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Você ainda se lembra da sua infância quando sua mãe ou pai te mandavam entrar em casa enquanto brincava na rua, quando eles te separavam de algum amiguinho que você gostava muito porque havia chegado a hora de ir embora ou ainda quando recebia um não pra alguma coisa que você queria muito fazer ou ganhar? Qual era sua reação? Você sente que é diferente hoje quando essas mesmas posições vem da parte de Deus?

Eu ainda me sinto a mesma menina de 6 anos quando o Senhor me pede certas coisas e me diz não pra outras, ainda me sinto uma criança que, por ainda não ter inteligência emocional, chora berrando e bate o pé diante daquilo que não se conforma. A diferença é que agora as expressões são mais retraídas, justamente pelo maior entendimento e controle emocional, mas eu ainda choro, corro e me escondo dentro de mim mesma quando sou confrontada por Deus. O Senhor nos chama pra ser como crianças em sua palavra, mas em qual aspecto afinal de contas? Em Mateus 18:4 Jesus diz aos seus discípulos “Portanto, quem se faz humilde como esta criança, este é o maior no Reino dos céus”, ele foca na essência simples que se deslumbra com pouco; que não se apega a “grandezas” fúteis como status de poder ou riquezas; que não se achega aos outros por interesses egoístas e que são vulneráveis diante daqueles que são suas referências de cuidado, amor e proteção.

Hoje é um dia lindo porque celebra a fase mais gostosa e, ao mesmo passo, mais decisiva de nossas vidas, já que é na infância que adquirimos valores que levamos pra vida inteira. Por isso, Deus deixa um alerta aos pais em Sua palavra "Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele" (Provérbio 22:6). Neste dia, que possamos recordar os cuidados de nosso Pai celestial e de nossos pais terrenos, reavaliar nossa caminhada e valores se necessário assumindo uma posição de filhos maduros sem deixar a essência simples do nosso eu de 6 anos que, apesar de nem sempre compreender que as escolhas dos pais eram pro próprio bem, ainda sim acatava suas ordens os amando e ainda desejando seu afago e proteção ao fim do dia.

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• SANTA VOCAÇÃO •

Paulo encoraja muito Timóteo a perseverar e sempre se lembrar em quem ele depositava sua fé, só mantendo em mente a salvação em Cristo Jesus que conseguiria enfrentar toda e qualquer adversidade. Afinal, foi por meio da mensagem, das boas novas dessa salvação é que ele havia sido chamado para pregar, essa é a santa vocação de Jesus aos seus discípulos: ide e pregai o Evangelho a toda criatura! (Marcos 16:15)

Me admira muito as cartas de Paulo a Timóteo, especialmente a 2°, pela forma como o apóstolo identifica e se dirige ao jovem: alguém como uma fé genuína, mas que ainda precisa compreender a autoridade que lhe foi dada por Cristo para exercer seu dom e ministério ousadamente!

Para assumir essa missão é necessário ousadia, cuja qual só o Espírito Santo de Deus pode nos capacitar a ter, pois o posicionamento de obediência a Deus pode custar nossa própria reputação, como foi com Paulo que por pregar o Evangelho foi preso. Por esse motivo ele insistia a Timóteo pra não se envergonhar da mensagem de Cristo nem dele por estar preso, a palavra de Deus circulava livremente e por amor aos eleitos ele tudo suportava! (2 Timóteo 2:9)

Precisamos reter a sã doutrina passada a nós pelos apóstolos, guardar o que nos foi confiado é preservar a santidade que só em Cristo podemos viver. Ser discípulo de Jesus é assumir a missão. No fim das contas não somos muito diferentes de Timóteo: também precisamos aprender a exercer com ousadia e reacender o dom de Deus que há em nós!

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"Sabes quando me sento e quando me levanto; de longe percebes os meus pensamentos. Sabes muito bem quando trabalho e quando descanso; todos os meus caminhos são bem conhecidos por ti. Antes mesmo que a palavra me chegue à língua, tu já a conheces inteiramente, Senhor" Salmos 139:2‭-‬4 NVI

É engraçado o contraste em como Deus mostra que deseja se relacionar conosco e como nós demonstramos que queremos nos relacionar com Ele. Tenho refletido e discorrido em alguns textos sobre como precisamos fazer o Senhor mais presente no ordinário de nossos dias, ter a noção de que sua presença não se limita às horas de culto nem aos momentos de devocionais.

Com isso, não quero dizer que não sejam importantes, o Senhor é muito claro em sua palavra como Ele deseja essa comunhão tanto vertical (nós e Ele) como horizontal (entre nós), isso é de grande valia, porém é possível ir mais fundo ao ponto de ter a constante consciência de que Sua presença é conosco em todo tempo e lugar. Não são nossos afazeres ou correrias que nos afastam Dele, mas como é difícil entender isso! Digo, como conciliar o meu trabalho que me parece não ajudar ou servir em nada ao Reino de Deus com uma vida que glorifica a Ele? Como definir se o que estou fazendo de fato está dentro de Seus propósitos pra mim?

O texto que lemos deixa explícito o atributo da onisciência de Deus, o fato de que Ele sabe todas as coisas, sua visão sobre a história é panorâmica: seus olhos alcançam todos os acontecimentos em todas as fases da história, do início ao fim. Não há nada que passe despercebido pelo Senhor, e por mais que isso inicialmente possa soar de forma amedrontadora, o intuito não é esse!

O salmista relata algumas coisas que lhe acontecem cotidianamente e incluí o Senhor como conhecedor de todos esses momentos, ele diz que Deus sabe quando ele deita e também quando se levanta, sabe o que isso significa? Que nós precisamos de descanso porque somos limitados, seres frágeis, mas acima disso significa que Deus ainda está a postos no momento em que estamos mais vulneráveis. Há momento mais comum do que o deitar e o levantar? Não importa o quão ordinária isso seja, Deus está conosco no exato tempo em que nos deitamos, em que levantamos e entre esse tempo também Ele também está cuidando de nós!

Ás vezes nós pensamos que as coisas que são importantes pra nós não são importantes para Deus, é por isso que temos tanta dificuldade de vê-lo e nos relacionar com Ele no ordinário de nossos dias, como no trabalhar e no descansar. Mas, precisamos mudar essa forma de pensar, parar de limitar o estar na presença de Deus a ritos específicos; imaginem se em um casamento precisasse de trocas de palavras e gestos românticos 24 horas pra que de fato o casamento durasse, ou se a aliança e fidelidade só durassem enquanto estivessem juntos fisicamente? É uma coisa doida de imaginar né? Mas é isso que fazemos com Deus: pensamos que precisamos estar todo tempo em fervorosa oração para que permaneça a comunhão, que precisamos sentir sua presença pra que a aliança não seja quebrada ou estar no ambiente igreja porque se não conseguimos ir a um culto estamos sendo infiéis.

Amados, o trabalhar e o descansar também precisam ser dedicados a Deus, não é porque não estamos em um momento essencialmente espiritual que podemos fazê-lo de qualquer forma, como se a presença de Deus já não estivesse em nós. É necessário cuidar do que fazemos nesse tempo, porque se coisas erradas se tornam hábito naquilo que é mais comum no nosso dia-a-dia onde se encontra a santidade em nossas vidas então? Deus conhece nossos caminhos, diz o salmo, sabe bem quais as áreas em que ainda não consagramos a Ele.

Saber que Deus sonda tudo que somos e fazemos precisa ser reconfortante, não uma verdade amedrontadora, pelo seguinte motivo: não há nada que possa vir que Ele não nos prepare antes, e é exatamente no ordinário de nossos dias que sua presença nos fortalece, são nas experiências que somos instruídos e nossas orações são respondidas. Deus nos encaminha na jornada da vida trazendo vivências que são necessárias pra que aquele nosso pedido de ser como Jesus seja atendido!

Não espere viver coisas extraordinárias pra reconhecer a grandiosidade Daquele que servimos, ao contrário, que sejamos capazes de ver no ordinário de nossas vidas o Deus extraordinário; só dessa forma conseguimos fortalecer nossa confiança Naquele que se encontra em todos os lugares ao mesmo tempo, inclusive perto de nós!

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Pecar contra Deus é a pior sensação que pode existir. A culpa te consome e faz você sentir vergonha do que fez, pois sabe que aquela atitude não agrada ao Senhor. A culpa é tão grande que te impede de dobrar os joelhos para pedir perdão, não é? Mas saiba que isso é importante. O arrependimento é o caminho certo a ser seguido. Se você sente vergonha do que fez é porque sabe que traiu um ser Santo; seus olhos estão abertos para a verdade. O dia que você pecar contra Deus e não sentir nada, saiba que algo está errado. Dobre os seus joelhos e lute! Lute contra você mesmo, mas não deixe de buscar por arrependimento todos os dias! Confesse para Deus tudo o que fez e clame por misericórdia. Nosso Pai é bondoso para nos perdoar de todos os nossos pecados e lançar tudo no mar do esquecimento. Que a pratica do pecado não se torne rotina em nossas vidas jamais! Não deixe de orar por vergonha do que fez, mas ore quando essas sensações vierem em seu coração. O Senhor te sonda e te conhece. Ele é fiel e justo pra nos perdoar, então se entregue!

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Dêem graças ao Senhor, porque ele é bom. O seu amor dura para sempre! Dêem graças ao Deus dos deuses. O seu amor dura para sempre! Dêem graças ao Senhor dos senhores. O seu amor dura para sempre! Ao único que faz grandes maravilhas, O seu amor dura para sempre! […] Àquele que conduziu seu povo pelo deserto, O seu amor dura para sempre!" Salmos 136:1-4, 16

Deus é bom. Concluo isso não apenas porque a Palavra me diz, mas também porque experimento dessa verdade; concluo isso em tempos conflitosos, de receio e dúvidas porque nem mesmo as circunstâncias que nos deixam tão a flor da pele são suficientes para impedir que a bondade de Deus se manifeste.

Dou graças ao Deus dos deuses porque testemunho seu agir e intervenção diretos na história da humanidade; dou graças, pois vejo orações sendo respondidas e a mão de Deus se entendendo onde eu não posso alcançar.

O meu Deus é Senhor dos Senhores e nenhum trono ou status de poder podem superar sua soberania; seu Reinado é pautado em graça que alcança todos os povos, nada foge de sua percepção e controle.

O Deus de Israel, Isaac e Jacó hoje também é o meu Deus que ainda opera maravilhas, eu não preciso ir muito longe na história de meus antepassados para relembrar o que Ele já fez pra que eu possa engrandece-lo. Como já dito, eu testemunho agora neste tempo que Deus age para o bem daqueles que O amam.

Esse Deus guia o seu povo pelo deserto sem deixar de ser Aquele que provê o escape; esse Deus tem o amor eterno, inesgotável, incomparável e inseparável. Por isso, não temos tempo para vangloriar-nos ou endurecer nosso coração, antes rendemos graças e lançamos toda nossa ansiedade aos seus pés, pois Ele tem cuidado de nós!

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"Deus não está separado das coisas que eu faço. Não existe as coisas que Deus está fazendo e as coisas que eu estou fazendo, como se fossem duas histórias paralelas.

Tudo que Deus está fazendo na história do mundo agora, que envolveu a criação, a queda e a redenção de todas as coisas incluí a minha vida agora, incluí a sua vida agora. A grande narrativa que Deus está escrevendo, pra onde Ele está conduzindo todas as coisas pra cumprir os seus propósitos eternos incluí as nossas vidas agora: incluí o cuidar da casa, incluí as famílias, incluí o cuidar das crianças, incluí todas as profissões; inclui a atuação de todos nós, em todas as áreas; incluí as nossas igrejas; incluí os projetos, os sonhos.

Tudo isso faz parte do Reino de Deus e Deus usa tudo isso como matéria prima pra cumprir seus propósitos eternos. Então, imagina o que mudaria se você acordasse todas as manhãs se tivesse isso em mente? Que você pertence a Ele, que o Senhor te deu mais um dia de vidae te chama pra viver esse dia com Ele, pra Ele, por meio Dele [...]"

• Créditos ao vídeo "a consciência da presença de Deus" do canal no youtube Cultivar e Guardar •

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O MAIS IMPORTANTE

"Um dos mestres da lei aproximou-se e os ouviu discutindo. Notando que Jesus lhes dera uma boa resposta, perguntou-lhe: “De todos os mandamentos, qual é o mais importante?” Respondeu Jesus: “O mais importante é este: ‘Ouça, ó Israel, o Senhor, o nosso Deus, o Senhor é o único Senhor. Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todo o seu entendimento e de todas as suas forças’. O segundo é este: ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’. Não existe mandamento maior do que estes”. “Muito bem, mestre”, disse o homem. “Estás certo ao dizeres que Deus é único e que não existe outro além dele. Amá-lo de todo o coração, de todo o entendimento e de todas as forças, e amar ao próximo como a si mesmo é mais importante do que todos os sacrifícios e ofertas”. Vendo que ele tinha respondido sabiamente, Jesus lhe disse: “Você não está longe do Reino de Deus”. Daí por diante ninguém mais ousava lhe fazer perguntas." Marcos 12:28‭-‬34 NVI‬‬‬‬

Há muitos ensinamentos que o nosso mestre deixou como importantes para aprendermos e vivermos, mas esse diálogo entre o escriba (judeus que copiavam manuscritos Bíblicos em pergaminhos) e Jesus nos deixa claro de qual é o maior mandamento. Muitos de nós vivemos nossos dias como se não houvesse algo superior ao que vemos e vivenciamos aqui nessa terra, então os nossos dias se tornam monótonos: trabalhamos por trabalhar, pra termos o salário no fim do mês; estudamos por estudar, pra vermos se conseguimos um bom futuro; viemos à igreja por vir, porque é aqui que ouvimos alguma coisa produtiva. E assim nós vamos levando as coisas, como se o Senhor tivesse nos chamado apenas pra viver um protocolo: seja honesto e faça seu melhor!

Mas, isso é raso demais para o que o Senhor verdadeiramente nos chama pra viver, Ele continua a chamar seus filhos pra serem intencionais em sua forma de viver: qual a sua maior motivação hoje pra viver e fazer o que faz? Há um senso de propósito na sua vida? Pelo que você tem sido movido a fazer o que faz? Talvez a sua motivação seja fazer as coisas certas da maneira certa por isso você trabalha e cumpre com suas obrigações. Amém! Isso não deixa de ser uma motivação genuína, mas ainda é rasa demais!

O povo de Deus é um povo chamado para viver com intensidade e intencionalidade e nós temos falhado nisso.

CONTEXTO

O texto que acabamos de ler conta a vez que um escriba, que como já foi mencionado eram os judeus que copiavam a mão textos Bíblicos por isso tinham grande conhecimento das leis, pergunta pra Jesus qual entre todas as inúmeras que existiam era a mais importante. Jesus, por sua vez, menciona o texto de Deuteronômio 6:4-5 pra respondê-lo, mas eu gostaria que lêssemos um pouco mais do que só o versículo 4 e 5 pra compreendermos o todo:

“Ouça, ó Israel: O Senhor, o nosso Deus, é o único Senhor. Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todas as suas forças. Que todas estas palavras que hoje lhe ordeno estejam em seu coração. Ensine-as com persistência a seus filhos. Converse sobre elas quando estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar. Amarre-as como um sinal nos braços e prenda-as na testa. Escreva-as nos batentes das portas de sua casa e em seus portões." Deuteronômio 6:4‭-‬9 NVI‬‬‬‬

Esse trecho de Deuteronômio acontece pós recebimento dos tão conhecidos 10 mandamentos que Deus havia ditado a Moisés para este passar ao povo. Eis o maior mandamento: amar a Deus de todo coração, alma e forças! Dificilmente conseguiremos viver plenamente a vida abundante que Cristo nos promete enquanto não compreendermos verdadeiramente que o amor ao Senhor é o mais importante. Deus não espera você orar o ler a Bíblia pra te amar, Ele te ama integralmente; não é só quando você entra no quarto pra ter seu momento de devocional que Ele considera a aliança que fez com você, não! Pelo contrário, o livre acesso que Ele te deixou e a Bíblia são provas de Seu amor, de Sua aliança inquebrável e do Seu anseio da intimidade com aqueles que pertencem a igreja que Ele chama de noiva!

Ele é fiel e espera de nós o compromisso de não lembrarmos Dele apenas quando estamos com Ele na igreja, na leitura Bíblica ou qualquer outra coisa voltada a nossa espiritualidade. Não me entenda mal, nós precisamos sim orar e ler a Bíblia porque esses são os meios mais poderosos que o Senhor nos deixou pra conhecê-LO, o que eu quero dizer é não se trata de um momento apenas dedicado a Deus, veja bem que o texto de Deuteronômio citado por Jesus vai trazer pra nós termos as palavras do nosso Deus como parte da nossa rotina: ensinar aos nossos filhos com persistência, conversar sobre elas quando estivermos sentados em casa, quando estivermos andando no caminho, ao deitar e ao levantar (Dt 6:7). Em coisas simples e comuns como essas, do ordinário de nossos dias o Senhor quer participar. Ele não quer uma parte de nós, Ele quer que em tudo sejamos movidos por amor a Ele para o centro de Sua vontade!

O grande mandamento de amar a Senhor, vai trazer quatro principais centros da vida humana ao qual devem ser dedicadas a esse amor:

CORAÇÃO: centro das emoções, ou seja, quando você ama ao Senhor acima de tudo você está declarando "o Senhor reina sobre minhas emoções". Na palavra de Deus há um conselho sábio a respeito do nosso coração, em Provérbio 4:23 diz assim “acima de tudo, guarde o seu coração, pois dele depende toda a sua vida”. Mas, guardar aonde afinal de contas? Provérbio 4 vai trazer conselhos de um pai para o filho, esses conselhos se resumem em: guarde minhas palavras, busque a sabedoria, não se desvie do bom caminho, daquilo que é reto e justo, há consequências ruins para aqueles que escolhem viver com ou como ímpios! Nesse sentido, eu acredito que o melhor lugar que há pra guardar o nosso coração é em Deus, afinal, que outra fonte de tão bons conselhos pra encher nosso coração de vida conhecemos se não nosso mestre?

ALMA: está atrelada ao nosso ser, alma na Bíblia tem entendimentos muito abrangentes, depende muito do contexto, mas vamos lembrar de como é vista lá no relato da criação em Gênesis 2:7 quando diz que “(...)formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente”. Nesse contexto alma vivente se trata da própria pessoa de Adão agora contendo uma vida que o conecta a Deus diferente das demais vidas que o Senhor já havia criado no jardim, pois possuia atributos compartilháveis de Deus como a capacidade de se comunicar entre si (no caso, Adão e Eva) e com o próprio Deus. Então quando em Deuteronômio traz que você deve amar ao Senhor de toda a sua alma, é o mesmo que dizer: ame ao Senhor com todo seu ser! Ele não compartilhou alguns dos seus próprios atributos atoa, foi para que você tivesse conexão com Ele;

ENTENDIMENTO: é a forma como se enxerga o mundo, nossa cosmovisão, o veredito que temos as respeito de nós mesmos, do próximo e de tudo que temos conhecimento. Sua mente é cativa a Deus? Qual o padrão do seu entendimento? Ele está de acordo com o que as escrituras dizem ou com o que ouviu por aí e tomou como verdade? Talvez a forma que você vê, sua forma de crer não seja mal intencionada, talvez é algo que estudou e aprendeu, que te foi passada dentro de casa ou por pessoas que você convive e que tem grande respeito, mas nem tudo que sabemos é realmente da forma que nos foi imputada e é necessário buscar a verdade em Cristo. Em Mateus 16:6-12 Jesus nos traz um ensinamento “Disse-lhes Jesus: "Estejam atentos e tenham cuidado com o fermento dos fariseus e dos saduceus".

E eles discutiam entre si, dizendo: "É porque não trouxemos pão".

Percebendo a discussão, Jesus lhes perguntou: "Homens de pequena fé, por que vocês estão discutindo entre si sobre não terem pão?

Ainda não compreendem? Não se lembram dos cinco pães para os cinco mil e de quantos cestos vocês recolheram?

Nem dos sete pães para os quatro mil e de quantos cestos recolheram?

Como é que vocês não entendem que não era de pão que eu estava lhes falando? Mas tomem cuidado com o fermento dos fariseus e dos saduceus".

Então entenderam que não estava lhes dizendo que tomassem cuidado com o fermento de pão, mas com o ensino dos fariseus e dos saduceus”, nesse caso Jesus está exortando por conta do ensino hipócrita e por vezes até falso dos saduceus e fariseus, mas talvez o que aprendemos de alguém ou por conta própria não tenha sido hipócrita ou buscando benefícios próprios como era o caso dos dois grupos citados, mas nem por isso não devem ser revistos e analisados: meu entendimento hoje glorifica a Deus? A forma que eu entendo as coisas me leva a amá-lo e é pautado no meu amor por ele, levando em conta que aqueles que amam ao Senhor são os que guardam e obedecem a seus mandamentos? (João 14:21).

FORÇA: está atrelado ao que somos capazes de fazer, a nossas habilidades, nossas disposições e pré-disposições. Ou seja, através do que temos aptidão e através do que somos capazes em exercer devemos fazer amando a Deus! Em Colossenses 3:23-24 diz assim “Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens, sabendo que receberão do Senhor a recompensa da herança. É a Cristo, o Senhor, que vocês estão servindo”.

Após de discorrer sobre esse mandamente, Jesus traz o segundo mais importante “Ame o seu próximo como a si mesmo” e aqui o mestre não diz que devemos buscar nos amar primeiro pra depois buscar amar o nosso próximo, não, de certa forma Jesus está sendo até irônico porque nós já somos muito bons em nos amar: a maioria das coisas que fazemos quase sempre são por benefício próprio. Na carta aos Filipenses Paulo traz essa ideia de uma forma bem clara “Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerem os outros superiores a si mesmos. Cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros. Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo” (Filipenses 2:3-7). Só em Cristo conhecemos o amor perfeito do Pai, é Nele que devemos nos espelhar para aprender a amar nosso Deus acima de todas as coisas e o nosso próximo. Ele é o nosso maior exemplo de amor.

O escriba que teve a oportunidade que fazer essa pergunta pra Jesus reconheceu que o mestre estava correto e afirma que esses mandamentos são, de fato, “mais importante do que todos os sacrifícios e ofertas”. Não existe sacrifícios e ofertas agradáveis se não há uma vida agradável diante de Deus, antes é necessário ofertar o nosso coração, sermos sacrifícios vivos pra daí sim oferecermos algo externo a Deus. Isso é evidente desde o inicio quando Caim e Abel oferecem suas primícias e o Senhor rejeita não só a oferta, mas ao próprio Caim, porque o Senhor conhece nossa vida, nosso coração e todas intenções que há em nós: se fazemos por amor ou por protocolo.

Então, Jesus finaliza com uma palavra direcionada a afirmação do escriba “Você não está longe do Reino de Deus”, porque o Reino de Deus é pautado Naquele que nos amou primeiro, Naquele que é o próprio amor, Naquele que tanto amou o mundo que enviou seu único filho para que todo aquele que nele cresse tivesse vida eterna! Nós experimentamos a vida eterna quando fomos encontrados pelo Senhor porque “Esta é a vida eterna: que te conheçam, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.”

CONCLUSÃO

Acima de qualquer coisa que amemos ao Senhor, não há outro caminho mais excelente (1 Cor 13). Nós somos chamados para viver com a intensidade que só o amor de Deus nos proporciona! Só amar a Deus acima de tudo pode nos dar a plenitude de vida de buscamos em tantas coisas, se não amamos ao Senhor acima de tudo nosso coração, alma, entendimento e força nunca estarão plenamente harmônicos. Só o amor a Deus pode ajeitar todas as coisas, pode nos fazer viver o extraordinário: nos preencher da alegria inesgotável do alto que sorri mesmo em meio ao sofrimento, que vê no ordinário do dia-a-dia sempre uma oportunidade de glorificar a Deus através da própria vida e em gestos compreendendo que foi pra isso que nasceu: Conhecer a Deus e o fazer conhecido.

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Carta aberta aos corações cansados

Eu não posso desistir porque eu preciso honrar o legado daqueles que vieram antes de mim, daqueles que abriram o caminho para que fosse possível eu ter acesso a palavra, por aqueles que oraram incessantemente pela minha vida, tanto os que me conheciam como também aqueles que nem me conheciam mas já intercediam pelas próximas gerações a qual hoje eu pertenço, serei eu também aquela que intercederá pelas próximas. E o principal: eu não posso desistir por Cristo porque Ele nunca desistiu de mim, o legado que Ele deixou é o maior entre todos: o legado de salvação eterna pra mim e pra todos aqueles que Nele crêem, Ele me amou e se entregou por mim, o preço pra que o próprio amor demonstrasse seu amor foi sua vida.

Ele veio por mim, pra que eu fosse livre para o amar de volta e o obedecer, e a minha retribuição vai ser parar no meio do caminho? Desistir da jornada Dele pra mim ou, pior ainda, fugir Dele? "Para onde poderia eu escapar do teu Espírito? Para onde poderia fugir da tua presença? Se eu subir aos céus, lá estás; se eu fizer a minha cama na sepultura, também lá estás. Se eu subir com as asas da alvorada e morar na extremidade do mar, mesmo ali a tua mão direita me guiará e me susterá. Mesmo que eu dissesse que as trevas me encobrirão, e que a luz se tornará noite ao meu redor, verei que nem as trevas são escuras para ti. A noite brilhará como o dia, pois para ti as trevas são luz." (Salmos 139:7-12)

Não há escuridão na presença de Deus, até as circunstâncias mais obscuras são revertidas em luz para aqueles que o amam!

Não desistirei.

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ADORAÇÃO NO ORDINÁRIO

" 33.Mas o homem casado preocupa-se com as coisas deste mundo, em como agradar sua mulher, 34.e está dividido. Tanto a mulher não casada como a virgem preocupam-se com as coisas do Senhor, para serem santas no corpo e no espírito. Mas a casada preocupa-se com as coisas deste mundo, em como agradar seu marido. 35.Estou dizendo isso para o próprio bem de vocês; não para lhes impor restrições, mas para que possam viver de maneira correta, em plena consagração ao Senhor." 1 Coríntios 7:32‭-‬35 NVI

Quando me casei, diferente de outros relatos que dizem que o primeiro ano é o melhor, me deparei com muitas difíceis adaptações na minha convivência com meu marido, minha sensação era de que estávamos indo pra sentidos opostos e que tínhamos prioridades diferentes, o que gerava muitos conflitos.

Uma dessas difíceis adaptações foi compreender que, agora como uma mulher casados, teria minhas obrigações dentro do lar (assim como ele, as dele) e que isso me custaria mais esforço do que o que eu tinha quando ainda morava com minha vó. Agora, quando eu chegasse em casa, como eu e meu esposo trabalhávamos fora no mesmo horário, não teria tudo feitinho como antes. Outro detalhe, também dentro das responsabilidades domésticas, é que a demanda de coisas pra fazer nunca acaba: é necessário ter o cuidado com o que está faltando de alimento, observar se tem café da manhã pra poder ir trabalhar no outro dia, se atentar as roupas sujas e se ainda tem as íntimas limpas - deixo aqui registrado que no primeiro ano fui um fracasso nesse último, mas hoje já alcancei a vitória haha. Enfim, finalmente entendi a famosa frase da minha vó "serviço de casa nunca acaba", é muito verdade, em especial as louças!

Outra difícil adaptação - que ainda está em obras - foi compreender que há uma ordem de importância para os afazeres que eu tenho, e no topo da lista está minha família/meu lar, por esse motivo eu não consigo abraçar o mundo nem atender todas as causas que me aparecem. Não só não consigo como não preciso fazer isso, primeiro porque quem quer fazer tudo ao mesmo tempo acaba deixando coisas pela metade e por vezes negligenciando aquilo que deveria ser primário; segundo porque há um Deus que pode literalmente todas as coisas sem deixar a desejar em nenhuma delas, Seus braços alcançam onde os nossos não conseguem chegar e Ele cuida das causas que não damos conta.

No capítulo em que o texto se encontra é importe ressaltar que:

1. Se trata de respostas a perguntas feita pela própria igreja, por isso há vezes em que Paulo vai citar quando o ensino aqui passado é um conselho dele mesmo conforme o que Ele discerniu como correto em Deus, com autoridade apostólica, tendo em vista que algumas questões Jesus não tratou em seu ministério terreno, assim como tem conselhos provindos do ensino do próprio mestre e das ordenanças de Deus - vemos esse contrates nos versículos 10 e 12, por exemplo.

2. A presente carta (55 e 56 d.C.) é escrita em um tempo em que Nero já soltava suas garras de perseguidor da igreja, ainda antes do incêndio que ocorreria em 64 d.C, por isso Paulo vai dar tanta ênfase em como era necessário se resguardar neste tempo: tanto os que estavam casados, pedindo que assim permanecem, quanto os solteiros, pedindo que não procurassem parceiros naquele momento, pois certamente sofreriam (ler vers. 26 ao 28,33).

Mas, eu acredito que, sendo a Palavra de Deus viva e eficaz, ela pode ser aplicada em qualquer tempo ou geração, mesmo em nosso contexto atual ela ainda é de grande valia! Por isso, gostaria de falar com vocês hoje sobre a “adoração no ordinário”. Segundo o dicionário do google (editora Oxford Languagens) a definição para ordinário é “que se repete regularmente, ou se faz presente a todo instante”, então adorar ao Senhor no ordinário é não separá-lo ou limitá-lo apenas a um momento especifico, mas é compreender que nossa consagração a Ele vai do nosso levantar até o nosso deitar. Dessa maneira, olhar para esse texto me trouxe a memória que eu estou adorando ao meu Deus quando exerço o meu papel de mulher como esposa, de (futura) mãe e dona do lar, estou adorando ao Senhor naquilo que é visto como simplório, mas é justamente pra o que Ele tem me chamado de primazia a fazer: a servi-Lo com amor no ordinário.

Quando Paulo diz a respeito das casadas se preocuparem com as coisas do mundo e com aquilo que agrada seu marido e vice-versa, ele não está contradizendo o fato de que devemos colocar em primeiro lugar o Reino de Deus, não! Muito pelo contrário, lembram ao que está atrelado essa palavra? Ao nosso sustento, ao essencial do dia-a-dia: o comer, o beber e o vestir. A promessa de Deus continua a mesma. Mas, afinal, servir a nossa família e ao nosso lar é servir ao Reino de Deus? Penso que sim, visto que a família foi a primeira instituição criada por Deus e é algo tão sacro que por meio da figura do casamento o Senhor simboliza seu relacionamento com a Igreja.

Adorar ao Senhor no ordinário é não torna-lo distante no nosso dia-a-dia, a palavra de Deus diz que nada “nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, 39.nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Romanos 8:38b-39), eu não sei de onde tiramos que nas horas de expediente de trabalho, ou quando estamos em casa cuidando de nossos afazeres estamos neste tempo, de alguma forma, afastados de Deus. O Salmo 139:13 diz “Tu criaste o íntimo do meu ser e me teceste no ventre de minha mãe”, o Senhor nos viu antes de sermos formados, Ele estava conosco no primeiro choro ao nascer, estava conosco nos nossos primeiros passos, nos olhando na nossa primeira palavra, nos guiando em nossas primeiras conquistas, está conosco em todo tempo e estará até mesmo após o nosso último fôlego de vida - na eternidade.

Em Deuterômio 6:5-9 Moisés diz após receber os dez mandamentos “5.Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todas as suas forças. 6.Que todas estas palavras que hoje lhe ordeno estejam em seu coração. 7.Ensine-as com persistência a seus filhos. Converse sobre elas quando estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar. 8.Amarre-as como um sinal nos braços e prenda-as na testa. 9.Escreva-as nos batentes das portas de sua casa e em seus portões”, isso é no antigo testamento e Deus já nos convidava a convidá-lo (aqui foi necessária a redundância) pra fazer parte de nosso cotidiano nas tarefas mais comuns! Quando nos darmos conta, percebermos e compreendermos de fato que o Senhor Soberano sobre tudo quer estar perto de nós e também que estejamos pertinho Dele acredito que muitas coisas mudarão, fardos deixarão de existir e viveremos plenamente a liberdade que Cristo tem pra nós.

A plena consagração se encontra em vivermos genuinamente o carisma/dom que Des nos confiou (vers. 35b), especialmente em nossos papeis primários. É possível e preciso adorar ao Senhor no ordinário, com a mesma reverência de quando nos ajoelhamos diante Dele.

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Poesia dos suditos

Sinto grande paz na alma

Aflição não me domina mais

Posso ver o grande Mestre agindo

Para o bem dos seus leais

Um grande exercito marcha firme

Equipado da cabeça até os pés

Capacete, escudo, espada e sandálias

Saem para a peleja enfrentar com fé

Apesar de por vezes surgir receio

Continuam firmes a marchar

Pois contam com o Gracejo e também ousadia

Do Rei que não para de os encorajar