annaluizapraia
No Rules💋
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annaluizapraia · 3 years ago
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No risk, no story 💋☀️ (em Leça Da Palmeira, Porto, Portugal) https://www.instagram.com/p/CU-EtkbD-ZBd_DGi-X4mKn-v1fCrxiZB1E9Gpc0/?utm_medium=tumblr
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annaluizapraia · 3 years ago
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História de um gato e a ligação com a sua dona e o choque da perda e a superação dela. Dia 28 de Maio de 2014, são 7 e picos da manhã e ouço o meu irmão anunciar que os filhotes da nossa gatinha decidiram nascer inesperadamente. Desço aceleradamente as escadas, que naquele minuto pareciam imensuráveis, para ir ao encontro de um cenário um pouco aterrador: ela já tinha dado à luz 3 gatinhos, dois jaziam inanimados no chão, espalhados pela cozinha e, o terceiro por mero acaso, miou e nós soubemos que ainda estava vivo, solicitando a nossa ajuda para o manter são e salvo, rebentando o saquinho em que ainda estava envolvido e o aquecendo de imediato, porque estava gelado. Entretanto, a minha gata estava escondida e a dar ainda à luz mais três pequenos seres. Assisti ao nascimento de dois, o terceiro não consegui salvar. Quando peguei ao colo num dos pequeninos, peludinho, branco como a neve e indefeso fui assolada por um amor incomensurável e houve ali uma conexão instantânea. Não foi amor à primeira vista, foi mais reconhecimento da alma. Soube que foi o dia Um da nossa intrínseca relação de amor, carinho, cumplicidade, proteção, empatia e respeito. Sabes qual foi a minha decisão nesse primeiro dia? Não, não foi abandonar-te como algumas pessoas pérfidas fazem. Decidi adotar-te e conceder um nome: Henry Snow de Mont Blanc (tinhas que ter o apelido teu progenitor não é verdade?). O meu maior desejo foi poder proteger-te de todo o mal que te pudesse assolar e que ficasses comigo. E não é que o meu desejo se realizou? Acompanhei o teu rápido crescimento e apercebi-me que tinhas uma caraterística linda e deveras sui generis como tu: heterocromia. Tinhas um olho de cada cor, um laranja como os do teu pai e um azul. Nunca tinha visto ninguém com essa característica e achei que combinava inteiramente contigo. Tinhas os olhos mais bonitos que eu já vi, mas sabes? Tu eras lindo por todo o ser que tu és. Estou a tratar-te como uma pessoa? Não podia ser de outra maneira. Tu para mim eras uma pessoa, só te faltava efetivamente falar a linguagem humana. Escrevi-te este texto no auge da tua juventude: “Sabias uma coisa? Foi.
Foi amor quando te vi
Foi amor quanto de vi nascer
Foi amor quando te ouvi miar
Foi amor quando abriste os olhos
Foi amor quando ficaste com um olho de cada cor
Foi amor quando te peguei pela primeira vez
Foi amor quando começaste a escalar
Foi amor quando me apercebi o que era amar incondicionalmente
Foi amor, sabes?
Não sabes.
Porque foi, ainda é e será MUITO AMOR!
Porque és o meu filho
Porque te amo incondicionalmente
Porque te (tento) ralhar para o teu bem
Porque basta uma patinha tua
E o mundo fica um sítio melhor
Porque por todo o meu amor, devias ser eterno
Porque sei que te sentes amado
Porque sei que é recíproco
Porque és o meu mimalho (quando queres)
Porque só quero que estejas bem e feliz
Porque eu sei que tu és feliz
Porque eu sinto saudades tuas quando não te vejo
Porque és simples amor em mim!
Amo-te Henry. A mamã nunca prescinde destes miminhos.
Obrigada por me deixares fazer parte da tua vida!
Obrigada por me teres escolhido!
Obrigada por todas as brincadeiras
Obrigada por simplesmente existires!” Aprendi com vocês (contigo, com os teus pais, com a tua irmã e com os teus antecessores), o que é amor incondicional. Eu amo-vos como se fossem meus filhos e no fundo, é o que vocês são. Vi-vos nascer, a lutarem para sobreviverem, a não desistirem. Sempre vos dei muito amor, cuidava de vocês melhor do que de mim mesma, colocava-vos sempre em primeiro lugar, repreendia-vos quando achava que era necessário, dava-vos atenção e mimos, às vezes até demais, porque vocês ficaram uns mimalhos incorrigíveis. O melhor do meu dia era quando estava convosco e brincava com vocês. Vocês fazem parte do meu ser e da minha alma, se por acaso tivermos uma. Vocês são a minha alma, ensinavam-me a amar todos os dias. Eramos tão felizes, achava que serias eterno. Até que chegou o fatídico dia negro: dia 01 de Fevereiro de 2018 (no dia a seguir ao meu 27º aniversário). Tinha ido jantar fora parar comemorar essa data festiva quando recebi A chamada. O meu irmão ligou-me a dizer que tu tinhas perecido de repente. Houve uma fuga de gás e tu foste vítima dela. Entrei em choque e demorei a assimilar. Como é que assimilamos a morte de um ente querido, ainda por cima tão novo (só tinhas 3 anos e eras super saudável) ? Na minha cabeça só te pedia desculpa. Desculpa não te ter conseguido salvar. Desculpa não te ter conseguido proteger. Merecias mais. Merecias a vida longa que ainda tinhas pela frente. Merecias todos os miminhos que eu te podia dar. Merecias todas as brincadeiras que a tua jovem vida ainda te podia proporcionar. Merecias todas as palavras doces que eu te podia dar. Obrigada por teres nascido naquele dia de maio. Obrigada por teres tornado o meu mundo mais colorido e mais alegre. Obrigada por me provares que o amor incondicional existe sim. Obrigada por me teres deixado amar-te e cuidar de ti. Sempre que te assustavas, eu assobiava a tua música preferida (do Harry Potter, não podia ser outra) e tu relutantemente vinhas e aceitavas festinhas. Obrigada por todas as brincadeiras que tinhas comigo. Obrigada por teres sido um amigo maravilhoso. Obrigada por me ouvires, quando ficava horas a falar contigo no nosso sofá, contigo aninhado no meu colo, que já fazia parte do nosso ritual e mesmo não entendendo o que eu dizia, o teu olhar doce dizia tudo por ti e davas-me sempre uma patinha amiga. Desculpa não te ter conseguido salvar. Lutei pare que tivesses sempre o melhor, principalmente o melhor de mim. Mesmo chegando a casa cansada, triste, chateada, independentemente do meu estado de espírito, uma patinha tua ou um ronronar teu melhorava logo tudo. Tinhas esse dom. Devias ter sido eterno. Não estava preparada para te dizer adeus. Efetivamente não te disse adeus, tinha-te dito um mero até já. Obrigada por me fazeres amar um ser tão extraordinariamente lindo, tanto fisicamente como na tua alma. Tinhas uma alma tão pura meu amor. Odeio que a vida te tenha tirado de mim tão cedo. Tão repentinamente. Num minuto estavas bem. No outro tinhas perecido. Num minuto tinhas vida em ti, estavas no teu esplendor e no minuto a seguir. Tiraram -te de mim. Num minuto estavas a brincar, no minuto a seguir, estavas a dormir eternamente. Tenho uma dor inexpugnável e uma cicatriz na alma que nunca vai sarar. Tu eras o meu companheiro. O meu Henry. o meu gato dos olhos lindos. Não vai haver nenhum gato como tu. Já não te vou ter ao lado dos meus pés na nossa cama, a ver-te fitar-me. Não sei como podem afirmar que vocês são uns seres irracionais, que não tem sentimentos. Que não tem noção das coisas. Que não sentem e não sofrem. Obviamente que essas pessoas nunca tiveram um melhor amigo de 4 patas. Tu eras O meu melhor amigo de 4 patas. Um poço de sentimentos, compreensão e empatia. Tínhamos um elo irrevogável. Eu sentia isso. E por mim. Era eterno. Tu eras eterno. O meu amor por ti era imensurável. Fazias hoje 7 aninhos. Já te ausentaste fisicamente há 1203 longos dias. Aquela palavra que mais me custa dizer : morte. Já tive grandes perdas antes. Mas tu foste a que custou mais. Julgo que é porque foi inesperado e ainda não aceitei que morreste de uma forma tão abrupta, tão sem sentido. Perder um animal é como perder o teu melhor amigo. É doloroso quando se aborda o tema da perda. Um animal é alguém fulcral no nosso desenvolvimento afetivo. Há estudos que apontam que perder um animal é equivalente a perder um elemento da família. Não necessito de estudos para saber que é uma realidade. Porque não foste eterno? Passaram 3 anos e ainda sinto saudades abismais tuas. Nem toda a gente percebe este amor incondicional que nutro por ti. Porque sim. Tu partiste fisicamente. Mas não empiricamente. O meu amor por ti não mudou uma vírgula desde que foste embora. Para mim eras uma pessoa. Uma pessoa confiável. Mais pessoa que muitos ditos humanos. Possuías mais inteligência e humanidade que muitas ditas pessoas que andam a errar por aí. Continua a doer? Muito. É doloroso chegar a casa e já não te ver a fitar -me e a te dirigires a mim a pedir festas e o carinho que tão bem merecias. Continuo a possuir um sentimento de culpa por não te ter conseguido manter perto de mim. Se sou egoísta? Sou. Tu fazias parte de mim. Um pedaço de alma pereceu contigo. Pequenos pedaços extinguem -se sempre que um de vocês desaparece. Muita gente não entende. Mas tu entendes. Estarias neste momento a colocar uma patinha no meu braço, como se a dizer que está tudo bem e que “estou sempre aqui contigo”, até que já não estavas. Demorei a aceitar sabes? Ainda hoje julgo que não aceitei por completo a tua partida. Não foi fácil fazer o teu luto. Consegui salvar -te quando nasceste. Senti -me impotente quando morreste. Tanta coisa que me faz lembrar de ti. Tanta saudade que me assola. Não consigo apagar os momentos que vivi contigo. Nem quero. Fazes parte de mim. Não arrancamos um pedaço de nós, não é verdade? Pus a nossa música como toque de despertador para todos os dias acordar para um novo dia contigo no meu pensamento. Eu as vezes escrevo-te. Escrevo -te a ti nesta madrugada enevoada. Sim. A ti. És o alguém que mais falta me faz. O alguém que não consigo parar de pensar neste corrupio que é a vida. O alguém que está tão enraizado na minha mente, que já nem sei se estou consciente ou a dormir. És o alguém que era o meu alguém. O alguém. Só o alguém. Eu ainda não consigo acreditar e aceitar que tu desapareceste. Sabes. Dizer que não sinto saudades tuas todos os dias, seria uma mentira e estaria a iludir -me a mim mesma. E tu saberias que era mentira. Sinto saudades tuas sim. De te ver e de te poder tocar. De falar contigo e desabafar contigo. De poder dizer que era feliz contigo ao meu lado. De quando estavas protegido do mal que assola o mundo. O outro mundo. Porque tu eras o meu mundo. Um ser extraordinário. Um ser angelical. Um ser muito inteligente e com uma alma linda. Aliás. Tu eras lindo por todo o ser que eras. Sim. Tu eras como um filho para mim. E perder-te dilacerou -me o “coração”. Eu não sabia que a saudade fazia uma ferida que aumentava de dia para dia. Dizem que o tempo tudo apaga e que tudo se esquece, contudo, sinto a tua falta todos os dias e a todas as horas e nunca esquecerei o quão te adorava. Às vezes penso que estás a meu lado como outrora, que te olho nos olhos e demonstro o quanto gosto de ti. O teu ser está impregnado na minha alma. Indelevelmente. Por aqui a vida continua. Sem ti no meu quotidiano, mas estás cá empiricamente e descortino-te nos olhos do teu pai, que ficou cá e salvamo-nos um ao outro da dor da perda e da solidão. E concordo com aquela premissa que enquanto não amarmos um animal, uma parte da nossa alma permanecerá adormecida. Podia estar aqui horas a falar de ti e da falta que me fazes todos os dias, mas tu sabes disso perfeitamente ❤️ “Não sei quando te voltarei a ver ou a ter notícias tuas, mas sabes uma coisa? Já não me importo, porque guardei-te no meu coração antes de partires. Numa noite perfeita entre tantas outras, liguei o meu coração ao teu com um fio invisível e troquei uma parte da tua alma com a minha, enquanto dormias.” Adeus Henry. Ana Luísa Praia
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annaluizapraia · 4 years ago
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annaluizapraia · 4 years ago
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annaluizapraia · 4 years ago
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annaluizapraia · 4 years ago
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Good advice!
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You heard him.
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annaluizapraia · 4 years ago
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My precious*
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annaluizapraia · 4 years ago
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HAKUNA MATATA!
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annaluizapraia · 4 years ago
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annaluizapraia · 4 years ago
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Vácuo
Meu querido vácuo Porque insistes em aparecer? Com tudo isto a acontecer Já nem sinto A verdade é essa Estás assim tão faminto? O meu silêncio alimenta-te? A direção ou destino Controlamos nós? Ou deixamos que controlem Com palavras e ilusões? Atos e sensações? E sentimentos confusos Horas perdidas A divagar Horas vãs A pensar Olho pela janela Chove Meus pensamentos divagam Como cada gota que transborda O silêncio é vital Para alguém que recorda Basta um mero sinal O infinito é assustador Porque traz-nos a dor Dor do desconhecido Do vácuo adormecido Ledo e esquecido Que é que uma pessoa faz Com as saudades que são imensas e não cessam? Guardamos e aguardamos Visto que somos todos insanos Porque não?
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annaluizapraia · 4 years ago
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“Vou parar de escrever. Dói-me a mão, dói-me o corpo, dói-me o pensamento. Dói-me a coragem que não tenho”
A Lua de Joana - Maria Teresa Maia Gonzalez
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annaluizapraia · 4 years ago
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It takes a certain kinda person to handle my kinda crazy 💋
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annaluizapraia · 4 years ago
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annaluizapraia · 4 years ago
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“As pessoas dizem que a vida é a história verdadeira, mas eu prefiro ler.”
Logan Smith
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annaluizapraia · 4 years ago
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A minha saga preferida. Alguns poderão achar que é infantil, outros que não tem o carisma do Senhor dos Anéis do nosso querido Tolkien ou um je ne sais quoi de um velho clássico, tal como Drácula (que é um dos meus livros preferidos), contudo, a mim remete para um mundo complexamente mágico, rico em personagens que estão sempre entre o limbo do bem e do mal, que joga com os sentimentos dos leitores e com a sua imaginação. Eu cresci com esta saga, o primeiro livro foi editado em 1997, tinha eu 6 anos. O meu irmão adquiriu o Harry Potter e a Pedra Filosofal e eu, na minha inquietude infantil e ávida por colocar em prática os meus dotes de leitura, pedi para o ler e ele, num misto de boa vontade e incredulidade da sua irmã caçula querer ler um livro já com aquela complexidade, acedeu. Foi num dia qualquer de Inverno, que descortinei pela primeira vez o mundo fantástico de Hogwarts. Vibrei quando o pobre Harry, orfão de pais, maltratado pelos tios e pelo primo, descobriu que era um feiticeiro, além de sobejamente famoso na comunidade feiticeira, e, secretamente , ansiei, que quando fizesse 11 anos, recebesse uma carta de Hogwarts (ainda julgo que uma coruja a extraviou!). Fui acompanhando o percurso deste inicial pobre orfão aka patinho feio, para o ver a transformar-se num Feiticeiro, valoroso, teimoso, intempestivo, impulsivo, leal e corajoso. Deu-me lições sobre a amizade e a coragem, a lealdade e a traição, a ambição desmedida e o impacto com a Morte, deixando também patente a existência da ténue linha entre o bem e o mal e fomentou a minha imaginação. Efetivamente, cresci. Atualmente tenho 30 anos, mas continuo a apreciar esta saga, que consegue ser complexa na sua simplicidade e todos os anos releio os 7 livros. Um compromisso que fiz com o primeiro livro, quando era uma petiza de 6 anos e que até hoje, tenciono cumprir. 
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annaluizapraia · 4 years ago
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Lá porque uma pessoa diz que não “gosta” de bebés e de crianças, que não consegue derreter-se com um bebé e acha-lo fofo, que não pondera ter filhos biológicos e provavelmente, se algum dia tivesse filhos, iria adotar, contudo, apesar disso, tenta sempre tratar as pessoas, independentemente da idade, cor de pele, nacionalidade, crenças religiosas e espirituais, gostos musicais, literários, cinematográficos, entre outros factores, da mesma maneira: educadamente, de maneira igualitária, com simpatia, mais ou menos “querida”, não torna essa pessoa uma má pessoa ou hipócrita. Hipocrisia era dizer que os bebés são todos fofinhos e que adora crianças e por trás, faz exactamente o oposto das suas palavras, tratando mal. As pessoas gostam muito de usar aquele argumento: “Oh Ana, isso dizes tu agora, quando conheceres alguém que queira ter filhos vais ter que ceder, o teu relógio biológico vai dar sinal, só estás a ser parva” ou até em último caso. Dizem que sou má pessoa. Eu não vou pedir desculpa por afirmar que não tenho muita afinidade com bebés e/ou crianças. Não tenho. Ponto. Não vou pedir desculpa por ser quem sou. Mas nunca tratei mal nenhuma, pelo contrário. E eu tenho direito a não “gostar” de crianças e a não querer ter filhos. Ponto. Só a mim isso diz respeito. Não interfere com a vidinha de ninguém, somente com a minha. E só isso me interessa. E digo mais. Gosto muito mais de animais do que da maior parte das pessoas, independentemente da faixa etária. Faz parte da minha idiossincrasia e não se vai alterar. E hipócritas são aquelas pessoas que tratam bem algumas pessoas, tratam mal outras e maltratam os animais e vem para as redes sociais cheios de falsa moralidade. Percebam que nem todas as mulheres nasceram com a predisposição de quererem ter filhos. Que é extremamente intrusivo perguntarem constantemente porque é que não tens filhos, que já estás na idade de os ter e que o relógio biológico te vai fazer mudar de ideias no que concerne a ter filhos. Podemos ser mulheres e tias incríveis e não sermos mães. É uma escolha nossa. Não é da sociedade. Acho piada que julgam as miúdas que tem filhos, mas querem impor essa obrigação às mulheres adultas só porque “ é tua obrigação teres filhos. É uma dádiva. Não devias desdenhar. Tantas mulheres que querem ter filhos e não podem e tu simplesmente és egoísta e nem queres”. Egoísta é ser mãe só para ficar bem perante a sociedade. Para preencher um vazio. Para prender alguém. Para agradar alguém. Por pressão de terceiros. Não. A opção é nossa. Sempre devia ter sido nossa. Por isso. Metam -se na vossa vida e contenham o impulso de serem metediços, porque nunca sabem qual é a história por trás das opções de cada uma. Eu adoro a minha sobrinha Alice, é a minha pessoa preferida no mundo todo e adoro o meu Fred, contudo, não mudei de ideias acerca da maternidade. Ps: Não cometi nenhum crime, se eventualmente o cometer, julguem-me e se algum dia mudar de ideias. Só eu continuo a ter algo a ver com isso.
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annaluizapraia · 4 years ago
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Memórias:
A memória é algo tão engraçado. Não nos conseguimos lembrar do que fizemos há 10 minutos, mas temos memórias presentes de há 10 anos. São essas memórias que ficam. As importantes. As dolorosas. As inesquecíveis. Que ficam nos recantos da memória. Que nos ficam até gravadas na alma, se acreditarmos que temos uma. Lembramo-nos de pessoas que já foram importantes para nós e que agora são meros desconhecidos com memórias em comum. Temos recordações de locais da nossa infância, que talvez para outrem não tem importância nenhuma, contudo, para nós tem uma importância vital. Mas é vital porquê? Porque foram recordações felizes. Basta invocar um parque de diversões, uma praia, a casa dos avós. A casa dos avós é uma memória que muitas pessoas partilham. Vêm-nos à memória o cheirinho de um bolo acabado de fazer pelas nossas avós, o sorriso dos nossos avôs. As traquinices que fazíamos no pátio da casa deles, raramente partilhadas com os nossos pais. Surge-nos lembranças daquele amigo de infância, que julgávamos que iria estar sempre ali e atualmente não tens contacto absolutamente nenhum com ele. Mas sabes que ele não te esqueceu. São memórias que não se desvanecem. Lembraste das histórias que a tua mãe te contava antes de adormecer, porque já era um ritual vosso e não conseguias dormir sem ouvir pelo menos pela 5000 vez a história do Patinho Feio. Tinhas sempre o mesmo entusiasmo, embora já a soubesses de cor. Nunca te esqueceste do primeiro livro que tu leste quando finalmente aprendeste a ler. Provavelmente até o tens guardado algures. Sabes perfeitamente a primeira bicicleta que tiveste e quando aprendeste a andar nela sem o auxílio de nada nem de ninguém. Lembraste do teu primeiro desgosto amoroso, que se resumia ao facto da Francisca gostar mais do Afonso do que de ti, ou o Pedro gostar mais da Matilde do que de ti. Ui. Tantas lágrimas que verteste nesse dia e que passou quando a tua mãe te deu um beijinho no dói dói. Hoje sorris quando te recordas dessa situação, que hoje consideras ridícula, visto que sabes perfeitamente que isso já não te cura os problemas mundanos. Mas é uma doce recordação. Lembraste do teu primeiro animal e de todos os que se seguiram, porque foram os teus companheiros de longa data, seja um gato, um cão, um canário ou uma tartaruga. Trataste de todos como se de filhos se tratassem e ainda hoje invocas memórias que passaste com eles. A primeira asneira e a consequente primeira admoestação, a primeira lambidela, a primeira vez que criaste um laço imensurável. É tão bom haver fotografias. Assim não te esqueces dos traços deles, quer seja dos animais, dos amigos ou da família ou até mesmo de locais onde estiveste e objetos que tiveste. Porque o tempo muitas vezes esvanece essas memórias, mas que nunca desaparecem. Podes mudar os teus ideais, as tuas crenças e as tuas filosofias, a tua maneira de ser e de interagir com terceiros, por conseguinte, nunca conseguirás alterar as memórias. Tens um baú onde guardas tudo. Desde o teu primeiro desenho, ao teu último convite para uma festa de anos. Foi um hábito que adquiriste ao longo dos anos. Porque ninguém te pode tirar essas memórias. Nem mesmo tu próprio. Memória. Funny thing.    
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