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Dia merda

Dia merda esse, hein?!

Eu podia ter sido só um pouquinho difícil. Mas não, foi só você mandar um convitinho merda para um rolê merda que eu me abro inteira. E abriria mais se você tivesse pedido, você sabe. Posso citar Alcione? Então é isso, você me prende, me seduz e me deixa louca por você só pra ter alguém que esteja sempre ao seu dispor por um segundo de amor.

Essa música não é merda, e a Marrom muito menos. Mas ela define a merda de “relação” (sim, entre aspas, porque não existe convivência, certo?) que eu tenho com você. A que eu tenho mesmo, porque você não tem nada comigo.

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Sonhei que você me perdoava por whatsapp. Pode não significar muita coisa, mas pra mim foi do caralho. Você dizia que queria ter ido à praia comigo e que estava decepcionado por eu não ter mencionado nada sobre essa viagem durante a semana - a mesma semana que você não falou nada comigo porque estava com raiva. Por fim, nos encontrávamos e nos abraçávamos de um jeito tão gostoso. Eu senti muita falta do seu abraço. Acordei com uma saudade surreal. Te mandei mensagem pra ver como estava seu coração.

Todavia me odias!

Ps.: eu sei que meu vacilo é imperdoável e não tenho nem o que discutir. Mas foi só um sonho e sonhar não custa nada. Quantas vezes eu ainda posso te pedir desculpas antes de ficar insuportável?

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Que delícia, cariño

O que foi aquilo que rolou aquela noite? Menino, como diria Letrux, tu é um perigo. Contei 1, 2, 3 e 4 orgasmos e morri depois. Não é a toa que minha bunda tava com uns arranhões foda que arderam para carajo no banho. E eu nem me lembro de tudo o que aconteceu. Então você veio e sussurrou no meu ouvido "buenas noches, corazón". Me diz como dormir com essa frase cercando meus pensamentos e com a ideia do seu peso sobre o meu corpo, de su polla en mi boceta? To aqui evitando te escrever, porque você não me merece. Mas como eu quero fazer aquela contagem de novo, molhar sua cama, besar tu boca, chupar su polla. Que delícia, cariño. Te extrañaré.

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Curioso, no mínimo

Eu não sabia, mas você é um daqueles caras travadões. Do tipo que não se abre com ninguém, nem aceita ter muita intimidade. E quando eu sinto que estou tentando criar uma conexão, você repele, que nem aqueles gatos ariscos que me ameaçam quando me aproximo demais. 

Curioso, no mínimo.

Estou acostumada com gente quente, principalmente quem vem da sua terra. Ainda assim, quero enfrentar esse seu medo de intimidade e dançar pelada com você na chuva. Não precisa nem ser na chuva. Pode ser no chuveiro mesmo. E não precisa nem dançar. Ficar perto de mim é o suficiente.

Quando revisito nosso primeiro contato me excito. Lembrar daquela euforia toda me deixa insana. Eu queria conquistar você e não lembrava se tinha essa habilidade. Havia muito tempo que eu não a usava, para falar a verdade. Acabou que funcionou. Nos beijamos muito, e depois um pouco mais. E você foi embora me prometendo que teria mais no dia seguinte.

E teve.

Nos reencontramos e fizemos sexo. Duas trepadas bem rapidinhas naquele motel que tinha cama redonda. Olhei suas cicatrizes e você se incomodou. A partir daí comecei a te perceber. Você me fez perguntas sobre a minha vida. O assunto foi basicamente o fracasso do meu casamento e como você achava que teria reconciliação. 

Engraçado como você é bom ouvinte. Bons ouvintes sempre me dão a impressão de que estou criando um laço forte com eles, mas no final me deparo com uma pessoa completamente estranha, da qual eu só conheço o nome - quase nunca o sobrenome.

Sem entender direito suas intenções, arranjei mais encontros para nós dois. Encontros onde o seu celular era a melhor coisa que acontecia na mesa e nos quais apenas nos beijávamos na despedida, da mesma forma que nos beijamos da primeira vez. 

Voltava com material suficiente para me masturbar até poder te encontrar de novo e supervalorizar cada mini gesto, que poderia ser apenas um alongamento no braço, mas que eu considerava como uma tentativa tímida de me agarrar.

Não era.

Naquela última tarde que passamos juntos, deitados, fazendo nada, você me disse que nunca deitaria de conchinha comigo. Foi quando eu soube que nunca tive nada de você. Nada mesmo, nem um segredinho, nem um lugar especial na sua memória, nem uma punheta em minha homenagem. Mas por quê você acabou se virando a me abraçando por trás?

Fiquei curiosa, só isso.