frio na barriga?
Tudo pelo excesso de vida?
Tudo pelo vício na adrenalina? Ou pelo vício na minha habilidade de amar e ver brilho nas pessoas e querer mergulhar nas doces marés dos encantamentos e experimentar na própria pele a celebração dos encontros?
E vale a pena, e valeu a pena. Mas mais ou menos na mesma proporção dos risos e gargalhadas que me acometiam, haviam os choros, as frustrações, as rejeições... E a vida é feita disso tudo, eu sei. De altos e baixos, quer coisa mais certa e clichê...
E sim, depois de um tempo e de tantas empreitadas, a gente aprende a lidar com mais familiaridade com as quedas. A gente levanta mais rápido, remenda o coração mais uma vez, não se demora numa paisagem que já passou... A gente coleciona cicatrizes e histórias malucas, conexões fenomenais e fossas profundas. A gente decora a ‘cartilha do como recomeçar’... e já pode até dar aula disso se quiser, a gente já sabe surfar nas ondas que nos descabelam.
Mas eu cansei... cansei de me descabelar. Eu cansei de cair fundo no brilho de um olhar, cansei de deixar as janelas abertas para convites mirabolantes. Cansei de dizer sim para aventuras sem pé nem cabeça, cansei de acreditar que grandes emoções sempre valem a pena.
Hoje eu vejo uma onda gigante me surgindo e eu já sei, eu a furo no ato, e saio do outro lado, ilesa. Eu comecei a preferir os brinquedos mais seguros do parque de diversões. Fico num carrossel sem sustos, fico na monotonia boa dos giros fáceis, fico nas marés mansas que me deixam fechar os olhos em paz.
Onde, também talvez, eu possa ser a versão mais sem graça de mim mesma, ou não tão cheia de vivacidade. Me gasto menos nos dias, e justo por isso, vivo-os melhores. Subo menos alto no amor, e justo por isso tenho fôlego para esparramá-lo ao longo e ao longe das horas.
Porque pra mim, a paz na alma se tornou a maior graça de todas as graças que poderiam existir nos jardins da vida.
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Seus amores precisam ser: leves. suas relações: leves. a maneira que você deixa rastro na vida de alguém: leve. não dá mais pra gente considerar que a falta de leveza nas relações que entramos é somente culpa de um molde social. você no final do dia decide se vai machucar com a verdade ou se vai transformar a verdade numa maneira tranquila de dizer: “olha aqui, não tá dando, gosto de você, vamos tentar noutra configuração?”.
relações não precisam pesar. você não precisa afundar os ombros da pessoa que escolheu compartilhar o caminho com tantas e tantas inseguranças. o medo confunde, eu sei. mas o exercício revolucionário que temos aprendido é que é na liberdade que mora todas as coisas. de que é na porta aberta de casa que mora a vontade intrínseca de permanecer. de que é no “ei, eu sou livre, você também é” que coexiste o amor. sem cobrança. sem demandas emocionais que violentam a experiência pessoal da pessoa que você diz amar.
osho tem um texto muito bom em que ele fala algo assim: “como é possível você tirar a liberdade de alguém que ama? aliás, quem é você pra ter esse direito? se a outra pessoa foi generosa e, por acaso, permitiu que você entrasse na vida dela?”
então esse texto é tipo isso: quem somos nós pra tirar a liberdade de alguém a qual amamos? que amor é esse, tão minúsculo, que não abraça a magnitude da liberdade, do viver inteiro e do, talvez, amar múltiplo?
andem com os ombros livres. com os diálogos bem-resolvidos e as conversas em dia. dialoguem com a verdade de vocês; questionem seriamente (repito: seriamente) as razões pelas quais você têm prendido alguém que está ao seu lado e por que você tem se permitido ser preso também; falem pra si mesmos por que suas relações têm sido mais sobre peso do que sobre leveza e amanhã amanhã caminhem leves porque a vida é grande e infinita pra que a gente se perca tentando prender aquilo que não se prende
o amor, o amar e tudo que isso implica têm mais a ver com ombros leves do que com corações pesados e doentes
mesmo.
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O sol está dentro de cada um. Sorrir e acreditar em sí é o caminho para alcançar a luz e o brilho que irradia da própria existência e acalenta a crença em nós mesmos. Acreditemos no próprio sol, ele mora no “eu” e ilumina o tudo e o todo. A gargalhada é o sol que varre o inverno do rosto humano.
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