99-02-01

[99-02-01]

“Never allow loneliness to drive you into the arms of someone you know you don’t belong with.”

— Unknown

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“Ontem chorei. Por tudo que fomos. Por tudo o que não conseguimos ser. Por tudo que se perdeu. Por termos nos perdido. Pelo que queríamos que fosse e não foi. Pela renúncia. Por valores não dados. Por erros cometidos. Acertos não comemorados. Palavras dissipadas.Versos brancos. Chorei pela guerra cotidiana. Pelas tentativas de sobrevivência. Pelos apelos de paz não atendidos. Pelo amor derramado. Pelo amor ofendido e aprisionado. Pelo amor perdido. Pelo respeito empoeirado em cima da estante. Pelo carinho esquecido junto das cartas envelhecidas no guarda-roupa. Pelos sonhos desafinados, estremecidos e adiados. Pela culpa. Toda a culpa. Minha. Sua. Nossa culpa. Por tudo que foi e voou. E não volta mais, pois que hoje já é outro dia.”

— Caio Fernando Abreu.  

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um brinde à nossa geração:

a mais triste até então.

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“Você é tudo aquilo que eu não sou e acho que minha neurose começa aí e não termina. Você é tipo o lado bom das coisas que eu sou ruim e reúne todos os prós e os contras que me causam um efeito irreconhecível. Sei lá, Robin, depois de todo esse tempo me acostumando em ser errado e bagunçado, você chegar como quem não quer nada querendo tudo, foi injusto. Você me estragou, ouviu? Es-tra-gou. Me transformou num cara que eu nem conheço porque agora eu me esforço pra alguma coisa, e eu me esforço pra você. Tudo o que eu sou agora é culpa sua e não vem se gabar por isso. Porque você chegou e eu nem notei como você podia me modificar sendo que eu nunca mudei nem por mim mesmo. Eu ainda sou o cara burro que tenta controlar as coisas incontroláveis que eu sinto por você quando você chega perto demais. O djavan tocando no carro é pra você se tocar que seus sinais me confundem da cabeça aos pés. E não me olha com essa cara de confusa quando você sabe exatamente do que eu tô falando. Não bate a porta desse jeito e não faz esse andar de decidida a não voltar atrás. Eu sempre fui meio perdido mesmo mas depois de te achar descobri que perdição é te perder de vista. Você me conhece bem e sabe que perfeição passa longe de mim e que eu sou todo errado. Mas acho que pode ser o errado que perto de você dá certo. Já desisti de tentar me desviciar de você e do cheiro insistente do seu perfume. Bom pra você eu não sou, mas você, Robin, é boa demais pra qualquer um. No duro, eu continuo pra tentar acalmar sua fúria de tempestade e pra ver você tornando calmaria meu interior desorganizado. Você é diferente e eu sou igual a todos os manés que ficam grudados no seus pés. Mas pelo menos tu volta pros meus erros andando com esses mesmos pés, e me faz até acreditar um pouco no que a gente quase tem. Mas eu preciso dos seus acertos pra entender os erros que eu cometo e que eu sou. Você precisa dos meus erros pra lembrar do quão certinha você é. Os motivos não combinam e nem são compatíveis. Eu soou como um otário e você como a independente e toda autossuficiente. Mas pô… Em todo momento do caminho de ida, a você da um jeito de achar o caminho de volta. Deixa de ser essa orgulhosa chata e bate aqui na porta de casa com vários pretextos diferentes só pra não dizer que quer ficar. Acho que isso não deve significar nada, né?”

— robin and stubb.

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meu amor não cabe nos dias numerados e a saudade escapa aos limites do tempo.

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