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SER VIVO
Vulcanus
Vulcanus: espécime HTCX, do latim Aliênus Volcano. O Nome deriva da sua semelhança com lava vulcânica.
COM.PO.SI.ÇÃO
Material daquilo a que chamamos de “pele” é semelhante a um mel grosso ou a auçucar em estado de ebulição, por ser moldável e flexível. Composto po Carbono, Helfnium e Tantalum e um elemento desconhecido na Terra denominado “Elemento X”. Este elemento permite que ao derreter o material da “pele” se regenere.
É um elemento fundamental nestes seres visto que ele se encontra em todo o seu organismo, permitindo-os viver e sobreviver.
Pesam 1454,55 kg (Terra) o que equivale a 40 kg no Planeta HTCX-15.
A.NA.TO.MI.A
Compostos por toda esta pele melosa exterior, que envolve um elemento interior: uma amalgama semelhante à pele mas mais dura localizada na região da cabeça, onde encontramos aquilo a que podemos chamar pulmão agarrado a este “crânio”, ligado a um tubo, (onde podemos encontrar elementos semelhantes à nossa traqueia, larinje, farinje e finalmente um orifício, ao qual podemos chamar de fossa nasal).
Encontramos os 6 olhos, que nascem também desta amálgama, através de uma espécie de vasos sanguíneos. Este crâniocontem também o elemento fulcral destes seres, o núcleo, onde está o elemento x e onde é bombeado o “sangue” destes, um líquido esverdeado que transporta o oxigénio, os nutrientes e o elemento X para todo o corpo através de ramificações semelhantes a artérias e veias. Tudo está ligado a este núcleo.
O sistema digestivo é inexistente visto que eles não contêm boca, logo não ingerem comida; funcionam como as plantas, fazendo uma espécie de fotossíntese: captam a luz solar, retiram dai alguns nutrientes e o que não importa expelem à medida que vão derretendo. Como não Têm uma massa corporal fixa (é sempre diferente), vai derretendo e formando nova, não precisam de comer como nós humanos, retiram apenas os nutrientes do sol que permitem a continuação do funcionamento do Elemento X no seu corpo.
CI.CLO.DE.VI.DA
Reprodução, Nascimento, Vida e Morte
São seres assexuados, reproduzem-se de forma semelhante à mitose nas células.
Ex: Temos um ser com o seu núcleo, que extende diversas ramificações pelo interior do corpo.
Na ponta de uma dessas ramificações surge uma espécie de indicio de um novo núcleo.
Assim como uma célula se divide e forma duas, cada uma com o seu núcleo, aqui acontece o mesmo, o Ser separa-se desse pedaço com indicio de nucleo e continua a sua vida. Nesse pedaço, como ele é pequeno mas o consumo de nutriente é o mesmo, o núcleo cresce bastante, o que faz com que regenere a pele muito rapidamente o que faz com que o ser cresça até ficar do tamanho “adulto”. Este processo divide-se em fases: 1º temos um pedaço de “pele” com nucleo, desse nucleo surge imediatamente uma amalgama que o rodeia, o ser ainda existe, mas teoricamente está morto visto que não respira. Surge então o pulmão agarrado a essa amalgama. O nucleo vai diminuindo á medida que se vai espalhando em ramificações. Este processo inicial demora uma questão de 2-3 horas.
1 hora depois surgem os olhos. O ser vai crescendo durante aproximadamente 100 anos.
Quando atinge o 1º seculo, o nucleo é quase inexistente de tanto se ter espalhado, até que chega a uma altura que fica de tal forma minúsculo que não consegue produzir elemento X. Isto faz com que o Ser pare de se regenerar e derreta até a morte.
A criação de um novo ser é um processo raro visto que estes vivem aproximadamente 100 anos em comunidades dispersas pelo planeta, em grupos de 100-150, num total de 500 Vulcanus em todo o planeta. Em média em por cada 50 vulcanus nasce 1.
Ao longo da via a sua cor vai-se alterando. Quando “nascem” são vermelhos como o planeta, EM crescimento são de um tom amarelo acastanhado, e em fase adulta tornam-se castanhos.
CO.MU.NI.CA.ÇÃO
O Núcleo funciona também como uma cérebro que os faz ter consciência, o elemento X presente em todos os núcleos, (e visto que todos os núcleos surgiram de um primeiro nucleo algures), faz com que eles estejam tods ligados de forma telepática, a sua linguagem faz-se em silêncio através de uma telepatia na qual são invocadas as vontades, regras, etc.
HÁ.BI.TOS
Seres inteligentes e bastante lentos em termos de deslocação.
O Seu estado de decomposição (derreter) permanente faz deles seres algo lentos em movimentos.
Estes ocupam-se sobretudo de estudar áreas como a ciência e a matemática, áreas onde o intelecto atua predominantemente, visto que é a única coisa que funciona rapidamente neles.
Comunicam e fazem avanços (sobretudo didáticos) através da telepatia. Raramente dormem; procuram a luz do sol (são nómadas, migram para onde há sol, seguem a luz), que é o que os mantém vivos e acordados: a constante receção de nutrientes. Como não têm necessidade de criar família, de sustento para comer e de dormir, não constroem casas.
Veneram o sol, não religiosamente visto que são bastante entendidos na ciência, na astrologia e outros campos (conhecem bastante do universo).
Não utilizam roupa, visto que não têm frio, nem zonas sexuais a esconder, e até porque a roupa não iria fixar no corpo mas sim cair à medida que este derretia.
Os objetos que existem são sobretudo de apoio à ciência, construídos pelos mesmos ao longo dos anos, com materiais encontrados no planeta.
São seres que usufruem da visão, do olfato e do tato, embora este ultimo seja pouco preciso, visto a falta de estabilidade da “pele” que é inconstante e sempre diferente.
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OBJETO
HTC
COM.PO.SI.ÇÃO
Exterior(paralelepipedo): Material semelhante a um mel grosso por ser moldável e flexível. Composto po Carbono, Helfnium e Tantalum.
Feito de Milhões de tubos e descrito como uma esponja metálica porosa pois estica e volta a formação original lentamente.
Aguenta temperaturas desde -196ºC até 1000ºC (começa a derreter). Bastante semelhante ao material da pele dos Seres do planeta HTCX-15, os Vucanos, mas este não tem o Elemento X, que os seres têm, p que faz com que este material nao regenere.
Interior (cubo): Material mais resistente, aguenta até 4126,85ºC. Semelhante ao ferro na sua forma, composto por Helfnium, Nitrogénio e Carbono. Enviado em forma de Cubo onde serão feitas inscrições baseadas na placa de Carl Sagan, enviada na nave espacial Pioneer. Nesta placa encontramos uma descrição do elemento hidrogénio, mostrando a atmosfera da terra, um mapa em linguagem binária, mostrando a localização do nosso planeta no universo, uma comparação da escala do tamanho de um ser humano masculino e femininio (em média) em comparação à capsula enviada para o planeta que contém o objeto no seu interior.
Peso cubo é 181,8175 Kg na Terra (5kg planeta HTCX-15) assim como o Material exterior.
O conjunto pesa ao todo 363,6314 kg na terra (10kg planeta HTCX-15)
VI.A.GEM
A Viagem é feita dentro de uma cápsula- VoyagerDT15 (feita com blocos de LI-900, compostos por fibras de quartzo fundido (sílica com pureza 99,9%), sendo 94% do volume ar), onde vai o objeto a uma temperatura ambiente de modo a que este não derreta e não congele (40ºC).
Isto faz-se com recurso a um isolamento térmico e sistema de aquecimento utilizado nas naves espaciais (chamado isolamento multicamada).
A.TU.A.ÇÃO
A Cápsula abre-se imediatamente assim que um dos sensores ficar apoiado em terreno durante pelo menos 5 segundos.
Na face interior da cápsula estará o manual de instruções gravado, explicando o que o objeto vai fazer, atreves de formas simples.
Objeto assim que chega e sai da capsula entra em contacto com o ambiente quente e começa a derreter o Material exterior. Material à medida que derrete vai formando formas, acompanhadas pela libertação de odores do planeta Terra.
Estas formas e odores foram escolhidos através de gostos e desgostos, memórias e histórias caracteristicas do autor do objeto. Esta é a parte do objeto que dá um “Cheirinho! do que nós somos, ou fomos, enquanto planeta e habitantes deste, demonstra caracteristicas existentes no planeta Terra.
Estas formas e cheiros são: Cheiro do café, acompanhado pela forma de uma chavena de café, cheiro a Laranjas, acompanhado pela forma de uma laranja, cheiro a aftershave, acompanhado por uma figura masculina, cheiro a perfume de mulher (mais propriamente o da mãe do autor), aompanhado por uma forma feminina, cheiro a menta, que vem em forma de folha de menta, cheiro a mar da praia, que vem na forma de uma onda, quando o material exterior já está só praticamente em estado liquido, e finalmente o cheiro do incenso, que tem uma forma diferente dos outros todos, assim que o orifico onde ele está se abre e iberta o cheiro, liberta um pouco de fumo.
O Processo de formação de formas faz-se através da concentração de nanotubos em certas zonas criando-se assim zonas de derretimento mais lento e outras de derretimento mais rápido.
O processo de captação de odores faz-se através da Microcapsulação; Funciona da mesma maneira de quando guardamos um cheiro num jarro, mas neste caso é num jarro microscópico, uma micro capsula. Quando arranhadas/quebradas (através do calor) libertam o cheiro contido.
Para se capturar o cheiro nestas capsulas tem de se concentrar o seu elemento volátil, para isto podemos:
Utilizar técnicas como a destilação ou “enfleurge” ( usa as gorduras inodoras, sólidas à temperatura ambiente para capturar os compostos perfumados libertados pelas plantas)
Análisar o odor, encontrar o componente chave e recreá-lo usando uma palete de elementos voláteis. (feito por perfumistas)
Utilizar o método SPME (solid microextraction) (Rodear a fonte do odor com um jarro (ex: rosa, flor) e um pequeno filamento absorve os elementos voláteis (um tubo minúsculo). Pegamos no filamento e extraímos esses mesmos elementos numa maquina chamada “gar chromatograph mass spectrometer” (GC/MS) para identificar as componentes moleculares).
A capsula acaba por derreter passado uns dias, sobrando apenas o cubo.
OB.JE.TI.VO
Com este objeto pretende-se passar uma mensagem de existência, demonstrando caracteristicas do nosso planeta.
O elemento exterior é preparado através de corantes para assumir uma cor verde, com o objetivo de parecer um objeto ainda mais alienigena no planeta de destino, visto que o planeta HTCX-15 não contém a cor verde. O cubo interior é da mesma cor que a capsula, cinzento.
Com o demonstrar das formas e cheiros são dadas a conhecer caracteristicas existentes apenas no nosso planeta.
As formas escolhidas são formas geométricas, para demonstrar algo que não existe neste planeta, a perfeição, as formas planas e lisas, neste planeta é tudo curvilineo e instável, estas formas são exatamente o oposto, perfeitas e estáveis. Para não chocarem completamente, é enviada uma forma plana que assume caracteristicas maleaveis, do planeta HTCX-15 (o paralelepipedo) e uma forma que se mantém estável para todo o sempre (o cubo),
Este tem de se manter estável visto que serve de mesagem e mapa ao mesmo tempo, comunica através de inscrições matemáticas e ciêntificas (descritas em cima na composição do objeto) que mostram que nós somos, como somos, e como nos encontrar.
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PLANETA
Htcx-15
LO.CA.LI.ZA.ÇÃO A 28,955,000 Km da estrela Nerus (semelhante ao nosso sol), centro da galáxia Messier 66, a 35 milhões de anos-luz da Terra encontra-se o planeta HTCX-15.
O nome provém dos 3 elementos caracteristicos dos seres dominantes do planeta, os Vulcanus, compostos por Helfnium (H), Talantum (T), Carbono (C) e um elemento desconhecido denominado como elemento X (X); Planeta descoberto em 2015 (dai o numero 15).
Localizado numa galáxia composta por uma estrela anã amarela, como o sol chamada, como já dito em cima, Nerus, rodeada por 4 planetas: HTCX-15 (o mais próximo), Gliese-33 (semelhante a Venus mas mais pequeno), Terra-2 (planeta com características semelhantes à terra mas com ar irrespiravel) e C470.
AM.BI.EN.TE
Temperatura à superfície: 1000ºC (ambiente, pode subir, raramente mais que 100º e descer, raramente menos de 500ºC)
Clima bastante quente.
Temperatura do nucleo: 6000ºC (equivalente à temperatura à superficie do Sol).
Massa neste planeta: 0,0275 x peso terra
Por exemplo: Ser em HTCX-15 pesa 40kg
Ser Na Terra pesa 1454,55 kg (40:0,0275)
1 dia de luz, equivale a 100 dias 20 h e 50 min. (tempo que demora movimento de rotação)
No lado iluminado os seres existentes prosperam, nascem, vivem, no lado sem iliminação do sol, os seres morrem.
FOR.MAS_DE_VI.DA
Encontramis dois tipos de formas de vida neste planeta:
Espécies Racionais:
Vulcanus- Seres predominantes e inteligentes, habitam neste planeta estudando-o e ao seu redor.
Compostos de uma substância flexivel e maleavel, deslocam-se lentamente por todo o planeta procurando a luz, essencial à vida.
(para descrição completa ler capitulo sobre estes seres).
Espécies irracionais:
Espécies vegetais que prosperam com o calor, plantas tipicamente ou secas, ou semelhantes a lava, de diversas formas e feitios cobrem algumas partes do planeta.
Podemos distinguir duas espécies:
Vulcanus Feliccis, uma planta com raizes exteriores de onde crescem pétalas semelhantes a placas de aço assim que são arrancadas.
Crescem com o calor, com correntes de lava e fogo. São essenciais pois as suas pétalas são utilizadas para a construção de objetos. No Topo têm uma pétalas de tom amarelado semelhante a diamante, mas mais resistente, também bastante importante para construção.
Vulcanus Escarlatis, são bastanhe semelhantes ao tipo Feliccis em questões de forma, mas não têm as pétalas tipo diamante no topo, e as suas folhas quando arrancadas nao ficam como placas de aço, mas sim como borracha, mas que nao derrete claro. A sua seiva é utllizada como uma espécie de cola. Sobrevivem como o tipo Fellicis, através do calor, lava e fogo.
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Placa gravada no cubo (objeto final)
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Manual Instruções gravado na capsuka
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Reformulação manual de instruções
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Desenhos para o Portfólio Pesquisa
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Analise e comparação obra publicitaria e obra de arte
Análise Publicidade
A empresa Mortein, conhecida pela venda de produtos contra infestações de diversos tipos, produzindo inseticidas e venenos para animais de maior porte produziu um cartaz publicitário para um dos seus produtos, uma embalagem que contém uns cereais que quando ingeridos por ratos, acaba eventualmente por ser mortal.
Este cartaz consiste numa réplica do quadro A Ultima Ceia de Leonardo Da Vinci (460 cm x 880 cm) (figura 5), realizado entre 1495 e 1497, um Fresco onde se utiliza uma técnica mista predominando a têmpera e o óleo sobre duas camadas de preparação de gesso aplicadas sobre reboco, réplica esta onde todas as personagens são substituídas por ratos e a refeição por alimentos identitários destes animais.
O quadro de Da Vinci procura mostrar a ultima refeição de Cristo, juntamente com os seus apóstolos, antes de ser preso e crucificado, como descreve a Bíblia; Este anúncio faz uma metáfora entre o seu produto, e o efeito que este tem nos ratos, e o quadro de Da Vinci, onde a ideia de morte a seguir a uma refeição é inerente.
O designer responsável por este produto escolheu esta obra, não só pela mensagem a cima descrita mas também pelo reconhecimento que o quadro obteve, assim como o seu autor. Quando observamos uma publicidade que contém algo que nos é familiar à vista, algo que reconhecemos de algum sítio, é muito mais fácil passar a mensagem e fazer com que esta fique guardada, e não seja esquecida tão facilmente como uma outra publicidade qualquer sem nenhuma referência tão reconhecida.
O nível de humor que este produto de Design acaba por ter, destaca este trabalho e o que era apenas uma embalagem de venenos para ratos, passa a ter uma dimensão completamente diferente.
Apesar de tudo a escolha não deixa de ser arriscada por parte do Designer, pode surgir o caso de que algumas mentalidades recebam a mensagem errada, ou considerem este ato, como uma ofensa as figuras representadas, ao autor, ao à entidade que as figuras representam, a igreja.
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Análise obra Museu Nacional Arte Antiga
Êxtase de São Francisco
O Êxtase de São Francisco incluído na coleção do Museu Nacional de Arte Antiga de Lisboa, está em exposição na Sala do Teto Pintado. Este museu ocupa o que fora o Palácio de Alvor-Pombal, do final do séc. XVII que foi mandado construir pelo primeiro conde de Alvor, D. Francisco de Távora. Mais tarde o palácio foi adquirido pelo estado português para então passar a ser o Museu Nacional de Arte Antiga inaugurado em 1884. O museu possui obras de épocas entre o séc. XII ao séc. XIX, recebendo, por vezes, exposições temporárias e empréstimos de outros museus como é o caso do Museu do Prado. A coleção do MNAA expõe em salas dedicadas a Pintura, Escultura, Ourivesaria, Mobiliário, Cerâmica, Arte da Expansão e Têxteis. O Êxtase de S. Francisco é uma pintura sobre tela com dimensões 182 cm x 256.50 cm. Encontra-se no MNAA desde a sua inauguração, contudo em 2013 esta obra sofre um processo laborioso e demorado de trabalho de restauro.
A obra produzida por volta de 1665 por Luca Giorjano, conceituado pintor italiano do séc. XVII, conhecido pela extrema rapidez com que executava o seu trabalho artístico, o que o levou a ser tratado por “Luca fa presto”. O artista destacava-se pela sua facilidade em imitar outros estilos. Recebe influências espanholas de Giuseppe Rivera grande percursor da pintura napolitana, com quem se pensa ter estudado. Giorjano explora algumas cidades de Itália, e essa viagem contribui bastante para a mudança do seu estilo. É também autor dos conceituados frescos de El Escorial, tendo hoje exposto no Museu do Prado mais de 50 obras de sua autoria.
Esta é então uma das obras influenciadas pelo estilo de Rivera, onde está patente o tenebrismo característico da época. Sendo que esta obra está integrada no séc. XVII inclui-se no espirito da contrarreforma, quando se adotam meios de reagir às tendências humanistas tentando reencontrar a tradição cristã e é onde se dá o florescer do Barroco. Movimento artístico caracterizado pela sua exuberância formal, dramaticidade e realismo. Nesta obra de Luca Giorjano dá-se esta evidência através da representação da descida de Cristo do calvário, do lado esquerdo, onde o foco de luz incide sobre esta personagem, que é envolvida por um ambiente umbroso onde outras personagens bíblicas surgem na complementaridade da cena. São bastante visíveis os contrastes entre o claro e o escuro, nas zonas de luz que incorporam empastamentos e nos modelos que exprimem uma rudeza que aumenta o dramatismo das composições. Do lado inferior direito surge a figura de S. Francisco de Assis e pode observar-se que esta personagem está também realçada pela luminosidade mais intensa que o resto das personagens que rodeiam a imagem de Cristo. S. Francisco encontra-se em pose de oração. Esta figura é de grande importância pelo seu simbolismo religioso, tendo em conta que Francisco de Assis foi o fundador da ordem franciscana, um aspeto da sua vida que era de particular agrado da Reforma Católica.
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Análise obra Museu Arqueológico Carmo
Túmulo do rei D. Fernando I
O tumulo do rei D. Fernando I, é uma peça de natureza tumular, datada do séc XIV (1382), encontrada no convento de S. Francisco de Santarém, atualmente em exibição na exposição permanente do Museu Arqueológico do Carmo, na sala 3, juntamente com outros túmulos e obras do mesmo carácter, museu este que contém um vasto espólio de obras desde os tempos primitivos do período paleolítico, passando por peças medievais, e chegando até ao século XIX, onde encontramos as peças mais recentes. Este museu inicialmente foi construído como Convento do Carmo, começando a sua construção em Julho de 1389, tendo tido vários problemas devido á fraca sustentação e a solos arenosos, inclinados e instáveis. A Obra foi acabada em 1399
A Peça escolhida para análise, e já identificada em cima como sendo o tumulo de El rei D. Fernando I, é um objeto monumental e de grandes dimensões, lavrado em calcário brando, realizado nos anos finais da centúria, foi encomendado pelo próprio rei, D. Fernando I (1345-1383) para ser alojado no coro alto da igreja de S. Francisco de Santarém, também mandada construir pelo mesmo rei.
A realização do túmulo supostamente deveria estar totalmente finalizada até ao dia do último testamento do rei (1382), no qual este manda fazer um pano para a cobrir. Foi completamente finalizada um ano depois, em 1383, ano da morte do rei que a encomendou.
Foi trazida para MAC (museu Arqueológico do Carmo), em 1876 a mando do arquiteto Joaquim Possidónio da Silva, por se encontrar ao abandono e em muito mau estado em termos de conservação, estando até vandalizado, correndo graves riscos de destruição total.
Morfologicamente, é um artefacto histórico constituído por arca e tampa em forma trapezoidal, sem possuir uma estátua jacente e apresenta todas as suas faces decoradas: Na testeira narram-se cenas da vida e milagres de S. Francisco de Assis (em especial, e com bastante relevância, a cena da Estigmatização, onde o santo aparece em grande destaque, recebendo os estigmas do Serafim, esculpido na tampa). Encontra-se também a iconografia Franciscana, aqui plenamente justificada pela devoção especial do rei pelo Poverello, e pelo facto de ser, ele mesmo, professo na Ordem Terceira de São Francisco.
Nas restantes faces da arca, encontram-se representações de grandes brasões dos Manuéis (linhagem de D.Constança Manuel, mãe do monarca) e na tampa (faciais e topo) escudos de Portugal (armas de D.Fernando e da sua linhagem paterna), assim como medalhões onde conseguimos observar bustos de figuras como Cristo, S. Pedro e S. Paulo, e um rei (pensa-se ser o próprio D. Fernando I) e outras figuras não identificadas. Os escudos da arca encontram-se ladeados por várias figuras de bispos, freiras, frades, cardeais e leigos, numa representação de nível hipotético da sociedade portuguesa no limiar de trezentos.
Quando comparamos este túmulo com a tumulária coeva, reparamos numa invulgaridade e curiosidade: a presença de animais e seres fantásticos, uma mirabilia inusitada e de certo modo perturbadora, que povoa os espaços entre os medalhões. As criaturas representadas são hibridas, fruto de um elevado nível de imaginação, provavelmente inspiradas nas figuras e criaturas marginais de códices iluminados. Fora dos espaços circunscritos e ordenados, estas figuras são uma alusão ao baixo mundo, ao lugar onde reina o caos e a desordem, onde existem os pesadelos mais terríveis, o que permite aos escultores “divagar” por entre temas mais “Livres”, de caracter “inovador”. No meio delas, e ainda fora dos medalhões, existe uma cena que parece reportar-se ao mundo real: O alquimista/físico, sentado numa cadeira, amarrado por uma corda a uma grande pedra. Este segura a âmbula com as mãos, bastante destacada. Encontra-se num laboratório, preenchido por prateleiras com frascos e potes de formas diferentes. É uma cena única no género, na escultura tumular portuguesa, parece procurar demonstrar uma condenação das práticas alquimistas, ou de alguns físicos (talvez quem sabe judeus, se observarmos com atenção o físico tem um barrete a cobrir-lhe a cabeça).
Pelo período em que foi construída e pelas suas características, esta peça é pertence ao estilo Gótico em Portugal, período que começou por volta do seculo XII e durou até início do século XVI.
Esta peça tumular, embora pertença ao séc. XIV, época em que as escultura tumular europeia evocava o defunto de forma enregelada ou ate mesmo como cadáver em decomposição (na sequencia dos horrores da peste), escapa a esse legado do gótico final e surge apenas com o intuído de relembrar o defunto através de representações dos brasoes da família, e outros ícones com os quais o próprio rei D. Fernando I se identificava, sendo que foi o próprio a encomendar o tumulo dando a esta peça um cunho bastante pessoal.
Foi uma época de advertência ao momento mori (momento de morrer). Uma constante presente na literatura e outras artes e posto isto entende-se a preocupação da realeza querer imortalizar a sua memória.
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Análise obra museu Calouste Glubenkian
Máscara Funerária
O Museu Calouste Gulbenkian foi construído para receber a coleção de Calouste Sarkis Gulbenkian. Nele encontramos um espólio bastante completo, abrangendo peças desde a arte egípcia, onde está patente a peça a ser analisada, e passando por inúmero períodos como o Greco-Romano, o Oriente Islâmico, o Extremo-Oriente, Europa Ocidental, tendo salas dedicadas á ourivesaria, á tapeçaria, a cerâmicas, e claro, à escultura e à pintura, passando pelas artes decorativas (neste caso francesas). Tem ainda uma sala de exposições temporárias, por onde passam diversos autores clássicos e contemporâneos.
A peça em análise, está identificada como “Máscara Funerária”, pertencente à Época Baixa da arte Egípcia, XXX Dinastia (664- 525 a.c).
É constituída por prata dourada, repuxada e cinzelada, e com uns apontamentos de pigmentação nos olhos e sobrancelhas. Morfologicamente observamos uma representação do que seria a idealização do rosto de um defunto, não se sabe quem está representado na figura visto que o nome não se preservou.
Esta representação não é muito comum, pois neste caso o falecido é representado com o objetivo de se obter um semblante de linhas suaves, o que resulta num olhar expressivo, numa aparência saudável a nível físico e espiritual; é feita com o objetivo de demonstrar uma confiança na eternidade muito forte, uma confiança inafável.
Verifica-se a ausência de qualquer decoração floral, ou inscrição na figura, decorações essas que eram quase padrão nas máscaras fúnebres, estão presentes na maior parte das máscaras deste tipo. Esta ausência revela-nos o notável trabalho na reprodução dos detalhes do rosto, denotando a boa observação anatómica.
A cabeleira/ toucado na figura vai desde o meio da testa, destacado em relevo, desce e envolvendo as orelhas cai sobre o peito contornando o rosto. Este mesmo rosto para além dos traços suavizados já mencionados, do olhar expressivo, ainda tem uns vestígios de policromia acastanhada pigmentando as sobrancelhas e a linha de contorno dos olhos, cedendo a tal expressividade ao olhar.
Em termos da técnica aplicada, observa-se um bom trabalho no domínio do material utilizado, esta peça consegue atingir uma espessura bastante fina, no máximo com dois milímetros, revelando uma excelente execução do repuxado.
Este tipo de máscaras, geralmente é feito de cartonagem, muitas delas douradas e por vezes com a cabeleira pintada de azul, sugerindo a tão bela e apreciada pelos egípcios, coloração do lápis-lazúli.
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