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Reflexões sobre produtividade e culpa

Há alguns dias eu assisti a um vídeo chamado "people don't like my art...and that's okay" [as pessoas não gostam da minha arte... e está tudo bem] da artista Jackie Liu. Eu assisti ao vídeo com a esperança de aprender a lidar com a apatia que existe nas redes sociais e até mesmo esperando que eu encontrasse uma solução. Fui surpreendida ao descobrir que, na verdade, o vídeo não tinha nada sobre isso.

Jackie Liu é uma estudante de artes em uma universidade de renome nos Estados Unidos. Em seu vídeo, ela diz que deixou de gostar de arte há muito tempo. Ela só continuava a pintar porque um artista era o que ela era, então é isso que ela estava destinada a fazer. E eu me enxerguei nessas palavras. Frequentemente me questiono o que eu farei se ou quando eu parar de desenhar, porque em todos os meus anos de vida, eu nunca me dediquei a algo da mesma forma. Incontáveis horas destinadas a desenhar, a aprender desenhar, aprender a pintar. Além de recursos financeiros: arte é uma das poucas coisas superflúas na qual eu destino dinheiro, se não há única. E esse empenho começou a me causar uma grande ansiedade.

Nos meus momentos livres, eu estava desenhando. E quando não desenhava, me sentia culpada por não desenhar. Tem que desenhar. Tem que estudar. Tem que aplicar o que desenha. E então repete, de novo e de novo.

Em seu vídeo, Liu cita o livro "Rest is Resistance" [Descansar é Resistir] de Tricia Hersey. O que me chamou atenção no livro de Hersey foi a relação que ela traça entre sucesso e produtividade, a pressão contemporânea para sermos todos produtivos com a promessa de que isso alcançará o sucesso. Sendo alguém que tinha desenho como trabalho, objeto de lazer e estudo eu não notei como desenho se tornou uma dessas ações de produtividade. Algo que eu sentia que deveria fazer para alcançar o sucesso.

Lendo o livro de Hersey, notei como reproduzia muitas das ações por ela apontadas. Descansar com a intenção de ter energia para doar ainda mais de mim posteriormente. Descansos ansiosos e carregados de culpa. Cada minuto fazendo outra atividade vinha com o pensamento de "eu deveria estar desenhando".

Entrarei de greve, decidi, não irei desenhar. E desenhei. Trabalho é trabalho e havia clientes esperando. Mas de alguma forma, não fazer mais do que isso ajudou. Comecei a me forçar a dedicar tempo a uma atividade que não seria nada produtiva, ler. E durante esse tempo senti a ansiedade da não produção, o medo advindo dela, mas também percebi como abandonei coisas que eu adorava fazer. Frequentemente eu brincava que desenhar era meu único traço de personalidade e por isso eu desenhava o tempo todo. Mas não era. Eu tornei produzir meu único traço de personalidade e desenhar não tinha nada a ver com isso.

Durante esse período, o Thiago do "Ora Thiago" publicou um vídeo intitulado "PRODUTIVIDADE (em tempos de IA)" e o argumento do vídeo casou com as coisas que estavam circulando na minha cabeça. Um dos pontos do Thiago é que o principal argumento das empresas com seus produtos de inteligência artificial é que ela pode te ajudar a gerar mais. E o que ele se questiona é, por que eu irei produzir mais? Eu não quero produzir mais.

Há algum tempo comecei a me sentir perdida com os meus estudos. Depois de uma caminhada pelos fundamentos, retornei para aplica-los de outras formas. Foi divertido, mas ainda sim, tinha aquela questãozinha que foi crescendo. "E agora? Para onde eu vou? No que eu foco?".

No meu desejo por sucesso, foquei em produção. E a sensação inicial foi maravilhosa: encomendas, colaborações, desenhos pessoais, fanarts. Eu alimentei cada um dos braços da interação humano por meio da arte. Produzi mais porque sim e quando o isso deixou de ser resposta suficiente, eu fiquei perdida. Mais do que perdida, eu fiquei ansiosa e triste.

Cheguei a algumas conclusões e escrever isso ajudou nelas. Algumas são mimificações do Thiago: Não quero produzir mais. Eu nem sei se tenho tanta coisa assim para expressar. Para que tanto desenho? Não precisa, cansei. Estou de greve. Estou desenhando. Quero bobagens despreocupadas e medíocres.

Não quero ser artista. É uma palavra muito elegante e com muito peso. Acima de tudo, não quero que substantivos definam minhas práticas. Primeiro as ações. Depois as palavras.

Dito isso, gostaria de compartilhar o meu mantra que as vezes, mas nem sempre, me traz conforto: desenhar feio não é crime.

Vídeos citados:

Jackie Liu (inglês) - https://youtu.be/DeKwn7j4TMc?si=8BQZKodGCkiTdTOu

Ora Thiago (português) - https://youtu.be/X28gzRwTsoE?si=BVEmoBN2UyFFXdia

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Reflexões sobre estilo artístico

Assisti ao vídeo "The Truth About Art Style" de Tim McBurnie. O artista trata sobre pontos a se considerar ao buscar um estilo artístico e achei muito interessante, pois, frequentemente, a angústia de não ter uma identidade artística ou mesmo de ter uma identidade artística antipática e desinteressante me aflige.

O artista em questão, Tim Mcburnie, destaca que os estilos artísticos que são populares atualmente, como Art Nouveau, Pintura a Óleo, Mangá, Studio Ghibli, Pixel surgiram com limitações dos meios que eram produzidos e dos objetivos que possuíam, o que influencia diretamente na aparência que tem. É até engraçado falar sobre isso, porque aquarela e pintura a óleo são essencialmente materiais, não técnicas, e ainda sim as limitações deles implicam em uma imagem tão forte que são facilmente reconhecíveis. O suficiente para serem tratados como estilo.

Outro ponto abordado por ele é a economia da atenção e de como somos levados a buscar estilos (e histórias) que chamem atenção do público. E não é assunto novo para nenhum artista como é desgastante e simultaneamente deprimente essa sensação de estar em uma feira ao livre sempre gritando para conseguir migalhas de atenção.

Vídeo: https://youtu.be/4KzZA6u-vxk?si=9N1mNfcAaIv9cS4D

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Some traditional digitally colored drawings

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Clara and Jess

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witchvember

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Aophia portraits and casgoth

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art trade

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Some attempts at digital painting. Catty and Jess

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Successful Drawing by Andrew Loomis

"For those who have an understading of nature's laws, plus vision, the greatest teacher is nature itself. If the artist has the technique of depiciting the construction and contours of an object set in space, plus the knowledge of how light operates on the forms we consider basic, he has acquired the springboard to his own individual expression, which, after all, is of greater value than anything else" (p. 13)

Tip: Frame your object to decide which angle makes it look better.

"What a good drawing is?"

The five P's

Proportion

Placement

"When a viewoint has been selected and a placement decided upon, we start to draw" (p. 13)

Perspective

"Since perspective is the first main problem that arises, it is the first thing the artist should learn".

Planes

Light, halftone and shadow.

Pattern

"Placement relates to composition in terms of line, pattern relates to it in terms of tonal areas".

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I never finished Eldarya Origins, as I never liked the characters in the game. But I like the clothes so much that to this day I only go to dress my guardian. At that time my ex gave me a box of 48 colored pencils as a gift and I still have them haha

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Mermay. Jess, Leo and Clara character sheet that I never finished. Jess as Mad Hatter. Fanarts of Eldarya and my OC. Dragons. Eme emerged in 2017 and became a competitor with Jess as my main OC

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I miss the time when Amor Doce had good special episodes. Dimitry remains my favorite vampire

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Some OCs, art trade and My Candy Love fanarts. Yes, I committed the crime of shipping Lys x Cas

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Some drawings from 2014 with our good Paint Tool Sai. Thanks to my best friend Laura for keeping our old Facebook chat all these years and allowing me to have some memories from my digital arts