agentkc-fireproof
Kσνι Cαιкяσ
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𝙿𝚒𝚛𝚊𝚝𝚊𝚜 𝚜𝚎𝚖𝚙𝚛𝚎 𝚜𝚎𝚛𝚊̃𝚘 𝚙𝚒𝚛𝚊𝚝𝚊𝚜; 𝚎 𝚎𝚞 𝚜𝚎𝚖𝚙𝚛𝚎 𝚜𝚎𝚛𝚎𝚒 𝚞𝚖𝚊 𝚟𝚊𝚍𝚒𝚊. 𝙰𝚌𝚑𝚊 𝚚𝚞𝚎 𝚌𝚘𝚗𝚜𝚎𝚐𝚞𝚎 𝚕𝚒𝚍𝚊𝚛 𝚌𝚘𝚖𝚒𝚐𝚘?  
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agentkc-fireproof · 4 years ago
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eu sou aquele livro
que você
tem na estante
e por mais
que você cuide de mim
nunca chegou
a me abrir
e se aprofundar
em minhas histórias
me deixando com inveja
do seu livro
favorito
aquele o qual
você lê
e relê
todo dia
— queria ser seu escolhido
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agentkc-fireproof · 4 years ago
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agentkc-fireproof · 4 years ago
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Bom garoto.
Kovi não conseguia dormir. Ela rolou para um lado, rolou pro outro e logo parou deitada de barriga para cima, enquanto encarava o teto. Ao seu lado tinha Billy, sua pelúcia de tubarão, que tinha um tamanho médio, o suficiente para a garota o abraçar. Ele sempre ajudou ela a dormir, sempre, mas, agora não fazia mais efeito. Não depois de ter sentido o aconchego de dormir aninhada a dois corpos. E sabem o que é pior? Mesmo que ela venha a dormir com duas ou mais pessoas, ela nunca dorme direito, por mais confortável que seja, o aconchego só é encontrado no colo de Aletheia e Killian. Se levantou da cama, indo colocar uma roupa; uma calça legging preta com um cropped cinza. Amarrou o cabelo em um rabo de cavalo e saiu do seu quarto de hotel, pedindo um chá de hortelã com canela na cafeteria, (fun fact: canela é o tempero favorito de Caikro) para poder despertar por inteiro e assim que terminou a bebida quente, saiu do hotel, começando a correr pela cidade. Nesse momento, o gatuno apareceu ao seu lado, na forma de um filhote de onça. Ele corria ao lado de Kovi, fazendo a fada sorrir. Mas foi bem aí, quando ela olhava para o animal que acabou tropeçando, cambaleando para frente e, só não se machucando, pois a onça se pôs a frente de si e se ergueu para manter a dona em pé.
Kovi riu baixinho, acariciando a cabeça do bicho enquanto dizia: — Bom garoto. Eu estou bem, vê? Tudo sobre controle, gatuno. — E o animal moveu a cabeça pro lado, quase como se estivesse analisando a sua dona antes de ronronar baixinho, parecendo concordar com ela. Ele logo voltou a ficar com as quatro patas no chão e voltou a correr, querendo que Kovi o acompanhasse. O animal até que corria bem, mas ele estava indo um pouco devagar, como se estivesse desafiando Caikro pra uma corrida. A ruiva riu, curvando uma das sobrancelhas em descrença e logo voltou a correr, não só o acompanhando, mas ficando centímetros a frente dele. E, por um momento, o animal ficou para trás, mas assim que ouviu Kovi rindo e cantando vitória, gatuno começou a correr tão rápido que se você não estivesse o observando antes, mal o notaria agora.
No entanto, por incrível que pareça, a fada do fogo ainda tinha fôlego sobrando pra não perder o desafio, correndo tão rápido quanto o seu familiar e vencendo por questões de milésimos de segundos. Parou em frente à árvore central do Parque, passando a gola do cropped na testa suada antes de olhar o bichinho com um sorriso animado no rosto.
— Eu ganhei. — Dizia, toda convencida e gatuno, charmoso como era apenas ergueu levemente a cabeça, movendo-a para o lado suavemente, em desdém, quase como quem diz: Isso foi sorte. O que fez Kovi gargalhar. — Seu nome devia ser danadinho, sabia?
A ruiva moveu a cabeça, ainda descrente com tamanha audácia, mas parando para pensar, ele sendo familiar de quem era, até fazia sentido. Sorri caminhando para o Centro-Sul, indo comprar água na sorveteria, para dividir com o bichinho, depois desse pequeno treino, ele bem que merecia. Também compraria algo para comerem e só de pensar nisso a barriguinha dela e do familiar chegou a roncar. Realmente, ele tinha a quem puxar.
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agentkc-fireproof · 4 years ago
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Kovi usando o casaco do Killian, que ela nunca mais devolveu — Alfea
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agentkc-fireproof · 4 years ago
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⚜Esthétique⚜ | They come in waves
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agentkc-fireproof · 4 years ago
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[TW: Possibilidades de gatilhos; ansiedade, sentimento de insuficiência e automutilação; por favor, se for sensível, não leia].
Onda errada.
Não era novidade pra ninguém que Kovi Caikro era uma garota apreciadora das ervas naturais. E, ela sabia sim como lidar com a cannabis, sabia perfeitamente o quanto podia fumar, onde se sentia confortável e quando devia fumar. Ela sabia. Era experiente no assunto.
Contudo, naquela madrugada após o início do torneio, acabou fazendo algo que jurou nunca mais fazer. Assim que saiu da enfermaria e se despediu dos seus amores, a fada do fogo se dirigiu não para o dormitório em Alfea onde poderia ter alguém para ficar contigo, mas sim para o seu quarto no hotel da cidade e, essa foi provavelmente a primeira decisão errada da madrugada, a primeira de muitas, aliás.
Veja bem, a maconha é uma substância psicoativa e ela não só pode como vai ampliar o que já existe dentro de ti.
O fato de estar sozinha, já era um problema, pois a garota não costuma fumar sozinha, justamente pelo fato de quê, quando está só, os seus demônios particulares aparecem para brincar. E esse já era um ponto que indicava a possibilidade de uma viagem ruim, mas o pior de tudo era que Kovi sabia que o percurso não teria um bom resultado e, ainda assim, decidiu continuar.
Tudo bem, você pode achar essa decisão estúpida, Kovi também acha, no fundo, mas no momento, ela só queria se desligar do mundo, só um pouquinho e, nos primeiros minutos em que se deitou em sua cama, apenas de lingerie, com o baseado em seus lábios; pelos deuses, a sensação de leveza veio com tudo e até a fez rir, toda bobinha. A garota aproveitou cada minuto em que seu cérebro liberava dopamina por conta da droga, assim como também aproveitou a euforia, de braços abertos.
Uma música tocava em seu celular e a garota se levantou da cama, dançando pelo quarto do hotel fingindo que dançava com alguém, se divertindo e aproveitando cada segundo antes que a onda ruim chegasse, porque ela sabia que iria chegar. Ela riu, pulou na cama, cantou a música a plenos pulmões antes de dar mais uma tragada no baseado, se sentindo mole e voltando a deitar na cama, mas agora com as pernas pro lado da cabeceira e foi aí que as coisas começaram a se complicar.
Kovi nunca foi segura de si, ela aprendeu a agir como se fosse a rainha da porra toda, aprendeu a não demonstrar se sentir inferior e substituível, a não deixar que seu baixo astral danificasse seus relacionamentos sociais, aprendeu a esconder tudo o que sentia e sempre botar um sorriso no rosto que poderia iluminar uma cidade inteira - mesmo que não fosse genuíno. Ela era quente sim, podia incendiar um mundo inteiro se quisesse mas, no fundo, sabia que era o fogo mais frio e defeituoso que existia. A fada não era como um fogo alaranjado e capaz de aquecer seu coração, embora ela pudesse sim gerar uma chama com essas qualidades, Caikro era bem mais propensa a gerar uma chama azulada e caótica; um fogo que ao invés de acolher e aconchegar era mais voltado para a destruição em massa. Destruição essa que a consumia de dentro pra fora e uma hora iria fazer a mesma explodir.
Ainda deitada na mesma posição e com o baseado entre os lábios, o sorriso que tinha foi se desfazendo conforme sua mente projetava ilusões muito reais a sua frente, afinal eram coisas que ela tinha visto, mas o que antes ela via com carinho, agora via com dor. Nesse momento, uma única pergunta rondava a sua mente; porque ela nunca obedecia a sua regra? Era pra ser algo bem simples de fato, não se apaixone jamais, apenas se divirta, se não tiver mais divertido, pule fora antes que o barco bata e se vier a se apaixonar, nunca revele. O problema é que, ela não queria pular fora. Mas, acabaria o fazendo, afinal, quem precisa de Kovi Caikro tendo Killian Yvaine para si? Ou, então, quem precisa da fada do fogo, tendo a fada da mente mais maravilhosa ao seu lado?
Ela não queria pensar assim, de verdade, adorava fazer parte desse grupo de três e porra, ela amava os dois com tanto mais tanto carinho que não pensaria duas vezes antes de saltar na frente de qualquer coisa para os defender. O problema real era que a pirata nunca foi fã de triângulos amorosos e por mais que quisesse entrar em um pelos dois, ainda se sentia insuficiente e pensava que nenhum dos dois merecia um fardo como ela. Não, não, eles mereciam tudo do melhor e, aos olhos de Kovi, ela não era nada de bom e temia estragar algo lindo que os dois poderiam ter entre si, porque, querendo ou não, em um triângulo, uma parte sempre fica de canto, sobrando. E a fada do fogo sentia que era ela.
A bad trip veio com força, sim, a fazendo chorar, com tais pensamentos e conforme ia chorando, suas vias respiratórias pareciam se fechar, o que antes seria uma crise de choro e ansiedade boba, por conta da dose de cannabis ingerida, se tornou um ataque de impulsividade em que, ao tentar aliviar o estresse causado pela ansiedade, Kovi se auto machucou, levando a boca até um pouco abaixo do ombro esquerdo, mordendo a pele com tanta força ao ponto de sentir o gosto pastoso de sangue em sua língua. E ela mordeu uma, duas, três, quatro vezes, em pontos estratégicos do seu corpo para que pudesse esconder os ferimentos com roupas largas e é claro, com a boa e velha maquiagem. Assim que deu a última mordida, agora no seu antebraço direito, os efeitos intensos da droga iam diminuindo, mas, Kovi ainda chorava e soluçava, com o sentimento em seu peito de que nunca viria a ser suficiente.
Como poderia ser suficiente se não se sentia assim? Como poderia ter boas qualidades e se sentir amada pelos outros quando ela mesma não achava uma qualidade em si própria e por mais que gostasse da sua aparência física não era nenhum pouco apaixonada por sua alma. Quem a amaria se nem ela o fazia? Afinal, como você se ama é como você ensina os outros a te amarem e graças aos deuses que Kovi era uma mentirosa de carteirinha, porque, se não fosse, ninguém de fato gostaria dela, mesmo que, tudo que eles sabem sobre a garota não é nem mesmo um terço da proa.
Kovi era um navio em águas profundas e turbulentas, águas traiçoeiras e que eram capazes de acabar com os mais experientes dos capitães, era um navio apenas esperando pela próxima catástrofe para enfim naufragar. E, assim como tinha dito a Aletheia horas antes, a pirata precisava, desesperadamente, de uma âncora ou não teria outro fim, além de ver o fundo do oceano, uma última vez.
As crônicas de força, fogo e mente; a catástrofe, ato um.
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agentkc-fireproof · 4 years ago
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agentkc-fireproof · 4 years ago
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Kovi: eu acho que vou ser aquele tipo de amor, que faz ela entender que merece muito mais do que ela pensa merecer.
Kovi: e aí, ela vai embora, porque não precisa mais de mim pra se curar e voar.
Killian: eu e você, Kovi, eu e você.
Kovi: uma hora ela aprende!
Killian: espero! a gente só não pode desistir dela ok?
Kovi: essa é a promessa que eu tenho certeza que vou cumprir, Killzinho.
As crônicas de força fogo e mente.
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agentkc-fireproof · 4 years ago
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agentkc-fireproof · 4 years ago
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você é uma chama que incendeia todo o meu sistema nervoso periférico
é como uma grande dose de serotonina queimando em meu cérebro
e eu me vício a cada novo toque
sempre querendo mais e mais de você
e também tendo medo do que
vai acontecer comigo
assim que você
finalmente decidir
ir embora.
— Let me down slowly
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agentkc-fireproof · 4 years ago
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agentkc-fireproof · 4 years ago
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Porque?
Kovi não sabia o motivo concreto do porquê ter protegido Aletheia ao invés de si. Foi burrice. Foi irracional. Foi um ato de puro instinto? Ela não podia dizer com certeza. Ela só sabia dizer que, no momento, parecia ser o correto a ser feito. E, por mais que estivesse preocupada com o real motivo disso, sabia que faria de novo, sem nem pensar duas vezes.
As crônicas de fogo e mente.
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agentkc-fireproof · 4 years ago
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óleo sobre tela.
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agentkc-fireproof · 4 years ago
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Passar um trote no meu ex é uma das melhores coisas sobre o superar.
Truth or Dare.
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agentkc-fireproof · 4 years ago
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agentkc-fireproof · 4 years ago
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queria saber
quando
alguém vai me ler
por completo
e querer me reler
pra sempre
sem nunca
enjoar
— favorita
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agentkc-fireproof · 4 years ago
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me assusta
pensar que eu
nem faço
falta
— saudade
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