𝔖𝔥𝔢 𝔦𝔰 𝔱𝔥𝔢 𝔟𝔲𝔯𝔫𝔦𝔫𝔤 𝔱𝔥𝔞𝔱 𝔰𝔢𝔱𝔰 𝔱𝔥𝔢 𝔟𝔬𝔫𝔢𝔰 𝔬𝔫 𝔣𝔦𝔯𝔢 𝔞𝔫𝔡 𝔱𝔲𝔯𝔫𝔰 𝔱𝔥𝔢𝔪 𝔦𝔫𝔱𝔬 𝔡𝔲𝔰𝔱.
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Avery sente a surpresa percorrer seu corpo quando Nymeria menciona o fato dela estar a encarando. Céus, como mulheres podem ser amedrontadoras. Seus olhos desviam automaticamente para evitar um contato prolongado com a expressão da mais velha. As informações sobre dragões azuis ecoam em sua mente, criaturas conhecidas por sua impiedosa ferocidade. Avery bebe um gole de água, sentindo o desconforto se instalar em sua espinha.
— Estou sem fome, sério. — Ela diz, tentando afastar o assunto da alimentação enquanto a outra cadete lhe oferece um prato.
Quando Nymeria fala sobre a possibilidade de Avery ter um dragão, um lampejo de pensamentos surge na mente da jovem. Ela não quer um dragão, mas a ideia de ver o dragão de Mason desperta um ardor momentânea. Se ela tivesse a oportunidade de confrontá-lo, as consequências não importariam se ao menos tivesse a chance... Avery semicerra os olhos, abandonando o copo vazio na mesa.
— Nunca pensei muito sobre qual tipo de dragão me escolheria. Acho que nenhum deles combina muito comigo, mas estou ansiosa para descobrir. — Ela responde, tentando manter a leveza na conversa.
A perspectiva de escolher um dragão não é algo que ela tenha considerado seriamente, desde pequena Briar declarava a todos que Avery não conseguiria ser uma cavaleira. O que culmina que, por ora, sua prioridade é sobreviver e superar os desafios do Quadrante.
— Qual é seu sinete? — Ela pergunta, movendo os pés inquietos por debaixo da mesa. — Achei que teria manipuladores de qualquer coisa fazendo o terror por aqui.
Nymeria sorriu elevando os braços acima da cabeça. “Houve uma época que eu tive a mesma opinião que você... Mas nos últimos meses ando achando pequeno... Achando que os céus podem ser melhores” Comentou pensando nas paisagens que Ignatus lhe mostrara dos céus em alguns voos não muito bem organizados, mas que acalmavam seu medo e sua mente. “É um azul irritadinho... Provavelmente o verá em breve” Comentou sorrindo: “Eu ouvi isso sua insolente!” Ignatus falava em sua mente, enquanto Nymeria olhou feio para um dos cadetes que se retirou da cadeira dando espaço para que ela sentasse ao lado de Avery com espaço para três pessoas. Percebendo que a garota a encarava, Nymeria pegou uma coxa de frango e colocou em um prato entregando para a mais nova: “Garota, você tem que parar com essa mania de encarar e começar a comer!” Falou em tom de ordem erguendo a sobrancelha e fazendo sinal para que a outra comesse. “Quantos de vocês manteremos vivos?” Murmurou coçando a ponta do nariz: “Seria bom que você ficasse! Para vermos qual será seu dragão!”
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Quando Vaella exibe com orgulho a insignia do esquadrão de ferro, Avery percebe a importância que aquilo tem para a líder. Mason a exibia da mesma forma, e uma pontada de preocupação surge em Avery. Sua fraqueza faria o esquadrão perder o posto? Avery observa Vaella com cautela, sua desconfiança latente ressoando em seus pensamentos. Por que Vaella estaria disposta a ajudar alguém como ela? Ela deveria saber sobre Mason, algo que certamente não passaria despercebido por alguém tão atenta quanto Vaella. Ainda assim, a líder pede sua ajuda com os colchonetes, e Avery, mesmo desconfiada, decide seguir as ordens prontamente.
— Claro. — responde com uma expressão neutra, enquanto se prepara para pegar os colchonetes.
Vaella se aproxima, agindo como uma mentora, oferecendo um conselho que Avery captura com atenção. A manipulação habilidosa dos colchonetes por parte de Vaella é notável, mas o conselho é ainda mais intrigante.
— Obrigada. — Avery responde, tentando esconder qualquer sinal de fraqueza ou incômodo em seu rosto. A mensagem de Vaella é clara: no Quadrante, mostrar vulnerabilidade é convidar a adversidade. A líder revela sua intenção de manter a integridade do esquadrão, e Avery percebe que, de alguma forma, não há escolha se não seguir o que Vaella diz,
À medida que pegam os colchonetes, Avery se pergunta se conseguiria seguir as regras do Quadrante e preservar sua própria integridade. O jogo começou, e Avery estava prestes a descobrir quais cartas teria que jogar para sobreviver nesse tabuleiro implacável. Com esforço visível, Avery levanta os colchonetes, um de cada vez, cuidando para não demonstrar a dificuldade que está enfrentando. Cada movimento é calculado, cada músculo trabalhando para superar o peso.
Finalmente, ela consegue posicionar os colchonetes em uma fila, seguindo as instruções de Vaella. Apesar da dificuldade inicial, Avery tenta recuperar a compostura, mantendo-se firme. A experiência serve como um lembrete de que, no Quadrante, até mesmo as tarefas aparentemente simples podem se transformar em desafios.
— Pronto. — Avery diz, buscando parecer confiante, embora seu corpo revele a tensão do esforço anterior. Ela espera que Vaella não tenha percebido sua luta momentânea, tentando preservar sua imagem diante da líder. — Algo me diz que eles não são para ioga. — Brinca.
Avery decide tomar um momento para se alongar, antecipando-se à próxima ordem de Vaella. Ela estende os braços para cima, alongando os músculos dos ombros e costas. O movimento é fluido, apesar do esforço anterior, indicando a agilidade natural de Avery. Em seguida, ela se inclina para um lado, estirando os músculos laterais, e depois para o outro. Cada movimento é deliberado, buscando aliviar a tensão acumulada. Os olhos de Avery permanecem atentos ao seu redor, cientes de que, a qualquer momento, Vaella pode emitir outra ordem.
quando perguntara se a garota tinha lido o códex, não esperava uma apresentação com os melhores momentos, no entanto, não impediu a menina de exibir seus conhecimentos, talvez se ela provasse que era útil e esperta ela tivesse alguma chance de sobreviver, apesar do histórico familiar controverso. --- muito obrigada, cadete ovard! agora, nós, somos um só esquadrão e nós defendemos o nosso esquadrão, no fim do ano, quando a maioria de nós sobrevivermos, ganharemos a insignia de esquadrão de ferro, como este. --- exibiu com orgulho o brasão da insignia, indicando que o esquadrão tinha conseguido salvar a maioria de seus membros em comparação aos outros, ela espereva ostentar aquele pedaço de pano por mais alguns semestres, e esperava que avery não tornasse isso impossível. --- avery, poderia me ajudar com alguns colchonetes, por favor? --- chamou, sabendo que o resto iria disperçar até que voltasse. era como ser a professora de uma turma de bebês, sem supervisão eles iriam brigar e espernear. --- hey. --- se aproximou da menina, não parando para falar com ela diretamente, não queria chamar a atenção dos outros. --- eu vou te dar um conselho e espero que seja esperta o suficiente para escutar, isso não acontece com muita frequência por aqui. --- puxou dois colchonetes, como se não pesassem nada com uma mão, e depois se abaixou para pegar mais dois com a outra. --- não dê armas para que os outros te machuquem, entende? se você mostrar uma fraqueza ou que se incomoda é como colocar um alvo nas suas costas e como eu disse, eu gostaria de manter o meu patch por mais algum tempo, entende o que eu quero dizer?
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Os pensamentos acelerados de Avery tentam contornar a impulsividade, mas o tom de Chalmers e a sensação de ser ignorada pela maioria a irritam profundamente. O sentimento cresce quando ele afirma que Hale é seu namorado, uma ânsia que ela mal consegue controlar, especialmente porque certamente escolheria melhor seu primeiro namorado. Se ao menos quisesse um. Quando Chalmers ameaça Hale e este ri, batendo em seu ombro ao passar, Avery fecha o punho e rosna, claramente irritada. Ao olhar para Chalmers, pondera sobre as respostas ríspidas que gostaria de dar, mas percebendo que não tem outra opção, relaxa a postura.
— Obrigada — Diz, contornando o sarcasmo característico na voz. Observa o homem, medindo-o, e em seguida pergunta. — Você está no terceiro ano, certo? Acha que poderia me dar algumas dicas? Estou tentando, sabe, só me manter viva...
Avery decide tentar conquistar Chalmers de alguma forma, talvez envolvê-lo em sua situação seja mais inteligente do que confrontá-lo. Avery observa Chalmers atentamente, tentando encontrar alguma abertura para conquistar sua simpatia. Ela decide suavizar um pouco o tom, mantendo um sorriso nos lábios.
— Eu sei que vocês do terceiro ano têm muita experiência por aqui. Quer dizer, parece que sabem como lidar com tudo. — Ela tenta demonstrar respeito e admiração pela experiência de Chalmers.
Avery sente a necessidade de criar algum tipo de conexão com o terceiro ano. Tendo em mente as regras rígidas do Quadrante, ela decide explorar a possível ajuda de Chalmers. — A verdade é que estou tentando ser uma boa cavaleira. Se tiver alguma dica ou orientação... E, claro, estou disposta a retribuir de alguma forma. Afinal, a colaboração é essencial aqui, certo?
Enquanto diz isso, Avery recorda as palavras de Mason sobre o Quadrante. Ele mencionara as regras rigorosas, a pressão constante, e como era quase impossível passar por tudo isso sem acabar enlouquecendo. A lembrança das palavras de seu irmão aumenta sua determinação em buscar orientação no meio daquilo tudo. Afinal, Quinn poderia estar ali para protegê-la, mas não era seu intuito gritar por ajuda a cada hora.
Cadetes indisciplinados não costumavam durar muito no Quadrante. Aquele revirar de olhos fez com que Chalmers encarasse a novata com um olhar mortal, se perguntando quando seria o momento considerado apropriado para que aplicasse certos corretivos. Ele sabia que independentemente da Asa em que fosse alocada aquela garota, faria o possível para que ela descobrisse que a vida em Basgiath estava longe de ser fácil. A frase seguinte, contudo, o pegou de surpresa, o desconcertando, tanto que Grayson semicerrou os olhos novamente. Ela podia ter apenas cedido por saber que não era esperto de sua parte afrontá-lo, porém, o terceiro ano tinha certeza de que aquela não refletia a real opinião da loira.
‘ É o mínimo que pode fazer depois de atravessar aquele parapeito ’ rebateu, sem amolecer, mesmo que ela já parecesse tê-lo feito. Se a mais nova fosse inteligente, seguiria seus conselhos sem questionar, e dada a maneira como Gray levava a sério as questões do Quadrante, dificilmente prejudicaria um cadete interessado. Afinal, o que o moreno mais gostava era de ser colocado em destaque como alguém que sabia mais que os demais. Até teria respondido as perguntas alheias, mesmo que tivesse outros compromissos para a manhã, não fosse a interrupção de Hale, sem que ele fosse capaz de definir a ligação da novata com o terceiro ano. Pelo que o Chalmers podia prever, a loira devia ter ligação com alguém do Quadrante – talvez um irmão mais velho ou primo – e tinha ali ingressado justamente por isso, e claramente contra a vontade.
Hale imediatamente faz despertar o desprezo de Gray com seu comentário. Não que o cavaleiro fosse dos mais evoluídos e completamente despido de comentários do tipo quando estava entre amigos. Era só que ele estava longe de considerar se envolver com uma primeiro ano que só devia ter visto dragões em livros. Porra, ela podia morrer no dia seguinte. Sem mencionar que relacionamentos com a liderança eram desencorajados, e ele era um respeitador das normas, quando estas lhe interessavam.
Diante disso, tudo o que fez foi passar os olhos uma vez na loira esguia, como se ponderasse. ‘ Acho que isso é mais a sua cara, Hale. Mas não se preocupe, não estava planejando dormir com a sua namorada ’ se o outro podia fazer insinuações, então ele também podia. O que não passou despercebido aos olhos do Chalmers foi que a garota recuou assim que o garoto se aproximou, como se quisesse manter distância. O sussurrar dava uma pista a ele do que tinha acontecido entre os dois, mesmo que não fosse da conta, ou do interesse, de Gray. Ele não sabia por que, de repente, tinha se envolvido no drama. ‘ Right. Já pode voltar para palitar os dentes do seu dragão. Tenho certeza de que ele está sentindo sua falta. Posso tomar conta da garota pra você enquanto isso ’
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Avery sorri, uma expressão provocativa dançando em seus olhos, como se estivesse jogando uma rede invisível ao redor de Dante. Seu tom carrega um quê de desafio, mas também de encanto, como se estivesse desvendando os segredos por trás do olhar penetrante de Bloodmourne. Enquanto ela investiga o cavaleiro, a ideia de que os grifos podem ser apenas outra farsa dos dragões surge, e é atraída pela ideia de revelar mais sobre eles.
— O que não é nos dado, pode ser roubado, cavaleiro...
Ela continua a saborear sua bebida, os lábios curvados em um sorriso intrigante. Seu olhar, aguçado como a lâmina de um punhal, não deixa escapar um detalhe sequer. O jogo de palavras entre eles é um duelo, e Avery parece determinada a vencer, pensando em uma melhor forma de não perder o interesse de Dante nela.
O magnetismo se alastra, um misto de provocação e charme que o envolve. A leve risada dela ecoa na meia luz da floresta, enquanto ele passa a mão nos cabelos, alinhando-os. Avery, ciente do terreno que pisa, mantém o olhar fixo nele, como se pudesse decifrar os segredos ocultos em sua expressão. Os cadetes podiam usar sua força física, enquanto Avery, mais inteligente, busca estratégias mais sutis.
— Não é apenas no Parapeito que um passo em falso pode nos custar a vida.
Ela continua a observá-lo, a curiosidade pintando seu rosto de fascinação. Avery parece mergulhada na dança sutil da conversa, explorando os recantos mais sombrios da mente de Dante, enquanto ele mantém o corpo incerto. Ela continua a observá-lo, a curiosidade pintando seu rosto de fascinação. Avery percebe como o álcool está afetando Dante e como aquilo pode ajudá-la. Um cadete passa, e ela pede mais bebida. Quando ele dá para ela, Avery enche ambos os copos.
— Acredite em mim, quantas mais perguntas eu faço, menos certeza eu tenho. — Mason surge em sua mente. — Mas você já pensou em como a pergunta certa nos daria tudo que desejamos? Ou você está satisfeito apenas com uma marca dessas?
Avery sabia que aquilo era arriscado. Citar a relíquia e toda a história por trás dela poderia ser um tiro no pé. Dante poderia perceber sua intenção e simplesmente abandoná-la lá com seus delírios. Mas algo em si a dizia para continuar, para arriscar o pouco que tinha. Porque se realmente houvesse uma chance de se vingar do dragão que matou Mason, Avery o faria.
"O problema dos espertos é acharem que nunca ninguém vai ser mais esperto que ele." Alertou seriamente a outra cadete. A jovem teve a sorte de que era Bloodmourne quem ela estava bisbilhotando, outro cavaleiro não aceitaria tal abordagem, principalmente se fosse um líder de seção do terceiro ano. Mas Dante sempre foi mais cauteloso com suas ações, era difícil se irar por algo tão pequeno, seu estado mental de embriaguez também cooperava com a passividade. Última coisa que queria era arranjar uma briga, muito menos com uma novata. "Você pode perguntar o que quiser, não significa que vai ter uma resposta." Bloodmourne virou o rosto para a loira a observando na meia luz da floresta. Era diferente vê-la agora sem seu sinete, a falta da clareza de detalhes dava um tom diferente ao seu rosto.
O cavaleiro respirou fundo ao ouvir a provocação da cadete, não sabia suas intenções com aquilo, mas sabia que era um marcado, logo qualquer passo em falso poderia ser o seu fim. Dante passou a mão no cabelo que cobria uma parte de seu rosto, alinhando-o para trás enquanto concordava com a afirmação da loira. Sim, tinham sorte de terem dragões para lutar na guerra, mas até que ponto era o certo usar em seus próprios cidadãos? O pensamento foi interrompido com a segunda afirmação. Sabia que ela falava dos dragões, era uma frase tão provocativa quanto o restante de todas as palavras da cadete. Dante deu uma leve risada e em seguida deu mais um gole na garrafa quase vazia.
"Bom, sou um cavaleiro. Por mais que aos nossos olhos eles pareçam ser cruéis e selvagens, eu tenho a certeza de que assim como os humanos, nem todos são assim." Os dragões se vinculavam principalmente com os cadetes que tinham a mesma linha de pensamento. Se o cavaleiro era sedento por poder, assim seria seu dragão. Se o cavaleiro era sádico, assim seria seu dragão. Mas o contrário também era verdade, o próprio Kaisarion era a prova. Dante voltou a olhar para o rosto da garota diretamente, não queria dar continuidade à conversa. O próprio rabo de estrela já fazia ameaças de como terminaria aquele assunto caso o cavaleiro não o fizesse. "Para alguém tão ansiosa em fazer perguntas, você é cheia de afirmações e certezas." Agora precisava recuperar equilíbrio para levantar dali.
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Avery, intrigada pela relíquia na mão do homem, pondera se aquele detalhe era um sinal de alerta. Se houvesse mais um deles, o Codex os sentenciaria. Ele a responde com uma cautela que esconde a profundidade de seus pensamentos, enquanto mantém a garrafa em mãos, entregue ao prazer da bebida. Avery questiona o porquê daquilo.
— Sou uma garota esperta. Ouço apenas o que é interessante.
Enquanto o diálogo se desenrola, Avery não se limita apenas às palavras, mas gasta um tempo observando o homem. Seus olhos perscrutam cada detalhe, enquanto a curiosidade sobre a conversa sobre grifos se mistura ao prazer que ela experimenta ao saborear a própria bebida. Ela se pergunta por que tantos, como Mira, evitam o assunto e qual é o verdadeiro mistério por trás dessas criaturas.
Quando confrontada sobre os grifos, Avery responde de maneira enigmática, deixando transparecer que ela mesma está ciente da delicadeza do tema. — Parece que todos agem como se certas perguntas nunca pudessem ser feitas.
Enquanto continua a beber sua bebida, Avery se entrega ao sabor do álcool de forma quase sensual. O líquido desce suavemente, proporcionando um prazer que a envolve, distraindo-a por um momento da intrigante conversa sobre grifos. Em meio a uma pausa no diálogo, ela decide quebrar o silêncio.
— Que sorte a nossa termos dragões ao nosso lado... — Avery diz com certa acidez. Ela os detestava e se esforçava para manter aquilo em segredo, mas algo havia despertado nela. E se... Ela interrompe o pensamento, consciente do risco de explorá-lo. — Eles são cruéis.
Ela não estava falando dos grifos.
Dante bufou se recostando contra a árvore. Se encontrava sozinho após a conversa finalizar com o outro, que decidiu se divertir na festa ao invés de falar sobre assuntos mais sérios. O cavaleiro, levemente bêbado por conta da garrafa de álcool que tinha cabado de dividir, não se recordava como haviam adentrado o tema, mas agora se encontrava refletindo sobre aquele que o manteve em claro por tantas noites. Encarava a floresta escura à sua frente, estando de costas para a movimentação. "Não acho que devesse pensar nisso neste estado." Ouviu a voz de Kaisarion no fundo de sua mente, quebrando sua concentração. Bloodmourne estava tão imerso em seus pensamentos que acabou não percebendo a aproximação de outro cadete, o que o fez se alertar. Seus olhos ficaram instantâneamente brancos a fim de avaliar a jovem, mas não segurou o sinete por muito tempo, a outra era uma novata que ainda não tinha sido vinculada.
"Gosta de ouvir a conversa alheia, huh?" Questionou a loira enquanto passava a mão no rosto em uma tentativa falha de diminuir um pouco a embriaguez. Não sabia quem ela era de fato e saber que alguém o ouviu falar sobre grifos o deixava nervoso por se colocar em uma situação de vulnerabilidade. "Todos vamos enfrentar os grifos um dia, nada mais justo que estudá-los." Tentou desviar o assunto, transformando sua curiosidade em grifos em estudo de um cavaleiro qualquer. Não sabia a até onde a garota havia escutado a conversa, mas não engajaria em algo que oudesse comprometê-lo.
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🔥 • 𝔖𝔱𝔞𝔯𝔱𝔢𝔯: @dantebloodmourne fechado.
Avery, imersa na atmosfera festiva, observa a cadete de pele negra e cabelos cacheados se aproximando com um copo nas mãos, seus cachos dançando com a leve brisa da noite. Um sorriso contagiante ilumina o rosto dela ao oferecer a bebida para Avery. Era ela quem dormia ao seu lado no dormitório.
— Ei, Avery! Que bom que decidiu vir! Aqui, pegue um copo, a festa está apenas começando.
Avery responde de forma breve e desconfiada, seus olhos analisando cada movimento dela. — Oi... Obrigada.
A cadete, sorrindo, estende o copo para Avery, que recusa com um aceno de cabeça, mantendo uma postura cautelosa. — Ah, relaxa! É só uma bebida para animar a noite.
Avery, com um toque de desconfiança, observa a mulher rir antes de decidir dar um gole do copo que oferecia a ela. Uma faísca de curiosidade brilha nos olhos de Avery, questionando se a cadete poderia ter lido seus pensamentos sobre a desconfiança da bebida. No entanto, ela logo estende novamente o copo para Avery.
— Agora é sua vez. Experimenta, vai gostar!
Avery, certa de que ninguém beberia a bebida que envenenou, pega o copo. O líquido desce pela garganta, provocando um ardor inicial que aos poucos se transforma em um prazer surpreendente. Seus sentidos são envolvidos pela sensação única da bebida, fazendo-a sorrir de forma involuntária. Era um hábito que havia decidido largar no Quadrante e lá estava ela...
— Ei, você! Vem cá! — Enquanto Avery saboreia a bebida, outros cadetes chamam a silhueta morena, interrompendo o momento.
Avery recusa o convite para se juntar a eles, e a cadete se despede com um aceno antes de se afastar na direção dos outros. Avery, agora com o copo em mãos, decide explorar mais a festa, caminhando entre os cadetes animados. A atmosfera está carregada de risos, música pulsante e movimentos de dança.
Afastando-se um pouco da clareira, Avery avista duas silhuetas masculinas conversando. Intrigada, ela se aproxima furtivamente para escutar a conversa sobre grifos. As sombras dançam ao redor enquanto ela escuta atentamente. Quando um dos homens se afasta, Avery decide chamar a atenção do outro.
— Grifos, você disse? Interessante. Achei que todos evitassem o assunto.
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🔥 • 𝔖𝔱𝔞𝔯𝔱𝔢𝔯: @tarronvaughn fechado.
O dormitório estava mergulhado em um silêncio quebrado apenas pelos ruídos esporádicos dos cadetes que se preparavam para a festa. Avery, inicialmente, estava remexendo na cama, envolta pela semi-escuridão do dormitório, onde apenas a luz fraca das lâmpadas de leitura permitia distinguir os contornos dos beliches.
O som de cadetes levantando-se e preparando-se começou a encher o ambiente, criando uma atmosfera de excitação contida. Avery, apesar de sentir a tentação de ignorar o alvoroço e tentar dormir novamente, percebeu que o barulho ao seu redor era irresistível. Era como se o próprio dormitório estivesse pulsando com a expectativa daquela noite, a última que teriam em muito tempo.
Cada cadete se movimentava de forma frenética e trocando risos ansiosos. Avery, sentindo que seu corpo se recusava a descansar antes dos outros cadetes, finalmente cedeu à ideia de se juntar a eles. A cadete ao seu lado, com um sorriso, a cumprimentou pela decisão, estusiasmada com sua companhia.
A floresta ao redor do dormitório era densa e escura, os galhos das árvores entrelaçados formavam uma espécie de dossel que filtrava a luz da lua. Apenas os contornos das árvores eram visíveis e o chão estava coberto de uma camada espessa de folhas secas, criando uma trilha para os cadetes.
O grupo de cadetes, incluindo Avery, se movia silenciosamente pelos corredores escuros, como sombras na noite. O murmúrio das conversas misturava-se ao som dos galhos quebrando sob seus pés. A atmosfera era carregada de antecipação e excitação, revelando a expectativa de uma noite fora do comum.
Quando finalmente chegaram à clareira escondida na floresta, a luz da lua banhava o local em uma luz prateada. Uma fogueira crepitava no centro, lançando sombras por todo o ambiente.
Avery observou os cadetes se movendo ao redor da fogueira. Alguns estavam conversando animadamente, outros dançando ao som de uma música distante que ecoava pelas árvores. O aroma da madeira queimando permeava o ar, misturando-se com o cheiro da natureza.
Ao se aproximar de um tronco para se sentar, Avery notou um homem despejando um líquido em copos. O odor penetrante do líquido chegou até ela, provocando uma sensação de ardor em sua garganta. Ela hesitou por um momento, mas acabou decidindo não participar da bebida. Era um hábito que devia perder.
Cadetes riam, conversavam e dançavam e Avery pensava que ali não haviam elos mais fracos. Ela poderia apenas relaxar. Embora tenha se questionado inicialmente sobre a decisão de se juntar à festa, agora estava grata por ter saído da cama, imersa na ilusão de que todos eram apenas jovens se divertindo. E que a maioria não estava prestes a ter os piores momentos de suas vidas.
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🔥 • 𝔖𝔱𝔞𝔯𝔱𝔢𝔯: @quinnovard fechado.
Avery caminha apressadamente pelo pátio do quadrante, tentando conter os fios molhados que escapam, seu rosto corado evidencia a pressa e o peito sobe com certo peso. A passagem dela pelos cadetes é como um sopro, perdendo-se entre eles, consciente de que já perdeu mais tempo do que imaginava. A necessidade de nadar para silenciar os pensamentos agora é substituída pela consciência do risco que correu. Por que ele era tão hipnotizante? Avery se amaldiçoa mentalmente, mas antes que consiga se recompor, seu ombro encontra o de outra pessoa.
— Merda! — Exclama sem pensar, mas ao virar o rosto, percebe que é Quinn. O alívio momentâneo é substituído por um receoso silêncio. Avery se pergunta qual método de castigo Quinn escolherá por ter sumido. Torcendo internamente para que a irmã não perceba os fios molhados, Avery suspira antes que Quinn tenha a chance de falar.
— Onde você estava? — Pergunta rapidamente, desejando mudar o foco da conversa e evitar possíveis repreensões. A tensão no ambiente é palpável, e Avery tenta disfarçar a apreensão, olhando ao redor para se certificar de que ninguém mais nota a situação incomum.
Avery, percebendo estar em desvantagem, decide se aproveitar do ponto fraco de Quinn para desviar a atenção.
— Hale conseguiu me encurralar duas vezes em algumas horas. Será que ele sonhava com isso desde os 6? — Comenta, tentando um tom casual, mas com um olhar perspicaz.
Avery, então, se perde em pensamentos sobre Mason e Hale. Lembra das vezes em que os viu antes do Parapeito, agindo como parceiros de crime, sendo seu irmão sempre aquele que assumia a culpa. Mason adorava aquele cara, pensa Avery. Mas Hale não passava de um garotinho assustado, agora transformado em alguém disposto a matá-las a qualquer custo. A mudança drástica na atitude de Hale faz Avery questionar o que teria acontecido para transformá-lo de parceiro de brincadeiras em uma ameaça real.
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Ao ouvir as palavras de Nymeria sobre Quinn, um tremor percorre o corpo de Avery. Ela sabe que a ela tem razão. Quinn sempre foi protetora e poderia ficar vulnerável se fosse usada como ponto fraco. Respirando fundo, as palavras da mais velha a acalmam momentaneamente. Antecipar preocupações só a levaria a um estado de ansiedade insuportável e quela era sua nova realidade. Longe da residência Ovard, imersa em uma área de combate que exigia uma postura diferente.
Acompanhando Nymeria, Avery observa o ambiente agitado, repleto de cadetes energéticos. A adrenalina ainda pulsava em seu corpo, tornando a ideia de comer algo impossível. No entanto, ela não recusa a companhia e definitivamente precisa de água.
— O quadrante é maior do que eu imaginava. — Comenta Avery, parando no meio do caminho. Ela pega um copo, despeja o líquido transparente e o leva à garganta sedenta. Após a refrescante ingestão, ela se vira para Nymeria, acenando na direção de uma mesa vazia. — Então, você já tem um dragão? — Indaga, curiosa, enquanto se acomoda à mesa.
Avery lança um olhar atento para Nymeria, absorvendo os traços do seu rosto. Seus olhos exploram cada detalhe, e ela não pode deixar de os achar bonitos. Existe uma sutileza na expressão de Nymeria que atrai a atenção de Avery. Contudo, isso é interrompido quando, por um momento, ela vê uma semelhança nos traços com os de Hanna. Avery, instintivamente, abandona essa comparação e desvia o olhar para o copo, focando na água enquanto bebe, tentando afastar os pensamentos.
Nymeria orou aos deuses para que Avery não tivesse notado sua necessidade em se afastar do parapeito, sentindo o coração à galope, enquanto uma ou duas gotas de água tocaram seu rosto. Olhou para cima, nenhum sinal de nuvem, mas sentiu a água escorrer. Secando com o dorso as pequenas gotas de seu rosto engasgou emendando em um risada ao descobrir o parentesco das duas: “Bem... Acho que vai ter uma excelente professora então! Tome cuidado para que não vejam a relação de vocês como algo que deve ser evitado no quadrante, ou melhor, uma fraqueza de sua irmã...” Ponderou dando uma piscadela para Avery, afinal, se fosse ano passado, essa interação com certeza colocaria um alvo na recém chegada, mas talvez esse ano os cadetes estivem mais tranquilos. “Calma, calma, calma!” Nymeria sorriu. “Normalmente esperamos o último, depois seu nome será lido e seu esquadrão designado... Mas não se preocupe, acho que sua irmã cuidará de tudo!” Olhou para cima e percebeu que o tempo nublava: “Os treinamentos definitivamente não começam hoje... Senão todo mundo voltaria por onde veio! Venha vou te levar para comer algo!” Fez sinal com a cabeça indo em direção ao grande salão e escancarando as portas: “Bem vinda ao seu novo refeitório!”.
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Avery sente o avanço sedutor de homem, um movimento que a deixa desconfortável e inquieta. Seu instinto de autopreservação entra em ação, e ela se pergunta se a descoberta de que ela nunca se quer havia beijado alguém faria com que sua imagem se tornasse ainda mais vulnerável entre os cavalheiros do Quadrante. O olhar dele é intenso, o mesmo olhar que ela sempre recebe dos homens quando eles tentam se aproveitar da situação.
Ela sente um nó na garganta e o suor começar a escorrer pela testa. Quinn sempre dizia que Avery levava as coisas muito a sério, mas ela simplesmente não conseguia lidar com aquele tipo de olhar. Irritada, Avery puxa uma respiração profunda, tentando conter a raiva e a ansiedade. Com a menor das aproximações, ela se sente ainda mais desconfortável. Um sentimento de vulnerabilidade a assalta, mas ela não vai permitir que isso a abale.
Ela vacila por uma fração de segundo, ponderando sobre aceitar o gesto, mas quando finalmente o faz, o toque de evoca uma sensação distinta. Ele não se limita a um cumprimento convencional, em vez disso, entretém seus dedos de uma maneira que ultrapassa os limites de um simples aperto de mãos.
Frustrada, Avery espirra o suor do rosto, e é nesse momento que o rosto de Hyle chama sua atenção. Ela percebe que ele é Hyle Florent, e a mente dela volta a Alester e Melara, colegas de Briar e Nolan. A última vez que ela viu Hyle, eles deviam ter apenas 10 anos. Decidindo não perder tempo, já que ele provavelmente não a reconhece, ela responde com um tom firme.
— Sou Avery. E você, por acaso, viu uma mulher de cabelos loiros, bonita e do segundo ano por aqui? — Ela mantém um olhar firme, querendo resolver a situação o mais rápido possível.
não se preocupe, esse é um dos poucos hábito ruins que eu não possuo. --- beber, fumar, se apaixonar, todos os vícios lhe eram atrativos, mas tirando quando estava muito além da sua coerencia ele geralmente não esperava compaixão de qualquer lugar ou pessoas. porém, dada as circunstâncias, talvez ele tivesse que inovar. os cadetes sequer podiam receber cartas ou comunicações, imaginava que não havia um serviço de reabastecimento de bebidas e drogas. a adrenalina tinha consumido grande parte do alcool em seu sistema, não havia nem de longe a quantidade de cigarros em sua mala necessários para sobreviver a um ano ali dentro, o que restava apenas o último. o seu pecado favorito. e, como se o destino sorrisse em sua direção, a novata lhe respondeu. era bonita de se olhar e parecia não ter sido alertada para ficar longe de si, o que, para todos os efeitos, era uma grande sorte ( era a a primeira vez desde que tinha sido deserdado que usava o termo) para ele e muito azar o dela.
encarou a mão estendida com um sorriso sujo nos lábios. ele alcançou os dedos dela, brincando com eles em um gesto que nem um pouco se assemelhava a um aperto de mãos. --- sou do ano que você quiser que eu seja, milsean --- o tom de voz galante era fácil, natural, e geralmente era seguido de um tapa. --- sou hyle. --- deixou de fora o sobrenome de propósito, não tinha noção se ele significava tanto ali quanto na corte, mas não queria arriscar. --- e você é?
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Avery olha para o homem com uma mistura de desinteresse e desconfiança ao perceber a postura exibicionista. A lembrança de um incidente passado em um bar de Basgiath, onde ela teve que golpear um homem que se aproximou demais, lhe ocorre. Um chute certeiro entre as pernas. Não era comum para Avery perder o controle, mas naquela noite, com o peso dos problemas familiares e a situação com Mira, ela tinha ultrapassado os limites de seu bom senso.
Ela não gostava de homens com aquela atitude arrogante, que pareciam esconder inseguranças profundas ou outros pequenos problemas que ela nem queria considerar. Avery contém um revirar de olhos quando o escuta, mas dá de ombros como se estivesse pouco interessada. Logo ela recobra a consciência e disfarça.
— Não duvido que você seja da melhor asa. Vou me esforçar para não ser apenas mais uma babaca por aqui. — Ela tenta entrar no jogo, lembrando-se do aviso de Quinn sobre a importância da hierarquia no Quadrante. Todos pareciam levar isso muito a sério, e ela, apesar de pouco se importar com o resto, tinha um único objetivo: sobreviver.
Avery continua falando, tentando puxar assunto e, ao mesmo tempo, descobrir mais informações sobre o processo de seleção. Ela pergunta ao homem se vai demorar muito até que sejam selecionados. No entanto, antes que ele possa responder, Hale surge, provocando Avery com um sorriso sarcástico e palavras mordazes. Ele caminha como se fosse um dragão marrom prestes a incinerar um covarde.
— E aí, Chalmers? Já está aproveitando a safra nova? Pensei que você tivesse um gosto melhor. Não sabe que essa aí não consegue nem montar em um dragão?
Avery dá um passo para trás, sentindo a presença ameaçadora de Hale. Ela engole em seco, ciente de que está diante de alguém poderoso e influente. Mesmo que seu rosto queime pela raiva, Avery permacene em silêncio e torce para que o homem seja do tipo que adora disputar território com babacas como Hale.
— Isso tudo é só porque eu não quis montar em você, idiota. — Ela sussura sem perceber outra vez, mas pelo menos baixo o suficiente apenas para Chalmers ouvir.
Mesmo a cacofonia não era capaz de impedir que algumas vozes sobressaíssem. Era de se espantar com o quão barulhento se mostrava aquele pátio no primeiro dia, até que todos os cadetes compreendessem o que era a organização militarizada e o sentido da palavra formação. Ele próprio tinha descoberto na prática, quando era apenas um primeiro ano, quais eram as consequências da falta de disciplina, e agora, como um terceiro ano, estava mais do que disposto a ajudar os novos cadetes a se encontrar. Aquela que lhe abordou, em específico, parecia estar precisando de um pouco de boa educação. ‘ Excuse me? ’ demandou, erguendo uma das sobrancelhas, esperando que ela completasse a frase. O sorriso malicioso da outra fez com que Grayson desconfiasse da conclusão, mas se ela tinha se impedido de proferir um insulto a ele, tinha de dar o crédito – ao menos não era tão burra. ‘ Isso não significa que vai ser dada uma chance a qualquer um ’ a forma como disse isso e passou os olhos sobre a estrutura alheia dava a ela a oportunidade de interpretar como quisesse, mas era puro desdém aquilo nos olhos do Chalmers. Dava pra ver que se tratava de uma primeiro ano – ainda estava com a mochila que usara para atravessar o parapeito. ‘ Se fosse fácil, e se qualquer babaca entrasse ’ usou o mesmo termo escolhido por ela propositalmente ‘ não seria a melhor Asa do Quadrante ’ não era incomum que se gabasse dessa maneira, expondo a própria visão, que não necessariamente condizia com a realidade.
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A intervenção de Vaella foi recebida por Avery com um misto de surpresa e alívio. A garota se destacava entre os demais cadetes, apresentando uma atitude que destoava da brutalidade habitual. As palavras de Vaella foram carregadas de simpatia, algo que Avery não esperava no meio da hostilidade e dos murmúrios. Ao tentar manter a postura diante da intervenção, Avery se esforça para ignorar os murmurios que pairam no ar.
Ela estava ciente de que enfrentaria a mentira em torno da morte de Mason, mas já estava cansada das pessoas o chamarem de traidor. Avery não compreendia as razões pelas quais Mason escolheu deixar a batalha, e essa incerteza a atormentaria pelo resto da vida. Contudo, ela tinha certeza de uma coisa, Mason não era um traidor. Ele pagou um preço muito alto para servir como cavaleiro, sendo o melhor entre eles.
Quando Vaella faz uma pergunta direta sobre o conhecimento de Avery em relação ao Códice dos Cavaleiros de Dragão, a expressão de Avery muda completamente. Ela assume uma postura confiante e até mesmo um pouco ousada ao responder.
— O Códice dos Cavaleiros de Dragão é menor que outros livros de regras, talvez porque os cavaleiros tenham dificuldade em obedecer. — O seu tom é carregado de sarcasmo. — Diz que um dragão sem seu cavaleiro é uma tragédia, e um cavaleiro sem seu dragão está morto. Só cavaleiros e escribas designados podem entrar no Quadrante de Cavaleiros, e causar dano a outro cavaleiro durante a formação ou sob supervisão pode resultar em execução - como você disse. Além disso, o roubo é crime de execução, uma vez que os itens transportados através do Parapeito são considerados parte do cavaleiro. E...
Avery olha diretamente nos olhos de Vaella, sua confiança diminuindo um pouco ao abordar um ponto sensível.
— Segundo o Artigo Quarto, Seção Um; “Os cadetes que forem encontrados ausentes sem licença estarão sujeitos à corte marcial por sua cadeia de comando, se não forem executados imediatamente.” — Avery respira fundo, sentindo o peso das palavras. Ela sabia que as regras eram rígidas, mas a lembrança direta a deixou momentaneamente menos segura.
— E aqui estamos, todos juntos, uma grande família de cavaleiros. — Avery finaliza com um sorriso forçado, tentando retomar a postura inicial, mas a sombra da incerteza ainda pairava em seus olhos.
durante todo o tempo que encarava a garota vacilar de seu lugar antes de começar a se apresentar, a rhysling se perguntava de onde a conhecia. por certo nunca tinha a visto, reconheceria as feições se não o nome, mas ainda sim, havia algo de familiar naquela sensação toda até que o comentário de uma outra cadete sobrevivente ao parapeito revelou a informação que a atingiu como um chute no rosto. mason. ela era a irmã de mason. a história do cadete desertor era famosa na instituição, uma personificação de todos os "o-que-nã-fazer". não queria pensar no que aconteceria com ele quando o achassem. porque sim. poderia demorar dias. semanas ou anos. mas não haveria chances de deixarem escapar um recruta como o ovard. --- muito obrigada, cadete ovard. --- agradeceu tão simpática quanto era possível em um tom militar e restrito. --- eu gostaria de lembrar a todos aqueles que ainda não tiveram a oportunidade de ler o codex que, agora todos nós somos um só esquadrão e cadetes do mesmo esquadrão não tem permissão para matar uns aos outros, gostaria de dizer que podemos resolver nossos problemas no tatame, porém, isso também é proibido, então eu sugiro que qualquer picuinha pessoal que tenham vocês que superem isso ou que, bem pouco provavel, se comportem como pessoas normais. não que eu esteja colocando muita expectativa nessa última. --- olhou para a prancheta apenas porque não queria encarar a feição de desagrado que recaiu no rosto de alguns. pequenos psicopatas. --- cadete ovard, a senhorita já leu o códex, correto?
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Avery se assustada com o rosnar repentino do dragão e a visão das chamas enquanto procura por Quinn no pátio. O sentimento de apreensão cresce dentro dela enquanto observa o dragão azul, a criatura imponente destacada pela sua natureza cruel nos livros, e que parecia se divertir ao amendrontar todos. O fogo ilumina o ambiente e quase todos os cadetes se distanciam, no entanto, Avery permanece.
Embora Avery tenha estudado todos os dragões durante seus treinos, ela nunca teve experiência prática com essas criaturas. A presença imponente do dragão azul, seus olhos penetrantes e as escamas reluzentes causam temor em Avery, que simplesmete paralisa no lugar. Não conseguia mover um membro se quer. Quando uma garota se aproxima, preocupada com a segurança de Avery, ela responde com uma expressão tensa, tentando ocultar seu medo.
— Estou bem, obrigada pelo aviso. — Avery diz, seus olhos rapidamente desviando para o dragão, a curiosidade supera um pouco o medo. Ele ainda é lindo, pensa. Ela por fim, continua. — Há algo entre as escamas dele. Parece algo preso.
Avery, mesmo maravilhada, não pode deixar de se preocupar com a situação. Ela sabia que cuidar da saúde dos dragões era uma das obrigações dos cavaleiros, mas os riscos envolvidos eram algo que a assustava. Pensava no dia em que tiver o seu próprio dragão, imaginando as dificuldades de cuidar de uma criatura tão imensa e poderosa. Se tiver um dração, corrige mentalmente.
— Então, para além do Parapeito, qual deveria ser a maior preocupação de uma primeiro ano? — Os cadetes não eram famosos pelo espírito de unidade, mas talvez Avery conseguisse alguma informação valiosa.
𝒇𝒆𝒂𝒕𝒖𝒓𝒊𝒏𝒈 : @averyovard 𝒔𝒄𝒆𝒏𝒂𝒓𝒚 : próximo a corrida .
faz uns dez meses desde que lovisa se vinculou a camhanaich , o que seignifica que só faz dez meses desde que começou a voar pelos céus de navarre . e enquanto é verdade que existem competidores na corrida com mais experiência que ela , isso não a impede de se inscrever —— claro que quer vencer , contudo , a corrida em si é capaz de despertar uma empolgação dificil de recusar . aidna mais quando se tem um dragão insistente em sua mente ! desta menira , a segundoanista agora se apressa de um lado para o outro , terminando de ajeitar os últimos preparativos , quando o rosnar familiar de seu companheiro retumba de repente e ela o alcança ainda a tempo de vê - lo tentar espantar um grupo de novatos com uma rajada de fogo . ❛ é sério isso ? ❜ são as únicas palavras que vocaliza , num tom que é mais adequado para repreender uma criança birrenta do que uma criatura do tamanho de um edifício —— camh consegue ser os dois . através do vinculo , continua : você que fez questão de participar da corrida e resolve agora , quase na hora , perder seu tempo assustando um bando de coitados ? já imaginou a burocracia que deve ser se mata um ? como que vai correr , hein , sua lagartixa king size ?? a comparação arranca um rosnado do azul , mas ele se aquieta por enquanto e isso é o suficiente para a morena , que suspira . a maioria já se dispersou , provavelmente aterrorizada , mas quando notou que uma ficou . ❛ você está bem ? ❜ pergunta , agora mais suave . ❛ precisa ter mais cuidado por aqui . acredite ou não , o parapeito está longe de ser o mais perigoso aqui . ❜
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— reblogue respostado porque exclui sem querer, rs. avery está com nymeria.
Avery sente seu coração palpitar descontroladamente, um ritmo frenético que ecoa o trauma do Parapeito. A atmosfera, uma mistura de risadas e gritos distantes dos cadetes ainda no Parapeito, torna-se sufocante. Ela luta para conter a crescente sensação de pânico, mas a respiração torna-se irregular, cada inspiração mais difícil que a anterior.
Enquanto tenta recuperar o controle, Avery percebe os fios dourados de Quinn cortando o tumulto ao seu redor. Os passos apressados da irmã atingem em seus ouvidos, e antes que ela possa reagir, Quinn a envolve em um abraço reconfortante. Avery se permite afundar nos braços de Quinn, buscando abrigo na familiaridade e no calor que só uma irmã pode oferecer.
Quinn quebra o silêncio tenso com palavras carregadas de urgência. — Estou tão feliz por te ver, Avery. Não sei o que faria se algo tivesse acontecido com você lá. — As palavras da irmã são uma melodia suave em meio à confusão ao redor.
— Encrenca, preciso resolver uma coisa, mas volto assim que puder. Fique alerta, está bem? Não confie em ninguém. — Quinn diz, apertando os ombros de Avery como se quisesse transmitir força.
O medo, que antes estava adormecido, retorna como uma onda incapacitante. Ela assente com a cabeça, forçando um sorriso para tentar tranquilizar Quinn, mas a sensação de solidão a abraça conforme a irmã se afasta. O ambiente que parecia isolado da agitação agora a envolve, e Avery se sente vulnerável à espera da volta da única pessoa em quem confia plenamente naquele momento.
Avery ainda está se recuperando da crise de pânico, e sua voz é entrecortada quando ela responde à observação da desconhecida. Seus olhos se fixam na mulher, tentando manter a compostura diante do elogio. A presença dela e suas palavras trazem à mente de Avery flashes da imagem de Hanna, uma lembrança amarga que ela tenta sufocar.
— Obrigada... — Diz Avery, sua voz saindo como um sussurro frágil. — Acho que... nem eu mesma esperava... passar por aquela parte. — Ela oferece um sorriso tímido, tentando esconder o desconforto que a lembrança de Hanna lhe causa. Avery não consegue evitar associar as palavras com o olhar perdido de Hanna. — Você sabe quantos morreram?
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Avery fita Nymeria, notando a expressão amistosa da cadete que se portava como cavaleira. As palavras de Nymeria ressoam na mente de Avery, fazendo-a recordar a experiência vivida no Parapeito. A visão do abismo, a luta contra a vertigem e o desafio constante da gravidade. Avery não podia negar que enfrentar o Parapeito a fez sentir uma intensidade de emoções que ainda reverberava dentro dela.
— A vertigem é mesmo desafiadora... — Avery comenta, balançando a cabeça em concordância. Mas no fundo ela sabia que o maior desafio não tinha sido esse, Avery sente um arrepio percorrer sua espinha. Hanna era mais uma dentre tantos cadetes em Basgiath, mas não teria a oportunidade de conhecê-la. O único contato que teria com Hanna seria o de testemunhar o momento em que ela se jogou do Parapeito.
Ela revira os olhos rapidamente com a citação de Malek. Céus, como ela detestava aquela crença.
A imagem da queda de Hanna permanece vívida na mente de Avery, uma cena que trouxe consigo o peso da realidade e da brutalidade do mundo em que viviam. Ela odiava aquele lugar. O olhar de Nymeria parece penetrar além da superfície, explorando não apenas a experiência no Parapeito, mas também tocando sutilmente em questões pessoais. Quando a cadete menciona Quinn e a possibilidade de namoro, Avery sente um desconforto. No entanto, ela responde com normalmente.
— Não, não namoramos. Quinn é minha irmã, e nos mataria se fôssemos. — A voz de Avery carrega um tom de humor, tentando transmitir que, ela e Quinn eram muito diferentes. Enquanto Quinn era o centro das atenções, a silhueta pela qual você é capturada, Avery permanecia nas sombras. Indiferente e entediante. — Nós temos que esperar até o último cadete? Como sabemos qual é nosso esquadrão? Os treinamentos começam hoje? Desculpe, huh, acho que a adrenalina ainda está no comando.
Nymeria se aproximou sorrindo, algo no jeito que o pessoal chegava no parapeito para a segurança a fazia se sentir viva. "Sabe... Eu estava em seu lugar ano passado..." Comentou apertando o que restava do cabelo castanho ondulado que lhe caía sobre os ombros em um coque. "Para mim o pior foi a vertigem... Aquela vontade louca da gravidade te puxar e você lutar contra ela..." Suspirou sorrindo, ainda sentia aquela vertigem, os pelos arrepiados dos braços comprovam isso, mas seria seu fim se alguém descobrisse. As asas não podem ter elos fracos. "Pela milésima vez! Você não é fraca!" Ignatus rosnou em seus pensamentos."Saberemos antes do jantar quantos foram os infelizes... Mas malek não leva ninguém antes da hora... Foi melhor para eles não conseguirem chegar aqui. Bem... Voltando a você! Imagino que conhece a Quinn! Eu não a conheço só de vista... Mas pela maneira que vocês duas estavam a pouco... Namoram?" Perguntou casualmente desviando o olhar do abismo abaixo do parapeito.
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O sol já se pôs, e o lago reflete a pálida luz da lua enquanto Avery nada, imersa em seus próprios pensamentos. A surpresa toma conta dela quando Mason aparece de repente. O medo a alcança, questionando a razão de sua presença tão antes do esperado. A preocupação imediata é Quinn, mas Avery mantém esses pensamentos em silêncio. Nadando até a margem, Mason joga uma toalha em sua direção. Avery, que estava na água há mais de duas horas para evitar voltar para casa e encontrar Mira, aceita a toalha com um olhar interrogativo.
— Quem diria que você estaria aqui. — Mason comenta quando Avery retorna à superfície.
Avery, ainda envolta na presença de Mason, pergunta diretamente por que ele está ali. Mason desconversa, mencionando assuntos particulares e assegurando a ela que não precisa se preocupar. Seus olhos buscam sinais no rosto de Mason, mas ele permanece indecifrável. Em meio à incerteza, Mason comenta sobre a resistência de Avery à água gelada, e ela responde com uma leveza sutil.
— É meu tipo favorito de dor. — Avery se senta, a areia molhada ao redor, e contém o emaranhado louro em um penteado.
— A de congelar os ossos? — O mais velho se coloca ao seu lado.
— Algo assim. — Era algo a mais, mas Avery nunca contaria para ninguém.
— Talvez você fique um tempo sem me ver. — Mason confessa, lançando um olhar significativo para Avery. Ela o encara, pronta para questionar, mas antes que as palavras possam sair, Mason a recolhe em seus braços. No segundo seguinte, Avery sente as lágrimas quentes do irmão, um gesto que fala mais do que as palavras que ele não pronunciou. O abraço fala de despedida, de algo que nenhum deles poderia prever. — Você sempre será minha irmãzinha.
Aquela foi a última vez que o viu.
※
Avery suspira diante da menção da morte, um assunto que ela não costumava perder tempo – ainda que, quando descobriu os planos de Mira aos dezesseis, soubesse que a morte lhe seria uma promessa. Os dramas exagerados de Malek a irritavam, mas no fundo, ela sabia que a realidade do Quadrante era implacável e que deveria considerar as implicações da sua morte. Quinn não era a única. Cain menciona o lago, despertando a atenção de Avery.
— É lindo aqui. Está tudo bem. — Ela responde, tentando manter a serenidade diante dos pensamentos sombrios.
Avery se apressa em direção à margem do lago, observando a calma da água. O ambiente, embora diferente de sua casa, tem um toque mágico que acalma suas inquietações. As mãos dela param de tremer, e ela fecha os olhos por um momento para absorver a tranquilidade. Quando volta a atenção para Cain, não hesita em tirar a jaqueta.
Avery desliza a jaqueta para fora dos ombros, revelando a pele desnuda pela regata preta que veste. Seu tom de pele é pálido, quase como a lua refletida na superfície tranquila do lago. A maciez da pele se destaca, uma tela suave que carrega pequenas cicatrizes de um dos inúmeros incidentes ao longo da vida. O contraste entre a pele e o tecido escuro da regata adiciona uma nota de seriedade à ela, enquanto se prepara para mergulhar nas águas que tanto ansiava.
— Vamos? — Diz, antes de retirar a outra peça e mergulhar.
━━━━━━━━━━━━ São breves os segundos em que tudo muda. Cain franze o cenho, repentinamente, olhando para o chão, mas na mesma velocidade que a desconfiança vem, ela se vai, deixando que apenas o resquício de uma risada tome conta de sua expressão antes conflitante. Brincadeira, ele lembrou-se com certa dificuldade. Ele mesmo gostava de fazer brincadeiras como aquelas, entretanto, nem sempre eram entendidas da maneira como ele buscava. Lidar por tanto tempo com um dragão como a rabo de escorpião verde estava enferrujando suas habilidades sociais, não que Cain tivesse alguma em algum momento de sua vida. Ele apenas faz um sinal com a mão, se ela soubesse algo sobre aquele cadete com quem conversava, talvez entenderia como um 'tudo bem, já tentaram uma vez e vão tentar muitas outras', mas na realidade era apenas um hábito, como se desmanchasse a brincadeira no ar. Talvez pela disciplina adquirida no tempo em Basgiath, Cain tinha ciência que sua postura costumava ter consequências, fossem elas cadetes que dificilmente retribuíam seus olhares, ou então aqueles que observavam sua imagem com curiosidade. Está dolorosamente ciente de que é observado, provavelmente julgando a companhia que havia aceitado ou tomando Avery como uma pobre coitada vítima. Cain não se importava. Ele faz questão de segurar uma das portas para que a outra passasse e sinaliza para os degraus, armadilhas naturais. Está acostumado com a subida e descida, nem mesmo hesita mais ao pisar, mas isso não os torna desafios menores ou menos mortíferos.
É instinto que o faz estender os braços, pronto para segurá-la, sem tocá-la, por poucos centímetros, o vazio entre o seu toque calejado e a pele delicada formiga na ponta de seus dedos. Observa a figura esguia de Avery, a delicadeza incessante por trás de seus traços e formas. Tragicamente frágil, mesmo assim, Cain não havia visto ela hesitar em nenhum dos desafios, sempre muito confiante sobre aquilo que enfrentava. Primeiro Hale e agora os degraus. "Faz um certo tempo que não sinto a morte iminente", comentou quando ouviu-a brincar consigo, o breve vislumbre de seu sorriso carregando Cain para longe. "Mas concordo, ela deixa mais fácil", finaliza o pensamento, balançando a cabeça para expulsar os pensamentos. Foco. Ainda assim, Ryder não conseguia evitar que a presença de Avery o capturasse. Mesmo o escorregão não a amedrontou. Naquele momento, se colocasse em uma balança, era Cain que estava amedrontado com a possibilidade de Avery se machucar. A partir de então, sentia-se hiper alerta e quase não ouviu sua pergunta. "Ali, já conseguimos ver o lago", apontou. Não era longe, alguns minutos a mais e estariam às margens do local. "Está tudo bem?"
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— Em alguns minutos, eu envenenei o pão. — Brinca, mantendo uma expressão amendrontradora.
Avery morde um pedaço de maçã, e o sabor fresco a transporta para a cozinha dos Ovard. Ela sente falta das tortas de maçã de Briar, o aroma aconchegante que preenchia as manhãs quando os guerreiros se permitiam ser apenas seus pais. A corrida pelos pedaços do meio da torta, com a crosta mais crocante, era a única competição que Avery sempre vencia contra os irmãos. O gosto da maçã por fim transforma-se em uma doce tristeza, ela sentia a falta deles.
A caminhada continua, e os cadetes observam, por vezes direcionando olhares para Avery e o homem. Surpreendem-se ao vê-lo, o que intriga Avery. Concordando com a nuca, o entusiasmo toma conta dela. Ela se afasta da multidão, sendo guiada por alguém que poderia estar a levando para a morte certa. E é nesse instante que Avery percebe a insígnia de Cain, identificando-o como líder de asa. Ele realmente poderia matá-la. Mas, ela mal pode esperar para encontrar o lago, seu corpo ansioso e as mãos trêmulas demonstravam isso. Avery precisava de água mais do que de um dragão.
O ambiente muda quando as paredes de pedra começam a ser cobertas de musgo. Avery nota o sinal de que estão se aproximando do lago. Ao dar um passo adiante, seu pé vacila quando o chão fica úmido e uma descida íngreme surge. Estudando a descida, Avery desce com cautela. No entanto, ao dar outro passo, sua bota desliza, e ela perde o equilíbrio. Uma ótima forma de mostrar suas habilidades. Antes que Cain pudesse ajudá-la e por algum motivo ela sabia que ele o faria, Avery se apoia na parede e retoma a postura ereta.
— Sem a morte eminente é bem mais difícil. — Diz. A expressão de Avery ganha forma nos lábios carnudos, esculpindo um sorriso intrigante. A carne da boca se molda de maneira sutil, revelando uma mistura de urgência e curiosidade. O sorriso parece dançar na borda de seus lábios, capturando a atenção com uma aura enigmática. Cada contorno ressoa com uma sensualidade delicada, atraente aos olhos e impraticável pelo toque.
Com determinação, Avery continua a descida, concentrando-se em cada passo para evitar mais contratempos. O som do ambiente ecoa ao redor, uma mistura de ruídos naturais e a respiração sincopada dos dois enquanto seguem em direção ao lago. — Estamos perto? — Indaga, quase como se não fosse aguentar por mais alguns minutos.
━━━━━━━━━━━━ Nada diz, nada o faz também, além de recolher a mão antes estendida, um sorriso tomando conta do rosto quando seu cumprimento é negado. Cain se resume a observá-la, a forma como flui entre as mesas até o balcão, onde poderia, finalmente, conseguir o alimento tão desejado antes de uma visita ao lago. Cain já havia visto cadetes como aquela, ponderando sobre as escolhas e sobre as decisões que haviam levado-as até ali. Pouco conseguia concluir, permanecendo com o resquício da curiosidade na ponta da língua: jamais perguntaria. Nem sempre Basgiath era um escolha, na maioria das vezes, tratava-se de uma única opção para os cadetes que ali se arriscavam. Ele, mais do que ninguém, poderia discursar sobre isso. Mesmo assim, a feição cansada não cansava de acompanhá-la, ganhando seus movimentos conforme enchia as mãos frutas e pães, observando mesmo os olhares que caíam sobre Avery. Hale foi o próximo a ganhar sua atenção, num descuido. Foi uma olhadela o suficiente para compreender o que fazia, afiando sua faca como quem espia sua próxima presa, olhar endurecido caindo sobre a primeiro anista. Cain deixou o corpo recostar em uma das colunas, deixando peso na construção, sem deixar de estudá-lo. Tinha breves lembranças de quando Mason não estava junto de si, mas próximo ao outro. Também uma olhadela do outro terceiro anista foi o suficiente, deixou de observar sua presa e acabou caindo na armadilha dos olhos de Cain e o Whisperclaw se divertiu ao vê-lo mudar de expressão, abaixando o olhar, tal qual fez com Vrčanie Hôr em seu primeiro encontro. Hierarquia. Claro, ele havia se recolhido com o rabo entre as pernas, não sustentaria a expressão impassível de Cain por muito tempo, expressão essa que atenuou-se apenas quando Avery retornou e lhe jogou um dos pães que carregava. Estivesse um pouco mais desatento e sobraria alimento para os ratos que se esgueiravam pelas sombras. Ele mordeu o primeiro pedaço, deixando de observá-la para experimentar. Certamente, melhor do que aquilo que conseguia em Deaconshire. "Sem tentativas de assassinatos da minha parte", negou num breve sorriso. Ele não matava ninguém. Ao menos, ninguém que tivesse agido apenas o suficientemente educado consigo. "Não sou como o seu colega", concluiu, indicando com o queixo aquele que havia iniciado toda a confusão. "E você, vai me matar, hm?", retrucou a pergunta, mais divertido do que era possível imaginá-lo. "Podemos ir, certo?", perguntou finalmente. Cain não falava mais do que o necessário, preferia observá-la e estudar seus traços.
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