Este blog é um registro da viagem realizada por Izzi Vitório, Flavia Ferreira e Kaco Olímpio em janeiro/fevereiro de 2023 para Cuba para cursar o Taller Construccion del Guión na EICTV en San Antonio de Los Baños e nossa passagem por Habana.
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Fizemos análise dos filmes e recomendamos como estudo de roteiro:
Fresa e Chocolate (1994 Dir.: Juan Carlos Tabio e Tomas Gutierrez Alea) Sinopse: David, um estudante cubano, que é politicamente envolvido com o regime de Fidel Castro, entra em depressão quando sua namorada o deixa. Sua vida muda quando conhece Diego, um jovem artista homossexual que vai de encontro a seus ideiais. Primeiro o preconceito aparece, junto com a rejeição e suspeita, mas logo a fascinação o toma. Um filme sobre uma grande amizade que supera a incompreensão, intolerância e a discriminação à homossexualidade.
Cidade dos Sonhos (2001 Dir.: David Lynch) Sinopse: Uma jovem atriz viaja para Hollywood e se vê emaranhada numa intriga secreta com uma mulher que escapou por pouco de ser assassinada, e que agora se encontra com amnésia devido a um acidente de carro. Seu mundo se torna um pesadelo e surreal.
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No curso estudamos muitos aspectos para se escrever um bom roteiro e deixo aqui um passo a passo da aula Morfologia do Guión.
Ponto de partida e de chegada: O ponto de partida pode ser uma imagem, um acontecimento, um personagem.
Que quero contar? O que vou contar? Quando? Importante ter em mente a história com inicio meio e fim, pensando no tempo narrativo e percurso dos personagens ao longo da história
Por que quero contar? Um roteirista precisa saber das motivações de porque contar essa história
Quem se encarrega da história? Delimitar quem é protagonista e demais personagens dentro de suas funções naquele contexto
Qual o sentido da minha história? Ponto de vista temático. O argumento vai produzir sentido temático além do sentido dramatúrgico
Gênero Dramático Definir o gênero e quais ferramentas usaremos para enfatizar esse gênero.
O que me interessa fundamentalmente? Quais conflitos, crises e tensões se instauram no roteiro? Quais rupturas de ordem contextual?
Qual registro dramático da minha história? Aprofundamos a partir daqui em alguns registros dramáticos que tem a ver com a estrutura e forma como se insere o tempo e a ordem cronológica, associações de ideias e imagens. São eles: - Dramático conclusivo (se finaliza) - Anti-dramático (não tem conflito porque o personagem não sabe o que quer) - Não-dramático (Bertold Brecht *intercala rupturas contínuas na narrativa) - Pós-dramático (Sartre *uma história cuja situação não se move e o conflito é existencial.)
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O Taller Construcción del Guión foi dado pelo professor Sasha que é cubano, escritor, um senhor com seus 70 e poucos anos e que mais parece uma enciclopédia ambulante. Impressionante perceber que apesar de precário, em termos de tecnologia, (assistimos aos filmes em sala por um DVD e a internet é realmente péssima), o curso e a escola de modo geral é extremamente atualizada.
O curso tem um caráter excepcionalmente narrativo, discursivo, pensa o roteiro enquanto uma contação de história desde as origens dos discursos narrativos. É tanto que o professor Sascha começa dizendo que os primeiros contadores de história da humanidade são os griots, a narrativa oral e a palavra cênica. Pensar a produção cultural e narrativa partir de uma história que não se funda ou se inicia em Platão foi começar o curso da maneira mais assertiva possível Pensar como os griots criam movimentos cênicos que vao a partir dali, construir um sistema de signos culturais que mais tarde vamos nomear como semiologia.
Trazer para o centro do pensamento de construir uma história a voz narrativa, entender que discurso é história, mas no audiovisual, na cinematografia o discurso tem que ser tecnológico, porque o cinema já nasceu tecnológico. Sem narrador não há história e sem narrador, o cinema se torna invisível.
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“À frente do projeto estavam o escritor e jornalista colombiano Gabriel García Márquez, o poeta e cineasta argentino Fernando Birri,o pesquisador cubano Julio García Espinosa e também Sergio Muniz, um cineasta e publicitário brasileiro. O objetivo era proprocionar a estudantes da América Latina, África e Ásia um espaço que unisse a formação teórica, a prática e o debate sobre as artes audiovisuais. A "Escola de Três Mundos", porém, a partir de 2000 se tornou a "Escola de Todos os Mundos", abrindo as portas para estudantes de qualquer nacionalidade.
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A Escuela Internacional é uma ilha dentro da Ilha. Um lugar ocupado por jovens latinos que sonham e vivem o fazer cinematográfico o tempo todo.
O intercâmbio cultural é inevitável, ouvir e aprender os vários espanhóis e suas variâncias enquanto linguagem na América Latina é uma experiência impagável. “Para que el lugar de la utopia que por definicion está em Ninguna Parte, esté en alguna parte.” É essa frase de Fernando Birri, um dos fundadores da escuela que nos recebe. Estampada na parte da frente do prédio central da escola, Fernando Birri sugere aí o que será e o que se tornou a escuela. Um lugar de utopia. Viver essa experiência resgatou em nós o desejo de fazer cinema. Após 2 anos de pandemia, com um mercado de cinema praticamente devastado no Brasil, onde enfrentamos um governo que se colocou veementemente contra uma produção cultural rica e diversa no Brasil, poder viajar e passar essas duas semanas na escola foi um presente do universo.
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No museu de arte, perceber como as artes visuais ainda contam uma história de um país que viveu um processo colonizador violento. A luta dos socialistas e também sua “queda” e resistência e a arte contemporânea. Foi em Cuba que descobri que Ana Mendieta, uma artista que muito admiro, é de lá. Poder ver sua obra dentro de seu território faz toda diferença.
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Conhecemos nessa semana alguns lugares icônicos, como o bairro Habana vieja, Habana centro, o famoso Mallecon e seus carros antiquíssimos, as ruínas de uma guerra que ainda parece estar muito presente e alguns espaços culturais, como o Museu de Arte Cubana e a Cinemateca, que apesar de estar fechada, do lado de fora já é emocionante.
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Em Cuba, euro e dólar se misturam se tornando apenas a moeda estrangeira ao recente implementado peso cubano que, mesmo sendo a única moeda, se mantém extremamente desvalorizada. Chegar em Cuba nesse período pós pandemia é ver de perto a devastação causada por ela em um lugar que não exporta produtos de nenhuma qualidade e vive basicamente do turismo. O país enfrenta uma grave crise econômica que se reflete nos pratos de comida (a falta deles) e também num grande isolamento aos demais acontecimentos e retomadas econômicas que outros países estão a beira de viver.
Apesar disso, os cubanos se mantêm firmes no prazer que é viver em um país que busca, ao menos a grosso modo, viver de forma socialista, mirando uma igualdade e que tem em um de seus fundamentos, a valorização invejável da cultura e da educação.
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O território cubano, localizado no centro da América é fascinante. A cultura, o carisma do povo cubano e também as contradições que o país carrega ao enfrentar, ou ao menos tentar, enfrentar a política econômica capitalista.
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Durante 3 semanas de janeiro/fevereiro de 2023 tivemos a oportunidade de viver uma experiência quase inexplicável na Ilha de Cuba. Rodeados pelo mar do Caribe fomos fazer o intercambio cultural para fazer o Taller Construcción del Guión na Escuela Internacional de Cine y Television de San Antonio de los Baños.
Antes de ir pra escuela passamos alguns dias em Havana, onde pudemos conhecer um poquito da cultura cubana, conhecer Habana vieja, a história daquele lugar e sentir de pertinho as inúmeras curiosidades que a ilha resguarda de sua história de luta e resistência.
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