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Oi, pessoal! Quero agradecer por todo o acolhimento que recebi aqui, mesmo que tenha sido uma estada mais curta. Gostei de cada segundinho, de verdade. Já fazia um tempão que eu não me sentia tão confortável jogando. Vocês são incríveis, e amei conhecer os personagens de cada um (queria muito ter conseguido jogar com todos, mas infelizmente não rolou).
Obrigada pela paciência comigo, mesmo nas minhas demoras para responder o chat kkkkk. Fiquei devendo alguns starters, mas espero esbarrar com vocês por aí... quem sabe eu não consiga pagar essas pendências em outro momento? kkkkk
Não tenho Discord ou Telegram, mas deixo aqui uma conta (ainda vazia, mas pretendo ajeitar depois) caso queiram manter contato: @wlinac
Um beijão para todos vocês! <3
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Call It Love (2023) Dir. by. Lee Kwang Young
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Boyoung não estava esperando por toda aquela justificativa, ainda mais uma tão aceitável daquela forma. Com um interesse genuíno no que era falado, a beta acompanhou a explicação com atenção, absorvendo as palavras da outra. Havia algo naquela sinceridade com que expôs a justificativa que a desarmou completamente. “Interessante...” murmurou, mais para si mesma do que para a outra. Dando uma última olhada na capa e na contracapa, ofereceu, finalmente, o livro à mulher. Não lhe custaria nada ceder e, para ser sincera, tampouco tinha intenção de manter-se tão resistente à entrega, mesmo antes da outra apresentar seus motivos para querê-lo tanto. Afinal, reconhecia a importância da história e, dada a ligação familiar e o objetivo apresentado, fazia sentido que fosse ela quem lesse a história primeiro. “É muito adorável que queira conversar com os mais velhos sobre isso. Nem todos se importam com a história daqui.” disse, em um tom que se aproximava do respeitoso. Bem sutil, mas sincero o suficiente. “Leve, então. Você venceu dessa vez. Não é todo dia que se encontra alguém com um motivo bom pra tirar um livro das minhas mãos sem qualquer resistência.”
━ Pois é! ━ Deixou os ombros caírem, derrotada. ━ Mas a bibliotecária não deixa ninguém reservar este livro, justamente porque todo mundo quer ler. Eu vim até aqui correndo, deixei tudo pela metade no trabalho, e você... Já pegou ele. Aish, sou muito azarada. ━ Suspirou, olhando as outras opções. ━ Como assim? ━ Olhou para a mulher como se ela tivesse duas cabeças.
━ É o novo livro da Han Kang! E se passa aqui na ilha de Jeju, por isso que todo mundo tá querendo ler. Ele fala sobre o massacre, que aconteceu em 1948. ━ Virou-se de frente para a mulher, suspirando. ━ Muitos dos meus parentes moravam aqui na época, os antigos ainda falam sobre como tudo foi difícil depois que a guerra estourou. É por isso que eu quero ler, pra entender e comentar com eles sobre o que é falado no livro. ━ Olhou para o único exemplar disponível ainda na mão dela. ━ Então... Se pudesse me entregar...
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Seria mentira se dissesse que as palavras de Jaehwi não mexeram com ela. Tudo o que ele dissera era a mais pura verdade, mas ouvi-lo despejá-las tão duramente doeu mais do que ela esperava. Não havia nada que pudesse dizer para retrucá-lo, tampouco desmenti-lo, afinal, fora ela quem lhe deu as costas depois da briga e seguiu com a vida em Seul. Era sua culpa, no fim das contas. Ao encará-lo por alguns segundos, Boyoung percebeu o quanto ele havia mudado. Quase não lembrava o ômega afetuoso que ela conhecera e com quem convivera nos seus anos mais jovens. Jamais teria imaginado que ele fosse capaz de responder daquela forma... mas fazia sentido, não fazia? Ela havia mudado, e ele também, ao que tudo indicava. Ela já não o conhecia mais, não como antigamente, e teria que aprender a superar aquele capítulo da sua vida. Eles não eram mais nada um para o outro, embora sua presença e seu cheiro ainda lhe parecessem tão familiares que chegavam a machucar. “Justo. Vamos nos ater ao script, então. Somos apenas um instrutor e uma cliente agora.”
Com uma calma calculada, que não refletia a mente agitada e orgulhosa, Boyoung deitou-se no local designado por Jaehwi. Estava inquieta e, por isso, manteve os olhos fixos no teto por incontáveis segundos; não queria descobrir o que encontraria nos olhos do ex-melhor amigo. Não era corajosa o suficiente. Sentia o coração pulsando alto nos próprios ouvidos e, mesmo tentando controlar a respiração e a tensão que endurecia o corpo, sabia que qualquer engasgo na voz entregaria seu estado emocional. “Quando quiser começar, instrutor.” A voz saiu em um fio, de forma covarde. Boyoung queria dizer tantas coisas. Quis perguntar se ele também chegou a sentir a falta dela, como ela sentiu a dele, mesmo que fosse só para ouvir uma resposta negativa. Mas não disse nada, uma vez que, naquela sala, as palavras tinham virado armas e, apesar da postura orgulhosa que insistia em manter, a beta não estava em condições de entrar em mais conflitos. Por isso, permaneceu em silêncio. Boyoung respirou fundo e seguiu fazendo o que aprendera de melhor: fingiu que já não importava.
O Jaehwi do passado estaria aos prantos em uma situação como aquela, assim como quando brigaram definitivamente antes de Boyoung ir embora para Seul. A diferença era que agora o ômega era mais velho, tinha passado por outras situações desagradáveis e aprendido a se preservar. Por mais que a visão da mulher lhe doesse , não podia deixar que isso lhe afetasse. Tinha um negócio para tocar, um nome para manter e não podia se dar ao luxo de correr o risco de ter Boyoung espalhando qualquer coisa sobre si. Conseguir manter uma postura profissional era o mínimo que precisava fazer.
No fundo, desejou que a mulher tivesse simplesmente saído do estúdio assim que deu as costas, mas vendo-a passar pela porta obrigou Jaehwi a respirar fundo. ━━ Certo, então vou pedir que você deite- ━ A nova colocação o fez travar no lugar. Ele passou um tempo em silêncio ponderando se deveria ou não responder, mas algo dentro de si fez apenas com que as palavras saltassem pelos lábios. ━━ Se não veio por minha causa, ao menos tenha respeito por mim como profissional. ━ Virou-se de frente para Boyoung, encarando-a diretamente. ━━ Você tem uma vasta experiência ignorando as pessoas, então pode ignorar o fato de que fomos amigos no passado e me tratar apenas como um instrutor de Pilates. Deite-se aqui, por favor. ━ Mostrou o local onde ela deveria se deitar, assim poderiam começar.
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starter call.
Caso queira uma interação fechada com a Boyoung, escolha uma frase daqui ou daqui + @ do seu personagem + reverse (opcional, caso queira que a frase seja dita pelo seu personagem) ou você pode escolher uma das ações daqui + @ do seu personagem. *Se nada combinar com seu personagem ou está a procura de algo mais específico com a Boyoung, me chama no chat para conversarmos, por favor.
#yudae:starters#⁽ ⠀ ⭒ ⠀ ⁾ ⠀ starters⠀ / ⠀ * ⠀jeon boyoung.#não coloquei limites pq tenho poucas interações com a Boyoung T-T#é culpa minha mesmo já q minhas respostas no chat não estão sendo tão rápidas como eu gostaria (me desculpemmmmm prfvr)#logo mais terei uma pausa (final de semestre) e poderei estar mais ativa aqui :)
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Bibliotecas não eram estranhas para jornalistas. Muitas possuíam acervos de jornais antigos e, recentemente, Boyoung descobrira que nem todos estavam digitalizados ou disponíveis no site da instituição. Isso a obrigava, vez ou outra, a colocar os pés na biblioteca pública da ilha, em busca de edições antigas dos jornais locais para sua pesquisa. Apesar das visitas ocasionais, em nenhuma delas ela realmente parara para explorar o acervo disponível. Estivera tão imersa nas leituras técnicas das demandas do trabalho que nem se lembrava da última vez em que lera algo por prazer e iniciativa própria. Incomodada com a terrível constatação, aproveitou a pequena porção de tempo que tinha disponível para explorar a biblioteca. A última coisa que esperava era ser interrompida por alguém enquanto lia a sinopse de um dos livros. A surpresa estampada em seu rosto não a deixava mentir o quão abrupta fora a aproximação alheia, o que despertou nela certa curiosidade, consequentemente.
A situação era, no mínimo, interessante. Seus olhos pousaram na figura da outra com uma expressão indecifrável. Por alguns segundos, cogitou apenas entregar a obra e seguir em busca de outro livro, mas não o fez. Sua voz não era ríspida, mas também não transparecia tão boa vontade. “Se queria tanto lê-lo, devia ter reservado.” Pontuou, sem importar tanto com o quão ríspida poderia soar a interpretações alheias. “Mas, fiquei curiosa... O que exatamente tem nesse livro que vale tamanho... desespero?” Claramente percebia-se em seu tom de voz uma ponta de diversão, como se estivesse se divertindo com a própria resistência em entregar o livro. A verdade é que estava apenas testando os limites da insistência da outra, já que a última coisa que precisava era entrar em algum tipo de conflito.
━ Nãããão! Por favor, não pega este livro! ━ Chunhwa estendeu as mãos desesperadas na direção da pessoa que segurava o único exemplar do livro que ela havia esperado meses e meses para ler. Seu desespero foi tão grande que até mesmo que se esqueceu que estava na biblioteca, acabando por levar uma bronca da bibliotecária por isso. Sorriu sem graça, colocando o cabelo atrás das orelhas antes de se aproximar mais um pouco daquela pessoa. ━ Olha... Hah... Faz uns três meses que estou tentando alugar este livro e não consigo, porque parece que todo mundo quer ler ele agora. Será que eu poderia levar dessa vez? Hm? Por favor? Você pode levar... Quarta Asa para ler no lugar, o que acha?
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Boyoung não seria a pessoa que cederia primeiro. Não mesmo. Sim, a beta reconhecia que a sua atitude era extremamente infantil, mas, se deixasse para trás a raiva e a indiferença fingida, só sobrariam a tristeza e o ressentimento, e com essas emoções ela não conseguiria lidar tão bem, especialmente no atual momento em que se encontrava aos frangalhos – mente e alma. “Tudo bem.”, pensou, engolindo seco. Duas pessoas indiferentes. Ela podia jogar esse jogo também. Embora tenha tentado se convencer que conseguiria lidar com aquilo, a verdade é que não estava preparada para ouvir seu próprio nome soar tão formal e distante vindo da mesma voz que, tantas vezes no passado, a chamara com tanto carinho. Aquilo a desarmou completamente, acertando-a como um soco certeiro no estômago, sem defesa. Não seria exagero dizer que ficara até mesmo desorientada. Ela queria dizer algo, mesmo que talvez uma ironia qualquer para aliviar o desconforto, mas não conseguiu, não a tempo de impedi-lo de virar as costas. Aquilo foi pior do que qualquer briga. Ela sabia exatamente o que significava: o que eles tinham muito provavelmente estava além de qualquer conserto. Por um segundo, pensou em ir embora, mas já era tarde, e a beta também era orgulhosa demais para deixar-se tão vulnerável aos olhos alheios. Ela precisava ver até onde ela conseguiria aguentar; até onde ele iria com esse teatro. Após deixar suas coisas dentro do local designado, fechou o armário com mais força do que o necessário e seguiu para a sala indicada por Jaehwi, os passos firmes demais para quem, por dentro, travava uma guerra consigo mesma. Boyoung teve vontade de rir, mas de nervoso. Todo o motivo que a levara até ali, para início de conversa, era para ajudá-la com seus dilemas, mas tivera o efeito contrário: em vez de ajudá-la, estava lhe causando mais problemas. Não fraquejaria, tentou convencer a si mesma. Ela parou a poucos passos dele e forçou o que deveria ser um sorriso, mas que evidentemente não soava natural, tampouco amigável. “Acho que estou pronta.” Disse, com a voz firme, sustentando o olhar na figura alheia até quando pôde. Houve um breve silêncio, incômodo e carregado. Não parecia suficiente. Como se o orgulho precisasse dar uma última palavra, ela completou. “E não se preocupe. Não estou aqui por sua causa.”
Jaehwi gostaria te ter escondido melhor sua reação ao ver Boyoung entrando no estúdio. Apenas a imagem dela era suficiente para levá-lo de volta a uma época em que ambos não se cansavam de criar e compartilhar memórias, com uma amizade que se fortaleceu com o tempo, apesar da diferença de personalidades. Mas também o levava àquela briga cheia de acusações e ressentimentos de ambas as partes, e que culminou no afastamento e suposto fim da boa amizade que nutriam.
O que ela estava fazendo ali? O que estava acontecendo? Ela havia aparecido para conferir se ele estava na pior? Iria brigar com ele de novo? Se seu cheiro fosse indicativo de algo, mostraria o quão confuso, chateado, frustrado e irritado estava. O golpe veio mesmo com a forma indiferente com que lhe tratou e, bom... Jaehwi passou mais tempo olhando para ela do que realmente respondendo. E precisava mesmo? Ela estava ali para uma aula experimental, ele podia ser um bom profissional, conseguir manter as aparências e ser indiferente também, então era isso o que faria. Sempre dando o melhor sorriso, sempre sendo educado e escondendo o que sentia pelo bem do próprio negócio e de si mesmo.
━━ Boa tarde. ━ Finalmente deu a volta pela bancada para se aproximar dela. ━━ Sim, sou eu. ━ Deu mais um sorriso, sem muita vontade. ━━ Pode deixar seus pertences neste armário. Quando estiver pronta, é só me encontrar lá dentro, Boyoung-ssi. ━ Com isso, deu as costas para ela e saiu da área da recepção, empurrando a porta de vidro que dava para a área de Pilates.
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𝐭𝐚𝐬𝐤 𝟎𝟎𝟏 : essência.
A essência de Boyoung é sutil, não há maneira melhor de descrevê-la. É suave, que se espalha devagar, sem anunciar presença e sem grande alarde. Não é uma essência intensa, mas é confortável ao olfato, mesmo para aquelas pessoas mais sensíveis. A essência de chá branco da beta conversa muito com quem ela é, ou melhor, com o que ela tenta ser.
Boyoung sempre temeu chamar atenção da forma errada. Na infância, aprendeu a se conter. Na adolescência, tentou o oposto — queria ser notada pelos pais, pelo mundo, por alguém. No presente, é meio que uma mistura dessas duas facetas distintas: se porta com controle, fala com certa firmeza, mantém a compostura, sorri mesmo quando está prestes a chorar, mas, em contrapartida, ainda guarda muito de si, se esconde muito dos outros, ainda que inconscientemente. A essência reflete isso. Quando está sob pressão ou em dias difíceis de suportar, o aroma muda, a flor de laranjeira amarga, o chá praticamente desaparece, a essência se retrai, como se ela quisesse desaparecer no próprio silêncio, e isso é um alerta muito claro de que há algo fora do lugar. Nesses momentos, a nota de flor se intensifica e, por algum motivo, cheira a algo que está prestes a murchar, a morrer. Ela detesta isso; detesta deixar-se tão em evidência aos olhares alheios, como se fosse uma autodenuncia.
Em dias bons, a essência combina com ela: serena. Em dias ruins, parece que fala por ela, contando tudo o que ela não diz com palavras. Boyoung sempre achou difícil aceitar isso, ainda mais para alguém que passou tanto tempo tentando parecer forte e confiante. Mesmo com as pessoas mais próximas, admitir a própria vulnerabilidade lhe parece, muitas vezes, uma confissão de fraqueza, e ela já teve que abrir mão de tanta coisa, não está preparada para viver mais uma decepção. Ainda assim, mesmo em seus dias mais turbulentos, a essência se recusa a desaparecer por completo. Ela resiste, mesmo que minimamente, como se gritasse ao mundo que, apesar de tudo, ainda há nela traços de resiliência, de calmaria, de orgulho, de alguém que insiste em continuar. Boyoung não admite se mostrar fraca. Pode até dizer que não se importa, mas se importa sim, muito, na verdade. Ela odeia isso. Ela tenta se controlar ao máximo para não se mostrar demais, mas nem sempre consegue. E quando não consegue, é a essência que fala por ela.
Talvez o mais curioso seja isso: seu silêncio grita, e essa é a única forma que encontrou para fazê-lo.
#yudae:essência#⁽ ⠀ ⭒ ⠀ ⁾ ⠀ tasks⠀ / ⠀ * ⠀jeon boyoung.#volto já já para responder ao chat e as demais pendênciassssss bjsss
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LEE SUNG KYUNG as OH SO NYEO It’s Okay, That’s Love (2014) – Episode 5
#⁽ ⠀ ⭒ ⠀ ⁾ ⠀ ⠀ face⠀ / ⠀ * ⠀jeon boyoung.#eu amo tanto esse drama ; segue sendo um dos meus favoritos#a boyoung de catorze anos tem mais ou menos esse estilo ; uma mini rebeldizinha jogadora de vôlei <3
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Dentro daquele abraço, Boyoung se permitiu esquecer momentaneamente das questões que a afligiam. Naquele abraço, sentiu-se genuinamente feliz depois de ‘sei lá’ quanto tempo; se dar conta daquilo foi mais angustiante do que anteriormente poderia ter previsto. A repórter tinha se esquecido como era reconfortante ter a sua irmã ali consigo. Sem nem perceber, retribuiu o abraço com força, como se transmitisse naquele ato tudo o que não conseguia externar em palavras. Quando se afastaram, foi muito difícil sustentar o olhar, mas os treinamentos como repórter se fizeram úteis mais uma vez e a possibilitaram manter a postura e, até mesmo, esboçar um sorriso. Se havia alguém no mundo que a conhecia profundamente, essa pessoa era a irmã, não seria exagero dizer que a mais velha a conhecia até mesmo se ela estivesse ao avesso, e por conta disso, precisava manter-se firme, livre de quaisquer traços que pudessem a denunciar. “Surpresa!” Foi tudo o que pode dizer de primeira, até que pudesse organizar o que diria. As palavras que se seguiram saíram como jorros d’água, em conformidade com as perguntas da irmã que vieram na mesma velocidade. “Está surpresa? Não, não estou de férias. Na verdade, eu me mudei pra cá. Estou de volta, unnie!” Exclamou com certa animação, o suficiente para passar batido. Sua mudança para Jeju pode não ter sido nas melhores condições, mas não era de todo ruim, sentia saudades da família e da cidade natal. Continuou, sem se abalar. “Não quis dizer nada antes porque queria fazer surpresa. Eu até te chamaria para subir, mas o apartamento está uma loucura, com caixas de mudança até o teto. Você tem tempo para tomarmos alguma coisa? Deve ter uma cafeteria aqui perto.” Com a intenção de distraí-la, entrelaçou seu braço no dela, querendo tirá-la daqui daquele prédio, e talvez, só talvez, conseguisse fazer o foco da conversa mudar de direção. Não foi levianamente que ignorou alguns dos questionamentos da irmã. “Eu senti muito a sua falta. Você está bem?”
O coração parecia incapaz de se aquietar desde que recebeu a notícia de que Boyoung estava na ilha novamente. O peito cheio de sentimentos confusos, porque além da felicidade de ter sua irmã por perto novamente, não podia evitar a preocupação diante do quão repentino aquilo tudo era. Inclusive, tinha checado seu celular algumas vezes para se certificar que não perdido alguma notificação dela, qualquer tipo de aviso que deveria ter ido buscá-la no aeroporto ou algo do tipo. Mas não, parecia que a intenção de fato era fazer surpresa. E, de fato, funcionara tão bem com Boram que seu instinto foi ir atrás dela assim que pisou em casa, não se preocupando em ligar para os pais ou ao menos para o irmão caçula para perguntar se alguém estava sabendo de alguma coisa.
Mal podia se manter quieta enquanto esperava que Boyoung descesse, trocando o peso do corpo de uma perna para a outra enquanto se perguntava se deveria entrar no apartamento e puxá-la para fora pelos cabelos. Felizmente, antes que pudesse dar vazão a qualquer impulso, ouviu a voz tão familiar. ━━ Boyoung! ━━ Exclamou, absolutamente surpresa ao constatar que realmente era sua irmã ali. Colocando um fim na distância entre as duas, puxou-a para um abraço sem pensar muito, afagando suas costas brevemente. ━━ O que está fazendo aqui?! ━━ Perguntou, ainda naquele tom que beirava a incredulidade, afastando-se o bastante para que pudesse olhar para o rosto dela. ━━ Está tudo bem? Aconteceu alguma coisa? Está de férias? Por que não disse nada, sua cabeça de vento?! ━━ Sequer percebeu que estava metralhando perguntas, mas era tudo preocupação que precisava tirar do caminho.
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𝐭𝐚𝐬𝐤 𝟎𝟎𝟐 : apresentação secundária.
Boyoung não costumava ser alguém que se preocupava frequentemente com o futuro. Conforme ia crescendo, algumas questões lhe passavam, sim, pela cabeça vez ou outra, mas não era algo que lhe consumia ao ponto de ficar obcecada com elas. Suas preocupações máximas estavam quase todas no presente ou em futuros próximos, bem próximos. “A estratégia montada pelo seu treinador daria certo para o próximo jogo?”, “Quando estudaria para a prova de física? A professora certamente lhe reprovaria, se surgisse a oportunidade”, “Seus pais a veriam jogar na sexta-feira? Eles tinham dito que tentariam., mas...”, “Deveria tentar se maquiar pela primeira vez para ir no cinema com os amigos? Pareceria ridícula, se tentasse? Deveria pedir ajuda para a sua unnie?”, “Deveria chamar (...) para sair?”... Eram muitas as questões que lhe invadiam diariamente, mas nada tão preocupante que a deixasse ansiosa, não realmente.
Jeon não era idiota. Sabia que, eventualmente, descobriria quem era — ou, melhor dizendo, o que era —, mas graças a sua família, não se sentia pressionada ou ansiosa por isso. Apesar de toda a rebeldia, nunca sentiu que sua família não a apoiava. Não teria como ser um bicho de sete cabeças, não é? Se tivesse sorte, seria uma ômega como a irmã mais velha ou talvez uma alfa, como suspeitava – embora não comentasse com ninguém –, pela inclinação ao esporte e a competitividade latente. Poderia ser beta também, era uma das possibilidades... Bem, era a opção mais difícil de visualizar, mas não lhe parecia ruim.
No fundo, Boyoung ainda não sabia o que esperar. Nos poucos momentos que parava para pensar no assunto, não conseguia se encaixar em nenhuma das opções. Não se falava muito sobre os betas no geral, talvez porque não houvesse muito o que dizer. Eles não lideravam como os alfas, nem despertavam aquela empatia e necessidade de proteção que parecia envolver a aura dos ômegas. Betas eram... normais... invisíveis? Se fosse ômega como a irmã, poderia partilhar algo com ela. Se fosse alfa, teria, pelo menos, uma direção, algo que já esperava e que pudesse sustentar. Mas e se fosse beta? O que isso significaria para si? Não parecia ruim, só... indefinido-desconhecido. Ainda assim, tentava se convencer de que tudo bem. Mas, entre uma dúvida e outra, ela continuava ali, esperando que seu corpo lhe desse alguma resposta. A resposta não tardou a vir.
Parecia uma terça-feira normal. Na verdade, era uma terça-feira normal. Boyoung já tinha completado seus catorze anos. Depois de longas e mais longas horas de aulas, finalmente poderia aliviar o estresse e o cansaço mental no treino de vôlei. Por algum motivo, estava mais ansiosa que o normal, mas nada que a preocupasse realmente. Já fazia alguns dias que as coisas não pareciam se encaixar direito. Estava incomodada com a última briga que tivera com a irmã mais velha. Jeon havia dito coisas de que se arrependia e não conseguira se desculpar como gostaria. Naquela discussão, Boyoung ultrapassara um nível de descontrole que não lhe era natural. O estresse era visível — e as últimas noites de sono também não tinham sido fáceis. Se não fosse pelos intervalos entre as aulas, sabe-se lá como teria conseguido permanecer acordada.
Estava tudo… estranho. Ainda assim, o vôlei era seu ponto de equilíbrio, sua calmaria e retomada de controle quando as coisas lhe fugiam. Quando pisou na quadra, sentiu seu corpo reagir de forma automática. Sem muito esforço, ela poderia sentir os músculos se alongando, a mente entrando no ritmo, respiração se adaptando. Tudo o que podia ouvir eram as batidas da bola que ecoavam pelo ginásio e a voz das companheiras de equipe que se mesclavam aos apitos do treinador e de suas orientações. Boyoung se esforçava como sempre, mas, por algum motivo, ela estava meio que fora de compasso naquele dia. Os erros estavam acontecendo frequentemente. Estava perdendo recorrentemente o tempo da bola, errava a recepção e perdia as oportunidades de distribuir corretamente a bola para as atacantes. Quando os erros se tornaram óbvios demais, o treinador a substituiu e, pela primeira vez em muito tempo, viu-se no banco de reservas assistindo ao jogo-treino. “O que está acontecendo, Boyoung? Acorda! Está fazendo tudo errado... Quer ficar de fora do próximo jogo?”. Foi o que ouviu do treinador, com certa ênfase. Não tinha sido fácil ouvir tais palavras. Ela, sempre técnica, sempre correta e constante, viu-se em uma posição que não lhe eram habitual. A frustração e a decepção própria foi difícil de engolir.
O suor escorria pela pele, mas era como se o corpo estivesse frio por dentro. A quadra parecia mais distante. Os gritos, os comandos e os aplausos eram todos abafados. As mãos trêmulas não a deixariam mentir sobre o estado mental. Repetia para si que era só um dia ruim e que podia acontecer com qualquer um. Só isso: um dia ruim e uma noite mal dormida. Mas, lá no fundo, Boyoung sabia que era mais do que isso. Não era só o desempenho, era a forma como se sentia, na verdade; completamente fora de lugar. Não ajudava quando sentia o olhar do treinador cruzar com o seu, com um misto de frustração e dúvida, olhar este que não estava acostumada a receber.
Quando pensou que nada poderia piorar, seu olhar caiu sobre a Minjae. Alfa, eram o que diziam nos corredores. Sinceramente? Não precisava confirmar nada. O jeito como as pessoas reagiam à presença dela já dizia tudo que precisavam saber. Ela executava seus movimentos com perfeição, com graça e certo magnetismo. Os bloqueios limpos, os passes bem distribuídos, os ataques certeiros. Todos os olhares estavam em torno dela, inclusive os de Boyoung. Sem falsa humildade, a Jeon reconhecia que era uma boa atleta. Era técnica e esforçada, mas, mesmo em seu melhor dia, não existia comparação entre ela e Minjae. Eram ambas excelentes atletas, mas isso não era sobre esforço. Era sobre presença, e Minjae a tinha, enquanto Boyoung não. Constatar esse fato a fragilizou de uma forma que não estava preparada para encarar.
O resto do treino seguiu sem que ela voltasse para a quadra. Sentada no banco de reservas, Boyoung pensou em tudo o que andava sentindo nas últimas semanas. Quando o treino terminou, ela permaneceu alguns segundos parada. Naquele momento, alguma coisa dentro dela meio que já sabia a resposta para a grande pergunta que, até então, nem sequer a incomodava. Por mais que não houvesse nada de errado nisso… Ainda assim, doeu. Naquela terça-feira — que parecia normal, mas não era —, Boyoung entendeu, pela primeira vez, que as coisas estavam realmente prestes a mudar, e na manhã de quarta-feira, tudo se confirmou.
Após uma madrugada complicada marcada por febre, dores no corpo e insônia, ela engoliu o orgulho e bateu à porta da irmã mais velha para pedir ajuda para contar aos pais. Algumas horas depois, Boyoung estava sentada no banco da clínica com o resultado em mãos. Era uma beta. Sabia que seus pais falavam algo, reconfortando-a e assegurando-a de que estava tudo bem, mas a mente estava longe demais para entendê-los completamente. A verdade era que, durante tanto tempo, Boyoung achou que não se importava com o que seria. Mas agora que sabia... por que parecia que estava perdendo algo? A Jeon não era estúpida, sabia que nada tinha realmente mudado, mas uma pequena parte de si... queria ter sido outra coisa. Só para ver como seria, só para saber como seria ser como Minjae, com aquela presença que preenchia o ambiente, aquela força natural que não precisava se esforçar para ser notada. Pela primeira vez, se perguntou se todo mundo se sentia assim: com essa sensação estranha de perda. Talvez não fosse assim para todo mundo. Mas talvez fosse para ela. Não era algo para o qual estivesse preparada, mas algo com que precisaria aprender a conviver. Ela ainda não sabia exatamente como faria isso, mas de uma coisa tinha certeza: não desistiria tão fácil.
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starter fechado para @boramssi
O som da notificação que recebeu no celular soou mais alto que o normal. Estava ficando louca? Talvez, quem sabe? Na verdade, muito provavelmente, era somente a culpa que sentia que a deixava tão sensível. De qualquer forma, algo dentro dela já sabia que se tratava da irmã mandando-lhe uma mensagem. Era sempre assim, como se o vínculo entre elas, apesar da distância, ainda vibrasse sob a sua pele. Boyoung relutou bastante antes de olhar para a tela e finalmente ler a mensagem. Afastou rapidamente os pensamentos de fuja, já que não adiantaria nada fugir; Boyoung teria que encontrá-la mais cedo ou mais tarde. Como imaginava, era uma mensagem simples, direta e impossível de ignorar. Suspirando, ela encarou o aparelho como se ele estivesse prestes a explodir. Embora estivesse com saudades da irmã, estava receosa sobre o que conversariam. Não tinha reunido a coragem de explicar o que tinha acontecido ainda, e não saberia justificar sua volta à Jeju com a convicção que se espera quando alguém está dizendo a verdade. Quando deixou o endereço do prédio que estava se mudando em Hyangdo com o cunhado, não esperava que a irmã fosse aparecer tão cedo. Não deveria estar surpresa. Não havendo o que fazer para evitar aquele reencontro, deixou o apartamento e desceu até o térreo para encontrar a irmã. Discretamente, atrás de uma pilastra, após a descida do elevador, tentou conferir como estava o semblante da irmã, mas para a sua infelicidade, ela estava de costas. Aprumando a postura e as próprias expressões, Boyoung foi se aproximando com passos calculados, quase felinos. Quando estava próxima o suficiente, a chamou com a voz mais contida. “Unnie!”
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starter fechado para @kkotchida
Era por esse motivo em específico que evitava comparecer aos reencontros de alunos. Alguns rostos que poderia vir a encontrar em reuniões daquele tipo não eram dos mais agradáveis, para dizer o mínimo. Boyoung nunca foi alguém de muitos amigos e isso, necessariamente, nunca fora algo ruim ou que a incomodasse. O problema era que os poucos amigos que tinha lhe eram tão queridos que, quando as coisas não terminavam bem, isso a fragilizava de uma forma que ela seria incapaz de pôr em palavras. Era exatamente o caso de Kang Jaehwi. Apesar das diferenças notórias de personalidade, ela se afeiçoou muito ao melhor amigo nos tempos de ensino médio. A briga que tiveram, pouco antes de ela sair de Jeju para morar em Seul e cursar a universidade, foi tão devastadora que reverberou nela por muito tempo. Foi um golpe muito duro ter que deixar a amizade para trás. Apesar do tempo que passou desde a briga, não seria exagero dizer que não estava preparada para este reencontro. Boyoung precisava que as coisas dessem certo dessa vez, e era fundamental que tentasse de tudo, inclusive as dicas idiotas que o psiquiatra lhe recomendara. Era exatamente esse o motivo de ter se inscrito na aula teste de pilates. Ela só não se atentara que o instrutor das aulas era o ex-melhor amigo. Boyoung não saberia bem avaliar o tipo de semblante que carregava no rosto, mas tratou logo de converte-lo em algo próximo ao neutro, e tentou com afinco convencer a si mesma que não era nada demais. Era uma adulta, poderia lidar com aquilo. “Boa tarde!” Foi o mais próximo de educação que conseguiu externar. A educação terminou ali, sem sequer se dar conta do estrago. “Você é mesmo o instrutor dessa aula?” O tom saiu mais duro do que pretendia. A incredulidade, misturada a pitadas de raiva, escorregou por entre as palavras antes que ela pudesse conter.
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starter fechado para @timedicar
A reação que tivera à figura ali prostrada à sua frente teria sido outra há alguns anos. Raiva, tristeza e decepção, isso ela tinha de sobra, desde que a outra desaparecera da sua vida sem deixar quaisquer vestígios. Mas, tudo o que fora capaz de sentir naquele momento fora incredulidade. Desde que voltara à Jeju, a vida a tinha jogado umas merdas que estava difícil de engolir e trespassar. Como uma ida até a farmácia lhe seria motivo para a vinda de mais problemas? Era um mistério, sinceramente. Com a receita em mãos com os remédios receitados por seu psiquiatra, Boyoung foi até o balcão de atendimento com o semblante meio vazio – o que contrastava com o turbilhão que era sua mente naquele momento. Restou para Boyoung apenas cortar o silêncio a acabar de vez com aquele constrangimento. “Boa noite!” o tom que usara para se dirigir a Chaeyeon era neutro demais para ser natural. Com calma, deslizou a receita e a identidade para a farmacêutica. Fingir que não a conhecia claramente não resolveria o problema, mas era, sem dúvida, a solução mais fácil de lidar naquele momento.
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starter fechado para @siprecisar
Era notório o arrependimento em seu rosto. Era uma decisão tão simples... Por que não conseguia escolher a ideia mais fácil e mais cômoda? Boyoung deveria ter ido direto para o apartamento e deixado as malas, e depois, com calma, ter ido até a irmã para contar-lhe as novidades. Mas, não, as coisas não eram tão simples em sua cabeça — não era surpresa estar com a mente toda ferrada, para dizer o mínimo. Com todas as letras, dera o endereço da irmã ao motorista de aplicativo particular, e agora estava ali, em frente à casa, com um mundo de malas consigo. Com uma habilidade e paciência que deixaria todos abobados — uma mentira deslavada, é claro —, colocou todas as quatro malas em frente ao portão de entrada da irmã e tocou a campainha. O plano estava todo pronto em sua cabeça: quando ela a atendesse ali, iria abraçá-la e perguntar como estava. E quando ela devolvesse a pergunta, com toda a calma que sua psiquiatra a instruíra, lhe diria que estava voltando para Jeju por questões de saúde... mental, e que tinha pedido transferência do trabalho para a filial da emissora na ilha. Parecia simples, não é? Não era, uma vez que já que tinha ensaiado milhares de vezes o discurso o caminho todo até Jeju. Quando a porta foi aberta por Shin Dohyeok, seu hyeongbu, acovardou-se, claramente. Tinha feito um trato consigo mesma antes de chegar ali: se a irmã abrisse a porta e a recebesse, lhe contaria tudo, nos mínimos detalhes. Caso contrário, deixaria a própria sorte e contaria depois... em breve, em algum tempo indeterminado. Deixara a cargo do universo escolher. A vida tinha mesmo suas surpresas, e ali estava sua resposta. Curvando-se em cumprimento ao cunhado e com a expressão mais lavada do mundo, ela agiu como se estar ali fosse a coisa mais natural e comum que pudesse acontecer em uma quarta-feira qualquer. "Dohyeok-sshi, oi! Tudo bem? Minha irmã está?"
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LEE SUNG-KYUNG? até que parece, mas não é. aquela é JEON BOYOUNG, classificada como BETA. ela tem TRINTA ANOS e é natural de JEJU, COREIA DO SUL, mas atualmente está residindo aqui perto em HYANGDO. atualmente, trabalha como REPÓRTER. dizem que é muito DISCIPLINADA e RESILIENTE. e também pode ser AUTOCRÍTICA e TEMPERAMENTAL, acredita? mas quando passa, deixa para trás aquela ESSÊNCIA DE CHÁ BRANCO COM NOTA DE FLOR DE LARANJEIRA que é difícil ignorar.
ESSÊNCIA
APRESENTAÇÃO SECUNDÁRIA
RESUMO
Jeon Boyoung voltou à Jeju depois de alguns anos morando em Seul. É formada em jornalismo e atuava como repórter esportiva numa das maiores emissoras do país. O ritmo frenético da redação e as cobranças constantes começaram a afetá-la. Quando o burnout a atingiu, pediu afastamento médico e voltou à Jeju. Querendo um novo começo, pediu transferência para a filial da emissora na ilha. Boyoung continua cobrindo os esportes, mas por estar ser uma filial menor, realiza outras matérias também. Recém-chegada, ela ainda tenta se readaptar à cidade natal e entender seu lugar nessa nova fase. Apesar da proximidade da família, não contou a ninguém o real motivo de sua volta; sua intenção primeira é nunca preocupá-los. Boyoung está comprometida na busca de uma vida mais equilibrada e também convicta que conseguirá conciliar a paixão pelo jornalismo com o desejo de levar uma vida mais leve, mesmo que, no fundo, ainda carregue o medo de estar apenas adiando mais uma decepção.
Irmã mais nova de Jeon Boram
BIOGRAFIA
A personalidade rebelde na adolescência não passou despercebida. Não era difícil perceber que, durante aquele período, o maior desejo de Boyoung era chamar a atenção dos pais. Filha de pais humildes e muito ocupados por conta do trabalho, ela cresceu sob os cuidados da irmã mais velha, e foi nesse contexto que desenvolveu uma personalidade mais arisca, frequentemente confundida com insolência, mas que nada mais era do que uma tentativa desesperada de ser notada, amada e apreciada por aqueles que diziam a amar. Boyoung nunca conseguiu ser alguém realmente compreensiva como a irmã, o que a fazia entrar em conflito constante com a mais velha. Os embates entre elas eram quase inevitáveis, mas nada que realmente abalasse o vínculo que compartilhavam. As brigas vinham e iam, mas no fundo, por trás das palavras ríspidas e das diferenças de personalidade, havia a certeza de que sempre estariam lá uma pela outra.
Boyoung demorou um pouco demais para amadurecer. Ainda na adolescência, invadida por emoções e sentimentos que não sabia realmente lidar, encontrou no vôlei uma forma de extravasar e organizar o caos interno. Em quadra, se sentia apreciada, admirada e vista. Foi um golpe muito duro ter que desistir do vôlei e da carreira de levantadora tão cedo na vida. As tentativas de retorno às quadras não aconteceram. Parecia um problema tão simples, mas a lesão crônica no punho esquerdo a fazia jogar com uma dor constante. Com o tempo, isso a drenava não só fisicamente, mas mentalmente também, virando uma fonte inevitável de sofrimento. Chegou a um ponto em que temia cada bola que vinha em sua direção; não pela pressão, mas pela dor. Eventualmente, apenas desistiu. A carreira profissional sequer chegou a começar, apesar de, por muito tempo, ela ter sido considerada uma boa aposta para o futuro do vôlei. A desistência deixou muitos dissabores e muitas mágoas, mas também lhe abriu novas possibilidades.
Apesar da desistência, a paixão pelo esporte não a abandonou, não completamente. Ainda no colegial, entrou para o clube extracurricular de rádio e jornal. A atividade no clube acabou se tornando um refúgio inesperado após constatada a lesão no punho. Fora das quadras, ela passou a assumir o microfone — posicionando-se na bancada como comentarista das partidas escolares e juvenis e atuando também como repórter de campo. O que começou como uma atividade corriqueira, logo se transformou em um novo modo de estar dentro do jogo, mesmo à margem dele. Ali descobriu uma nova vocação, e quando percebeu que o retorno à quadra realmente não aconteceria, ela fez uma escolha difícil: abandonou o sonho de ser uma atleta profissional do vôlei para se tornar repórter esportiva. Convicta do novo caminho, ingressou no curso de jornalismo em uma universidade em Seul. Mudar de Jeju não fora um problema, ainda que a vida agitada e cara em Seul tenha cobrado um preço altíssimo: muito trabalho, noites acordadas estudando, uma solidão silenciosa e, por fim, um esgotamento que ela custou a reconhecer como sinal de que algo precisava mudar. Após um estágio intenso e longas horas trabalhadas, veio a tão esperada efetivação como repórter esportiva na sede da emissora em Seul, pouco depois de sua formatura. Tudo parecia correr bem. Ela estava, enfim, construindo uma carreira sólida, mas a vida mudou seus planos.
A rotina na capital, no entanto, cobrou seu preço. Com o tempo, o ritmo frenético da redação e as cobranças constantes começaram a afetá-la mais do que gostaria de admitir. Sinais muito claros começaram a manifestar na forma de ansiedade, insônia e exaustão. Quando burnout se tornou inegável, Boyoung tomou uma decisão difícil: pediu afastamento médico e voltou a Jeju, a cidade natal da família, em busca de ar. O plano inicial era passar algumas semanas se recuperando, mas se encaixou muito bem na ilha. A paz e o ritmo desacelerado criaram um espaço seguro. Recentemente, ela pediu transferência para a filial da emissora na ilha, trocando as pautas nacionais pelas reportagens locais. Embora reconheça sentir falta da adrenalina de Seul, tem redescoberto uma forma mais saudável de estar no mundo. Apesar do certo incômodo em relação à estagnação da carreira, o ambiente mais calmo da ilha tem lhe permitido resgatar uma paz que a muito não sentia. A beta ainda se sente em suspensão, mas tem aprendido, aos poucos, a aceitar o tempo das coisas.
Boyoung é introspectiva, mas articulada quando fala sobre o que ama, especialmente quando conversa sobre o esporte. Tem uma memória quase fotográfica para lances marcantes de partidas antigas – reviu e os revê com certa regularidade também –, além de ser apaixonada por chá, filmes esportivos dos anos 90 e músicas, no geral. Apesar de parecer centrada, suas coisas vivem desorganizadas, e ela sempre esquece onde deixou as chaves ou o crachá da emissora. Gosta do silêncio da madrugada, mas sente falta do ruído das quadras e dos barulhos urbanos de Seul, ainda que aprecie a rotina mais calma em Jeju.
O medo de ser vista como alguém que desistiu ainda a persegue. A beta nunca falou disso com ninguém, mas tem pânico de decepcionar mais uma vez, de falhar consigo mesma em mais uma tentativa de futuro. Ainda hoje tenta provar que não cometeu a decisão errada e que falta pouco-pouquíssimo para ser realmente feliz e realizada. Apesar da raiva e dos muitos sapos que precisou engolir na redação em Seul, isso a tornou ainda mais meticulosa e determinada, embora, muitas das vezes, a beta se questione se seu amor pelo esporte ainda é verdadeiro ou se virou uma batalha de resistência. Sua meta por agora é viver um dia de cada vez.
CURIOSIDADES
Beta, bissexual e solteira.
É um pouco workaholic, mas se a perguntarem sobre isso ela diz que "não trabalha, vive o esporte".
Fora do ar, é meio desorganizada, às vezes ansiosa, e vive esquecendo onde deixou o crachá.
É viciada em podcasts sobre esporte e séries de investigação policial.
Tem medo de se apegar demais a pessoas novas, por conta de experiências antigas com abandono ou afastamento abrupto.
Suas experiências românticas não são propriamente experiências, já que não as teve em quantidades o suficiente. Ela sempre foi muito centrada no esporte, mesmo antes de desistir das quadras. É meio difícil acessar esta parte da sua vida. Por ser beta, nunca se sentiu muito pressionada, como os alfas e os ômegas — nem por instintos, nem pelas expectativas alheias. Foi só na faculdade que cogitou de verdade se abrir a alguém. Mas mesmo assim, foi um processo lento. Talvez por isso tenha perdido algumas oportunidades antes mesmo de entender que estavam ali. Não sonha com paixões avassaladoras, mas deseja encontrar alguém interessado e paciente o suficiente para conhecê-la melhor.
Tem uma coleção de camisas de vôlei antigas dos mais variados clubes e seleções e de alguns outros esportes, como o futebol: algumas são da época em que jogava, outras são presentes de amigos e colegas e a maioria é ela mesmo que compra. Tem um ciúme bastante expressivo delas.
É autodidata. Além do coreano, fala inglês fluente e aprendeu mandarim sozinha. Atualmente está estudando francês. Tem horror em mostrar-se despreparada, principalmente no trabalho.
Fica extremamente competitiva em jogos com amigos. Leva a derrota com bom humor, mas sempre pede por revanche.
Boyoung é uma péssima motorista, embora esteja tentando melhorar na direção. Gasta mais do que devia em aplicativos de transporte.
CONEXÕES
Uma pessoa com quem Boyoung teve um flerte ou alguma conexão emocional que nunca avançou por causa de sua própria hesitação e covardia. Agora, de volta, reencontraram-se. Boyoung não sabe bem como lidar com esse alguém, e se sente muito incomodada pela forma com que as coisas aconteceram.
Alguém que Boyoung conhecia e era próximo quando criança/adolescente. Agora as coisas estão diferentes e eles próprios não são mais os mesmos, uma vez que ficaram bastante tempo sem contato. Pode haver alguma tensão ou até química entre eles – ou, pelo menos, tentativas de reaproximação.
Um amigo com gostos em comum. Criaram uma amizade sólida, com conversas que atravessaram anos. A amizade se fortaleceu, e se encontram regularmente.
As famílias eram amigas. Eles se viam de tempos em tempos. Eram as “crianças que ficavam juntas porque os adultos mandavam”, mas hoje (talvez) essa convivência forçada tenha (ou não) se tornado uma cumplicidade real.
Alguém que tinha uma ligação forte com Boyoung na infância e adolescência, mas sentiu-se abandonado quando ela “seguiu em frente” em Seul. O reencontro é tenso, cheia de coisas não ditas, mas há afeto e mágoa ali também.
Boyoung pode não ter a mesma rotina que antes quando atleta, mas continua se exercitando com certa frequência. A aproximação entre a repórter e esse alguém aconteceu espontaneamente através de treinos silenciosos e olhares cruzados. Aos poucos, as conversas surgiram. Eles se dão muito bem.
(em breve, acrescentarei mais algumas)
OCC
Lina, 25+, ela/dela, sem triggers.
Nesse semestre (até o início de agosto, mais ou menos), minha maior frequência de atividade serão nas terças, sextas e domingo. Depois de agosto, me reorganizarei conforme os dias das minhas aulas (estou no finalzinho do curso), estágio e o IC.
Posso demorar um pouco para responder (sou bem chata com minha escrita e ando bem enferrujada, preciso admitir), mas pode ter certeza que sempre o/a manterei informado/a caso eu demore um pouco mais que o previsto.
Jogo de tudo (pode vir no chat com tudo!!!!!) e estou sempre aberta a novos plots e novas ideias.
Bons jogos para a gente!
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Lidia Yuknavitch, from Reading the Waves: A Memoir published in 2025
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