adesconhecvda

[adesconhecvda]

“Oh, how very nice for you.“ (ironia)

"Porra, por que você acha que eu quero matar sua mãe?" Ergueu os braços em inconformidade, sua voz soando esganiçada pela incredulidade da recepção de seu pedido de desculpas. Bem, sabia que dizer que sentia muito por talvez matar a mãe da mulher no futuro não era exatamente a melhor forma de abordar o assunto, mas Abigail estava tentando se redimir por ter iniciado a guerra entre elas com sua maldita boca grande. "É sério, eu sinto muito que a história tenha sido escrita assim. Não quero me tornar uma assassina muito mais do que você quer que ela morra!" Suspirou exasperada, puxando o ar com força para seus pulmões na intenção de se acalmar um pouco. Massageou as têmporas, franzindo o cenho. "Só para estarmos na mesma página, você não quer que ela morra, né? Porque senão minha fala vai estar toda errada..."

[adesconhecvda]

(cinderela) “ sometimes , all it takes is a good friend to remind you of all the things you like about your life . ”

"Vocês realmente têm o papo da amizade, então... Achei que era uma invenção da Disney." Ponderou em um tom pensativo, balançando a cabeça como se estivesse refletindo diversos aspectos daquele mundo quando, na verdade, estava só tentando lembrar do que estavam falando. "Eu concordo que amigos bons são a melhor coisa que conquistamos na vida, mas também nos ajudam a termos as piores ideias possíveis." Fez uma breve careta com algumas lembranças de enrascadas em que havia se metido por conta de Verona, olhando por cima do ombro para conferir se a amiga estava perto antes de continuar a falar. "Teve uma vez que tivemos que dedetizar meu apartamento em Sheffield... Vocês sabem o que é dedetizar ou só abanam a mão e os insetos somem? Enfim, depois você me conta! Mas aí..."

[adesconhecvda]

(thelostknightt) “ were you being nice or sarcastic ?? ”

"Opa!" Exclamou, levantando de sua cama quase que imediatamente para poder encarar Renée propriamente durante a conversa, o tipo mínimo de educação que Abby ainda mantinha apesar dos pesares. "Quando que eu não fui legal com você?" Levou uma das mãos ao coração dramaticamente, atirando o corpo de volta ao colchão como se tivesse levado um tiro durante uma grande batalha. A risada que escapou de sua garganta foi curta, a mulher logo recuperando a posição anterior. "Mas sério, eu acho que ser a escudeira da Rainha Branca é uma das melhores opções aqui." Deu de ombros, voltando o olhar para a companheira de quarto. "Ela é bonita, parece gente boa pelo que me lembro do filme... Sempre achei que era a Anne Hathaway que interpretava ela no live action, inclusive. Não sei porquê." Franziu o cenho, fitando o teto como se o gesto fosse ajudar a evocar a memória da época e de sua primeira impressão. "Mais do que isso, ela não tenta te matar ou ameaçar o tempo todo. Então, acredite, foi você sim que tirou a sorte grande entre nós."

[adesconhecvda]

ooc: oi galere 👉👈 tive uns problemas e não ia participar do ask game porque reapliquei meio em cima da hora, mas como foi estendido, decidi dar uma chance! quem quiser ask também, só curtir aqui <3

[adesconhecvda]

starter aberto

pós plot-drop

"Psiu." Tentou chamar a atenção da pessoa mais próxima de si, olhando por cima dos ombros em seguida. Precisava ter certeza de que nem todo mundo iria lhe ouvir, ainda mais quando iria... Bem, não estava cometendo nenhum crime, mas talvez utilizar um momento de puro pânico para todos os lados para vender suas tatuagens não fosse a melhor ideia que já havia tido. Por outro lado, talvez estivesse chapada e tudo aquilo fosse uma grande viagem. "Ei, você é... Você sabe..." Tentou indicar à si mesma, sentindo-se muito orgulhosa que não havia feito nenhuma menção ao meme com aquela frase, ainda mais com todo o nervosismo em seu sistema. "Melhor. Você também recebeu a palavra mágica de Merlin? Porque, se sim, o que acha de eternizar ela em sua pele?" Fez uma arminha com ambas as mãos enquanto alargava o sorriso, esperando soar descolada. Onde estava Verona quando precisava dela? "Pensa só, esse é um souvenir que mais ninguém pode te dar... Talvez só quem tem magia, porém você entendeu." Seu kit de tatuagem sequer estava ali? Ah, não! Havia se endividado muito para perder o novo set de agulhas.

[adesconhecvda]

there is something so sacred about being a loser

[adesconhecvda]

“Se eu falar que sim, você vai fazer o que?” O arquear de sua sobrancelha não correspondia à pequena pontada de receio em seu peito. Bem, Avalon nunca foi conhecida por seu bom senso e podia não ter tido aulas úteis para uma luta com Merida naquelas condições, mas já havia entrado em muitas discussões de rua e mantido sua postura mesmo que morresse de medo de acabar morta. Deixaria todos seus pertences para Verona. Será que deveria ter feito um testamento? “Assoprar as flores do seu cabelo na minha direção?” Não era a melhor ofensa, porém se viu dando um high-five com a amiga em sua mente. Droga, precisava focar Estava chamando uma princesa esquentadinha para briga mesmo sem nunca ter pegado em uma arma! Revirou os olhos com sua próxima fala, incapaz de conter a risada irônica em sua garganta. “Já pode dar aula de empoderamento, ein?“ Agora, já era até antifeminista! Precisava sair daquele mundo. Cruzou os braços para ter o que fazer com eles, crispando os lábios. “Eu não faço questão que saia.” Até porque precisava seguir ela para encontrar o caminho para fora, mas Merida definitivamente não precisava saber disso. “Meu amigo? Que amigo?” Esperava que o namorado de Olivia não tivesse lhe seguido ali… Já bastava toda sua paciência sendo torrada todos os dias. Parando para pensar, será que ele finalmente tomaria conta de todo o apartamento com Avalon fora? Sentiu um arrepio em sua espinha com o pensamento. “Eu não tenho amigos homens.” Estava se redimindo pelo crime de mais cedo? Talvez. Teve de morder o lábio inferior para conter uma risada, falhando miseravelmente. “Você fica adorável brigando com o pó mágico.”

Apoiou-se nos cotovelos para que pudesse ter uma visão melhor da garota. Não precisava esperar que ela se tornasse A Desconhecida em sua história para que a detestasse. A atitude dela já era o suficiente para despertar o pior de Merida. "Quer testar a sorte?" Arqueou as sobrancelhas, chicoteando as palavras com a língua. Era uma proposta injusta. Naquela realidade, a princesa de Dunbroch tivera um treinamento extenso desde criança para diferentes tipos de luta, enquanto a garota vinha de um lugar onde muito provavelmente nunca pegara num arco na vida. Novamente aquela palavra era usada, e Merida não fazia ideia do seu significado. "Eu sei o meu valor." Abriu um sorrisinho de escárnio. Ela era propositalmente irritante também, mas não precisava dizer isso. Voltou a se deitar na grama, olhando para as luas no céu. Uma pequena estrela caiu em direção ao seu nariz, e ela o franziu ao sentir o pó adentrar as narinas. "Não pretendo sair daqui, se é isso o que quer." Comentou. "Você ainda não é o maior dos meus problemas. O seu amiguinho, por outro lado..." Referia-se ao Noivo Indesejado, embora sequer soubesse se ela e Roderick se conheciam. Mais uma estrela caiu do céu e se esparramou sobre o nariz dela. Merida se sentou, irritada. "Ughhh, que saco!" Reclamou, mesmo que não falasse com Avalon em específico e sim com o universo.

[adesconhecvda]

Conseguia notar as mudanças que a mulher declamava, tentando ignorar o peso que a fala sobre as tatuagens carregava quando o tópico eram as duas. O questionamento queimou na ponta de sua língua, se autoconsumindo antes que tivesse a chance de encontrar o caminho para se por entre elas. “Mesmo?” Quase pediu para que lhe mostrasse, contendo o impulso no último instante. Sequer sabia se era o comportamento certo, inclusive… Se é que havia algum. Ava possuía uma quantidade considerável de exes, quase todas após Reyna e quase nenhuma com o mesmo impacto que a mulher havia tido pars si. “Devem ser bonitas, mas não mais que as minhas. Quem não quer o traço trêmulo de iniciante para sempre em sua pele, não é?” Brincou, embora soubesse que nada disso havia acontecido nas tatuagens que deixara na pele de sua ex. Poderia ser vista como inconsequente e até mesmo maluca, o que talvez fosse verdade em alguns cenários — ainda mais na presença de Verona — mas tinha sua cabeça no lugar sobre algumas coisas, aquelas que importavam realmente. “Mudei? Espero que não de uma forma ruim…. Pode ser o cabelo, também. Faço minha amiga cortar pra mim.” O que não era uma decisão muito sensata, ainda mais quando estava chapada em uma frequência um pouco maior do que a recomendada, porém… Franziu o nariz com a admissão alheia, gesticulando para indicar os trajes que vestiam. “Também não acredito que estamos assim. Nem que a Cruella quem fez essas roupas.” Será que ela fazia todas as roupas? Parecia cansativo. “Em qual conto você, uh, caiu?” Era definitivamente uma pergunta que não se imaginava direcionando a alguém seriamente, muito menos sua ex. No entanto, o silêncio parecia prestes a lhe sufocar, mesmo que se estendesse por poucos segundos, e faria qualquer coisa para preenchê-lo antes que isso acontecesse. Ignorou a sensação estranha ao ouvir seu nome, incerta se preferia que fosse utilizado o apelido. Por que relacionamentos não vinham com um manual? Seria muito mais fácil! A careta que tomou suas feições em seguida, no entanto, surgiu sem sua aprovação, burlando qualquer restrição autoimposta. “Ei! Ruas são confusas. Labirintos também, aparentemente… E esse prédio não faz sentido algum!” Defendeu-se prontamente, erguendo o rosto no que esperava ser uma expressão desafiadora. Não sabia o que desafiava, mas não voltaria atrás mais. “Mas eu aceito a companhia. Eu meio que tenho medo de voltar para o baile e a Merida ter descoberto como me matar de uma vez.”

Muitos anos, ela quis responder. Em vez disso, limpou a garganta e desviou o olhar para uma tocha que começava a perder a luminosidade. Com a constatação seguinte dela, Reyna deu de ombros. "Mudei o cabelo. Fiz algumas tatuagens novas." Não cobri nenhuma das suas — outra sequência de palavras emperradas em sua garganta; era melhor que Ava pensasse o que quisesse pensar sobre aquela afirmação. A verdade, porém, era que desde que se separaram, só tinha feito tatuagens para Ronan e o pai. Tornou a fitá-la, os olhos percorrendo a figura cautelosamente, como se pudesse perdê-la de vista à qualquer momento. "Você mudou." Abriu um sorriso, sem deixar explícito se aquilo seria algo bom ou ruim. "Eu não acredito que eu esteja aqui também." Especialmente depois da série de desfortúnios daquele dia, mas a sua ex namorada realmente não precisava saber que ela estava tendo um péssimo começo com a sua futura predestinada. Era o tipo de coisa humilhante demais para exes saberem. "Oi, Avalon." O nome dela tinha um gosto estranho em sua língua. Nunca a chamara assim, afinal. Levantou-se, caminhando na direção dela; os braços cruzados para evitar qualquer contato acidental que pudesse piorar a esquisitice da situação. "Estava voltando pro seu quarto, ou...? Posso caminhar com você, se quiser. É um lugar grande e você é péssima com direções." Corrigiu-se, franzindo o nariz: "Bom, pelo menos você costumava ser. Nunca encontrava o meu dormitório na faculdade quando ia me visitar." Sorriu um pouco boba, sem pensar muito no que trazia à tona.

[adesconhecvda]

Conseguiu ver por relance o chapéu da amiga enquanto ajeitava o novo ângulo para conversarem, quase saltando na direção do espelho como se quisesse entrar dentro dele. "Ei, mostra isso aí direito!" Reclamou com um biquinho, o que não era particularmente de seu feitio, mas Verona sabia que conseguia arrancar em algumas situações. Não era como se fosse morrer se não visse o acessório, até porque logo estaria no mesmo quarto que ela, porém era muito curiosa para se atentar ao fato. "Eu acho que deveriam deixar a gente escolher a cor do sol. Chega de luz branca, já deu!" Fez uma careta enquanto arrumava suas coisas para sair do quarto, erguendo ambos os polegares para mostrar que aprovava a ideia do pergaminho. Era muito difícil segurar o espelho e fazer isso ao mesmo tempo, entretanto, então talvez sua ideia não tivesse ficado muito clara. "O Jaime e muitos tiktokers. E instagrammers. E twitchers... Enfim, você entendeu." Deu de ombros, pausando sua fala para morder o lábio inferior. "Parando para pensar, aqui seria um ótimo lugar para se tornar streamer, se tivéssemos celular e internet direito." Imagina fazer uma live com os personagens reais das histórias? Duvidava que as pessoas acreditariam, mas qualquer um saberia que Avalon era muito preguiçosa para colocar tanto esforço em uma farsa. Só a ideia de ser cancelada pela internet já lhe desgastava emocionalmente... Não que não fossem cancelar sem todo aquele plano. "É muito a vibe dela, não é? Eu também pensei isso. Será que tenho cara de quem cortaria a cabeça de alguém?" Franziu o cenho, fazendo uma expressão séria para ver se lhe daria medo. Bem, talvez tivesse um pouco cara de vilã. "Espera, segura aí!" Quando a amiga começou a falar as instruções, Avalon já aproveitou para deixar seu dormitório, buscando qual planta poderia ser a que ela mencionava. No final do corredor, como previsto, levou um susto quando o vaso pareceu gritar consigo, quase deixando seu espelho cair. "Meu deus! Será que essas coisas quebram? Eu não tenho dinheiro para comprar outro do Merlin não... Ou sei lá como que fazem aqui." Resmungou ainda pela chamada, embora já abrisse a porta do quarto. Girou o corpo, lançando a roupa em cima de uma cama livre antes de ir até a amiga, dando um pulinho em seu lugar. "Anda, veste o chapéu, eu quero ver!"

Sua colega de quarto já tinha desistido e saído do pequeno apartamento, provavelmente em busca de café da manhã ou de um pouco de silêncio, mas Verona não lhe deu um pingo de atenção, analisando todos os enfeites do chapéu ali disposto enquanto tagarelava para o espelho, posicionando-o em cima da penteadeira para que pudesse ver Avalon enquanto analisava as próprias roupas. "Nossa, ia ser incrível se o sol fosse roxo. A gente ia andar por aí parecendo que estávamos 24h no quarto de um gay tirando foto", riu da própria piada, mas realmente não tinha aversão à ideia, sempre achou luzes coloridas um conceito muito divertido, "Imagina se tem um app no pergaminhozinho pra gente escolher a cor do sol pra tirar foto. Eu tenho certeza que o Jaime pelo menos mataria por essa tecnologia", refletiu, sentindo uma breve pontada de saudade do próprio colega de apartamento em Sheffield, mas não se deixou abalar pelo sentimento. Voltou sua atenção completa para o espelho quando Ava começou a mostrar o vestido, sua boca formando um perfeito 'o' imediatamente. "Amiga, você vai entregar rainha de copas realness, meu deus. Estamos muito país das maravilhazeiras!", concluiu, apontando para as próprias vestes que lembravam bastante o Chapeleiro Maluco. "O mundo das histórias é tão camp... tô surpresa, não vou mentir. Achei que ia ser um negócio mais clássico, medieval... ia ser chique, também, mas não tô reclamando. E fica quase no final do corredor! Perto daquela planta que às vezes grita, sabe?", explicou distraidamente, experimentando o blazer de seu look diurno, ou assim imaginou que fosse pela ilustração do sol no cabide. "Tem meu nome na porta, you can't miss it".

[adesconhecvda]

Era Uma Vez… Uma pessoa comum, de um lugar sem graça nenhuma! HÁ, sim, estou falando de você ABIGAIL "ABBY" BRIARWOOD. Você veio de SHEFFIELD, INGLATERRA e costumava ser TATUADORA por lá antes de ser enviado para o Mundo das Histórias. Se eu fosse você, teria vergonha de contar isso por aí, porque enquanto você estava SENDO VOLUNTÁRIA EM ONG DE ANIMAIS DE RUA, tem gente aqui que estava salvando princesas das garras malignas de uma bruxa má! Tem gente aqui que estava montando em dragões. Tá vendo só? Você pode até ser EMPÁTICA, mas você não deixa de ser uma baita de uma BRIGUENTA… Se, infelizmente, você tiver que ficar por aqui para estragar tudo, e acabar assumindo mesmo o papel de A DESCONHECIDA na história VALENTE… Bom, eu desejo boa sorte. Porque você VAI precisar!

Não possui muitas memórias de seus pais. Tudo o que sabe é que chegou no orfanato após ambos falecerem em um incêndio e que aquele se tornaria seu novo lar, ao menos em teoria. Como sempre fora dona de uma personalidade teimosa, não demorou para que começasse a enfrentar problemas com outras crianças e, posteriormente, com as cuidadoras do local. Sempre que brigava, era punida com castigos que variavam entre ficar responsável por arrumar alguma área e não comer nada no dia.

Em uma dessas vezes, Abby fugiu para a rua e acabou recebendo os cuidados de um dono de bar que, ao notar sua fome, ofereceu comida em troca dela ficar ali lhe ajudando com os clientes. Era só uma desculpa para que a menina não tivesse que voltar para o orfanato, nem ficasse na rua, algo que viria a se repetir muitas e muitas vezes nos próximos anos. Por vezes, chegava a dormir no bar e voltar para o orfanato apenas após alguns dias — não era como se fizesse muita diferença para a instituição, de qualquer forma.

Quando o homem morreu, por volta de seus quinze anos, Abby sentiu como se todo seu esforço para melhorar fosse em completo vão: do que adiantava se sempre lhe tiravam as poucas coisas boas que tinha em sua vida? Desistiu de empenhar em seus estudos e passou a trabalhar meio período para ter algum dinheiro quando completasse dezoito anos. No meio tempo, investia na única coisa que aprendeu na rua e não era ruim: tatuagem. Acompanhou todo o processo como uma assistente em um estúdio de tatuagem até estar preparada para começar a fazer suas próprias.

[adesconhecvda]

Estava descobrindo que talvez bailes parecessem mais divertidos na televisão, quando se era criança e sonhava com a ideia de ser princesa, do que na prática da... Vida real? O pensamento trouxe um suspiro aos deus lábios enquanto tentava se livrar da grande bola de enfeite de cabelo que estava pendurada em sua cabeça. Será que sua coluna havia entortado? O pensamento não teve muito tempo para rondar sua mente, já que logo virava na direção de subir a escadaria e dava de cara com ninguém mais, ninguém menos que sua ex. (Avalon tinha certeza que Deus estava se divertindo muito com sua vida nos últimos dias.) Sua provocação fez apenas com que revisasse os olhos, incerta de como se comportar. Fazia tanto tempo desde que se viram pela última vez... Era uma grande ironia do destino se encontrarem ali. "Alguns anos." Concordou, arqueando uma sobrancelha. "Você não parece ter mudado muito." Pontuou, referenciando o comentário anterior da mulher. Evitou cruzar o olhar com o dela propositalmente, até porque não queria saber o quão 'gostosa estava com aquela roupa'. Ou era o que se dizia. "Eu não acredito que esteja aqui." Tentou inspirar mais oxigênio daquela vez, como se houvesse se tornado escasso magicamente. "Bem... Oi, Reyna."

starter for @adesconhecvda

at: festival de boas vindas; noite.

Encontrar um lugar isolado estava sendo difícil. Mesmo que a magia fizesse o salão parecer maior do que realmente deveria ser, ainda havia gente demais em um só lugar. Reyna não se incomodava com as pessoas — estava acostumada à noites cheias em bares londrinos, o seu incluso — mas seria bom ter um tempo para pensar diante a... bem, tudo. Saindo do salão de baile, encontrou-se perto da escadaria principal do castelo, sentando-se em um dos degraus mais baixos para descansar. Quem diria que botas de pirata doeriam tanto? Ergueu a taça da champanhe no ar, esperando a bebida cair do céu e encher o seu copo (não era assim que funcionava, mas ela já ultrapassara a cota mágica) e quando não aconteceu, resmungou algo sobre a magia daquele lugar não ser tão funcional quanto em Nárnia. Descartou o copo com um suspiro, procurando no bolso da calça pelo celular apenas pelo hábito, uma vez que sabia que não encontraria nada ali. Só então ouviu o barulho de passos se aproximando. Erguendo os olhos, deparou-se com Ava. " Você não precisa ficar me stalkeando por aí só pra dizer que sente a minha falta. Ou que eu tô muito gostosa com essas roupas, porque eu sei que sim. " Ergueu os cantos dos lábios, o sorriso provocativo e a brincadeirinha de praxe na ponta da língua escondendo o misto de sensações que era reencontrá-la ali, de todos os lugares. O ressentimento por cima de todas. " Faz um tempo... " Murmurou.

[adesconhecvda]

Havia uma razão clara pela qual só tentava conhecer novos lugares na presença de Verona: tinha uma péssimo senso de direção. Como é que iria se tornar uma grande conhecedora da floresta em seu conto, não fazia ideia! Porém, todos os acontecimentos recentes contribuíram para que uma vozinha em seu interior a tentasse ainda mais a entrar no labirinto sozinha para descobrir se já estava evoluindo suas capacidades, apenas para notar que havia se perdido dentro de algumas viradas. Aquelas coisas realmente eram difíceis, uh? Notar uma nova presença fez com que desse um salto em seu lugar, franzindo o cenho ao perceber que era exatamente Merida. Claro que era... "Me matar?" Sua indignação fora tanta que a risada que escapara de sua garganta soara ácida, com Avalon cruzando os braços sobre o tórax. "Não hoje e nem nunca, até porque, pelo que eu me lembro, sou eu que te derroto. Duas vezes." Estreitou os olhos, desafiando-a silenciosamente. Talvez a presença naquele mundo já estivesse lhe fazendo mal porque Avalon nunca fizera esgrima antes, nem nada que pudesse ser remotamente útil para a vida ali. No máximo, havia se humilhado em uma aula de defesa pessoal alguns anos antes... Se bem que havia tido uma vez em que perdera o controle em uma competição e o resultado acabou sendo bem feio para a outra mulher. "Você parece ser tão convencida pessoalmente quanto no seu filme."

starter for @adesconhecvda

at: festival de boas vindas; noite.

Adentrou o labirinto tirando os saltos dos pés e afrouxando o corpete do vestido, caminhando um pouco desengonçada enquanto tentava se livrar das amarras de sua posição. Pelo menos ali poderia ter um pouco de paz longe dos olhos julgadores da mãe... Até o momento em que ela mandasse os trigêmeos irem atrás de Merida. Mas não queria pensar nisso agora. Pensou que estaria sozinha ao dobrar a esquina no labirinto e encontrar uma área de descanso com dois balanços e uma fonte, mas se pegou suspirando alto ao constatar a presença daquela garota. Os deuses estavam conspirando contra ela, não havia outra explicação. " Relaxa, eu não vou te matar. " Anunciou, erguendo os sapatos nas mãos em rendição. " Não hoje, pelo menos. " Jogou os saltos em um canto e se atirou na grama, deitando-se no chão mesmo. Sentiu as flores em seu penteado serem esmagadas e imaginou que acabaria se encrencando com Elinor por isso.

[adesconhecvda]

Já esperava pela ligação no instante em que o rosto de Verona surgiu no pedaço de espelho, o qual quase derrubou na tentativa de pegar correndo. Ficar longe da amiga por causa da prisão refinada na qual estavam era a pior sensação possível, até parecia que não haviam se encontrado múltiplas vezes e só se separavam na hora de dormir. "Ronnie, Ronnie, Ronnie, Ronnie!" Devolveu o cumprimento de forma mais contida, olhando de soslaio para a pessoa com quem dividia dormitório até então. Não se importava muito de ser inconveniente, até porque acreditava que toda aquela maluquice não fosse durar muito tempo. "Eu ouvi! Achei que tinha sido uma ilusão sonora que minha mente criou, mas minha colega de quarto... Qual seu nome mesmo?" Questionou à pessoa ao seu lado, fitando-a por cima do ombro antes de voltar o olhar para o reflexo de Verona. "Enfim, ela também ouviu! Você acha que o sol aqui vai ser diferente? Seria mais divertido se fosse de outra cor, tipo... Roxo!" Chutou a primeira tonalidade que veio em sua mente, saltando de sua cama para imitar o que a amiga fazia em outro cômodo. Abriu as portas de seu guarda-roupa com entusiasmo, o qual logo fora substituído por uma breve confusão antes de retomar o estado anterior. "Uau! Olha isso, Ronnie!" Retirou a roupa com dificuldade por utilizar apenas uma mão, colocando o vestido à frente de seu corpo. "Parece que saiu direto de um filme ou livro de história! Eu não sei nem se sei colocar isso." Era uma peça muito linda, não tiraria esse mérito de Cruella. Inclusive, a parte branca com bolinhas pretas... Imitando um dálmata... Não, não deixariam ela cometer aquele tipo de atrocidade ali. Deixariam? "Eu estou indo! Me lembra onde que é mesmo?"

onde: c. c. c., de manhã cedo. para: @adesconhecvda

Imediatamente após o anúncio da Alexa, Verona tirou seu iMirror debaixo do travesseiro e ligou para Ava, quase pulando no lugar enquanto esperava que atendesse. O hábito antigo das duas de ficar em chamada de vídeo sempre que possível tinha sido amplamente intensificado pelo novo adereço mágico, que era muito mais simples e não precisava carregar de 1 em 1 hora, e muito menos ficar numa posição específica para que a tomada com mal contato funcionasse. Ainda não acreditava que a melhor amiga tinha caído na mesma maluquice que ela, sério, era bom demais pra ser verdade – mas se realmente fosse um estranho caso de lombra contínua, como era sua suspeita inicial, ela realmente não queria que terminasse nunca. "Ava! Ava, Ava, Ava!", gritou, sem pensar por meio segundo na inconveniência que isso seria para a pessoa com quem dividia quarto. "Finalmente vão abrir as portas de Wakanda! A gente vai sair! Ver a luz do sol! Fora a luz do sol da praia postiça que fizeram naquela sala anteontem", refletiu, se levantando da cama e indo direto ao guarda roupa para descobrir que tipo de roupa lhe tinham arrumado. "Ai. Meu. Deus. Cara, olha isso aqui!", virou a câmera para as roupas extravagantes no cabideiro. "A gente vai ficar tão bonita. Pessoas vão morrer. Pega as tuas e vem pra cá, vamos se arrumar juntas!", chamou, quase em tom autoritário, mas sabia que ela não negaria.

[adesconhecvda]

I’m… I’m sorry, Felix, but no one wants to sit next to fucking Oliver. Why not? ‘Cause he’s a scholarship boy who buys his clothes from Oxfam. Harsh. That’s so harsh. You’re such a snob.

SALTBURN (2023)