Oi, meu nome é Karolyne Costa e este é um portfólio criado para a disciplina Psicologia Ambiental e Isolamento Social, em 2020, ministrada pelas professoras Umbelina Rego e Silvia Maciel, docentes da UFPE. O objetivo deste portfólio é refletir sobre o nosso relacionamento com o espaço e sobre o isolamento social imposto pela pandemia do COVID-19, na perspectiva da Psicologia Ambiental. Aqui reunirei, a cada semana, reflexões acerca dos temas estudados na disciplina e compartilharei meu desafio do isolamento, que consiste em compartilhar imagens do meu dia-a-dia sobre três temas: 1. Lixo? 2. Mundo enquadrado. 3. Verde, pra que te quero?
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Caminhos por onde andei: percursos imagéticos discursivos vividos ao longo da disciplina
Preciso começar dizendo: que bom que entrei na disciplina! Sabia que queria pegar um pouco do olhar de professoras que confio tanto sobre o que estamos passando, sabia que queria transformar essa experiência numa conversa mais sóbria, e sabia também que queria compartilhar isso com outras pessoas. Não esperava que fosse ser tão legal, na verdade.
Essa disciplina acabou sendo minha favorita (sem tentar ser “puxa-saco”), mas achei inteligente e pertinente a forma como a disciplina foi pensada e em como os temas foram trabalhados. Não senti que foi algo pesado, que me enfadou de forma negativa, pelo contrário, as discussões foram relativamente novas para mim, foi muito importante repensar o espaço considerando a saúde, o bem-estar, o respirar melhor, o não precisar de ar-condicionado todos os dias, o convite da natureza e o descarte do lixo. Foi um processo importante de pensar meu lugar no mundo e o que podemos fazer com o que aprendemos. E apesar de saber que as professoras eram capazes disso, não esperava mesmo que isso fosse feito assim tão leve e com tanto respeito por quem estava começando a enxergar por estas perspectivas.
Passei por um processo de repensar minhas atitudes, minha relação com o verde, que coincidiu com meu processo de me tornar vegana e entender que tudo o que eu faço neste mundo, fica neste mundo, e querer que os resquícios desse meu fazer sejam positivos para as gerações futuras. Que importante conversar sobre urbanização e mobilidade, sobre concreto e calor, sobre nosso comportamento e como nosso cotidiano pode promover saúde, sobre lixo e compostagem, sobre reciclagem e destinação de resíduos, sobre adotar comportamentos pró-ambientais e transformar nossas vidas, todas as vidas.
Quero agradecer às professoras, Umbelina Rego e Silvia Maciel, e a Alina Coriolano, por pensarem em uma disciplina tão inteligente, necessária porém confortável. Obrigada pela atenção, pelo cuidado, pelo diálogo, por querer nos ouvir, por nos dar a oportunidade de pensar sobre todos estes temas e elaborá-los em nós mesmos com tanta liberdade. A ideia do portfólio foi excelente e julgo ter sido uma das melhores experiências pedagógicas que já tive durante o curso. Quero agradecer ao ao meu grupo do mini documentário, Renan, Ravena e Rosangela, pela disponibilidade em trocar ideias e fazer esse trabalho lindo comigo. Também gostaria de agradecer aos meus colegas de turma por terem confiado em mostrar um pouco de suas vidas, suas casas, suas particularidades.
Termino este semestre de 2020.3 com um sentimento muito bom.
Obrigada a todos vocês e continuem usando máscara!
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Semana 10
Meu verde
Eu amo verde, natureza, e não consigo me imaginar morando em um lugar que não tenha pelo menos uma plantinha. Entendo que o verde alheio também é meu, na verdade, porque uma árvore não traz benefícios para apenas a família que mora na casa onde ela está. As árvores aqui ao redor, por exemplo, fazem sombra nos prédios próximos e abrigam uma família de saguis, passarinhos, beija-flores, formiguinhas, e quem sabe uns besouros bonitos e umas baratas. E o pé de manga dá fruta pra todo mundo, porque elas caem em outras casas também! Sem falar que o ar parece mais limpo, mais respirável, e o clima não fica tão quente.
E como isso faz bem! Que bom ter uma paisagem saudável, escutar o barulho das folhas balançando com o vento, os passarinhos cantando... uma vida repleta de concreto limita, aumenta o calor, irrita, entristece. Vejo mais liberdade no verde, mais cores, mais vida.
Aqui no prédio também temos uma hortinha e todos no condomínio podem se beneficiar e plantar o que quiserem. O porteiro, que é meio que o “faz-tudo”, cuida muito bem das plantas e ele mesmo traz muita coisa de sua própria casa, que também é repleta de verde, de acordo com ele. Temos vários tipos de pimentas, tomates, morango, manjericão, alface, couve, quiabo, e até um pé de berinjela!
Alguns vizinhos atrapalham um pouco a vida em comunidade: pegam mais do que o necessário para uma família. Foi o caso da minha babosa... alguma vizinha roubou todas as suas folhas, sabendo que era minha. Foi uma grande falta de respeito, comigo e com todas as outras pessoas do condomínio que viessem a precisar de um pouco de babosa.
Por toda a minha vida morei em apartamentos e este é o primeiro que é tão voltado para o verde, então tenho alguns carinhos por este lugar. Me sinto saudável aqui.
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Semana 9
Mundo enquadrado
Quando vi a proposta da disciplina de fazer o desafio do isolamento e vi o termo “mundo enquadrado”, entendi que esse mundo seria visto a partir de uma janela. Engraçado como meu entendimento se limitou à janela e o que havia fora dela, o que eu poderia ver através deste quadrado que tem a função de bloquear o vento, quem sabe a chuva, mas não a luz ou a imagem em si. Para isso, precisa-se de cortinas. Já comentei aqui que tenho uma relação complexa com o apartamento em que moro e o rejeito de certa forma, então sou muito voltada para o que acontece fora deste abrigo.
Comentei muito sobre o gato do vizinho, a quem carinhosamente batizei de Ziriguidum, e não o fiz simplesmente para o bem do portfólio, para ter conteúdo, ou por não saber o que falar. Fiz porque é o que faço todos os dias, estou sempre tentando entrar em contato com ele, várias vezes ao dia, porque sei que pela noite ele fica mais próximo do prédio onde moro e é mais fácil ele me dar atenção. Geralmente ele não me dá. Mas às vezes ele olha. Às vezes eu sei que ele me ignora. Mas quando ele me olha, quando lambe a patinha, se espreguiça, é um grande evento para o meu dia. Quis compartilhar um pouco do Ziriguidum com vocês também.
Vendo os outros portfólios e a aula sobre o mundo enquadrado, fiquei surpresa como as pessoas entenderam este enquadramento: havia telas! E que curioso eu não ter absorvido esse sentido para o meu exercício de mundo enquadrado porque estivemos todos rodeados de telas, todos os dias. Pelo celular, pude ver vídeos de outros gatinhos lambendo suas patinhas, pessoas compartilhando seu dia a dia em quarentena, pude entender que minha angústia em estar isolada não era singular, era compartilhada, e passar raiva todos os dias com notícias do desgoverno. Pelo computador, estudei à exaustão e percebi como uma tela pode ser agressiva com minha visão, mas ironicamente, depois de estudar, ia relaxar assistindo algo na Netflix pela televisão. Pelo kindle, adentrei outros mundos e me esqueci do meu, sendo mais uma a usar a Amazon para quase tudo... pobre Jeff Bezos.
Foi cansativo, mas gostei que escolhi a janela do meu quarto como meu mundo enquadrado. Descansar a vista faz bem, e tem muitas outras histórias acontecendo: hoje vi a vizinha do prédio da frente tentando chamar o Ziriguidum. Ele também a ignorou.
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Semana 8
Meu lix... MEUS RESÍDUOS
Eu sempre soube que todos precisávamos mudar nossas atitudes sobre o descarte do lixo, sobre preservação do meio ambiente, sobre desperdício de água... algumas coisas, mais fáceis, conseguimos colocar no nosso dia a dia, como por exemplo: fechar a torneira enquanto escovamos os dentes, fechar o chuveiro enquanto nos ensaboamos no banho, separar o lixo orgânico do lixo reciclável. Até porque essas coisas a gente estuda na escola, vemos na TV e esse reforço de vez em quando funciona.
Para mim, que sempre gostei de natureza, de verde, do cheiro de terra molhada quando chove, dos animais, das plantinhas, achei que eu devia isso em troca de toda beleza, proteção e benefícios que a natureza nos oferece. A minha preocupação com a separação do lixo começou, na verdade, não na escola, mas em um dos prédios que morei que tinha regras rígidas de separação de lixo. O morador que não seguisse essas regras levava multa, então meus pais me ensinaram a separar e jogar o lixo fora sozinha, eu devia ter uns 8 anos nessa época. O que começou com uma imposição acabou funcionando para a gente e levamos isso para outros apartamentos em que moramos, mesmo que o condomínio não fizesse questão disso. O óleo de cozinha nós também separamos, sempre achamos errado descartar óleo pelo ralo, de forma que sempre separamos uma garrafa PET para a disposição de óleo.
Hoje, depois de ler mais sobre lixo, resíduos, urbanização, e até mesmo sobre veganismo, que tem me interessado muito já que já sou vegetariana (e sabiam que dá pra fazer leite a partir de sementes de melão?), repenso se o que faço é suficiente. Olha o meu lixo... será que essas sacolas de plástico, que pegamos nos mercados, serve para descarte de lixo? Isso não é mais lixo? No lixo? Com o lixo? Isso só me soa a mais poluição. De acordo com o Greenpeace, as sacolas convencionais são responsáveis pela morte de 100 mil tartarugas e de um milhão de aves marinhas por ano. A opção seriam as sacolinhas comportáveis, mas para o meus pais isso soa como “gasto desnecessário” com direito a eco: gasto desnecessário, gasto desnecessário, gasto desnecessário...
Conversei com eles sobre adquirir o baldinho de compostagem do Recife Minhocas, queria tanto criar umas minhoquinhas! Mas riram de mim e minha mãe disse que já faz o suficiente criando plantas em casa e separando o lixo. É difícil repassar essas informações de forma que chamem a atenção do outro, né?! Que complicado! Mas toparam em usar o app Cataki, e ver se funciona mesmo. Quando uma questão envolve ajudar diretamente um ser humano, minha mãe fica mais influenciável.
Ao longo desse processo, também tentei entrar em contato com o síndico do condomínio onde moro mas não obtive resposta. Aparentemente o condomínio contratou uma empresa que o gerencia e ela não trabalha com separação de lixo; o porteiro não me deu muitas esperanças mas disse que sempre que consegue separar os lixos que vem soltos, ele separa, já que há dois baldes grandes de lixo no térreo do prédio.
Minha preocupação com meu lixo ainda não acabou, porque a questão das sacolinhas é meio complicada mesmo: não seriam tão ameaçadoras porque elas também podem ser recicladas, já que são de plástico, mas os lixos recicláveis poderiam estar em algum outro material, né?! Como jornal, mas quem lê jornal hoje em dia? Nem revista assinamos mais! Talvez um origami de papel...? Mas não usamos tanto papel aqui em casa... Viu que complicado?!
Talvez começar por adotar de fato as ecobags ou o carrinho de compras seja uma boa. Tudo o que para fazer, enquanto estou na casa dos meus pais, vou fazer, e aos poucos tentando fazê-los mudar de ideia, compartilhando informações, reforçando a importância que cuidar dos nossos resíduos.
Fico muito grata a essa disciplina, inclusive, por ter nos proporcionado conhecer tanta gente incrível e fazendo trabalhos essenciais para a cidade! Que lindo o trabalho da Juliana Maia, das meninas do Green Girls e do Recife Minhocas.
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Semana 7
O que é descartável?
A discussão acerca do descartável na sociedade contemporânea perpassa debates maiores, como Revolução Industrial, capitalismo, desenvolvimento econômico e consumo, desigualdade social, urbanismo... é um debate interdisciplinar. Na Psicologia, em especial a Psicologia Ambiental, tentamos beber de tudo um pouco na tentativa de lembrar que todos esses temas tem contribuições importantes para o debate acerca do lixo e do descartável e de como estas questões afetam nossa relação com o ambiente – e como ele se dá (SALGADO e CANTARINO, 2006).
A partir da Revolução Industrial e do desenvolvimento do capitalismo como sistema econômico, as regras sociais passaram a ser ditadas a partir de seus ideais: consumo frenético e lucro como objetivo maior. A desigualdade social é uma consequência “pequena” frente aos “benefícios” do capitalismo, pois nele podemos ser quem quisermos, visto que nossas recompensas são proporcionais ao tempo e esforço investidos, não é mesmo?! Até porque, para sustentar o luxo daqueles que muito trabalham e se esforçam, é preciso garantir a existência daqueles que farão esse papel: empregadas domésticas, garis, coletores e catadores de lixo. Em termos de urbanismo, geralmente essas pessoas tem moradia definida: as periferias.
A questão urbana agrava-se quando se depara com o crescimento acelerado das cidades, com o aumento das populações e com o fenômeno comum no Brasil e daí decorrente, o êxodo rural (SALGADO e CANTARINO, 2006). À medida em que estas questões se misturam e influenciam as mudanças pelas quais passa uma cidade, há aumento de produção de lixo, o que traz, caso não haja planejamento e cuidado da gestão pública, graves consequências ambientais, físicas, econômicas e sociais para o núcleo urbano (SALGADO e CANTARINO, 2006; MUCELIN e BELLINI, 2008).
Para o bem deste texto, vou evitar estender esse debate até a discussão do capitalismo e produção de resíduos, apesar de lembrar como ele define hoje a forma como descartamos nossos resíduos, e vou me ater apenas ao debate do descartável.
Os filmes Ilha das Flores (1989) e Lixo Extraordinário (2010) falam sobre a produção de lixo e sua destinação. Em Ilha das Flores, de forma divertida porém com fim ácido, faz-se um retrato da mecânica do consumo ao acompanhar a trajetória de um tomate, desde sua plantação até ser jogado fora, explorando o acúmulo de riquezas e a desigualdade social gerada pela sociedade contemporânea. O tomate é produzido e levado a um supermercado, no qual é comprado por uma dona de casa, que ao chegar em casa, percebe que um dos tomates que comprou não está em condições de consumo, jogando-o fora. O tomate, em meio ao lixo gerado na casa da mulher, é levado pelo caminhão de lixo e jogado em um terreno para a destinação de lixo na Ilha das Flores. O dono do terreno cria porcos e assim que o lixo chega, seus empregados separam o lixo orgânico que julgam adequados para a alimentação dos porcos. Aquilo que foi considerado impróprio para a alimentação dos porcos, é oferecida como comida para as pessoas pobres que vivem próximo à Ilha das Flores.
Em Lixo Extraordinário, o artista plástico Vik Muniz, que utiliza lixo como matéria para seus trabalhos, visita um dos maiores aterros sanitários do mundo até então: o Jardim Gramacho, na periferia do Rio de Janeiro. A ideia de Muniz foi fotografar um grupo de catadores de materiais recicláveis e então produzir uma obra a partir do lixo, tal qual o estilo artístico de Muniz. Ao longo do documentário, conhecemos os personagens, suas histórias e sonhos. São catadores, periféricos, em sua maioria negros e com esperanças de condições mais humanas de trabalho. O filme mostra a sessão de fotos, apresenta a visão dos trabalhadores sobre o aterro e o lixo, mostra a participação ativa dos catadores da produção das telas, suas reações e a viagem de um dos catadores, Tião Santos, presidente da Associação de Catadores de Materiais Recicláveis do Aterro Sanitário de Jardim Gramacho, a Londres para o leilão de sua tela, que é vendida por R$ 100.000,00. Com o dinheiro, Tião investiu na associação e trouxe muitos benefícios aos catadores do Rio de Janeiro, sendo hoje a associação uma líder nacional e internacional no movimento de materiais recicláveis.
A produção crescente de lixo e as facilidades criadas para atender demandas consumistas de uma sociedade produzem um excessivo volume de resíduos sólidos, sem que sejam considerados o cuidado e a atenção necessária para a eliminação destes resíduos. Neste sentido, a excessiva produção de lixo urbano é um dos maiores problemas sanitários e ambientais enfrentado principalmente pelos países menos desenvolvidos ou em desenvolvimento como o Brasil. Torna-se então necessário investir no gerenciamento da produção desses resíduos e sua disposição final, com enfoque na conscientização ambiental objetivando reduzir a geração de lixo urbano, bem como dar tratamento adequado. Um dos objetivos do gerenciamento do lixo urbano volta-se para o desenvolvimento da consciência ecológica do cidadão e requer medidas indispensáveis para a proposição de um novo paradigma que englobe a sociedade em uma atitude consciente quanto à sua responsabilidade na proteção do meio ambiente (ALMEIDA e AMARAL, 2006). Estas medidas consistem na introdução de novos hábitos e mudança de comportamento da população, principalmente quanto à produção e descarte do lixo residencial, a fim de promover a redução da geração desnecessária de lixo. As medidas seguem os princípios orientadores dos três Rs: redução, reutilização e reciclagem (ALMEIDA e AMARAL, 2006; SALGADO e CANTARINO, 2006). O investimento no processo de educação para a limpeza urbana e destinação final do lixo através de projetos pedagógicos é uma das propostas de mobilização comunitária (ALMEIDA e AMARAL, 2006).
Para além de atitudes individuais, deve-se salientar a importância de iniciativas públicas para a construção dessa consciência coletiva e para a organização e tratamento de resíduos. O foco ambiental desta questão consiste em pesquisar sobre e oferecer alternativas para a disposição final dos resíduos sólidos urbanos, uma vez que, na sua grande maioria, são lançados a céu aberto ou em aterros sem nenhum tipo de tratamento ou controle, gerando o chorume que além de contaminar os lençóis freáticos, é vetor disseminador de doenças (SALGADO e CANTARINO, 2006).
De acordo com Salgado e Cantarino (2006):
Os aterros devem ser operados com eficiência para que questões como geração de vetores transmissores de doenças e poluição da água não ocorram. Isso exige a compactação dos resíduos e à qualidade da cobertura para garantir a vedação das gretas que possibilitariam a proliferação de insetos e roedores e a formação de mau cheiro causado pela concentração e toxidade dos resíduos devido aos gases em decomposição bacteriana (metano, nitrogênio, dióxido de carbono, hidrogênio e sulfeto de hidrogênio), e comprometeriam seriamente os ecossistemas da região podendo, até mesmo, inviabilizar a extração de recursos naturais em função do alto grau de contaminação existente. Parte da poluição hídrica causada por resíduos urbanos é, também, função de carga originária de esgotos “naturais” provenientes de seu lançamento nos corpos d’água, prejudicando a captação de água pra consumo e o lazer saudável (p. 2).
Assim, faz-se necessário pontuar que ações positivas quanto ao descarte correto do lixo e sua destinação, assim como medidas de proteção nos aterros protegem não apenas o meio ambiente como também as pessoas que ali trabalham e têm esse ambiente perto de sua moradia, visto que a combinação entre a instalação de um aterro em um terreno e o crescente índice de desemprego e desigualdade social propicia o desenvolvimento de comunidades ao redor do aterro. Estas pessoas são expostas à contaminação e estão vulneráveis a vários tipos de doenças, de forma que a coleta de lixo urbana é uma das principais medidas sanitárias que ajuda a prevenir a proliferação de doenças em zonas urbanas e também rurais (SOBRAL e SOBRAL, 2019).
Nas fotos: frames do filme Lixo Extraordinário (2010) e por fim uma menina brinca com seu irmão em um lixão no subúrbio de Yangon, Mianmar, em 2012. Foto de Damir Sagolj/Reuters.
Referências bibliográficas
ALMEIDA, R. A. J.; AMARAL, S. P. Lixo urbano, um velho problema atual. In: XIII SIMPEP, 13., Bauru, São Paulo. 2006. Disponível em <https://simpep.feb.unesp.br/anais/anais_13/artigos/78.pdf>. Acesso em: 15 de outubro de 2020.
ILHA das Flores. Direção: Jorge Furtado. Produção: Giba Assis Brasil, Mônica Schmiedt, Nôra Gulart. Rio Grande do Sul: Casa de Cinema de Porto Alegre, 1989 (13min).
LIXO Extraordinário. Direção: Lucy Walker, João Jardim, Karen Harley. Produção: Hank Levine e Angus Aynsley. Brasil/Reino Unido: [s. p.], 2010 (90min).
MUCELIN, C. A. & BELLINI, M. Lixo e impactos ambientais perceptíveis no ecossistema urbano. Sociedade & Natureza, Uberlândia, v. 20, n. 1, pp. 111-124, jun., 2008.
SALGADO, M. F. M. A. & CANTARINO, A. A. A. A riqueza do lixo. XIII SIMPEP - Bauru, SP, Brasil, 6 a 8 de novembro de 2006.
SOBRAL, M. F. F. & SOBRAL, A. I. G. P. Casos de dengue e coleta de lixo urbano: um estudo na Cidade do Recife, Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, v. 24, n. 3, pp. 1075-1082, 2019.
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Semana 5
Que sentidos o espaço singular da casa traz para a nossa vida?
Gaston Bachelard parte de uma perspectiva fenomenológica, especificamente a fenomenologia de Minkowski, para pensar a casa. E a fenomenologia como tal entende que um fenômeno precisa ser tratado como o é em si mesmo, de forma que o indivíduo precisa se desprender de tudo o que aprendeu sobre o fenômeno, sobre sua descrição, suas consequências, seus relativos. Bachelard quer ir além da descrição da casa, afirmando que esse trabalho seria muito bem feito por geógrafos e etnógrafos. Ele quer entender a essência de todas as casas, do conceito de moradia, a forma como “nos enraizamos, dia a dia, num ‘canto do mundo’” (BACHELARD, 2008, p. 200).
Este é o primeiro conceito apresentado por Bachelard: a casa é nosso canto do mundo. Ela é nosso primeiro universo, nosso primeiro cosmos. E essa ideia conversa com a postura fenomenológica de Bachelard, pois intenta enxergar a casa a partir de seu primeiro ponto de partida na nossa experiência com ela, enxergá-la a partir dos valores desse espaço habitado (BACHELARD, 2008).
O sentido de habitar também é grande em Bachelard, pois para ele todo espaço verdadeiramente habitado traz a essência de noção de casa, assim como o papel da imaginação para construirmos essa noção de casa:
[...] veremos a imaginação construir “paredes” com sombras impalpáveis, reconfortar-se com ilusões de proteção ou, inversamente, tremer através de um grande muro, duvidar das mais sólidas muralhas. Em suma, na mais interminável dialética, o ser abrigado sensibiliza os limites de seu abrigo. Vive a casa em sua realidade e em sua virtualidade, através do pensamento e dos sonhos. (BACHELARD, 2008, p. 200)
Bachelard (2008) também trabalha a historicidade que a noção de casa apresenta, pois para ele a casa não é uma casa apenas no dia-a-dia, ela o é do decorrer da história e na narrativa da nossa história: “O verdadeiro bem-estar tem um passado” (BACHELARD, 2008, p. 200). O filósofo também relaciona as diversas moradias pelas quais passamos aos sentidos de conforto, bem-estar, proteção, infância e felicidade, afirmando que essas diversas moradas se interpenetram e compartilham memórias, lembranças e sentidos.
Eu gosto deste olhar filosófico sobre a casa, porque para mim a casa é um dos lugares mais importantes pelos quais passei, então construí muitos sentidos ao redor dela. Perdi minha casa própria aos 16 anos, o edifício começou a desabar às 5h, estávamos todos dormindo e acordamos com os vizinhos gritando, batendo às portas, avisando que o prédio estava prestes a desabar. Até então a única coisa que eu pensava sobre a casa é que ela me protegia: eu existia ali como uma forma de existir longe do mundo, que era perigoso e poderia me machucar. Bom, esse dia me fez mudar de ideia, já que minha própria casa me ameaçou.
Antes, eu agradecia por ter uma casa, é o que nos ensinam, pois muitos não tem uma construção com muros ao redor de seu corpo para chamar de “casa”. Mas passei a perceber que muitos de nós temos casas, mas não são seguras. Quais os sentidos que surgem numa casa que não transmite proteção? Hoje em dia, vivemos, eu e minha família, nos mudando e esperando pela indenização por perda de imóvel e danos morais. Recebemos auxílio-aluguel e temos que nos mudar bastante porque de ano em ano o valor do aluguel aumenta muito, e não podemos exceder o valor do auxílio que é o mesmo desde 2013, mesmo o mercado mobiliário aumentando taxas e ajustes. Então apesar de gostar do olhar filosófico sobre a casa, não consigo me ater a ele. Para mim, casa também significa dinheiro. A casa também é material, também é tijolo, concreto e por vezes infiltração.
Ao longo da minha vida, morei em 11 casas/apartamentos e desde que o edifício desabou, sinto que não estou em casa. Sinto que ela foi arrancada de mim e este lugar que hoje habito é temporário. Não o decorei, não dei cores, não dei minha cara às paredes, mas emprestei meus livros para algumas estantes. Durante a quarentena nessa pandemia de COVID-19, tentei enxergar este lugar como minha casa, mas ainda me sinto uma visita. As únicas coisas que me confortam, que sei que são minhas, são minha cama e meus livros. Quando tenho os dois comigo, sinto cheiro dos sentidos que Bachelard menciona: infância, conforto, bem-estar, proteção e felicidade.
Referências bibliográficas
BACHELARD, G. A poética do espaço. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2008.
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Semana 4
¿Casas y escuelas anticovid? El ejemplo de cómo la arquitectura moderna frenó la tuberculosis
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Todo mundo fala hoje sobre o “o novo normal”. Isso significa que a nossa forma de viver mudou, e tudo por conta da pandemia de COVID-19. Agora encontramos menos pessoas em locais fechados – muitas vezes há um limite pré-estabelecido; precisamos usar álcool em gel antes de entrar nos ambientes, lavar constantemente as mãos, não tocar o rosto, usar máscaras e manter o distanciamento social.
A pandemia de tuberculose no fim do século XIX trouxe preocupações similares, uma vez que a doença é transmitida por via aérea. O bacilo responsável pela doença é sensível à luz solar e a circulação de ar possibilita a dispersão das partículas infectantes. Por isso, ambientes ventilados e com luz natural direta diminuem o risco de transmissão.
Naquela época, de forma a evitar e combater a pandemia, arquitetos começaram a pensar nas chamadas “escolas ao ar livre” (open air schools), com salas amplas, quase sem paredes, grandes janelas, portas retráteis e tetos abertos. Essa tendência cresceu de forma que casas e prédios, principalmente hospitais e escolas, tivessem a mesma lógica sanitária, higiênica, de fácil limpeza, física ou simbolicamente: prédios brancos construídos em pilotis, janelas grandes que iluminavam todo o ambiente, áreas abertas para ventilação.
As medidas arquitetônicas tomadas a partir daí funcionaram e hoje servem de experiência para vivermos uma nova pandemia que também precisa de ar fresco e ventilação como estratégia de combate. As nossas casas são hoje o ambiente mais importante para nossa saúde e segurança, de forma que novos significados podem ter surgido a partir da nossa experiência de quarentena. As janelas devem ter se mantido abertas, o apinhamento foi proibido e nosso quarto ou sala podem ter virado nosso escritório de trabalho. As mudanças de comportamento vieram a partir de uma necessidade sanitária e podem impactar mais ainda nossa forma de vida daqui pra frente. Hoje, o ar condicionado deu lugar a vidros abaixados dentro do carro, e é verdade que os níveis de poluição diminuíram desde o começo da quarentena ao redor do mundo, principalmente o de dióxido de nitrogênio (NO2), emitido pela combustão dos motores à explosão (FERREIRA, 2020).
A partir dessas exigências que a pandemia trouxe, é possível que muito mais mude, inclusive nossa arquitetura ou mesmo na busca de soluções pró-ambientais, já que cientistas apontam que outras epidemias ou pandemias podem vir, como citou Francis Lacerda: “Há riscos de a próxima pandemia ocorrer no América do Sul”. Fiquemos atentos, lavando as mãos e usando máscara!
Referências
CONFIDENCIAL, El. ¿Casas y escuelas anticovid? El ejemplo de cómo la arquitectura moderna frenó la tuberculosis. 2020. (7m). Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=qsaZPRbh3cs>. Acesso em: 18 de setembro de 2020.
FERREIRA, Nicola. Queda da poluição na pandemia de coronavírus já evitou milhares de mortes. Veja Saúde. São Paulo, 7, julho, 2020. Disponível em: /<https://saude.abril.com.br/medicina/queda-da-poluicao-na-pandemia-de-coronavirus-ja-evitou-milhares-de-mortes/>. Acesso em: 18 de setembro de 2020.
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Semana 3
Síntese sobre o webnar da ABRAPA
O webnar promovido pela Associação Brasileira da Psicologia Ambiental (ABRAPA) contou com a mediação do professor Hartmut Günther e dos palestrantes Lucas Heiki, Uirá Lourenço e Claudia Pato, no dia 27 de julho de 2020. O tema da webnar, “Gerenciamento de Crise e Perspectivas Futuras”, tratou do comportamento humano frente a crises, tanto de reação, quanto de prevenção e cuidados futuros; falou de mobilidade ativa em centros urbanos e de planejamento urbano pensando na qualidade de vida e levantou questionamentos sobre a pandemia de COVID-19 na perspectiva da Psicologia Ambiental.
Apesar da crescente preocupação com a preservação da natureza, dos estudos demonstrando o avanço acelerado do aquecimento global, das consequências da exploração predatória do meio ambiente, de estes temas terem ganhado relevância global, envolvendo segmentos governamentais, organizações públicas e privadas, acordos mundiais e elaboração de diferentes documentos norteadores para a efetivação de políticas públicas de combate à destruição da natureza, ainda obtemos resultados limitados (CARVALHO e MANSANO, 2019).
Uma das preocupações da Psicologia Ambiental é sobre as estratégias que podem ser adotadas, em determinadas situações, para influenciar a mudança de comportamento (MOSER, 1998). Ao passo em que a Psicologia Ambiental se preocupa com questões menores, como percepção de espaço, ela também se interessa sobre como uma cidade se estrutura e como ela influencia o cotidiano dos indivíduos que nela habitam. Isto significa pensar, no âmbito da Psicologia, de que forma o espaço promove qualidade de vida. O nosso comportamento, então, precisa entrar nesse debate, uma vez que a forma como percebemos e lidamos com questões que nos envolvem, seja física ou socialmente, está ligada ao quão saudável está sendo o nosso cotidiano e o nosso futuro.
É neste sentido que a Psicologia Ambiental se interessa em como o indivíduo reage às condições constringentes do ambiente, como, por exemplo, o estresse. E o conceito de estresse é muito importante quando falamos sobre centros urbanos e grandes cidades, pois ruídos, poluição, transporte, riscos na moradia, alta densidade demográfica são fatores potencialmente estressores (MOSER, 1998).
Um dos temas discutidos no webnar, pela Claudia Pato, foi a perspectiva futura das mudanças que a pandemia de COVID-19 trouxe para o mundo e até que ponto ela pode influenciar a nossa mudança de comportamento em direção a uma vida mais sustentável, de maior contato e respeito pela natureza. A pandemia demonstrou que mudar o comportamento de um indivíduo é um desafio, principalmente em escala mundial, pois muitas vezes começamos a adotar alguns novos comportamentos mas eles não perduram. Além disso, o modo de vida individualista, comentado pelo Uriá Lourenço, é um grande bloqueio para a elaboração de estratégias e adoção de comportamentos pró-ambientais.
A responsabilidade em mudar nossas atitudes acerca do meio ambiente não recai apenas no âmbito individual. As diversas conferências mundiais realizadas com chefes de Estado, como a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, em 1972, e a Conferência ECO 92, em 1992, cumpriram um papel importante ao elaborar agendas globais sobre o meio ambiente, os direitos humanos, a justiça social e as mudanças climáticas (CARVALHO e MANSANO, 2019). No Brasil, foi adicionada à Constituição Federal de 1988 dispositivos referentes ao Meio Ambiente. Entre eles, o artigo 225 que o considera essencial à qualidade de vida. Assim, ficou à responsabilidade ao poder público e à coletividade de defender e preservar o Meio Ambiente para as gerações presentes e futuras (SANTOS e FELIPE, 2019, citam a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988).
Para que as agendas pudessem ser colocadas em prática era necessário, entretanto, que os líderes mundiais se afastassem das agendas corporativas e dos interesses econômicos já conhecidos. Agrava-se o problema ao separar a responsabilidade dos valores capitalistas vigentes das consequências que ele traz, pois dificulta que o consumidor avalie e reconheça sua implicação social e ecológica nos atos de consumir e descartar. Infelizmente, estes interesses ainda se sobressaem à aceitação de soluções efetivas que possam minimizar as consequências do problema (CARVALHO e MANSANO, 2019).
Falo em “aceitar as soluções” pois há, de fato, trabalhos, pesquisas, propostas, ideias pró-ambientais. As pessoas se preocupam com a qualidade do ar que respiram, as pessoas querem comer melhor, querem um espaço de convívio comunitário. Como bem comentou o Uriá Lourenço sobre uma filosofia da mobilidade ativa: “Dê espaço e as pessoas aparecem”.
Os resultados que estas conferências trouxeram ainda são muito tímidos frente à gravidade do problema. Para além da visibilidade que a discussão pró-ambiental precisa e já tem, seria necessário que os líderes mundiais, nacionais, grandes empresários, governadores, prefeitos e vereadores intentassem uma aproximação decisiva, local e nacional, em prol do cotidiano das populações, da qualidade de vida e dos direitos humanos.
Referências bibliográficas
CARVALHO, P. R.; MANSANO, S. R. V. Ecologia e Mobilização Social: um desafio para a Psicologia. Psicologia: Ciência e Profissão, v. 39, e188690, pp. 1-13, 2019.
GÜNTHER, H.; HEIKI, L.; PATO, C., & LOURENÇO, U. Psicologia Ambiental na pandemia: gerenciamento de crise e perspectivas futuras [Arquivo de vídeo]. 2020. Recuperado de <https://www.youtube.com/watch?v=jlKC-ITRaH0>.
MOSER, G. Psicologia Ambiental. Estudos de Psicologia, 3(1), pp. 121-130, 1998.
SANTOS, I. S.; FELIPPE, M. L. Psicologia Ambiental e Recursos em Sustentabilidade: revisão integrativa. Psicologia: Ciência e Profissão, v. 39, e185833, pp. 1-15, 2019.
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Semana 2
O que é Psicologia Ambiental?
A Psicologia Ambiental propõe-se a estudar as relações entre ambiente e comportamento humano, a pessoa em seu contexto, tendo como tema central as inter-relações e não somente as relações entre pessoa e meio ambiente físico e social. Analisa como o indivíduo avalia, percebe e modifica o ambiente e, ao mesmo tempo, a forma como ele é influenciado por esse mesmo ambiente (relação dinâmica de reciprocidade) (MOSER, 1998; CARVALHO, 1993; CORRAL-VERDUGO, 2005).
Por tratar de questões tão complexas que vão além da Psicologia, a Psicologia Ambiental é tida como uma área de estudos de um campo interdisciplinar sobre as relações entre o homem e o meio ambiente (CORRAL-VERDUGO, 2005; MOSER, 1998; CARVALHO, 1993), pois outras perspectivas integram este campo, além da psicologia ambiental, como a ecologia humana, sociologia ambiental e urbana, arquitetura, planejamento e administração de recursos naturais e geografia comportamental (CARVALHO, 1993). Citando Stokols (1998), Carvalho (1993) afirma que a Psicologia Ambiental se difere destas outras áreas ao colocar uma ênfase maior nos processos psicológicos básicos a níveis cognitivos, como aprendizagem e desenvolvimento, bem como nos níveis de análise individual e de grupo, em contraposição ao nível de análise de sistemas sociais. A Psicologia Ambiental surge, inclusive, a partir de interesses da Arquitetura e da Psicologia Geral, na Europa em meados dos anos 70 (MOSER, 1998).
A Psicologia Ambiental trabalha com alguns conceitos importantes para o entendimento sobre a inter-relação sujeito e meio ambiente, como o conceito de espaço físico e o de dimensão temporal (MOSER, 1998), uma vez que interagimos diferentemente dependendo do local que estamos e da nossa percepção dele, e fazemos referência ao passado de um determinado lugar e projetamos o futuro a partir dele. Ao passo em que se desenvolvia, a Psicologia Ambiental elaborou conceitos próprios como cognição ambiental, mapeamento mental, história residencial, identidade ambiental, (percepção de) aglomeração (MOSER, 1998).
Duas abordagens dominaram a Psicologia Ambiental na tentativa de entender e resolver os problemas que surgiam a respeito das interações ambiente-comportamento (CORRAL-VERDUGO, 2005). Uma abordagem privilegiou o estudo dos efeitos ambientais sobre o comportamento, analisando a percepção ambiental, mapas cognitivos, preferências ambientais, efeito da estimulação ambiental sobre o desempenho humano, relações entre projetos e usos de espaços construídos. A segunda abordagem estuda como e porquê o comportamento humano afeta o ambiente, interessando-se por conservação e comportamento sustentável, pelo estudo de crenças ambientais, valores, personalidades e capacidades, e investigando a associação entre variáveis demográficas e comportamento ambientalmente relevante (CORRAL-VERDUGO, 2005).
Referências bibliográficas
CORRAL-VERDUGO, V. Psicologia Ambiental: objeto, “realidades” sócio-físicas e visões culturais de interações ambiente-comportamento. Psicologia USP, São Paulo, 16(1/2), pp. 71-87, 2005.
CARVALHO, M. I. C. Psicologia Ambiental: algumas considerações. Psicologia: Teoria e Pesquisa, Brasília, Vol 9, nº 2, pp. 435-447, 1993.
MOSER, G. Psicologia Ambiental. Estudos de Psicologia, 3(1), pp. 121-130, 1998.
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Semana 1
Me chamo Karolyne, mas todo mundo me chama de Karol e por mim tudo bem. Tenho 25 anos e moro em Recife desde os 11. Nasci aqui mas fui criada no Espírito Santo, e apesar de sentir falta dos laços que lá fiz, não deixo meu Pernambuco por nada! Talvez por algumas viagens ao Amazonas, Maranhão e quem sabe Turquia?!
Amo viajar, amo ver coisas novas ou ver as coisas que já conheço por novos ângulos. Em geral, eu amo ver. Tenho um astigmatismo forte que me faz segurar meu olhar a cada coisinha com a qual eu entro em contato, e tenho um carinho especial por cores. Menos amarelo, tenho problemas com amarelo. Sou muito curiosa e dedicada a tudo o que faço, desde minhas relações pessoais até o meu trabalho. Gosto de estudar, conhecer pessoas novas e inventar histórias na minha cabeça - nunca levo ao papel porque elas sempre mudam. Também amo desenhar, rabiscar, ilustrar, dar forma às coisas que eu imagino...
O isolamento tem me dado a oportunidade de brincar com as coisas que gosto, ver os filmes que estavam na minha lista desde 2014 e ler o box de Guerra e Paz que comprei em 2019 jurando que ia ler naquelas férias, mas sinto falta das pessoas que sempre estiveram comigo pessoalmente. Isso me afeta mas seguimos fortes protegendo uns aos outros.
Continuem usando máscara e lavando as mãos <3
Estou animada para este semestre, mesmo de longe, e com esta disciplina! <3
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