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Agroecologia e Agricultura Familiar
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Portfólio para disciplina de PPP III, do curso de Pedagogia da UFSCar-Sorocaba Início Quem Somos Agroecologia Aulas Entrevistas Nossas Plantas
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agroecoppp-blog · 6 years ago
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Entrevista com a Secretaria de Abastecimento e Nutrição
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fomos bem recebidas. Explicamos qual era o assunto que gostaríamos de tratar e logo de cara nos disseram que íamos conversar com as nutricionistas.  A entrevista se deu por email em que enviamos várias perguntas e deixamos espaço para que falassem sobre outros pontos que não tocamos. Quem nos atendeu e respondeu nossos questionamentos foi a nutricionista  Renata Gonçalves Falcato Catini. Algumas questões não foram respondidas, pois a nutricionista se ateve aos assuntos ligados à merenda escolar, enviando as demais perguntas ao chefe da Seção de Agricultura e Abastecimento, que infelizmente, até o presente momento, não nos deu retorno. P: Existem políticas públicas voltadas à agroecologia e à agricultura familiar? Se existem, quais são as leis relacionadas à agricultura familiar e à agroecologia em Sorocaba? R: Na merenda escolar são utilizadas a Lei nº 11.947 de 16/06/2009 (Art. 14) e a Resolução FNDE nº 26/2013 (Art. 24). P: Qual a relação que a Secretaria de Abastecimento e Nutrição possui com os pequenos produtores? R: A Seção de Alimentação Escolar mantem contato com os produtores rurais através das cooperativas que fornecem hortifrútis para a merenda escolar - atualmente a Prefeitura mantém contrato com as cooperativas: CCPRA (Central Coop. Produto Rural e Abastecimento), Coopguaçu (Coop. mista do Bairro Caguaçú) e Coafai (Coop. de Agricultores Familiares de Itareré)   P: Existem parcerias entre a Secretaria, os pequenos produtores e a merenda escolar que é oferecida nos CEIs e escolas municipais? R: Atualmente, as cooperativas citadas acima fornecem gêneros hortifrútis para a merenda de todas as escolas de Sorocaba. São fornecidos os seguintes gêneros: abóbora, abobrinha, acelga, alface crespa e americana, banana nanica e prata, beterraba, brócolis, couve manteiga, couve-flor, limão, morango, pepino, pimentão, repolho, salsa, uva, vagem, batata doce, cebola, cenoura, chuchu, inhame, laranja pera, maracujá azedo, melancia, mexerica ponkan, tomate e mandioca processada.   P: Se não, de onde vem os alimentos utilizados nas merendas oferecidas nesses locais? R: Além dos contratos da Agricultura Familiar, o município possui contrato com empresas terceirizadas, para fornecimento de refeições nas unidades escolares. P: Os alimentos são produzidos da forma convencional, utilizando agrotóxicos que podem ser maléficos para a saúde em longo prazo? R: Atualmente, todos os produtos adquiridos são provenientes de cultura convencional. Há intenção desta equipe em adquirir produtos orgânicos, no entanto, os produtores orgânicos ainda estudam sua capacidade de produção para fornecer à merenda, uma vez que o volume de alimentos adquirido pela Prefeitura é muito grande. Renata Gonçalves Falcato Catini Nutricionista - CRN3 32321 Seção de Alimentação Escolar Secretaria de Abastecimento e Nutrição Tel.: 3212-2884 A SEABAN fica na Rua Frei Galvão, 229 - Vila Santana, Sorocaba - SP, 18055-270, ao lado do CEI 02. No SITE da secretaria é possível encontrar o mapa das Feiras Livres (que mostra todos os tipos de feiras e os dias em que acontecem), os cardápios da alimentação escolar (do mês atual e do próximo), entre outras informações.
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agroecoppp-blog · 6 years ago
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Desafios e superações na comercialização de produtos orgânicos na região de Sorocaba
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Durante a entrevista no Parque Chico Mendes com o técnico da prefeitura José Carmelo, ele nos deu uma dica de leitura acerca do livro
Plantando Sonhos: Experiências em Agroecologia no Estado de São Paulo
, produzida pela Sociedade Brasileira de Etnobiologia e Etnoecologia.
O capítulo 24, p.206, em especial, de sua coautoria juntamente com Bruno Franques, Fernando Silveira Franco, João Rissato, Josiane Siqueira, Rodrigo Brezolin Buquera, Suzana Rodrigues Alvares, Tainara Proença Nunes, em que trata sobre Os desafios e superações na comercialização de produtos orgânicos na região de Sorocaba, você pode conferir abaixo: INTRODUÇÃO Em meio à crise ecológica, econômica, política e social que vivemos, é fundamental sermos criativos e solidários. Para criarmos e fortalecermos processos sustentáveis, colaborativos e participativos de um lado, e de outro, devemos argumentar, para que esses processos se tornem alternativas consistentes e que tenham espaço apesar do inescrupuloso sistema convencional. A economia solidária, o consumo consciente e os circuitos curtos de produção e consumo, são bases conceituais teóricas de tecnologias sociais, com profundo enraizamento prático, que fazem dialogar o saber técnico-científico com o saber popular, de que constituem abordagens bastante amplas, ricas e promissoras que vêm ganhando cada vez mais adeptos no enfrentamento das adversidades do mercado atual. Tecnologia social é um conceito amplo, que “pode compreender tanto produtos como técnicas com metodologias reaplicáveis, desenvolvidas em interação com a comunidade e que representem propostas efetivas de transformação social” (GADOTTI, 2009). A solidariedade na economia atual, só será possível se for organizada igualitariamente pelos que se associam para produzir, comerciar, consumir ou poupar. A economia solidária é um modo de produção alternativo ao modo de produção capitalista, mas que é capaz de se desenvolver no bojo do sistema que visa transformar. Segundo Paul Singer, seus princípios básicos são a “propriedade coletiva ou associada do capital e o direito à liberdade individual” (SINGER, 2002). A reinvenção da economia solidária no Brasil é recente, mas apresenta grande vigor e notável criatividade institucional. Na área rural, as cooperativas de produção agrícola têm reunido produtores familiares com o intuito de agrupar sua produção, facilitando o acesso desses produtores ao mercado e a programas de compras institucionais, como o PAA e o PNAE. As cooperativas viabilizam também a aquisição coletiva de equipamentos para a produção, beneficiamento e logística de distribuição. Os circuitos curtos de produção e consumo tratam basicamente do estímulo à economia local através do fortalecimento dos laços de produção e consumo dentro da própria comunidade. O estreitamento das relações entre essas e outras atividades como educação, pesquisa, comunicação, turismo e outros serviços também são fundamentais nesses circuitos transdisciplinares de reconhecimento e incentivo recíproco e horizontal. Alinhados com as propostas da economia solidária, os circuitos mais avançados contam inclusive com moeda própria, como mais uma forma de incentivar os elos da corrente a manterem os recursos circulando dentro de suas próprias comunidades. O consumo consciente estimula a comunidade, entre outras ações, a pensar na trajetória de determinado produto antes da decisão da compra. Muitos coletivos e entidades ligadas às etapas do processo da alimentação, em consonância com a proposta, adotaram a seguinte frase de impacto para estimular os consumidores a pensarem na consequência de seus atos: “O que você alimenta quando se alimenta?”. Trata-se de entender a alimentação como um ato político,econômico e cultural, com uma pegada ecológica. Dando preferência para os alimentos produzidos localmente, ajudamos os agricultores familiares da região a se fortalecerem perante a truculência do grande agronegócio e a continuarem produzindo seus produtos mais saudáveis e seguros para nossa comunidade, alimentando também a sua própria subsistência. Conhecendo o agricultor que produziu nosso alimento, cultivamos uma relação de confiança onde conseguimos um preço mais justo e alimentos com maior qualidade, ao mesmo tempo em que o agricultor, sem o atravessamento do intermediário, recebe mais pelo seu trabalho e ganha um estímulo para cultivar alimentos cada vez mais saudáveis. Peças de comunicação, campanhas, oficinas, eventos e publicações que explicam e destacam essas relações são fundamentais para que os consumidores gradualmente passem a adotar tais práticas. Mas apenas a comunicação e a educação não bastam para que a transformação aconteça. O consumidor precisa saber onde encontrar o produtor para que a relação se estabeleça. Nesse sentido, as feiras agroecológicas da agricultura familiar são fundamentais. Cooperativas de consumo, Cestas de produtos agroecológicos e o CSA - Comunidade Sustentando a Agricultura são organizações mais avançadas que completam o ciclo a partir da ótica do consumo, mas também ajudando a organizar e viabilizar a produção. Voltaremos a elas mais adiante. A produção de base agroecológica da agricultura familiar enfrenta cotidianamente diversos desafios. Após a famigerada Revolução Verde - nome dado ao processo de industrialização do campo que teve início globalmente na década de sessenta do século passado - a escala da produção agrícola aumenta vertiginosamente, aliada à alta mecanização da produção, ao uso intensivo de agrotóxicos e outros insumos químicos, à monocultura, aos grandes latifúndios e a produção de commodities em detrimento da produção de alimentos. Os povos indígenas, os quilombolas, as comunidades tradicionais, as famílias assentadas da reforma agrária e os pequenos produtores em geral, sofrem com a compressão de seus territórios, seus lotes e sítios, sendo muitas vezes expulsos violentamente de suas terras. Os remanescentes, resistentes ao avanço da agricultura industrial que ainda subsistem, são cercados de maneira muito áspera pelo agronegócio, que contamina tudo ao seu redor: água, terra e ar. As grandes monoculturas impactam drasticamente a biodiversidade da região, impedindo a natureza de se recompor da devastação sofrida. Além do mais, o pequeno agricultor sofre grande pressão para cambiar seu modo de produção tradicional, orgânico e diversificado para a produção convencional. Os que acabam cedendo logo se veem envoltos em outra série de problemas: a dependência da compra dos insumos do “pacote verde” – transgênicos, fertilizantes e agrotóxicos – endividamento crescente, mercados altamente competitivos e ferozes que impõem preços cada vez menores e vínculos extremamente frágeis. Muitos adoecem contaminados pelo manuseio constante dos venenos agrícolas, conforme estimativas do Ministério da Saúde. O apoio à transição agroecológica se dá a partir de realidades diversas. Desde o plantio em terras que há muito tempo não produzem, passando por melhorias técnicas às produções existentes até o desafio à transição da produção convencional, com o uso de agrotóxicos para a produção de base agroecológica. Não cabe aqui esmiuçar tais técnicas e as dificuldades apresentadas em cada caso, mas apenas salientar que para todos, há um grande gargalo que é o escoamento da produção. É uma faca de dois gumes, pois sem a garantia da compra dos produtos, os agricultores se veem desestimulados a assumirem os riscos dos investimentos necessários, e por outro lado, sem a produção acontecendo, é bastante difícil criar espaços e meios de comercialização. Os meios mais eficazes e usualmente acessados e criados são os Programas de Aquisição de Alimentos (PAA), o PNAE e o PPAIS, além das feiras, cestas e comunidades de consumo. As Feiras Agroecológicas, de comercialização da produção orgânica da Agricultura Familiar, de Comunidades Tradicionais e de Assentamentos da Reforma Agrária têm se espalhado pelo Brasil e pelo mundo proporcionando uma nova experiência nos espaços públicos que ocupam. Essas feiras aproximam o produtor do consumidor, tirando atravessadores do caminho, o que barateia os produtos para o consumidor e aumenta o rendimento do produtor. Essa aproximação também atua na humanização da relação entre os dois elos dessa corrente: de um lado valoriza o produtor rural e de outro estabelece a responsabilidade do produtor com o que ele colocará na mesa do consumidor. O resultado são pessoas mais felizes e saudáveis, no campo e na cidade. Essas Feiras movimentam muito mais que a economia solidária e o comércio justo de alimentos saudáveis. Por terem surgido principalmente por iniciativas da sociedade civil, aspectos políticos, sociais, ecológicos e culturais estão frequentemente presentes nesses espaços. Existe um clima de festival em cada edição, em que atividades pedagógicas como oficinas, palestras,rodas de conversas e mini-cursos acontecem em meio a performances, intervenções, brincadeiras,apresentações e shows de arte e cultura. Entre os aspectos políticos destaca-se a ocupação do espaço público, a criação e fortalecimento de grupos que lutam pelos direitos dos envolvidos, pela formulação de políticas públicas, programas de crédito, incentivo, assistência técnica, entre outros. O social está presente no encontro comunitário, no fortalecimento dos laços, nas rodas de conversas, nas trocas de experiências, na atenção, respeito e valorização de cada cidadão e cidadã ali presentes. Não é raro encontrarmos espaços dedicados às crianças, promovendo o brincar e o compartilhamento da experiência social entre as gerações. A ecologia é promovida desde a essência da Agroecologia que ao recusar-se a utilizar qualquer tipo de veneno, entre muitas outras ações, protege o meio ambiente e a biodiversidade. A valorização da cultura tradicional, do conhecimento popular, das manifestações artísticas, das festas e celebrações costumam animar essas feiras com muita cor, música e alegria. É sempre uma celebração do encontro, da comunidade e da vida.
Feira Orgânica de Transição Agroecológica de Sorocaba O ano de 2012 foi marcado por uma convergência de movimentos sociais do mundo todo para o tema ambiental. Enquanto os dirigentes dos principais países protagonistas da globalização neoliberal se organizavam para a realização da Conferência da ONU pelo Desenvolvimento Sustentável, conhecida como Rio+20, os movimentos sociais que já vinham se encontrando regularmente nas etapas do Fórum Social Mundial articularam paralelamente um encontro de contraposição àquela conferência que entendiam constituir mera encenação da política internacional para continuarem com o mesmo modelo predatório de desenvolvimento industrial. A Cúpula dos Povos então marcou a convergência dos movimentos internacionais de variadas linhas, ideologias e programas, a um tema comum: a questão ambiental. Em consonância com essa conjuntura, em Sorocaba, aconteceu no mesmo ano o I Fórum Social Sorocaba, onde a preocupação ecológica foi apresentada pelos movimentos locais a partir de seus vieses de luta. Um dos frutos dessas articulações foi um coletivo criado a fim de promover encontros mais constantes de movimentos diversos em torno da questão ambiental. Após alguns encontros, esse coletivo de movimentos, entidades, cidadãos e cidadãs da sociedade civil identificou que uma feira regular de produtos orgânicos poderia configurar o espaço almejado e assim nasceu o GaRfOS, Grupo de Articulação Regional da Feira de Orgânicos de Sorocaba, que é lançado em primeira mão durante o II Fórum Paulista de Agroecologia e o VI Encontro da Articulação Paulista de Agroecologia, promovido pelo Núcleo de Agroecologia Apêtê Caapuã (NAAC) e Articulação Paulista de Agroecologia (APA) na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), campus Sorocaba, em 10 de novembro de 2012. Já no lançamento, o coletivo acolhe mais integrantes, entre eles alguns produtores agroecológicos e assentados da reforma agrária, e no decorrer do tempo vai sendo integrado por atores e instituições da APA Regional Sorocaba, que agregam atuação junto a agricultores da região. A proposta que se desenhou para o GaRfOS foi a de trabalhar com a Rede de Agroecologia em todas as etapas, desde o apoio ao produtor convencional que quer realizar a transição, o suporte ao pequeno produtor da resistência agroecológica, a luta pela reforma agrária, a valorização da Agricultura familiar, da cultura camponesa, dos povos e comunidades tradicionais, até o estímulo ao consumo de produtos saudáveis, a promoção da Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional e diversas outras ações que incidem em políticas públicas, como a participação no Conselho de Segurança Alimentar (CONSEA) e no Conselho Municipal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (COMAPA). Apesar do aprofundamento nessas questões, o coletivo nunca deixou de lado sua vocação original, de ser um espaço de articulação política para movimentos sociais, entidades da sociedade civil, cidadãos de diferentes formações e militâncias em torno da questão ambiental. Após o lançamento, diversos encontros que seguiram antes que a Secretaria do Meio Ambiente oferecesse seu valioso apoio disponibilizando o Parque Chico Mendes como palco para que a feira enfim acontecesse. Constituída a parceria com a Prefeitura, alguns ajustes tiveram que ocorrer nos planos originais e em 28 de setembro de 2013 a Feira Orgânica de Transição Agroecológica de Sorocaba era inaugurada. De lá para cá a feira seguiu ininterrupta, todos os sábados pela manhã, tendo deixado de acontecer apenas entre as comemorações de natal e ano novo. Durante o primeiro ano, o GaRfOS promoveu uma série de encontros de articulação política no espaço da feira, mantendo uma tenda para comercialização de materiais e divulgação dos coletivos parceiros. Alguns abaixo-assinados e um projeto de lei de iniciativa popular contra usinas nucleares no Brasil tiveram na tenda do GaRfOS seu ponto fixo de coleta de assinaturas, mantendo viva a proposta original de articulação política de temas transversais representando as diversas frentes dos coletivos que o compõem. O Núcleo de Educação Infantil Jardim do Livre Sonhar, teve nesse espaço importantes encontros em seu processo de constituição e a Rede SANS, Rede de defesa e promoção da alimentação saudável, adequada e solidária também foi protagonista de uma série de eventos. Entre as diversas ações paralelas à comercialização da produção agroecológica da região, 209 Plantando sonhos. Experiências em Agroecologia no Estado de São Paulo o projeto “Música na Feira” merece destaque. Músicos e bandas de destaque da cidade e da região se apresentaram na feira e em reconhecimento receberam sempre generosas doações de produtos agroecológicos ofertados pelos produtores. Com o intuito de promover a feira e dar seguimento aos outros objetivos do coletivo, o GaRfOS, se aproximou do SESC Sorocaba, a partir de seu Núcleo de Educação Ambiental, onde promoveu uma série de encontros, oficinas, cine-debates e rodas de conversa, iniciando uma parceria que hoje o NAAC dá continuidade. Inclusive possuindo uma cadeira no Conselho da Feira, ocupando o posto da Sociedade Civil Organizada. Até o momento já foram realizadas mais de 80 edições, comercializando cerca de 100 itens entre frutas, legumes, verduras, temperos, grãos, ovos, mel e processados como geleias, pães e bolos. Além das atividades promovidas pelo GaRfOS e seus parceiros da sociedade civil, a Secretaria do Meio Ambiente realizou cerca de 20 atividades educativas (oficinas, exposições, visitas monitoradas) e em 2015 distribuiu 400 mudas de árvores durante o evento que conta com a visitação de 200 a 600 pessoas por sábado. Entre as principais atividades educativas que o NAAC esteve presente foram o “Fim de Semana Agroecológico” e o “Dia Mundial do Combate a Poluição por Agrotóxicos”. Devido a demandas dos consumidores e produtores, no presente ano foi aberto um novo edital para participantes e inclusão de produtos de origem animal e processados. No segundo semestre de 2014 foi feito uma consulta com o NAAC, secretarias municipais, produtores e técnicos para elaboração de um regimento interno e conselho da feira. O objetivo da comissão é fomentar a dinâmica de comercialização e caráter educativo da feira para seus participantes e consumidores. Para compor a mesma foi lançado um edital de chamamento de membros. A comissão da feira com caráter consultivo, e atualmente composta por dois representantes do poder público (Secretaria do Meio Ambiente e Secretaria de Serviços Públicos), dois representantes produtores rurais, um representante da sociedade civil não organizada, um representante da sociedade civil organizada, um representante do Conselho Municipal de Agricultura Pecuária e Abastecimento e um representante do Conselho Municipal de Segurança Alimentar). Entre os representantes de entidade civil organizada estão o Instituto Terra Viva de Agroecologia e o NAAC representando a UFSCar de Sorocaba. A feira é então, atualmente, regida pelo edital de chamamento público lançado no Jornal do Município de Sorocaba de 06 de março de 2015, pág. 23, e conta com oito produtores ou cooperativas cadastrados dos municípios de Araçoiaba da Serra, Itapetininga, Iperó, Ibiúna e Piedade. O aumento da procura por esses alimentos e por agricultores interessados em realizar a transição agroecológica cresce a cada dia. Durante a feira é realizada uma pesquisa de satisfação que nos ajuda a melhor atender as expectativas e demandas do público. No site do GaRfOS (www.garfos.org.br), há dois formulários constantes, um para cadastro de consumidores, com uma pesquisa de preferências e outro para cadastro de produtores interessados em participar da feira do Chico Mendes ou de outras que possam surgir.
Feira Agroecológica da Agricultura Familiar na UFSCar A ideia da feira surgiu durante um evento organizado pelo núcleo, o qual buscava difundir a Agroecologia e a Agricultura Familiar dentro do ambiente universitário. Durante o evento, foram comercializados produtos orgânicos, os quais tiveram boa aceitação do público participante e da comunidade universitária. A partir deste ponto, constatou-se uma boa demanda por produtos orgânicos dentro da universidade. A Feira Agroecológica da Agricultura Familiar na UFSCar Sorocaba, teve inicio no segundo semestre de 2014, contando inicialmente com três produtores. Com o andamento da feira o número de feirantes aumentou, assim como a variedade de produtos ofertados. Atualmente a feira conta com seis produtores e acontece toda terça-feira, das 10h às 16h. Desde seu início a feira enfrenta diversas dificuldades. Com a recente greve dos funcionários das universidades federais, as vendas diminuíram substancialmente. Apesar da consolidação da feira dentro da UFSCar Sorocaba, as vendas atualmente não são suficientes para que os feirantes se mantenham de maneira satisfatória. Por esse motivo, a desistência de alguns feirantes e a consequente abertura para entrada de novos parceiros foi inevitável. Outra problemática verificada, é o fato de que a universidade se encontra relativamente distante do centro do município, por isso o público da feira acaba se restringindo, principalmente à comunidade universitária, mas também à comunidade de seu entorno, constituída basicamente por condomínios residenciais. Desde o inicio da feira, percebe-se que os principais consumidores são os professores e funcionários da universidade, sendo os alunos e os moradores da região compradores ocasionais. Grande parte dos alunos não reside em Sorocaba, e costumam fazer suas refeições no restaurante universitário, dessa forma acabam não consumindo os produtos da feira por não terem o hábito de cozinhar suas próprias refeições. Além disso, percebe-se que há uma baixa sensibilização da comunidade universitária em relação ao consumo de produtos orgânicos. Diante desses desafios, os membros do NAAC junto com os produtores que constituem a feira, desenvolveram algumas estratégias. A data da feira que anteriormente acontecia às quartas-feiras foi alterada para as terças-feiras, a fim de disponibilizar os alimentos mais no início da semana, atendendo a demandas dos alunos que fazem compras semanais e que retornam às suas cidades de origem nos fins de semana. Foi iniciado o projeto “Música na Feira” convidando os músicos e artistas da própria comunidade acadêmica a se apresentarem durante a feira, o que, aliado à troca de local para uma praça mais bem posicionada, vem chamando atenção à presença da feira no Campus. Os resultados já começaram a aparecer e espera-se que em breve já possa ser considerada um sucesso em todos os aspectos. O NAAC vem articulando com outros produtores, mesmo fora da região de Sorocaba, para aumentar a oferta e variedade de produtos nas feiras. A preocupação central com a questão agroecológica é valorizar a certificação orgânica, em especial pelos mecanismos participativos de garantia e controle social. Aceita-se que os feirantes façam a composição de suas bancas da feira com até 30% (trinta por cento) de produtos de terceiros, desde que mantenham preços acessíveis,de acordo com os princípios da economia solidária.
Grande Feira Agroecológica da Agricultura Familiar (Feira do SESC) Através da sua atuação em extensão rural, o NAAC relaciona-se com diversos agricultores agroecológicos procurando estimular e construir espaços de comercialização conscientes e justos. Com isso, surgiu o desejo de celebrar o Ano Internacional da Agricultura Familiar (AIAF) proposto pela FAO em 2014, germinando a ideia de uma feira que promovesse uma grande comercialização com conscientização social, alimentar e ambiental. A parceria do NAAC com o Serviço Social do Comércio SESC- Sorocaba para a realização da feira tem se mostrado uma importante forma de estender suas ações para além do ambiente universitário e levar o debate da Agroecologia para o público em geral. O SESC atua na cidade desde 1950 e promove em sua unidade projetos educativos e culturais relacionados a diversas áreas, com um público frequentador consolidado de diversas idades, proporcionando espaço e visibilidade para as atividades realizadas pelo núcleo. Na Grande Feira Agroecológica da Agricultura Familiar objetivou-se o contato do mundo urbano com o mundo rural: diálogos, trocas e estímulo para visita de cidadãos urbanos ao ambiente rural, popularização da Agroecologia e da produção agrícola, a valorização do campesinato e da Agricultura Familiar, formação de público consumidor e estímulo à participação política, pois considera que as feiras são espaços de troca abrangendo várias dimensões. Através de atividades educacionais, o contato dos agricultores e do público foi estimulado com a elaboração dos seguintes materiais: 1) Material visual informatizado com imagens da localização geográfica de cada unidade produtiva, da produção e dos produtores, que possibilitaram a percepção de que o produto consumido faz parte de um contexto social, humano e ambiental; 2) Materiais impressos com informações sobre os alimentos ideias a serem consumidos em cada estação do ano. Preocupou-se também em criar uma decoração que remetesse ao ambiente rural, com bananeiras, cana-de-açúcar, mandioca e legumes produzidos pelos agricultores. Inicialmente, foi importante utilizar o nome Feira Livre de Agrotóxicos, para despertar uma reflexão por parte dos consumidores, já que as feiras livres não diferenciam produtos orgânicos daqueles que são produzidos convencionalmente. A feira seria um espaço de comemoração e também de comercialização de alimentos livres de veneno, como um pequeno mundo numa região metropolitana em que os produtores e produtoras rurais teriam papel central na manutenção de uma alimentação natural e segura. Porém, o evento foi lançado como a Grande Feira Agroecológica da Agricultura Familiar, palavras bem claras e ideológicas, que traduziram o ocorrido, mas que não chegaram às mídias interessadas e ao público em geral. O critério para escolha dos feirantes foi a parceria já existente entre o NAAC e grupos em transição agroecológica da região, incluindo a Comunidade Rio Preto, em Sete Barras/SP. Desta forma, priorizou-se a participação das cooperativas consolidadas e em processo de consolidação. A aceitação não se deu de maneira rápida por parte de todos os convidados, pois preocuparam-se com o escoamento dos alimentos, no sentido de rendimento do trabalho, do horário e da data (domingo à tarde). Na intenção de valorizar e comemorar a agricultura familiar, os agricultores foram contratados como oficineiros, pelo SESC. Sendo assim, além do valor arrecadado com a venda dos produtos, cada grupo produtivo recebeu uma quantia a mais pelo seu dia de trabalho que incluiu a comercialização dos produtos em o compartilhamento de conhecimentos com o público. O horário para o encerramento da feira ficou acordado entre todos e, após o fechamento da feira, houve uma conversa de avaliação entre os membros do NAAC e do SESC responsáveis pela organização da feira e os feirantes. Em relação aos agricultores, a satisfação pelo sucesso da comercialização de seus produtos e pela forma que foram tratados durante a feira era clara. Para o SESC, o público se mostrou interessado em mais edições do evento, em conhecer os alimentos agroecológicos, e para o NAAC, a experiência contribuiu para o aprendizado em realizar feiras com outras instituições especializadas na promoção de eventos, além da satisfação com o sucesso deste momento de valorização da Agricultura Familiar de base agroecológica. Por fim, os agricultores celebraram seu dia quando a música, as conversas e a alegria bateram ponto às 13 horas daquele domingo de encontro entre o rural e o urbano.
O CSA da UFSCar Sorocaba O termo CSA, como já dito anteriormente, é uma sigla em inglês a qual significa Community Supported Agriculture, que significa: Comunidade que Sustenta Agricultura. O CSA consiste no modelo de Agricultura apoiada pela comunidade, onde o agricultor organiza e financia sua produção juntamente com os consumidores, não vendendo mais seus produtos através de intermediários, colaborando desta forma, no desenvolvimento sustentável regional (CSA BRASIL, 2015). Em um CSA o agricultor produz cestas de produtos orgânicos e as leva semanalmente a um galpão ou preferencialmente a casa de algum membro do CSA, e os consumidores, estes também membros do CSA, retiram as cestas e fazem uma contribuição mensal ao agricultor. O CSA é uma forma alternativa e promissora de comercialização, por esse motivo o NAAC tem como objetivo fomentar a criação de um grupo de CSA em Sorocaba, centralizado na UFSCar. A ideia consiste em usar o espaço da Feira Agroecológica como local onde as pessoas recolhem suas cestas e o Núcleo de Agroecologia seja o mediador das transações financeiras entre os consumidores e os agricultores. O objetivo inicial era criar um CSA junto a um grupo de agricultores orgânicos, membros de uma Organização de Controle Social (OCS), isto é um grupo de comercialização de produtos orgânicos certificados para venda direta. O projeto do CSA surgiu junto com o Projeto CSA Brasil (Edital 027/CNPq), com foco no CSA de Botucatu. Este já existe há alguns anos e por isso serviu como modelo para a futura implantação em Sorocaba, onde o espaço universitário será o centro do CSA e os membros da comunidade universitária, os principais consumidores, com a utilização do espaço “Feira Agroecológica da Agricultura Familiar” como depósito ou centro de distribuição aonde os membros do CSA irão buscar suas cestas. No momento encontra-se em processo, a formação do CSA Sorocaba, em parceria com a Escola Waldorf Micael, onde será o depósito, sendo a produção realizada por agricultor do Assentamento Porto Feliz, do município de Porto Feliz, com apoio de um agricultor do Assentamento Ipanema, de Iperó. Até o momento existem 30 familias interessadas em serem co-produtores, e os alimentos devem começar a ser entregues.
CONSIDERAÇÕES FINAIS A região de Sorocaba possui um grande potencial para a comercialização de produtos orgânicos, no entanto observa-se que a há uma desconexão entre a produção e o consumo de produtos orgânicos. Ao mesmo tempo em que existe uma demanda por parte dos consumidores de se alimentar com produtos orgânicos, ainda há desafios a serem superados quanto à organização da produção e articulação dos consumidores. Muitos produtores trabalham com hortaliças, deixando as frutas em segundo plano, outra dificuldade é a adaptação dos consumidores à sazonalidade de hortaliças e frutas, para que aceitem que determinados produtos somente são ofertados em determinadas épocas do ano. Através de ações como as experiências descritas neste capítulo, o NAAC busca promover o encontro entre o mundo rural e o mundo urbano e fortalecer a rede agroecológica na região Sorocabana.
REFERÊNCIAS CSA BRASIL. O que é CSA. Disponível em: <http://csabrasil.org/about/> Acesso em 14 de setembro de 2015. FAO. Ano Internacional da Agricultura Familiar. Disponível em: <http://www.fao.org/family-farming-2014/home/what-is-family-farming/pt/> Acesso em 13 de setembro de 2015. GADOTTI, Moacir. Economia Solidária como Práxis Pedagógica. São Paulo: Editora Livraria Paulo Freire, 2009. SINGER, Paul. Introdução à Economia Solidária. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2002. Jornal do Município de Sorocaba. Regulamento da Feira de Orgânicos e Transição Agroecológica de Sorocaba. Anexo 01, p. 23. 2015. Disponível em: <http://www.sorocaba.sp.gov.br/anexos/SECOM%2FJornal-do- Municipio%2F2015/1.676%20-%2006%20de%20fevereiro%20de%202015.pdf> Acesso em 13 de setembro de 2015.
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agroecoppp-blog · 6 years ago
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Visita técnica no Pq. Chico Mendes/SEMA
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A visita ao Parque Natural Chico Mendes, ocorreu às 9h30 do dia 03/07/2018, com as estudantes Tamires e Alice, com o intuito de realizar a pesquisa sobre agroecologia e agricultura familiar.
A visita foi agendada pelo próprio secretário da Secretaria do Meio Ambiente (SEMA), que mesmo não podendo nos receber naquela semana, nos encaminhou ao técnico ambiental da prefeitura, José Carmelo, que há 7 anos trabalha na SEMA e nos concedeu uma entrevista, contando sobre esses temas, como é a ação da prefeitura e também dos principais desafios nessa área. Confira os assuntos abordados transcritos abaixo:
Início do engajamento da SEMA nas questões de agricultura familiar e agroecologia:
“A SEMA em si não é a responsável pela parte da agricultura familiar, mas como a secretaria foi criada junto com uma das áreas da educação ambiental, e pelas características de algumas pessoas que trabalhavam lá, acabou caminhando para essa linha aqui no Parque Chico Mendes, principal exemplo onde foi criada a primeira feira de orgânicos, desde outubro de 2013.”
“Nesse sentido, como minha formação também é na área de agroecologia e desde 2005 trabalho com isso, quando eu vim para cá busquei  isso dentro de outros setores que já faziam em Sorocaba. Então foi quando conheci lá na UFSCar (na verdade já conhecia desde o grupo de agroecologia Girassol, onde estudei em Rio Claro, em que conheci o professor  Fernando Franco) o núcleo de agroecologia. Então tiveram fóruns, debates e a prefeitura conseguiu se encaixar melhor nessa história, porque a agroecologia é uma coisa meio nova dentro do poder público. Onde vai surgir, onde se encaixa algumas áreas, como Sorocaba que tem mais área urbana que rural? Então fica uma coisa muito pontual, é difícil de falar de um incentivo público que vai beneficiar a agricultura familiar no município de Sorocaba [...] Então hoje as feiras, que foram criadas na época pela Secretaria do Meio Ambiente com o principal objetivo era desenvolver a educação ambiental, quando fizemos a primeira feira em 2013, hoje também é organizada pela Secretaria do Abastecimento e Nutrição.”
Medidas presentes na prefeitura:
“[...] precisamos pensar pro lado, como a questão da merenda, da venda de alimentos, que são incentivos muito mais efetivos. Quem cuidava antes disso era a Secretaria da Educação, e hoje quem cuida é a Secretaria de Abastecimento e Nutrição, que no atual governo foi criado uma secretaria só para isso, e lá tem quem cuida da parte de contrato tanto da merenda, quanto das feiras, que também envolve a feira do produtor rural. Só que essas feiras e esse contato para estar surgindo esse debate, veio desses fóruns.
Tudo começou num fórum regional para o fórum de São Paulo, depois num fórum sobre agroecologia na UFSCar, que daí fizemos uma reunião da rede de agroecologia regional-Sorocaba, surgiu um pouco dessa ideia. E aí alguns produtores que estavam lá, principalmente seu Boa Ventura, de Iperó, começou a incentivar a gente, e a gente fez algumas reuniões. Junto, na época, eu sempre representando a prefeitura, o poder público e cada um representando sua esfera. Como o pessoal da UFSCar, comunidade, e fizemos reuniões no viveiro de projetos. pensando nessa feira de orgânicos, tentamos construir as bancadas, essa era a nossa ideia. Demorou um bom tempo, quase um ano desse planejamento pra gente conseguir realizar.”
“ [...] Essas coisas surgiram em Sorocaba também, por conta das participações em reuniões,grupos, fóruns e conselhos.[...] Mas esse movimento aconteceu por conta dos conselhos, então essas pessoas, esses grupos, como o Pedro lá na UFSCar, que hoje representa o Terra Viva, o Bruno que na época a gente criou o grupo GARFOS (Grupo de Articulação Regional para Feiras Orgânicas de Sorocaba), os agricultores que hoje conseguiram montar a cooperativa regional de orgânicos de Sorocaba (COPAORGS). Por conta dessa articulação, várias outras feiras foram aparecendo aqui em Sorocaba - 8 a 12 locais de comércio de orgânicos, informais. Ainda falta uma parte do poder público regulamentar, organizar isso, porém muito foi caminhado porque na época em que a gente estava em contato estreito com a universidade e com os produtores, elaboramos um regulamento dessa feira, que depois foi revisto com a criação da feira do campolim, que tem um regulamento do SENAR que oferece o curso e a estrutura pro desenvolvimento dessa feira. Todas as bancas, tudo são eles que fornecem. A gente reviu esse regulamento e ofereceu às universidades e produtores para reverem isso junto com a gente. Então muitos mandaram sua contribuição  que compôs um processo, uma lei que está sendo vista lá na câmara pra ser votada. Aí nesse momento em que for votada, vai regulamentar o comércio da agricultura familiar, o que é a feira do produtor rural, que envolve a agricultura familiar, e o que é o comércio de orgânicos, o que pode o que não pode, como vai funcionar. Depois se isso vai funcionar mesmo, fiscalizar, aí vai ser outra história.”
“Algumas questões educativas são feitas no SEABAN, o que antes era só nós da SEMA que fazíamos, com algumas parcerias com a Secretaria do Desenvolvimento e do Trabalho e Renda, pois antes a sessão de agricultura se localizava lá na SEDETER, que é na UNITEN. As oficinas que a gente oferecia aqui, de compostagem e hortas, pois antes eu trabalhava na educação ambiental, a gente aproveitava o espaço para trabalhar vários temas, como reaproveitamento de alimentos, economia doméstica, tudo isso lá na UNITEN. Agora a é a SEABAN que desenvolve esse trabalho, bem como, o educa-feira, onde eles vão até as feiras e lá preparam alimentos que vem do reaproveitamento, apresentam receitas com os produtos da época, para incentivar as pessoas ao consumo de frutos da época.”
Engajamento comunitário:
“Tem bastante trabalho na prefeitura, na área do SEMA, na SEDU também, na educação com as hortas escolares, como falei pra vocês, a gente pegou bem, fizemos um projeto pro Ministério da Agricultura e em 2012 começou essa parceria, e este forneceu cerca de 51 kits para desenvolvimento nas escolas de Sorocaba junto com a Fundação de Solidariedade aqui da prefeitura, e nesses kits viam enxadas, pás, sumos, sementes, tudo pra fazer as hortas nas escolas, nas CEIS, nos centros de estudos infantil, as creches. Assim começou esse trabalho e o pessoal foi sentindo que isso não era simplesmente qualquer coisa, tanto que no próprio curso a gente aprendeu isso, que tem que ter o cuidador da horta presente nas escolas, pode ser um jardineiro que a CEI tenha, um voluntário que seja, não adianta querer isso e exigir do professor, o professor ele tem que ta lá pra dar aula, se ele for dar aula e ser voluntário, ele teria que ficar horas a mais da aula, que é a hora de voluntário, pra poder cuidar da horta, então isso acabou que só ficaram aquelas que queriam mesmo manter as hortas. No começo teve bastante e o projeto teve continuidade e ainda tem até hoje, várias escolas manteve, eu não sei quem está cuidando disso agora, porque foi há 2 anos, quando trocou de governo, e não teve renovação por parte do Ministério do Meio Ambiente, e aí foi se tocando com as próprias pernas só por parte da prefeitura, então não sei como tá. Mas ainda frequento as escolas que eu planto árvores, pois os pedidos de árvores das escolas, vem pra mim.
Assim, as escolas que eu to visitando ainda tem lá as hortinhas, e inclusive, algumas começaram antes com isso, antes do projeto, são escolas que são pioneiras e gostam de manter os jardins, e isso gerou um despertar e deu oportunidade para as outras. Todas as ferramentas eram disponibilizadas, a SEMA também ia lá para dar suporte, como questões técnicas e até mesmo cursos. Conseguimos parceria com a Toyota, onde eles doaram composteiras de plásticos, dessas que são mais domésticas, deram uma pra cada escola, foi um trabalho bem legal, mas se tivesse mais apoio do poder público, seria melhor. Além disso, dentro do poder público, tem aquela coisa de gestão, então é difícil projeto que tenha conectividade, são mais projetos que cabem, vamos assim dizer, pra unidade não como instituição, mas como unidade, por exemplo, aqui no Chico Mendes, se os funcionários pegam pra fazer, não interessa se vai tocar ou não, o projeto continua a mesma coisa, independente. Já pras escolas, o que acontece é que muda o governo, e às vezes, este não quer continuar com o projeto, só que se aquela unidade escolar já estiver desenvolvendo e quiser dar continuidade, o diretor e a direção das escolas possui autonomia para fazer.”
“Sobre nossos espaços educativos, como aqui foi construído pela questão da feira, lá no Jardim Botânico tem uma horta que as pessoas vêm participando, já fez dois anos essa horta comunitária em contato com o pessoal ali que mora no entorno. Já tem um histórico também de que lá, antes de ser criado o jardim botânico, as pessoas plantavam árvores do outro lado da rua. Aí depois da criação do jardim botânico fez uma cerca, aí as pessoas não podiam ir mais. Então aos poucos foi criando uma horta ao lado desse pomar que hoje as pessoas tem o contato.”
“Se analisarmos, temos muitos projetos, e claro, a maioria dos que citei, são projetos antigos, pois são do tempo em que participei, mas se pesquisarmos os recentes, está tudo na SEABAN, onde é trabalhado e desenvolvido, como por exemplo, o projeto recente de hortas comunitárias que teve no ano passado e eu participei pelo projeto que temos no Jardim Botânico, onde incentiva o cultivo dessas plantas medicinais e vem instalando hortas medicinais nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Ano passado, a gente fez uma dessas hortas lá no Carandá. E eles já estavam a fim de fazer uma horta comunitária, e aí junto uma coisa na outra. Eles conseguiram terreno, e a prefeitura ajudou passando trator e começou a horta comunitária no Carandá, que é um bairro novo.
Esse ano está chegando mais gente lá pro Altos do Ipanema, inclusive uma funcionária daqui mora lá, e provavelmente vai ter a mesma coisa. Eu fui lá plantar árvore, e eles já estão querendo plantar horta, o pessoal está dando curso sobre hortas urbanas pra desenvolver. Então a parte de educação ambiental em Sorocaba, até por ser pioneira nessa questão, pegou a onda da questão da agroecologia e vem desenvolvendo algumas coisas legais, que tem vários outros parceiros, como o Sesc, a UFSCar, a Unesp, que eles têm aqui a rede de educação ambiental, em que também participei.”
Desafios relacionados à educação ambiental e agricultura familiar:
“[...] mas depois a gente não conseguiu fazer uma das coisas que era compor um grupo em educação ambiental que tocasse isso daqui e que tivesse um incentivo de ter uma banca, um espaço ali para algum grupo, alguma ONG que tivesse oportunidade de ter uma renda aqui e ainda desenvolver uma educação ambiental atrelada à feira. Mas não perdeu tanto esse contexto, porque os produtores já estavam engajados desde antes do surgimento da feira, e eu acho que por conta dos orgânicos ter esse lado voltado para o educativo, então eles meio que tocam esse incentivo às pessoas consumirem, trazem coisas diferentes.”
“Bom, para a agricultura familiar, aqui também tem a questão da merenda. A merenda tem uma exigência que já vem do estado, que tem que atingir uma porcentagem (porcentagem da merenda destinada à produtos da agricultura familiar). Sorocaba não chega nessa porcentagem, não sei se é 10% ou se aumentou para mais, ou se é até 30%, ou pelo menos 30%. Depois vocês podem procurar.  Mas Sorocaba não chega nem a 3% que compra da agricultura familiar. E isso precisa de mais pessoas voltadas ao interesse para isso para ficar rebuscado, e ter um controle maior, porque se fica só na mão dos funcionários de ter que realizar a fiscalização. Imagina que cada escola que recebe alimento tem que saber quanto alimento entra, quanto sai e tem que se organizar para passar isso para um contrato com a empresa , que é o que está acontecendo hoje e já vem de governos passados, desde 2016 esse problema da merenda. Um contrato passado que uma empresa tem de comida que fornece para escolas, só que a agricultura familiar hoje, pela legislação, tem preferência. Então quando ela aparece com produto, vai e entrega, independente deste contrato, e quando entrega, a empresa tem que excluir o que foi entregue. Ela não tem que entregar duas vezes ou cobrar pq não foi ela que entregou, e isso tem que estar previsto no contrato e é só controlar o contrato, mas existe essa dificuldade ainda de organizar as coisas, porque a agricultura familiar e a parte de orgânicos é diferente do que a gente consome, às vezes a época, a quantidade, a forma com que o produto chega, muitas vezes não estão acostumados, então a nutricionista, o grupo precisa rever, e a medida que isso é mantido atualizada o contato com os agricultores, isso melhora.Como exemplo,  esses grupos de consumo de cestas, que também tem na UFSCar, que você consome a cesta do agricultor. Ele sabe o que você consome, ele vai plantar o que você consome, então isso aos poucos vai ajustando.. até imagino para as escolas, todo ano você tem um cardápio e saber o que o agricultor vai plantar, saber o que ele vai colher e depender disso..  Muitas vezes para a agricultura familiar não é assim que funciona.”
Desafios da agroecologia na cidade:
“Eu vejo que muitos projetos se perdem por conta dessa falta de incentivos de continuidade das coisas, toda vez tem que mudar, e claro, é isso que a gente quer mesmo, mudanças, mas que mude de forma organizada e não dispensando o passado, se vamos dar um passo pra frente, temos que ver qual foi o caminho que se fez pra melhorar.
A agricultura hoje, em Sorocaba, dentro do poder público não tem espaço, é uma área muito pequena. São várias estruturas e, as estruturas administrativas da prefeitura tem as secretarias e aí tem os espaços e divisões, depois as sessões e por fim, os funcionários e, quando você tem um monte de coisas para serem feitas na cidade, como na saúde, educação, mobilidade urbana, entre outras coisas, várias áreas que precisam de melhoria, aonde que vamos encaixar agricultura familiar? Quem vai trabalhar pela agricultura familiar e pela agroecologia da educação ambiental dentro da estrutura administrativa da prefeitura?
Ainda que na educação ambiental e agroecologia são temas transversais, são contextos que todos trabalham, como a prefeitura pode resolver esses problemas? Estes, criam comissões e chamam um de cada lugar e vai discutindo esse tema para que cada um possa desenvolver na sua área específica, por exemplo, agora foi criado, o governo atual pensou nisso, desenvolveu uma secretaria, inclusive se vocês tiverem oportunidade, não sei se tem tempo para mais entrevistas, ir lá na Secretaria de Abastecimento e Nutrição, a SEABAN, lá dentro possui a sessão de agricultura.”
“Agora a questão da agroecologia, eu acho que mais atrelado a isso da educação ambiental, a gente já tentou inserir isso na política de educação ambiental que tem aqui em Sorocaba, mas o movimento foi fraco para isso, não foi a época de atualizar, acredito que num próximo momento que essa política for em debate aí a gente pode estar forçando para mais pessoas participarem e que esse tema entre na educação ambiental. Claro, tem a parte de horta urbana, que vem sendo trabalho em Sorocaba, mas se for ver que aqui são 600 mil habitantes, então precisa de mais. Só o meu olhar, e acredito que a Secretaria do Meio Ambiente tenha a mesma visão, é que Sorocaba é uma cidade urbana, de pouca área rural, e não é por conta disso que não tem que ser trabalhado a questão da agroecologia e agricultura familiar. Só que a gente tem que entender a cidade dentro de uma questão regional metropolitana de Sorocaba. Nós hoje somos consumidores, então depende das áreas rurais adjacentes. Não adianta falar “a gente não tem  que se preocupar com o nosso crescimento, pode botar mais indústria, porque isso não vai nos prejudicar em outros sentidos”. A gente tem que se preocupar com as outras cidades. A gente ganha o benefício de vir uma indústria pra cá, há incentivos fiscais. As cidades que têm áreas rurais, que tem muita agricultura familiar  não tem esse incentivo, porque a indústria não vai pra lá, lá é agricultura. E ainda mais tem a questão do imposto, que quando é pra agricultura, área rural daí não tem o IPTU, é outro imposto. Então tem todo esse pensamento. Cada vez mais a agricultura exige parcerias, respeito entre outros órgãos que arrecadam, que sabe onde está o produtor pra gente conseguir ter o olhar do consumidor. Não é simplesmente ir lá e consumir.
Agora a gente viu bem na mão de quem está a questão da agricultura familiar no nosso país. Está na mão dos combustíveis, mas deveria estar na mão dos agricultores, porque se eles não plantarem a gente não vai ter o que comer.
Mais de 90% do nosso alimento vem da agricultura familiar. Aí a gente não tem incentivo e nem pensa sobre isso. Aí vai cobrar o frete do cara lá, que produz e vende quilos de mandioca pra comprar um saco de arroz e um saco de feijão, meio estranho né? Mas é isso que acontece, essa é a realidade.”
“[...]E essa questão das feiras, porque se for ver, aqui nas feiras de orgânicos, não tem nenhum produtor de Sorocaba, todos são de outros municípios, tanto que nessa parceria do Sindicato, a gente teve dificuldades porque são de outras cidades e não são os municípios que o Sindicato atende. Esses mesmos produtores fazem feira no Campolim, até mesmo na UFSCar, as vezes acontecem no shopping, são produtores de Piedade, Ibiúna, Iperó, já teve de Itapetininga, então esses produtores, nenhum são do Sindicato daqui, ainda na época pensamos “poxa, nenhum produtor é do SR daqui, nenhum de Sorocaba”, aí como a gente vai manter essa feira, por exemplo, qual benefício que os produtores daqui têm, se os de fora vêm e não paga nenhuma taxa por não fazer parte do SR. Tudo isso já foi criado dentro de um contexto de região metropolitana, de pessoas, de grupos e de interesses, então sempre teve esse pensamento e preocupação com essa região.
Agora, pra agricultura familiar-agricultura orgânica, estamos tendo dificuldades, tanto que tivemos uma reunião com o Sebrae esse ano pra pensar um evento, alguma forma de atrair os agricultores que são convencionais aqui de Sorocaba, pra começar a conversar com eles sobre agricultura orgânica e apresentar exemplos. Em 2014, tivemos parceria também com a UFSCar - núcleo de agroecologia, a caravana agroecológica que foi no Brasil inteiro, que teve um recurso do CNPQ, onde teve a caravana de Sorocaba que passou aqui no parque Chico Mendes, saíram daqui na verdade, 3 vans e cada uma foi pra uma regional, e foi a ultima vez que a gente teve um trabalho desses, foi bem bacana pra apresentar essas iniciativas com agricultura orgânica e agroecologia.
Agora recentemente, a gente teve outra reunião porque dentro dos conselhos, onde tem também conselho municipal de agricultura pecuária e abastecimento com mapa, nesses conselhos, os produtores participam através das cooperativas e já foi levado até lá, assembléias sobre orgânicos, pessoas importantes pra falar, com por exemplo, a Sônia do SENAR, mas a adesão é pouca, ou o pessoal vai e começa a falar “ah, isso não dá certo”, então a gente tava pensando em um evento maior, em chamar um evento grande e, chamar também as pessoas que são do orgânico e essas pessoas apresentarem o seu sucesso pra que a agricultura familiar se levante junto com essa questão do orgânico, porque, acredito que se eles ficarem apegados ao convencional, cada vez mais, vão sair do campo, porque o solo não resisti. A agricultura familiar não vai resistir com o convencional.
No entorno de Sorocaba tem muita agricultura orgânica, agora, o que tá vindo aqui pra cidade, de que forma está chegando e quem são esses produtores, tudo isso, os únicos que estão pensando são as cooperativas, como por exemplo, agora tem a COPAORG e eles pensando sobre isso, a prefeitura mesmo ainda não chegou nesse nível, a gente tem muito a se tratar em questão de área rural, antes de pensar em questões de orgânicos e de impacto. De impacto, a agricultura familiar hoje, tá sendo na verdade quem tá segurando, vamos assim dizer, nosso problema, então, onde a gente tem as nossas matas? As nossas matas estão nas propriedades rural. Onde tá a área permeável? Está nas propriedades rurais. Onde tá os reservatório de água que a gente tem? Tá na área rural. Então hoje tá tudo nas mãos deles, aí se deveria ter um olhar contrário, já que tá tudo nas mãos deles, vamos ajudá-los, nem sempre o poder público intervém, pois ele funciona com base na sociedade, se a sociedade exige uma coisa, ele caminha junto. E hoje, infelizmente, qual que é o pensamento das pessoas? “Não, tá nas mãos deles, o problema é deles, eles tem que cuidar”, penso, “poxa, eles tem que cuidar do meio ambiente e fazer comida pra você? As duas coisas ao mesmo tempo né?”. Ele não pode assistir o jogo do Brasil porque tem que regar as plantas, chega feriado, os produtores não podem descansar porque precisam cuidar da plantação, se ele não cuidar agora, depois não tem comida. O que falta é a educação ambiental, a gente acredita muito nisso.”
Como falar de agricultura de baixo impacto?
“Sobre agricultura de baixo impacto, como aqui em Sorocaba não tem tanta área rural, então não tem tanto esse trabalho. As áreas que produzem são Cajuru, Caputera, Brigadeiro Tobias, alguns bairros rurais. Eles estão sofrendo com a agricultura? Se a agricultura tem um impacto? Na verdade, eles estão sofrendo com a expansão imobiliária. Lá eles movem muita terra quando vai construir lotes, e as vezes até atropelando os trâmites legais. Então lá, por exemplo, quando chove, leva toda a terra para agricultura do produtor, porque tira a vegetação para começar a fazer movimentação de terra, e começa a chover, vindo todo aquele sedimento cobrindo toda a plantação do agricultor. Então agricultura de baixo impacto não dá nem pra discutir, pois a agricultura ali que está sofrendo o impacto de outro uso.”
Próximas ações da SEMA:
“[...] O ano passado, quando teve o seminário de nutrição de segurança alimentar e esse ano a gente está pensando junto ao sindicato, fazer um workshop pra proteção da Mata Atlântica, junto com o SENAR. Um workshop pensando a preservação e conservação da Mata Atlântica e envolvendo regionalmente, todas as outras prefeituras e órgãos que estejam envolvidos na questão metropolitana.
Então vai ser chamada as prefeituras, os sindicatos, presidentes de conselhos, até mesmo empresas e principalmente os produtores rurais que é a parceria principal nossa. Aqui na Secretaria a gente tem que ter essa agenda, esse foco para cumprir, então está se pensando nessa atividade que vai ser em setembro. No período da manhã, serão 3 apresentações com contextos sobre política, conservação e restauração, e também sobre o CAR. A Secretaria do Meio Ambiente (SEMA) está muito preocupada em saber e participar nessa questão do CAR e, no Sindicato Rural está havendo reuniões frequentes, que é o nosso principal parceiro, pois este possui contatos com outras cidades. Além de Sorocaba, envolve Salto de Pirapora, Araçoiaba da Serra e Votorantim. Estes organizam o CAR, que é o Cadastro Ambiental Rural, onde todo produtor rural tem que realizar seu cadastro para ter controle do que faz de plantio, de quanta área possui preservada, o que se plantou e, isso está sendo feito no Brasil inteiro. Cada ano se posteriora mais o cadastro, já era pra todo mundo ter terminado há 2 anos, aí todo ano vê que faltou gente ou tem alguma coisa errada e abre novamente, então a gente vai colocar isso em discussão também nesse novo workshop. Esse cadastro, a SEMA nos ajudará a fazer com o Sindicato Rural e a partir disso, vamos colocar em discussão no workshop, onde no período da manhã se apresenta a situação, como está a situação da região metropolitana? Em questões de ter mata ou de ter espaço para conservar e de educação ambiental também. E a tarde, esses grupos separam e cada um vai pensar em estratégias pra se manter e melhorar. Então, essa é nossa proposta de workshop em setembro. Espero que dê tudo certo.”
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agroecoppp-blog · 6 years ago
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agroecoppp-blog · 6 years ago
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Bee Or Not To Be?
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A campanha “Sem Abelha Sem Alimento” é uma iniciativa do Prof. Dr. Lionel S. Gonçalves, cujo objetivo é a conscientização da população, com ênfase em projetos educativos, da situação das abelhas, no Brasil e no mundo.
As abelhas são responsáveis por 70% da polinização de flores e culturas agrícolas, porém estão desaparecendo. Segundo o site da campanha, uma das causas do tal desaparecimento é o uso indiscriminado de agrotóxicos. Pesticidas são altamente tóxicos para as abelhas e demais polinizadores. No Brasil seu uso é crescente, e confere ao país o título de campeão mundial de consumo de agrotóxicos, em estatísticas que crescem todos os anos.Duas categorias de pesticidas têm destaque nas ocorrências envolvendo o desaparecimento ou morte de abelhas: a nova classe de pesticidas sistêmicos de última geração, os neonicotinoides (também conhecidos como neonics), e o pesticida Fipronil.Os pesticidas neonicotinoides são hoje os mais consumidos no Brasil e em todo o mundo, podendo ser aplicados diretamente na planta adulta ou, ainda, enquanto semente. Este defensivo é absorvido pela planta através de suas folhas e raízes, sendo distribuído pelo sistema vascular por toda a planta, atingindo, inclusive, o pólen e o néctar de suas flores. As abelhas, ao visitarem as flores, são contaminadas com este pesticida.É comprovada a ação destes pesticidas a taxas subletais nas abelhas: eles atuam causando problemas na memória de navegação, fazendo com que as abelhas campeiras se desorientem e percam sua capacidade de retornar às colmeias, morrendo longe das mesmas. Daí o termo “Desaparecimento das abelhas”.A mortalidade dos polinizadores também ocorre pela contaminação direta em apiários e em enxames silvestres. Neste caso, a morte se dá pelo contato direto da abelha com o agrotóxico. Isto pode ocorrer quando da aplicação aérea de agrotóxicos (erros de aplicação ou o vento podem provocar o efeito de deriva, levando o produto para áreas não desejadas, como matas e florestas) e, particularmente, pela aplicação do Fipronil, um pesticida bastante agressivo, que causa efeitos devastadores nas colmeias.
Logo, ao falarmos sobre agroecologia sustentável, não podemos esquecer desse polinizador, que apesar de pequeno torna a vida na terra possível. Se as abelhas acabarem, o alimento se esgotará até acabar, e com ele, toda a vida.
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agroecoppp-blog · 6 years ago
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Hortinha da Mica ♥
Essa é a horta que tenho em casa, tenho verduras em pneus, canteiros, e vasos. A terra é adubada com esterco bovino, húmus de minhoca e adubos orgânicos que produzimos em casa. Na primeira foto, temos a primeira produção de beterraba.
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Aqui temos morango, tomate, e alface crespa
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Esse é um pé de pimenta dedo-de-moça
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Esses são moranguinhos docinhos, que demoram pra amadurecer, mas a demora vale a pena
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Coco do coqueiro de casa, que é adubado com adubos orgânicos
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Essa é uma alface-roxa
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agroecoppp-blog · 6 years ago
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Hortinha de casa - Priscila
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Essa é a hortinha que temos em minha casa. A terra foi revolvida após meus pais terem colhido as batatas doce roxas que já estavam prontas para colheita.
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Batatas doce roxas
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Araçá, morango e manga
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Hortelã
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Ervilha
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Figueira
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Açafrão
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Orégano, cebolinha e coentro
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Pitangueira
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Malva-do-reino, flores e folhagens diversas.
Além desses, temos pés de outros alimentos, como abóbora, gengibre, jiló, cebola roxa, melão e um pequeno limoeiro.
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agroecoppp-blog · 6 years ago
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Relato 5 - Educação Ambiental em Paulo Freire
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No dia 26 de abril, recebemos a prof. Juliana Rezende Torres, docente do Departamento de Ciências Humanas e Educação e do Programa de Pós-Graduação em Educação da própria UFSCar - Sorocaba, para um bate papo sobre as relações entre Educação Ambiental e Paulo Freire. Para discussão, tivemos duas leituras base, de autoria da convidada: “A investigação de temas geradores para a inserção da dimensão ambiental crítico-transformadora na educação escolar” e  “Atributos da educação ambiental escolar no contexto educacional brasileiro: do movimento ambientalista internacional ao nacional”, que configuraram nossa compreensão de como a pedagogia freiriana nos dá subsídios para se desenvolver um trabalho efetivo nas escolas sobre meio ambiente, quer seja como tema transversal, projeto ou disciplina, mas desvencilhando-se das práticas mais comumente propagadas e levantando questões aprofundadas acerca do tema.
No início da conversa, a prof. Juliana contou-nos como sua caminhada acadêmica, ainda na época de graduação, fez com que esse tema fosse o foco de suas pesquisas até hoje, a partir da concepção de educação em Paulo Freire. E saber que uma iniciação científica ou um grupo de extensão no início da universidade pode se tornar aquilo que possibilita sua área de atuação, foi motivador para nós que estamos em busca daquilo que possa ser nosso cerne de pesquisa futuramente.
Com relação a educação, a docente expôs que a metodologia freiriana é muito ampla, diferente de um método de ensino limitante, pois proporciona uma percepção que levanta as contradições sociais dentro da comunidade para que assim possamos saber qual tema gerador nos auxiliará para o  critério na seleção dos conteúdos escolares.
Associando essa compreensão à educação ambiental, podemos dizer que uma postura conservacionista/pragmática, ou seja, aquela em que não se discute o modelo, poderia se apresentar, por exemplo, nas soluções práticas de economia de água, em que o indivíduo é o único responsável, ou até mesmo numa situação em que o meio ambiente está dissociado do ser humano, sem discutir realmente os problemas a exploração dos recursos naturais, de onde vem, etc.Já numa abordagem de educação ambiental crítica, os indivíduos são parte integrantes do ambiente em que vivem, e o modo como se relacionam nas diversas esferas é inerente ao meio ambiente.
Portanto, precisamos nos pautar de uma perspectiva micro-macro sobre educação ambiental, e também nos demais assuntos presentes na agenda escolar, fazendo com que o social seja tão presente nas discussões quanto o individual.
Como sugestões de pesquisa que surgiram durante a conversa em sala, a prof. Juliana indicou o livro “O mito da natureza intocável”, de Antônio Carlos Diegues, o documentário “A história das coisas”, de Annie Leonard, que mostra da natureza ao lixo: o que acontece com o que consumimos, e os trabalhos do pesquisador prof. Philippe Pomier Layrargues, da UnB, especialista na área.
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agroecoppp-blog · 6 years ago
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Onde encontrar mais conteúdo sobre agroecologia
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A agroecologia surgiu para aliviar as tensões na natureza, que vem sendo explorada pela monocultura que se caracteriza por sistemas de produção agrícola que exploram o solo, e produzem apenas um produto. Já a agroecologia é justamente o oposto: o solo não é explorado, pelo contrário, o solo é adubado, a mata nativa não é depredada, e muitos produtos são plantados juntos, não faz-se uso de agrotóxicos, há um incentivo no cultivo de diversas espécies para um convívio harmônico inclusive com os animais.
Seguem alguns links com informações sobre o tema:
https://www.ecycle.com.br/6493-agroecologia https://www.embrapa.br/agrobiologia/pesquisa-e-desenvolvimento/agroecologia-e-producao-organica www.agroecologia.gov.br/ https://www.fragmaq.com.br/blog/agroecologia-papel-desenvolvimento-rural-sustentavel/ http://www.agroecologia.org.br/ http://www.semabelhasemalimento.com.br/
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agroecoppp-blog · 6 years ago
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Relato 4 - Gestão da Água
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No dia 19/04 (Quinta-Feira) recebemos um convidado docente que nos trouxe preciosas informações sobre a água e seu uso. Sabemos que a água é essencial não apenas para a existência humana mas para a existência de
todo
o Planeta Terra, por isso sua conservação é de extrema importância e deve ser levada a sério. 
O sistema nacional de água é composto por diversos órgãos, tendo cada um deles diferentes funções e obrigações. Dentre eles podemos citar dois exemplos de escala nacional: 
 ANA (Agência Nacional de Águas) :  “Criada pela lei nº 9.984 de 2000, a Agência Nacional de Águas (ANA) é a agência reguladora vinculada ao Ministério do Meio Ambiente (MMA) dedicada a fazer cumprir os objetivos e diretrizes da Lei das Águas do Brasil, a lei nº 9.433 de 1997.” A ANA é segue quatro linhas de ação: Regulação, Monitoramento, Aplicação da Lei e Planejamento. (clique aqui para assistir o vídeo explicativo)
SNIRH ( Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos): “ Instituída pela Lei nº 9.433, de 08 de Janeiro de 1997, conhecida como Lei das Águas. Trata-se de um amplo sistema de coleta, tratamento, armazenamento e recuperação de informações sobre recursos hídricos, bem como fatores intervenientes para sua gestão.” O SNIRH tem como principal objetivo a divulgação dos dados quantitativos e qualitativos da situação das águas brasileiras. É importante ressaltar que  alguns especialistas preveem um aumento de 100% da população mundial em apenas 20 anos, porém isso não significa que a qualidade de vida irá aumentar nesta mesma proporção e é muito provável que não se terá água suficiente para atender todas as atividades humanas e naturais. (Clique aqui para assistir um vídeo explicativo). 
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A água dentro da agroecologia tem um papel elementar, na agricultura convencional o uso de agrotóxicos acaba por poluindo os lençóis freáticos. Já na produção de alimentos orgânicos o ideal é que a água utilizada tenha origem na própria propriedade. Os animais que ali habitam podem ser grandes indicadores de qualidade da água, porém este não deve ser o único cuidado a se tomar quando se trata de qualidade da água a qual influencia diretamente a produção dos alimentos agroecológicos.
Portanto podemos concluir que quantidade nunca significou qualidade e quando se trata de qualidade de água também estamos falando de qualidade de vida.
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agroecoppp-blog · 6 years ago
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Introdução ao Portfólio
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A ideia de um portfólio digital surgiu da disciplina de Politicas e Práticas Pedagógicas, do curso de Pedagogia, na UFSCar-Sorocaba. Nosso grupo é composto por: Alice Machado, música por formação e vocação, leciona música para crianças e idosos; Drielly Tamires, ama as segundas-feiras e seu gato Derek; Micaele Lima, apaixonada pela natureza, por crianças, cachorros e pelo universo observável; Priscila Mendes, formada em letras, busca se equilibrar entre pedras e rochas, tentando achar a leveza de um passo de balé necessária para a vida, com o amparo de um chá; Tamires Caldeira, a mais nova sorocabana do grupo, ama filmes da Disney, apesar de nunca ter assistido Frozen, nunca esquece de sorrir.
Agora, devidamente apresentados, seja bem-vindo ao nosso espaço virtual para reflexões reais! Aqui vamos abordar um tema geral, que é agroecologia, e outros temas ligados a ela. Ao assistirmos alguns documentários na aula de PPP, fomos nos interessando ainda mais pelo assunto, e refletimos sobre a exploração dos recursos que o nosso planeta vem sofrendo ao longo dos milênios. Mas o que é agroecologia? Será que funciona?
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agroecoppp-blog · 6 years ago
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Relato 3 - Doc “O veneno está na mesa”
Data: 15/04
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Ao assistirmos o referido documentário, nossos interesses pelo assunto da agroecologia despertou-se, a ponto de abordamos tal tema como norteador de nosso portfólio. Ali assistimos as barbáries que os pequenos agricultores enfrentam até para conseguirem financiamentos dos bancos, que não financiam agricultores que pretendem não usar químicos nocivos à saúde, o que dificulta ainda mais os produtores pequenos e humildes. O documentário também revela a porcentagem exageradamente nociva de agrotóxicos utilizados na produção do pimentão, tomate e morango, que são os produtos que mais contém agrotóxicos. Mas em contrapartida, mostra a iniciativa de um agricultor no sul do país que decidiu produzir suas próprias sementes crioulas, que são sementes que não são modificadas geneticamente. Iniciativas como essa, se fossem levadas a grande escala, reduziria consideravelmente as consequências do uso de agrotóxicos
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agroecoppp-blog · 6 years ago
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Relato 2 - Povos Sagrados
Data: 05/04
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Nós, alunas graduandas de pedagogia da UFSCar Sorocaba, recebemos o convite dos professores Teresa e Márcio (disciplina PPP III), para participar do circuito de palestras no Sesc. Foi realizada uma programação especial para o mês de Abril, em que se comemora o Dia do Índio (19). Nesta, estava incluída o projeto “Povos Sagrados – Expressões Indígenas”, dos quais um dos propósitos era debater sobre manifestações culturais indígenas e sua ligação com outras culturas.
 O palestrante, antropólogo Eduardo Viveiros de Castro (Doutor em Antropologia Social pela UFRJ), embasou sua fala, em seu livro “Araweté – Um Povo Tupi na Amazônia”, na qual, levantou questionamentos, tais como, condições em que vivem os diferentes povos indígenas no Brasil e a tentativa de disseminação, através do tempo, dessas comunidades e tribos. Rebelando também a tentativa de doutrinação deste povo e a disputa de direito à terra.  
 Ao longo da palestra, Viveiros utilizou termos e conceitos, tais como:
Homem branco: para os indígenas são aqueles que não possuem cultura, mas sim se apropria de outra;
Diferença entre índio e indígena: Índios são os membros de povos e comunidades que têm consciência de sua relação histórica com os indígenas que viviam nesta terra antes da chegada dos europeus. Indígena é aquele que é gerado dentro da terra que lhe é própria, originário da terra em que vive;
Indígena de acordo com o dicionário - adjetivo e substantivo de dois gêneros. 1. Relativo à/ou população autóctone de um país ou que neste se estabeleceu anteriormente a um processo colonizador. 2. Que ou o que é originário do país, região ou localidade em que se encontra - nativo.
O circuito de palestras do mês dos indígenas foi uma parceria do Sesc juntamente com o Centro de Convivência Indígena (CCI), da UFSCar Sorocaba, que, além do mais, em sua programação obteve inúmeras reuniões presenciais com índios de diversas etnias, tais como, Ticuna, Xavante, Bakairi, Guarani, Kambeba, Tupi-Guarani, entre outras.
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agroecoppp-blog · 6 years ago
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Relato 1 - Doc “The True Cost”
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No dia 23/03 assistimos o documentário “The True Cost” (2015).
O filme mostra o impacto que as altas demandas de roupas baratas traz às comunidades onde elas são produzidas.
Apesar de muitas das alunas e alunos já terem uma noção dessa realidade acreditamos que foi de grande proveito e importância termos o assistido. As notícias de catástrofes relacionadas a produção de roupa chegam até nós, mas ver o efeito que os químicos utilizados nesse processo têm na vida das pessoas, no desenvolvimento físico e mental das crianças, foi um balde de água fria para nos acordar e fazer refletir sobre o poder das nossas escolhas.
Debatemos também sobre o valor das peças. Fala-se sobre peças sendo vendidas a valores extremamente baixos, mas essa não é a realidade no Brasil. Mesmo em lojas brasileiras que se sabe estarem ligadas a condições de trabalho análogas à escravidão os preços não se comparam com os de outros países. Percebemos uma discrepância entre o que vemos no documentário e a realidade que encontramos em nosso país.
Conversamos sobre a lista publicada pelo Ministério do Trabalho com as empresas brasileiras que apresentam condições análogas à escravidão. Colocamos aqui o link com a lista atualizada publicada em 2018: 
LISTA (Clique aqui)
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