a-selva-do
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Foto mexe vira marca
Mostra sobre você
Você acaba por criar uma amostra de você.
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quero sentir tudo de novo
Quero sentir tudo de novo
o novo faz amor com a vida
a vida roga pela grama verde, cortada.
Quero fazer com vontade
tudo que der para ser e o que necessário for, para esquecer
não me pergunte agora
quero fazer
Quero procurar a dor, o choro, o lamento e a vontade
quero achar nisso tudo gosto pela vida, desejo, medo e angústia
Preciso fazer o quanto antes.
O fim é só mais um dia mal vivido.
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Água ventilador, sopro de dor
Espalhada, adormecida
Quente.
me tira as memórias me joga pro nada
não quero saber, não quer ir e não quero fazer
só quero deixar-de-ser
culpada.
Não acordo, não durmo e não descanso, não faço.
repito tudo isso preocupado
onde vou chegar?
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Não foi sopro não foi nada Olhei por cima, na estrada. Deu saudade Deu vontade. Se mexeu daí o teu desejo, que me marcou aqui, esse lampejo Deu saudade Foi n'alma Carinho, caminhão Ladeira, saudade, coração. Atropelou-me nessa tarde Deu saudade Deu paixão Te pego me prendendo em teus olhares Teus pensamentos aflitos por outros mares Maldade, solidão. Vives de lonjura, talhas a distância. Pega a condução, vem pra mim Me de condição Só assim Pega de uma vez Mora aqui Me compre me alugue. Antes que seja só de saudade, outro dia ruim... Foge dessa dor Me encontra as sete Te espero de pé Te dou amor. Antes que a tua falta preencha à mim Bate logo essa porta Encerre essa estrada Corte esses bairros Pule esses muros Passe os sinais Venha logo Nunca vai ser tarde demais. Mas venha logo.
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Em queda livre, dentro de um agora distante sonho Gritei seu nome ao ter certeza do meu fim. Agora lúcido, de pé durante o dia Vem o conforte de te ter como guia. Sinto a calma de quem sabe das coisas do amor mesmo em sono profundo E a sorte de ter a quem gritar durante o fim do mundo. Te chamo baixinho agora Pra clamar-te mais tarde certezas de amor.
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Choveu seco de bate-volta O ar tava umido la pelas onze Pulmão foi se enchendo de memória Choveu seco no ponto agora. Molhou pouco mas deu um cheiro Não assustou ninguém, Nem ficou cheio Molhou pouco o meu centeio O cinza do pó da tarde por cima da mesa ficou Tive que tirar ela do meio No quintal não esperou Nada nela choveu, nada molhou. Por enquanto parou Ja foi e voltou, assustou Tirei a meia. Logo rezo pra chamar A chuva que me lembrou Do futuro e do calor Fazia tempo que o ar quente não se infiltrava com humildade a minha casa Boto a cabeça na beira da porta Tem cheiro de areia. O mosquito fez festa Lá pelas três penso nela E nessa chuva que a gente tanto amou.
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Corri no sol e fui pra cama Antes pedi um sorvete e fui contemplado Antes bebi uma água e fui saciado Fui pra cama, tô deitado Antes joguei carteado Antes olhei da janela do carro Antes reguei, fui molhado. Fui me deitar Na cama me encontrar Fui pra cama descansar E nela pensar Fui pra cama encucado A mente viaja, um estrago Tô na cama tranquilizado Aqui na cama, olho pro lado Vazio mas amado, aqui na cama me sinto parado Na cama não preciso ir longe Na cama resisto Até o efeito do sono passar.
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Só você que me mostra que é de costas para o teto que encaro o céu
Que é querendo cuidar-te que me cuido, tenho intuito.
Que das miríades desse mundo líquido, nossos corpos se gastam e se moldam, entre nós.
Desato esse momento.
Você me puxa, deixo.
Não mais preciso ver o mar para voltar a sonhar
basta teu singelo olhar.
Te olho de volta com certeza e me perco.
Quantas cores,
paleta marrom escuro.
Paleta eu, que vejo na sua pintura
Claro-difusa.
Que arrasta meus dias como onda
Onda de sol.
Às manhãs, me chega AmarElo que você mostra
Me chega seu ar,
É quente ao seu lado.
É quente te amar
Nas manhãs, por favor, amor.
Sexo salgado. Com gosto. Mar de desejos.
Você, me ouve: de tarde é bom trazer aquele café,
sentiu?
Tem o cheiro do seu olhar, forte e marrom.
De manhã ainda, me conta da sua vida. Sei que tô nela.
Me fala da sua vontade, que sei que sou ela.
Me deixa horas na cama a te fazer sentir que vale a pena, sei que vale.
Daqui te expresso em mim, te manifesto
Te aguço, te espero
Daqui me desmonto a pensar em ti
Chego já.
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Arde. Arde de gengibre e água. Chá quente na madrugada, arde na boca queimada. Arde no céu obtuso e sem paladar. Arde molhado, arde sem ar. Arde também os olhos, com o sopro seco que ferve agora Arde que dança, arde que chora. Paro por aqui que de choro agora passo longe. Quero doce, quero calor Chá da raiz e da flor, açúcar e amor.. Logo escolho uma cor, a dona de verde, por favor. É chá com raiz com flor com amor de verde com ela e com calor São versos perdidos de encontro ao teu sabor Seus versos pra ti, meu longo amor...
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Vivo Vivissimo Irradio na saudade Brilho de fogo Alma de voo Porto das passagens Vivo na saudade O Cume O auge das viagens Olhar deitado de falta Vislumbre molhado de afeto Engasgo de vaidade Vivo por aqui e levo o agora Vivo por saudade e sinto a demora Vivo vivissimo O uivo da partida E a saliva das conquistas Vivo e sofro sem doer por viver
O tardar mais agudo A sua falta Sua saudade
O seu dispor
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Morro de saudade
Morro de saudade
Morro de saudade
Vale.
Moro na saudade
Que tarde... vens!
Que hora chegas?
Definho na falta
Me escondo na lembrança.
Respirei.
Sentei agora, para ler o poeta chileno. Um dos de amor, nada.
Fechei.
Mergulhei no morro
Cai na saudade, de novo.
Uma queda feia
Lá pra sexta me levanto
Ou morro
De saudade.
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Espero o trem
Penumbra.
Olhos cansados, que sonham.
Olhos cerrados, sem sono
Um feixe de luz da tarde seca de julho
Bem-te-vi de fundo
E o som do vento.....
Sinta o som do vento, com atenção. Sinta.
Retorno à estação
Já me cansei e agora estou deitado, com um chapéu sobre a testa, escondendo as sobrancelhas.
Espero.
O som do vento me diz coisas estranhas dessa vez, me diz para olhar ao redor.
Percebo.
Tem alguém me chamando faz muito tempo, e eu venho respondendo mal, desde então... uma voz conhecida.
De imediato eu sinto
Fui transportado para o fundo do oceano, naquela estação, ouço com nitidez a voz que me clama. Me implora. Me pede. Me chora.
A voz não esconde seus sentimentos
Ela trata de amor
Eu agora entendo nitidamente
Amor.
Ela vem querendo conversar sobre o amor, mas o mundo da superfície deixa oco as ondas de sua voz profunda, voz apenas para mim.
Ela me diz:
"Só você me ouve. E demorou."
Agora te ouço. Me diga, por favor tudo que tens para me dizer
Me diga o que preciso.
Preciso de tua voz para respirar aqui embaixo
Preciso da tua atenção para me mover
Preciso do teu olhar para ver.
Preciso de você para ser
Quero ser.
"Estamos no profundo. Estamos nos mares onde as coisas são reais. Seja real em tuas respostas, agora que me ouves"
"Responda aos ditos de amor que lhe trouxe. Eles chegaram a tempos mas so agora você pode perceber, você percebe? "
"Não pense em você
Seja a verdade e será. Seja para ser. "
Sinto teu amor como a morte. Instantâneo, arrebatador e capaz de mudar tudo.
Sinto seu amor como a vida, um sopro sobre o qual viajamos e não prestamos tanta atenção, até perceber seu valor.
Sinto seu amor como a dor de uma saudade, a dor que só aparece quando desaparece.
Sinto-o como o sorriso. Esse meu próprio sorriso, que reconhece agora o seu e isso basta para que exista
Sinto como uma lágrima quente sobre os lábios apaixonados, faz duvidar de tudo aquilo. Faz repensar e decidir que é real.
O sinto e te sinto como ao te olhar agora, você está aqui ainda?
De súbito meu chapéu caiu
E uma mulher, aquela mulher de verde me chamou, com pressa e séria
"Vamos! Estava quase achando que me deixaria ir sozinha nesse trem.... "
Acordei.
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Estou te escolhendo agora. Nesse nascer da luz, À você sou reconduzido Pois por você também sou escolhido Seis e cinquenta e quatro da manhã. Doze horas antes, aproximadamente, de tudo ir por água abaixo novamente Eu tiro uns instantes para te escolher. Escolho te imaginar, te ver, te gostar, te criar, te roubar, te tramar, te mirar, te beijar, te cantar, te olhar, te instigar, te apaixonar. Te admirar, te enganar. Te amar, te aterrorizar Te trazer, te buscar, te jogar, te pegar. Te acompanhar, te ajudar, te conquistar. Te levar, te sentir Te chorar. Te sorrir. Eu escolho te viver.
E me faço vivo.
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Eu preciso sentar para um chá com Deus Na beira da água, Na beira desse espelho E perguntar com toda vergonha Qual lugar de cada um, nesse mar de dúvida Qual motivo de ser assim Como me descentralizar, Deus? Se ele me disser que é na história que tenho que olhar, direi que não dá tempo Se eu disser que tenho ideias e que elas não parecem as melhores possíveis Que será que vou ouvir? Já passei por falta de esperança Hoje tenho uma grande esperança Mas tenho turbulentas inseguranças Deus mexeu a colher, seu chá sentou. Sua paciência é eterna, mas nem um pouco parece me afetar Eu tenho ânsia, que tá presa e arde. Arde por dentro. Não me encaixo nisso, me leve embora daqui agora. Tenho tanto e dizem que preciso de mais.
Só quero paz Eu só quero paz, só quero paz. Só quero paz. Eu só quero paz. Me leve ou me de paz. Me jogue longe daqui ou me tire de uma vez por todas. Não tenho interesse Eu não aguento mais enganar eles. Eu sou uma fraude e isso é normal. Não quero enganar mais vocês Eu me sentei e dei um gole no chá de Deus, ele deixou. Só quero ficar na minha e ter paz. Deus tá ouvindo?
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Eu temo a noite Ela me engole Ela me assombra e me despe Eu sofro com seu anúncio Ela me assopra sua eterna duração Com sua sádica e egoísta canção sem fim Ela me toma bem agora Preciso te responder. Preciso parar com esse sofrimento. Eu te temo noite Me deixe livre, eu imploro Você me destrói Você me maltrata e sinto ânsia Não aguento mais essa coerção Sua mão me pesa como uma bigorna velha Acabe comigo ou me deixe livre Não preciso de sua espera Noite, imploro Preciso do claro, preciso da luz Preciso do verde Preciso do vivo Preciso estar com todos outros Preciso compartilhar Noite infame e escura Fria Que penetra meu lar e faz seu ninho sujo Não aguento mais Esse fim Esse fim profundo. Isso é um pedido Isso é uma despedida Não consigo mais.
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isso é para você
Impossível: razão na qual é extremamente, mais nem sempre literalmente, difícil de fazer, de parar, de segurar, de não pensar.
Impossível é resistir.
Isso foi um arrego de contenção, isso aqui é uma toalha jogada.
Joguei de dentro de mim, não consegui segurar.
Impossível foi tentar até agora não ser, acabo sendo.
Agora estou sendo e juro que parei tudo, parei tudo.
Eu parei tudo o que estava fazendo,
você me chamou dai?
Os holofotes de meu mundo te cercam, é impossível não estar atento
Isso não parece muito inteligente.
Os holofotes de tudo que considero válido pairam sobre você.
Nós
Impossível não deixar tudo para depois e ficar aos teus olhos, aos teus deuses. Minha Deusa.
Aos teus desejos, aos teus pés.
Aos seu clamor, ao seu amor, à minha vida.
Não consigo não fazer.
Eu só consigo ser, ser para você.
Aos que não amam, amem e vivam. Nada mais importante.
É fogo, é noite, é sono e é intenso.
É saudade, é castigo que logo passa.
À nós. amor e água.
A você, amor e eu.
A mim, você.
E aos céus, nossa atenção.
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Gloriosa noite Que me acalma de meus traumas Que me inspira com sua brisa A falar, sem muita dor Ventilosa noite De clima tenso e saudoso De ar intenso e cheiroso Se aproveite de meu torpor Aqui me despejo De corpo, com desejo De todo, ao se gracejo Ao seu toque, amenizador Minha noite querida Hoje não me entragarei-lhe desperto Mas fico por completo Aberto Aos mais profundos dos teus favores Favor maior que me fecha os olhos e me abre os sonhos E neles mergulho rezando à sorte Encontrar não o éden mas aquela mulher Mulher que já faz parte da minha vigília E que nas boas noites como essa Me faz a melhor das companhias Nos mais profundos devaneios de minha mente Te espero em todo lugar. Mesmo você já estando lá. Sem dizer, ao te ver, ao te amar. Nos meus sonhos estarei, com permissão da noite, a te aguardar.
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