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Paul McCartney preso
Em 1980, mais precisamente em 16 de janeiro, ao desembarcar em Tóquio, no Japão, com Linda McCartney para uma turnê asiática dos Wings, Paul foi detido por posse de cannabis.
A polícia japonesa apreendeu as 226gr de drogas em posse de Paul e o levou para a cadeia. A justiça japonesa leva o crime de posse de drogas muito rigorosamente e isso quase levou McCartney a ser condenado a 7 anos de prisão. Porém, após 9 dias detido, ele foi liberado sem grandes punições, sendo apenas deportado imediatamente do país.
Paul só retornou ao Japão dez anos depois, com a turnê The Paul McCartney World Tour.
Em 2004, McCartney relembrou o ocorrido:
Estávamos indo ao Japão e sabia que não encontraria nada para fumar lá... Era muito boa [a droga] para jogar fora, então pensei em levar comigo.
Repercussão
Na época do ocorrido, os fãs ficaram chocados com a atitude de Paul, visto que ele havia se esforçado muito para conseguir o visto para trabalho no Japão, depois de os Wings terem sido recusados 5 anos antes pelo mesmo motivo: envolvimento com drogas.
O cantor não fez nenhum esforço para esconder a substância na mala, simplesmente colocou o pacote no meio das roupas.
Os shows da turnê de uma semana foram cancelados.
Durante a detenção
O ex-beatle ficou conhecido no centro de detenção como "Prisioneiro número 22" e, segundo relatos, passava os dias se exercitando e lendo livros levados pela esposa, Linda. Paul pôde optar por tratamento especial enquanto estava detido, mas ao invés disso, preferiu tomar banho junto dos outros presos.
George Harrison, ex-companheiro de banda, foi o único outro beatle a manter contato formal com McCartney, através de um telegrama internacional enviado a Linda e Paul ao Hotel Okura:
Estamos pensando em vocês com amor. Mantenham seus ânimos elevados. Será bom ter vocês de volta em casa em breve. Deus abençoe. Com amor, George e Olivia.
Rumores
Segundo rumores, o casal John Lennon e Yoko Ono tiveram papel crucial tanto na prisão quanto na liberação de McCartney da prisão japonesa.
Paul teria ligado para John, enquanto se dirigia aos EUA, para compartilhar com ele a droga havaiana que tinha conseguido, dizendo ser muito boa. John recusou a proposta, mas se enfureceu ao saber que os McCartney se hospedariam na suíte presidencial do Okura, onde ele e Yoko tinham a tradição de se hospedar todo verão.
Ao se queixar com a esposa desse fato, ela teria entrado em contato com as autoridades alfandegárias japonesas para alertá-los sobre o conteúdo da mala de Paul, afirmam vários insiders de Lennon.
Outros, entretanto, afirmam que a ação de Yoko aconteceu em prol de McCartney e ela teria sido, então, uma grande responsável pela sua libertação sem que enfrentasse os 7 anos de cadeia previstos em lei.
Declarações
O fotógrafo Bob Gruen estava, em 1975, com Lennon e McCartney num encontro que tiveram no edifício Dakota, residência de John. Lá, os dois conversaram sobre a turnê Wings Over The World e Paul comentou sobre como estava chateado com o cancelamento de seus shows no Japão.
O fotógrafo relatou, tempo depois do acontecido, que ficou chocado com a atitude de McCartney:
Paul estava dizendo sobre como estava ansioso para voltar [ao Japão] e foi por isso que fiquei surpreso quando ele pediu permissão pra voltar ao país e retornou levando um pacote de drogas - bem no topo da mala (...) Você simplesmente não pode fazer isso. Ele estava indo do Havaí, então entendo porquê ele tinha aquilo. Lembro de perguntar a John uma vez tipo 'como ele fez isso?' e ele me disse 'bem, como um beatle, nunca imaginou que alguém abriria sua mala. Nunca aconteceu antes.'
Paul reavaliou o acontecimento em 2001, enquanto compilava o documentário Wingspan:
Olhando pra trás agora, não consigo acreditar que fiz isso. É loucura, sabe? E isso aparece no filme, pois deixamos um segmento só pra isso. Eu penso 'eu não acredito...' e quando você vê aquele cara da alfândega abrindo a minha mala e tirando não uma pequena quantidade - o cara está tirando tipo uma quantidade enorme dela - Eu não sei o que estava passando na minha cabeça, pra dizer a verdade. E eu fico gelado só de assistir a cena.
Perguntado se, subconscientemente, seu desejo era o de ser preso, Paul declarou:
Acho que, psicologicamente falando, pode ter sido isso. Deve ter algo a ver com isso, porque acredito que estava pronto pra deixar os Wings. Acho que, mais importante ainda, não tínhamos ensaiado direito para aquela turnê e eu me sentia despreparado. Não acredito que dei um jeito de ser preso e colocado na cadeia por 9 dias só pra sair de uma banda. Quero dizer, vamos encarar, existem formas mais fáceis de fazer isso - e também tendo que pagar um milhão de libras para os promotores por débito. Acho que pode ter sido só uma coisa psicológica profunda. É um período estranho pra mim.
Prisões anteriores
Macca já havia sido preso duas vezes antes graças a seu envolvimento com drogas.
Em 10 de agosto de 1972, o cantor foi preso na Suécia por portar 200gr de maconha. Nessa ocasião, a polícia chegou a interromper um show dos Wings em busca dele e de sua mulher, Linda Eastman. Depois de pagarem uma multa de 1.800 dólares americanos, o casal foi expulso do país.
Paul e Linda chegando para prestar depoimento à polícia sueca.
Ao chegarem de volta à Inglaterra, não esconderam o motivo da prisão e Paul afirmou que sim, fumava maconha.
O alerta estava estabelecido às forças policiais e, em 20 de setembro do mesmo ano, sob denúncias recebidas, a polícia escocesa invadiu duas fazendas do músico em Campbelltown, onde encontraram pés de maconha. No ano seguinte, McCartney foi multado por esse cultivo.
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