Contém textos e fotografias das exposições do museu MARGS, preparadas para a disciplina de Estética e História da Arte pelas alunas: Camila Driesch, Eduarda Friedrich, Larisse Alves, Victoria Bossle e Vitória Petry.
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MARGS – SETEMBRO DE 2017
NESSE MÊS DE SETEMBRO O MUSEU DE ARTE DO RIO GRANDE DO SUL (MARGS) CONTA COM ALGUMAS EXPOSISSÕES DE ARTISTAS LOCAIS DA REGIÃO E OUTROS.
1° A Paisagem e o tempo por Carlos Petrucci e o acervo MARGS
2° Uma possível história da arte do Rio Grande do Sul
Artistas participantes:
Anico Herskovits (Montevidéu/Uruguai, 1948)
Arlete Santarosa (Bento Gonçalvez/RS, 1945)
Carlos Scliar (Santa Maria/RS, 1920 – Rio de Janeiro/RJ, 2001)
Chô Dorneles (Porto Alegre/RS, 1948)
Cris Rocha (Porto Alegre/RS, 1967)
Danúbio Gonçalves (Bagé/RS, 1925)
Francisco Stockinger (Traun/Áustria, 1919 – Porto Alegre/RS, 2009)
Glênio Bianchetti (Bagé/RS, 1928)
Jair Dias (Porto Alegre/RS, 1948)
Nelson Jungbluth (Taquara/RS, 1921 – Porto Alegre/RS, 2008)
Otacilio Camilo (Porto Alegre/RS, 1959-1989)
Paulo Chimendes (Rosário do Sul/RS, 1953)
Suzana Sommer (Porto Alegre/RS, 1944)
Vasco Prado (Uruguaiana/RS, 1914 – Porto Alegre/RS, 1998)
19 de julho a 8 de outubro de 2017. De terças a domingo, das 10h ás 19h.
A exposição dá continuidade ao programa de exposições do acervo permanente do MARGS, integrando o projeto elaborado pelos núcleos do museu com o objetivo de apresentar obras da coleção do acervo do MARGS, que são importantes para a configuração da constituição do cenário artístico gaúcho.
A gravura é o tema do terceiro módulo da exposição “Uma possível História da Arte do Rio Grande do Sul”. Este módulo traz ao público, obras realizadas pelos fundadores do Clube de Porto Alegre e de Bagé, sendo visíveis os temas e as técnicas usadas na época; além de trabalhos de outros artistas, contemplando outras décadas. Assim, são notáveis as diferentes soluções que os artistas criam a partir da gravura, afirmando a sua importância até hoje no cenário artístico.
3° NEON de Gerson Radaelli
26 de julho até 15 de setembro 2017. De terças a domingo, das 10h ás 19h.
Nessa exposição, será mostrada a sua produção mais recente, realizada no primeiro semestre deste ano. Boa parte das pinturas é constituída por painéis de grandes formatos, executados com perceptível redução na paleta de cores do artista. Elas remetem, de certo modo, à sua produção de 1988, na qual realizava pinceladas soltas, em preto e branco, sobre folhas de revista. Essas inspiraram a série subsequente de telas em preto e branco, que perdurou por mais de vinte anos.
No momento atual, a cor rosa domina o espaço em diversos matizes. No início da série, ela substituiu o branco do fundo. A seguir, começou a aparecer como protagonista colocada em pinceladas largas junto ao preto e o branco. Essas três cores criam uma dinâmica no espaço da tela, associadas à gestualidade e aos empastamentos provocados pelas pinceladas largas e ágeis. Manchas de vários tons de cinza criam um contraponto às pinceladas nítidas, atenuando em parte o contraste dos extremos. Harmonia e conflito, nitidez e ambiguidades coexistem, definindo um novo universo nas pinturas de Radaelli.
4° Tanto barulho por nada de Sandro Ka
25 de agosto a 24 de Setembro. De terças a domingo, das 10h ás 19h.
A exposição individual do artista apresenta cerca de 30 obras inéditas que traduzem seu repertório criativo: um universo temático e processual marcado pela presença de objetos e imagens advindos da cultura popular e da indústria cultural.
“Seus trabalhos encantam à primeira vista, pois são carregados da afetividade que, até inconscientemente, temos com relação a tudo o que nos rodeia. Brinquedos, peças de gesso, bolinhas de plástico, porta-joias, miniaturas, reproduções: os mais diversos objetos interessam ao artista, são poeticamente vistos “como um convite para uma conversa, para o estabelecimento de novas relações”. São relações únicas, individualizadas, atentas às peculiaridades específicas que cada objeto carrega em si, ainda que fabricado industrialmente em milhares de cópias.” (Carlos Trevi)
5° Do quadrado à paisagem de Angela Zaffari
4 de Agosto a 24 de Setembro. De terças a domingo, das 10h ás 19h.
A exposição surgiu da vontade de Angela de mostrar sua nova série iniciada em 2015, onde a partir dos seus quadrados coloridos, em busca de nova proposta de pintura, encontra nas imagens pixeladas uma vontade de pintar fotografias de viagens e lugares que tem um significado especial para ela. A mostra conta com um total de 16 obras em acrílica sobre tela, 04 em acrílica sobre papel e 01 instalação, todas especialmente desenvolvidas para a exposição no MARGS.
“ A exposição Do Quadrado à Paisagem cria novas relações entre arte/vida/ciência, e isso se concretiza no trabalho da artista pelo movimento do seu universo poético e o seu campo específico de trabalho em um território de cruzamentos sem fronteiras delimitadas
Para entender seu processo tal como ele ocorre hoje, é necessária uma análise a partir das seguintes dimensões: da conceitualização teórica, dos antecedentes históricos, da sua transformação e da sua especificidade atual.” (Ana Zavadil)
6° CABEÇAS: Relicário do Pensamento de João Otto Klepzig
26 de Agosto a 27 de Setembro. De terças a domingo, das 10h ás 19h.
São cerca de 50 esculturas que celebram a figura humana com técnica apurada e subjetividade. Algumas delas, em cerâmica, outras em bronze, representando cabeças humanas, desconstruídas em formas geométricas.
“Suas cabeças, em bronze e cerâmica, nasceram de sua inspiração nessa estrutura óssea que é o centro principal de nossas funções cognitivas. Em seus primeiros trabalhos, o artista produziu fontes de água, já com notável qualidade técnica. Essas nascentes artificiais do liquido que representa a vida parecem ter indicado ao escultor outro tipo de fonte, ainda mais simbólica: a cabeça.
O lugar onde residem os pensamentos é engendrado pelo artista de diferentes formas, resultantes de um exercício habilidoso de equilíbrio entre elementos geométricos e orgânicos de sua composição plástica, cuja investigação dos conceitos, materiais e técnicas envolveu viagens de estudos a museus, galerias e ateliês na Europa.” (André Venzon)
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Colônia - Quase Oriental
Colônia - Quase Oriental, 60 x 80 cm, 80 x 60 m, ambos de 2017.
Opinião sobre a obra: As obras Colônia e Quase Oriental fazem parte da coleção Tanto barulho por nada do artista Sandro Ka e representam sua criatividade mostrando um mundo temático, criado de uma imaginação fértil infantilizada, que apresenta ícones da história da fotografia da arte em contraste com a cultura pop. Sandro Ka usa da ironia e humor para criar debates sobre pensamentos críticos em relação com assuntos como o questionamento de sistemas de crenças, tradições e comportamentos.
Nos quadros Colônia e Quase Oriental, Sandro usa papel sobre base em acrílico para criar as obras, criando essa desconstrução do meio apresentado. As obras lhe deixam confusa afim de questionar se sua percepção do mundo está correta ou há outras formas de encarar os problemas.
O interessante das obras é a forma em que Sandro usa do formato quebra-cabeça para usar elementos advindos de contextos do cotidiano para lhes proporcionar uma nova interpretação, de forma que crie um novo olhar sob as situações inusitadas.
No texto de Maria Amélia Bulhões, ela diz: “As semelhanças visuais, não constituem o aspecto de conexão entre os objetos de arte, uma vez que elementos bem mais profundos e complexos podem conectar obras aparentemente antagônicas. O valor simbólico se constrói pelos aspectos conceituais e estruturais que podem ser estabelecidos entre suas propostas e seus processos de instauração”. Podemos usar está citação como exemplo pois nos passa a ideia de que não importa o que a obra nos pretende passar, mas sim a interpretação de quem está admirando-a de forma que possamos fazer conexões, e sentir sensações, que o artista não tenha pensado ou esperado.
(Petry, Vitória)
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Fumaça de Resgate - Violeta
Fumaça de Resgate ��� Violeta. Fotografia, 100 x 100 cm, 2003, edição 2/3.
Opinião sobre a obra: A série de fotografia Rescue Smoke (Fumaça de Resgate), utiliza do uso da fumaça disparada de sinalizadores e captura sua ação para criar a ilusão de caos nos ambientes fotografados. A obra Fumaça de Resgate – Violeta representa a fumaça como agente de intervenção do espaço, sendo usado pela artista como representação da perda de controle do ambiente. Dessa forma, o caráter da fumaça oscila entre esta interrupção da percepção clássica do quadro ou apenas como um elemento de composição.
Segundo a autora Cristina da Costa no seu texto O prazer do belo, o que determina o que vai te atrair em uma obra de arte é seu estado de espírito, que a partir do que estiver sentindo naquele momento, a obra que mais se identifica com você irá reproduzir seu humor. Nesta fotografia de Camila eu senti uma melancolia pela rua estar deserta e pelo significado da fumaça que a artista quis passar, que ao meu ver pode-se se resumir na palavra caos, que me deixa com a sensação de como uma guerra havia acorrido ali, algo que causasse medo. O contraste da cor violeta com a cor fria da rua também me dá o ar de frieza no local.
No texto A arte como valor e a atuação das instituições museológicas da autora Maria Amélia Bulhões, é falado que a obra de arte se constitui não da peça em si que possui um conteúdo, mas sim do conjunto das interpretações que sofre, as citações que possibilita e das relações que podem ser com ela estabelecidas, de forma que me faz acredita que a fotografia de Camila Sposati nos oferece tamanho leque de interpretações, sendo elas alegres ou tristes, que nos traz um senso de satisfação ao admirar a obra como se esse turbilhão de sentimentos sentidos ao observá-la fosse exatamente o que a artista queria.
(Petry, Vitória)
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Impasse
Impasse. Louça e borracha, 35 x 16 x 40 cm, 2017.
Opinião sobre a obra: Sandro Ka, é porto alegrense , fez graduação em artes visuais na Ufrgs , seu trabalho traz um objetivo de" deslocar as imagens ou brinquedos de seus usos genuínos, familiares, provocando sentidos novos" Essa obra além de brincar com fato de um animal ser animado, colorido e simples, traz essa parte contemporânea acompanhada de grandes obras dos gregos antigos, as famosas colunas, fazendo assim uma união entre o novo e o antigo e nos mostrando que a arte nos transmite muito mais que um olhar e sim sentimentos. Podemos assim concordar com o texto "O Prazer do Belo", que diz que uma das características mais importantes da arte é a emoção por algo considerado "Belo" a cada um dos espectadores. "Uma peça torna-se uma Obra de Arte pelas conexões que ela pode obter com os discursos específicos do campo artístico dentro dos quais obtém significado." texto Arte como Valor, concordo com essa citação, pois cada estilo dentro de contextos diferentes pode ser analisado de um jeito, fazendo assim com que cada um tenha um olhar em relação a obra de arte.
(Bossle, Victoria)
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Sem título
Sem título. Litografia, 81 x 61 cm, 1981, edição 6/10.
Opinião sobre a obra: Fayga é uma artista brasileira nascida na Polônia, que adorava afirmar que tinha paixão pela arte e que fazia suas obras em formato de litografia, um método que consiste na impressão da imagem obtida pela prensa litográfica, ela utilizava tinta aquarela de tons pasteis, juntas davam este aspecto de leveza e suavidade a obra. Por isso ela me chamou atenção, pois me da a sensação de calmaria e me deixa imaginando o momento e o local em que a obra se passa. O efeito que ela faz as ondas batendo nas pedras, a dupla coloração no céu e com a lua cheia mais rosada, nos remetendo ao um final de tarde encantador. A artista acreditava que cada um de nós tem sensibilidade e a capacidade de entender e gostar de arte.
(Bossle, Victoria)
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Colônia do Sacramento
Colônia do Sacramento. Acrílica sobre a tela, 115 x 175 cm, 2017.
“a beleza dessa obra esta na percepção de Angela em juntar os quadrantes e formar a imagem semelhante a uma casa, com os nuances em tons terrosos, me lembra as antigas casas que eram feitas de barro e me remete a simplicidade da vida” Angela Zafaffari (Porto Alegre, 1965).
(Alves, Larisse)
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História de virtude e sapiência
História de virtude e sapiência. Louça e borracha, 16 x 13 x 11 cm, 2017.
Opinião sobre a obra: A obra me remete a fabula de esopo sobre o Lobo e o Cordeiro. A delicadeza do artista em expor o cordeiro de uma maneira mais frágil sendo menor que o lobo lembra a parte em que o esse o devora sem piedade. No entanto, sabe-se que a louça e mais frágil que a borracha, ou seja, o lobo aqui é mais frágil que o cordeiro, que nem tudo que parece forte realmente é. A beleza dessa obra está exatamente em despertar a memória afetiva do observador.
(Alves, Larisse)
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New York
New York. Acrílica sobre tela, 150 x 210 cm, 2017.
Opinião sobre a obra: Na obra New York, Angela Zaffari se inspirou em uma viagem feita a Nova Iorque e quis refletir algo que não necessariamente trouxesse um rigor formal, mas que a explosão de cores e de diferentes tons, causasse uma grande instigação a quem está observando. Nesta obra, me identifico muito com a artista, pois no momento em que vi "New York", senti que entendi o que Angela quis transmitir, o fato dela ter transformado uma imagem pixalada em uma pintura, causou uma desconexão aos meus olhos, trazendo um sentimento de algo novo, na qual nunca tinha me deparado. Poderia ser apenas uma obra muito bem feita de uma paisagem fotografada, e muitos iriam considerar bonito, porém olhariam por poucos minutos e passariam para a próxima, eu inclusive faria isso, mas o diferencial da obra está exatamente aí, no fato de ela ser completamente desconstruída, e não apenas só mais uma pintura como tantas outras. Ou seja, no caso deste quadro, o belo está nisso, no diferente, nas cores, no fato de não passar despercebido de forma alguma.
(Friedrich, Eduarda)
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Market
Market. 33 x 23 x 17 cm, 2017.
Opinião sobre a obra: Sandro Ká tem como objetivo, usar a arte contemporânea, para aguçar o pensamento crítico dos espectadores, levando a eles uma sensação de duvida ao olhar para aquela obra desconstruída. Para isso, ele busca materiais diferenciados, como brinquedos para crianças, que não são muito comuns em obras de arte em geral, fazendo assim uma desconstrução do que é considerado realmente bonito e uma obra de arte. Ele traz à exposição “Tanto barulho por nada”, a junção do humor e ironia, porém com uma “pitada” de crítica implícita. Analiso nesta obra, a veracidade do que está exposto, tendo assim, certa conexão com o que o artista quis propor, que é uma crítica quanto ao fato das pessoas transformarem tudo em mercadoria, inclusive animais, colocando os em um carrinho de supermercado, para remeter a lembrança de estar fazendo compras, porém ao invés de produtos são seres vivos. É perceptível também, o quanto é distorcido o ideal de belo, pois talvez por eu ter um apreço a animais, na exposição tanto barulho por nada esta foi a obra que mais me chamou atenção, e isto acontece por me trazer diversas lembranças, logo, para mim é belo, porém para outros pode não ser.
(Friedrich, Eduarda)
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David
David. Gesso e Plástico, 40 x 21 x 17 cm, 2017.
Opinião sobre a obra: A obra de Sandro Ká, nomeada por David, chamou a atenção de quem escreve este texto por se tratar de uma releitura obra já conhecida do artista renascentista Michelangelo. A crítica de Sandro sobre a sociedade do consumo, em suas montagens da coleção: tanto barulho por nada, fica clara ao observarmos está obra, pois nela podemos ver uma “obra de arte” sendo ironizada com matérias que seriam facilmente encontrados em qualquer bazar, locais onde geralmente se vendem produtos em grande escala, por baixo custo e sem se pensar em qualidade. Do ponto de vista da escritora a obra é uma ironia a banalidade de certos artigos de consumo e também uma crítica a desvalorização de algumas obras menos conhecidas.
(Driesch, Camila)
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