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O caminho
O caminho …nas pedras soltas, inscreves castelosmuro derrubados, desconstrução das certezasnas incertas vidas suspensas no tempoessas que se tornam vivas no amago da gente! o caminho, longo ingreme, molda-nosarranca de nós o supérfluo, os monstroso percurso molda-nos, reformula-nosespia os pecados, faz-nos transpirartrona-nos mais fortes, mais ágeis… deixo no caminho o velho, o antigonovo…
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A viagem…
A viagem… Quando vim de onde estava para aquiAs árvores morriam e choravam na viagemFicavam para trás, como todos os sonhos e nuvensHoje tenho consciência do céu…Apenas via a estrada e os homens sozinhosEsses que caminham cansados em sentido contrário! Sou vítima da inevitável dúvida e do cansaçoTalvez me bastasse uma cabana num campo ermoTalvez fosse esse o meu destino, o pensamento…Vi o rio…
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Crónica descontextualizada ou uma coisa qualquer IV
Crónica descontextualizada ou uma coisa qualquer IV Qual é o sabor da vida? A que sabe a vida? A líquido amniótico e a placenta do nascimento? A leite materno ou a fome do deserto? À água salgada do mediterrâneo ou canal da mancha? A pólvora, pó de cimento, a morte, de Gaza, kursk, Líbano, Kiev, Saara, Burquina Faso? Ao pó das estradas e dos caminhos de ferro das rotas da América do…
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Poema do dia 19/09/2018
Poema do dia 19/09/2018 … versos inscritos em prataOxidados pelo tempo que foiNesta viagem, quedas,Um salto em movimento,Lambendo as feridas, a um cantoAnimal dócil, amestradoAdoptado por novo dono! Entre promessas de solidãoPirilampos em noite fingida,Que se rasguem todos ontensEm vida coxa presa ao depois,Há carros da estrada, nas duas direcções! Castelos de areia seca que se…
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Poema do dia 18/09/2018
Poema do dia 18/09/2018 “Andava perdido, mas encontrei-meNeste sangue que me circula no peitoEm batimentos longos, sei-meCiente e consciente do que foi feito” Perdido sem um farol que me guie,Levado à bolina ao sabor do vento,Marés que me levam, marés que me trazem,Solto liberto, indeciso sem rumo certo! “Andava perdido, mas encontrei-meNeste sangue que me circula no peitoEm batimentos longos,…
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Poema do dia 17/08/2018
Poema do dia 17/08/2018 Eram sete, sete os dias,Sete na esquinaCom a fome que fazia… Sete as estrelas e os pecados mortaisSete as pontas, sete também os castiçais… Sete as dores e as ave-mariasSete ao molho e que não sabias… Eram sete vezes as vezes a perdoarSeriam sete as que ficaram por dar… Sete dias depois, quinta-feiraSete e uma carta, sete e um beijoSete dias de chuva e o sol na…
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O sentido da vida…
O sentido da vida… A vida vale a pena? Quantos de nós nos fazemos esta pergunta todos os dias? Quantos de nós chegam à conclusão de que não, não vale a pena… mas mantemo-nos vivos, talvez apenas pelos outros e não por nós mesmos, pela família, pelos descendentes, pelos amigos, por aqueles que amamos, mas não por nós, porque por nós a vida deixou de fazer sentido.A pior coisa que nos pode…
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Poema do dia 16/08/2018
Poema do dia 16/08/2018 Há quem não compreenda a prisão dentro de nós mesmos!– A dor de estar sozinho no meio da multidão… Dói-me a imensidão das coisas e o vazio de mim mesmo,Esta fúria do cansaço, esta dor que é arrastar-me nos dias…Quero gritar no silêncio, arrancar dentro de mim a cobardia… Condeno-me à infelicidade das horas,Querendo o que nunca terei, sonhoResta-me aceitar a monotonia da…
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Bebo de ti...
Bebo de ti…. Bebo de ti todo o amor paixão devolvidas em dobroSão estes momentos…detalhes e todo o conjunto de adjectivos e verbos,que fazem este amor crescer “Bebo de ti, bebes-me com todo o teu desejoNa ânsia absoluta do prazer que geramosPenso-te, e és-me tesão louco do beijoSonho-te e és-me pressa na saudade” Atitudes… sim atitudes,valem por todo o dinheiro que possa existir…nada mais…
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Debruçado…
Debruçado… debrucei-me sob o parapeito da infâncianesse onde me roubaram os abraços que não recebie tudo era Inverno e necessidade de fazerera pequeno, mas fazia, e tinha que ser grande, mesmo pequeno… era grande sendo pequeno e cozinhava grandes comidasescritas em receitas pequenas, e mudava a fralda e ia para a escolae vinha, e fazia coisas que eram para fazer…e debruçava-me e via a rua, só…
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Abandonei-me
Abandonei-me deixei que as asas fossem sonhos e voassem para longenão me habitam já as folhas douradas e a esperança de docesa vida segue… entre uma brisa e uma lágrimaas palavras, meras metáforas de uma realidade ilusória… e depois choveu…limparam-se os caminhose tudo continuou… simplesmente igual…sem uma esperança de terra nova… Alberto Cuddel24/08/202116:30Alma nova, poema esquecido – XXVI
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Especulação
Especulação há na minha existência uma especulação filosófica de baseque razão me mantém aqui, de onde vim… deitei-me convicto de que acordaria nessa tardee se não acordasse? dormiria? valeria a pena perder tempo a dormir para não acordar?mesmo assim dormi… convicto… firme na certeza incerta de que o mundo existiria ao acordar! há na vivência das paredes gastas uma irreverencia macabra,…
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Poema da falsidade das vidas que nos inventam
Poema da falsidade das vidas que nos inventam e deram tudo o que podiama lua, lá em cima testemunha videntejoelhos viciados e alma carentee diziam mentindo – amor – e escreviam porque sim, porque era normalas árvores cresciam de pé, as marés subiam e desciame tudo era normal, simplesmente acontecia, de noite, de dianas matas e esquinas, nos bares, em todo o lado… (…)queria banhar-me na beleza…
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Eternidades…
Eternidades… gemiam baixinho as finas estantes que me aprisionavam o teu nomeali diante dos dedos hirtos que te procuravam no seio da existênciaou quando – ele próprio – subiu versos tão altospara reconhecer menos do que a sua omnipotência – como apenas somessa abolição mortal que se extingue no sopro, mas tão rara – mas tão belafaria da palavra fé, essa premonição de crença, que se faz…
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Bucolicamente o desejo
Bucolicamente o desejo “e deram tudo o que podiama lua, lá em cima testemunha videntejoelhos viciados e alma carentee diziam mentindo – amor” busco-te entre as memórias coloridas de nósna genuflexão olhas-me… provocas-me… despes-mebebes-me inteiro, como se não houvesse depoise depois somos nós, tudo em nos e a minha boca…os meus lábios, a minha língua, e nas palavras nos dedose a loucura dos…
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Cogitar a vida sem vento
Cogitar a vida sem vento dentro de um número maior cabem quantos mais pequenos? surge a vida assim do nada na sua infinita pequenezdentro de um útero materno, num ventre…não são indispensáveis laivos de ternura, sentirapenas células, e a vida acontece, como por milagre divinosem sinfonia, sem piano, apenas um arco e um violino… depois nasce… enche-se e preenche-se a cada ciclo lunarnessa…
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Adversidade conexa
Adversidade conexa aqui, bem aqui ao pé de vos…hoje não faz frio, e se fizesse que importância faria? quem me dera poder fechar os olhos magrose ver as palavras voarem para fora dos vossos lábiosnessa curvatura das asas dos pássaros azuis… não, a Eva escondeu-se, ali bem detrás das páginas brancasa gaguez desnuda com que me brinda, nessa timidez robustaé em si mesma arte convexa que me…
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