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A 554ª Feira de Outono da Basileia já começou #ÚltimasNotícias #Suiça
Hot News Keystone-SDA A 554ª edição da Feira de Outono da Basileia foi inaugurada na tarde de sábado. Este ano, a maior feira de diversões da Suíça oferece 470 brinquedos, estandes e lojas de jogos em seus sete locais. Este conteúdo foi publicado em 26 de outubro de 2024 – 12h27 (Keystone-SDA) Como manda a tradição, o sineiro tocou pontualmente às 12 horas na torre da igreja de São Martinho.…
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e-book grátis O CORCUNDA DE NOTRE-DAME, Victor Hugo
"O Corcunda de Notre-Dame" (em francês: "Notre-Dame de Paris") é um romance histórico escrito por Victor Hugo, publicado pela primeira vez em 1831. A obra é um marco do Romantismo francês e é conhecida por sua crítica social, sua exploração da natureza humana e sua ambientação em uma Paris medieval.
A trama gira em torno de Quasimodo, o sineiro deformado da Catedral de Notre-Dame, e sua paixão por Esmeralda, uma jovem cigana de grande beleza. Esmeralda, por sua vez, é desejada por vários homens, incluindo o arcediago Claude Frollo, cuja obsessão por ela leva a uma série de eventos trágicos.
Quasimodo, apesar de sua aparência grotesca, é de coração nobre e devotado à catedral onde vive. Frollo, em contraste, é um homem corrompido por sua paixão e desejo, o que o leva a trair seus votos religiosos. Esmeralda, símbolo de pureza e liberdade, é uma personagem central que desencadeia os conflitos morais e emocionais dos outros personagens.
A história é marcada por temas de exclusão, preconceito, justiça, e a tensão entre os desejos humanos e as leis religiosas e sociais.
A obra explora a dicotomia entre a beleza física e a interior. Quasimodo, embora fisicamente deformado, é apresentado como um personagem com grande beleza interior, enquanto Frollo, apesar de sua posição e respeito social, revela-se moralmente corrupto.
O amor em "O Corcunda de Notre-Dame" é frequentemente retratado como uma força destrutiva. Frollo é consumido por seu desejo por Esmeralda, o que o leva à loucura e à destruição.
A catedral não é apenas o cenário, mas também uma personagem central no romance. Ela simboliza a grandeza da cultura medieval, mas também a decadência e a opressão.
Hugo critica a sociedade francesa, especialmente a igreja e o sistema judicial, mostrando como a injustiça e a hipocrisia são prevalentes.
"O Corcunda de Notre-Dame" teve um impacto significativo na literatura e na cultura popular. A descrição detalhada de Hugo da Catedral de Notre-Dame de Paris ajudou a sensibilizar o público para a importância de preservar monumentos históricos, o que levou a esforços de restauração da catedral na época.
"O Corcunda de Notre-Dame" é uma obra-prima do Romantismo, que combina uma narrativa poderosa com uma profunda reflexão sobre a condição humana. Através de seus personagens complexos e sua crítica social afiada, Victor Hugo oferece uma visão sombria, mas humanitária, da sociedade e da natureza do amor e do desejo.
Leia, gratuitamente, O CORCUNDA DE NOTRE-DAME, Victor Hugo: https://tinyurl.com/2abwepsp
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Jakub Schikaneder, Dead Girl, 1909
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Eu deixo a vida como deixa o tédio Do deserto, o poento caminheiro,
Como as horas de um longo pesadelo Que se desfaz ao dobre de um sineiro;
Como o desterro de minh’alma errante, Onde fogo insensato a consumia: Só levo uma saudade - é desses tempos Que amorosa ilusão embelecia.
Só levo uma saudade - é dessas sombras Que eu sentia velar nas noites minhas. De ti, ó minha mãe, pobre coitada, Que por minha tristeza te definhas!
Se uma lágrima as pálpebras me inunda, Se um suspiro nos seios treme ainda, É pela virgem que sonhei, que nunca Aos lábios me encostou a face linda!
Só tu à mocidade sonhadora Do pálido poeta deste flores. Se viveu, foi por ti! e de esperança De na vida gozar de teus amores.
Beijarei a verdade santa e nua, Verei cristalizar-se o sonho amigo. Ó minha virgem dos errantes sonhos, Filha do céu, eu vou amar contigo!
Descansem o meu leito solitário Na floresta dos homens esquecida, À sombra de uma cruz, e escrevam nela: Foi poeta - sonhou - e amou na vida.
Lembranças de morrer, Álvares de Azevedo, 1853
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Encontravam-se todas as semanas, ora uma ora duas vezes, de modo que as suas visitas caridosas à paralítica perfizessem ao fim do mês o número simbólico de sete, que devia corresponder, na idéia das devotas, às Sete Lições de Maria. Na véspera o padre Amaro tinha prevenido o tio Esguelhas, que deixava a porta da rua apenas cerrada, depois de ter varrido toda a casa e preparado o quarto para a prática do senhor pároco. Amélia nesses dias erguiase cedo; tinha sempre alguma saia branca a engomar, algum laçarote a compor; a mãe estranhava-lhe aqueles arrebiques, o desperdício de água-de-colônia de que ela se inundava; mas Amélia explicava que "era para inspirar à Totó idéias de asseio e de frescura". E depois de vestida sentava-se, esperando as onze horas, muito séria, respondendo distraidamente às conversas da mãe, com uma cor nas faces, os olhos cravados nos ponteiros do relógio: enfim a velha matraca gemia cavamente as onze horas, e ela, depois de uma olhadela ao espelho, saía, dando uma beijoca à mamã.
Ia sempre receosa, numa inquietação de ser espreitada. Todas as manhãs pedia a Nossa Senhora da Boa Viagem que a livrasse de maus encontros; e se via um pobre dava-lhe invariavelmente esmola, para lisonjear os gostos de Nosso Senhor, amigo dos mendigos e vagabundos. O que a assustava era o Largo da Sé, sobre o qual a Amparo da botica, costurando por trás da janela, exercia uma vigilância incessante. Fazia-se então pequenina no seu mantelete, e abaixando o guarda-sol sobre o rosto, entrava enfim na Sé, sempre com o pé direito.
Mas a mudez da igreja, deserta e adormecida numa luz fosca, amedrontava-a; parecia-lhe sentir, na taciturnidade dos santos e das cruzes, uma repreensão ao seu pecado; imaginava que os olhos de vidro das imagens, as pupilas pintadas dos painéis se fixavam nela, com uma insistência cruel, e percebiam o arfar que ao seu seio dava a esperança do prazer. Às vezes mesmo, atravessada duma superstição, para dissipar o descontentamento dos santos, prometia dar-se nessa manhã toda à Totó, ocupar-se caridosamente só dela, e não se deixar tocar sequer no vestido pelo Sr. padre Amaro. Mas se ao entrar na casa do sineiro o não encontrava, ia logo, sem se deter ao pé da cama da Totó, postar-se à janela da cozinha, vigiando a porta maciça da sacristia, de que ela conhecia uma por uma as chapas negras de ferro.
Ele aparecia, enfim. Era então nos começos de março; já tinham chegado as andorinhas; ouviam-nas chilrear, naquele silêncio melancólico, esvoaçando entre os contrafortes da Sé. Aqui e além, plantas dos lugares úmidos cobriam os cantos de uma verdura escura. Amaro, às vezes muito galante, ia procurar uma florzinha. Amélia impacientava-se, rufava na vidraça da cozinha. Ele apressava-se; ficavam um momento à porta, apertando-se as mãos, com olhos brilhantes que se devoravam; e iam enfim ver a Totó - e dar-lhe os bolos que o pároco lhe trazia no bolso da batina.
A cama da Totó era na alcova, ao lado da cozinha; o seu corpinho de tísica quase não fazia saliência enterrado na cova da enxerga, sob os cobertores enxovalhados que ela se entretinha a esfiar. Nesses dias tinha vestido um chambre branco, os cabelos reluziam-lhe de óleo; porque ultimamente, desde as visitas de Amaro, viera-lhe "uma birra de parecer alguém", como dizia encantado o tio Esguelhas, a ponto de se não querer separar dum espelho e dum pente que escondia debaixo do travesseiro e obrigar o pai a encafuar sob a cama, entre a roupa suja, as bonecas que agora desprezava.
Amélia sentava-se um instante aos pés do catre, perguntando-lhe se estudara o ABC, obrigando-a a dizer aqui e além o nome duma letra. Depois queria que ela repetisse sem errar a oração que lhe andava ensinando; - enquanto o padre, sem passar da porta, esperava, com as mãos no bolsos, enfastiado, embaraçado com os olhos reluzentes da paralítica que o não deixavam, penetrando-o, percorrendo-lhe o corpo com pasmo e com ardor, e que pareciam maiores e mais brilhantes no seu rosto trigueiro tão chupado que se lhe via a saliência das maxilas. Não sentia agora nem compaixão nem caridade pela Totó; detestava aquela demora; achava a rapariga selvagem e embirrenta. A Amélia também pesavam aqueles momentos em que, para não escandalizar muito Nosso Senhor, se resignava a falar à paralítica. A Totó parecia odiá-la; respondia-lhe muito carrancuda; outras vezes persistia num silêncio rancoroso, voltada para a parede; um dia despedaçara o alfabeto; e encolhia-se toda encruada se Amélia lhe queria compor o xale sobre os ombros ou conchegar-lhe a roupa...
Enfim Amaro, impaciente, fazia um sinal a Amélia; ela punha logo diante da Totó o livro com estampas da Vida dos Santos.
- Vá, ficas agora a ver as figuras... Olha, este é S. Mateus, esta Santa Virgínia... Adeus, eu vou lá acima com o senhor pároco rezarmos para que Deus te dê saúde e te deixe ir passear... Não estragues o livro, que é pecado.
E subiam a escada, enquanto a paralítica, estendendo o pescoço sofregamente, os seguia, escutando o ranger dos degraus, com os olhos chamejantes que lágrimas de raiva enevoavam. O quarto, em cima, era muito baixo, sem forro, com um teto de vigas negras sobre que assentavam as telhas. Ao lado da cama pendia a candeia que pusera sobre a parede um penacho negro dó fumo. E Amaro ria sempre dos preparativos que fizera o tio Esguelhas - a mesa ao canto com o Novo Testamento, uma caneca de água, e duas cadeiras dispostas ao lado...
- É para a nossa conferência, para te ensinar os deveres de freira, dizia ele, galhofando.
- Ensina, então! murmurava ela, de braços abertos, pondo-se diante do padre, com um sorriso cálido onde brilhava um branquinho dos dentes, num abandono que se oferecia.
Ele atirava-lhe beijos vorazes pelo pescoço, pelos cabelos; às vezes mordia-lhe a orelha; ela dava um gritinho; e ficavam então muito quedos, escutando, com medo da paralítica embaixo. O pároco depois fechava as portadas da janela e a porta muito perra que tinha de empurrar com o joelho. Amélia ia-se despindo devagar; e com as saias caídas aos pés ficava um momento imóvel, como uma forma branca na escuridão do quarto. Em redor o padre, preparando-se, respirava forte. Ela então persignava-se depressa, e sempre ao subir para o leito dava um suspirozinho triste.
Amélia só podia demorar-se até ao meio-dia. O padre Amaro por isso pendurava o seu cebolão no prego da candeia. Mas quando não ouviam as badaladas da torre, Amélia conhecia a hora pelo cantar dum galo vizinho.
- Devo ir, filho, murmurava toda cansada.
- Deixa lá... Estás sempre com a pressa... Ficavam ainda uns momentos calados, numa lassidão doce, muito chegados um ao outro. Pelas vigas separadas do telhado mal junto viam aqui e além fendas de luz: ás vezes sentiam um gato, com as suas passadas fofas, vadiar, fazendo bulir alguma telha solta; ou um pássaro, pousando, chilreava e ouviam-lhe o frêmito das asas.
Eça de Queiroz (O crime do padre Amaro)
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Lembranças de morrer
Eu deixo a vida como deixa o tédio
Do deserto, o poento caminheiro,
- Como as horas de um longo pesadelo
Que se desfaz ao dobre de um sineiro;
Como o desterro de minh’alma errante,
Onde fogo insensato a consumia:
Só levo uma saudade - é desses tempos
Que amorosa ilusão embelecia.
Só levo uma saudade - é dessas sombras
Que eu sentia velar nas noites minhas.
De ti, ó minha mãe, pobre coitada,
Que por minha tristeza te definhas!
Se uma lágrima as pálpebras me inunda,
Se um suspiro nos seios treme ainda,
É pela virgem que sonhei, que nunca
Aos lábios me encostou a face linda!
Só tu à mocidade sonhadora
Do pálido poeta deste flores.
Se viveu, foi por ti! e de esperança
De na vida gozar de teus amores.
Beijarei a verdade santa e nua,
Verei cristalizar-se o sonho amigo.
Ó minha virgem dos errantes sonhos,
Filha do céu, eu vou amar contigo!
Descansem o meu leito solitário
Na floresta dos homens esquecida,
À sombra de uma cruz, e escrevam nela:
Foi poeta - sonhou - e amou na vida.
- Alvarez de Azevedo
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LEMBRANÇAS DE MORRER
- Alvares de Azevedo
Eu deixo a vida como deixa o tédio Do deserto, o poento caminheiro, - Como as horas de um longo pesadelo Que se desfaz ao dobre de um sineiro; Como o desterro de minh’alma errante, Onde fogo insensato a consumia: Só levo uma saudade - é desses tempos Que amorosa ilusão embelecia. Só levo uma saudade - é dessas sombras Que eu sentia velar nas noites minhas. De ti, ó minha mãe, pobre coitada, Que por minha tristeza te definhas! Se uma lágrima as pálpebras me inunda, Se um suspiro nos seios treme ainda, É pela virgem que sonhei. que nunca Aos lábios me encostou a face linda! Só tu à mocidade sonhadora Do pálido poeta deste flores. Se viveu, foi por ti! e de esperança De na vida gozar de teus amores. Beijarei a verdade santa e nua, Verei cristalizar-se o sonho amigo. Ó minha virgem dos errantes sonhos, Filha do céu, eu vou amar contigo! Descansem o meu leito solitário Na floresta dos homens esquecida, À sombra de uma cruz, e escrevam nela: Foi poeta - sonhou - e amou na vida.
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MÁRIO E EU
“É ali!” - gritei e logo após meu avô freou bruscamente em plena Avenida Paulista.
“Vê se toma cuidado ein Lia! Qualquer coisa me liga!” - é engraçado como meus avós sempre estavam presentes como coadjuvantes em encontros de última hora. Mas no final das contas eles sempre entravam na minha.
Desci e fui procurar algum lugar para esperar. Fazia tempo que não nos víamos e não é sempre que se decide esperar alguém em plena Paulista, capaz de levar um bolo.
O bolo não veio, mas muito confete, conversa, livrarias, beijos e livros do Sebastião Salgado. O cabelinho cortadinho, perfume, óculos com óculos, “peraí vou limpar meu óculos tá embaçado”, rimos.
Antes irmos embora decidimos passar em uma última livraria, e foi lá quando me deparei com “A lição do amigo : cartas de Mário de Andrade a Carlos Drummond de Andrade.” O livro mostra as cartas de Mário, com notas feitas pelo próprio Drummond. Vocês tem noção disso ?!
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Sobre ambos os escritores eu já tinha escutado em alguma aula do Ensino médio ou cursinho. Lembro de sentir o peso das poesias de Drummond e de me encantar com os contos de Mário.
O primeiro poema que me levou à curiosidade sobre o Carlos, tal qual como o nome do próprio tumblr , foi “Sentimento do mundo”.
Tenho apenas duas mãos e o sentimento do mundo, mas estou cheio escravos, minhas lembranças escorrem e o corpo transige na confluência do amor.
Quando me levantar, o céu estará morto e saqueado, eu mesmo estarei morto, morto meu desejo, morto o pântano sem acordes.
Os camaradas não disseram que havia uma guerra e era necessário trazer fogo e alimento. Sinto-me disperso, anterior a fronteiras, humildemente vos peço que me perdoeis.
Quando os corpos passarem, eu ficarei sozinho desfiando a recordação do sineiro, da viúva e do microcopista que habitavam a barraca e não foram encontrados ao amanhecer
esse amanhecer mais noite que a noite.
Carlos mandou esse e outros poemas para Mário, que nas tantas análises que escrevia nas cartas, disse:
“Sentimento do mundo é o resultado de um poeta verdadeiro cuja vida se transformou. O poeta não mudou, é o mesmo, mas as vicissitudes de sua vida, novos contatos, e contágios, novas experiências, lhe acrescentaram ao ser agressivo, revoltado, acuado em seu individualismo irredutível, uma grandeza nova, o sofrimento pelos homens, o sentimento do mundo. (…) É realmente um exemplo extraordinário e excepcional. E dentro desse seu caso de humanização, Carlos nos deu alguns gritos dos mais lancinantes, alguns estados de revolta dos mais angustiosos da nossa poesia. Que poesia verdadeira!” (p.309)
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Mas foi o Mário mesmo, quem eu acabei amando ainda mais. Só havia lido “Contos novos” para alguma prova que ia prestar, e já tinha me interessado pela sua escrita : sincera. Alguns ainda dizem que esse livro é uma autobiografia do autor, e talvez até seja, assunto como a morte do pai (conto “Peru de Natal”) é até falado em algumas cartas no “Lição do amigo”, mas por outro lado, a homossexualidade de Mário (conto “Frederico Paciência”) só foi sabida anos depois de sua morte.
Em uma carta para Manuel Bandeira, também eu amigo, Mário desabafou.
“(…) Está claro que eu nunca falei a você sobre o que se fala de mim e não desminto. Mas em que podia ajuntar em grandeza ou milhoria pra nós ambos, pra você, ou pra mim, comentarmos e elucidar você sobre a minha tão falada (pelos outros) homossexualidade? Em nada.(…)
Mas si agora toco nesse assunto em que me porto com absoluta e elegante discrição social, tão absoluta que sou incapaz de convidar um companheiro daqui a sair sozinho comigo na rua (veja como eu tenho a minha vida mais regulada que máquina de pressão) e si saio com alguém é porque esse alguém me convida, si toco no assunto é porque se poderia tirar dele um argumento pra explicar minhas amizades platônicas, só minhas. “
E ele ainda finaliza “ Eis aí uns pensamentos jogados no papel sem conclusão nem sequencia, faça deles o que quiser.”.
Mário era tão lúcido, original, sincero, “sinceridade absoluta”. Tinha mania de criar palavras, ficava sempre doente e também tinha problemas com dinheiro.
Queria sentar com ele em algum bar em São Paulo, despretensiosos, conversar sobre a política atual do país, o ódio que se dissemina por quem não possui uma família tradicional brasileira ou por apenas quem é contrário ao fascismo e é taxado de comunista, mas essa última ele já conhecia. O próprio já entendia a imagem do “monstro do comunismo no Brasil”, só não chegou a pegar a parte que o país viraria uma Venezuela, mas isso eu poderia ir contando a ele. Íamos rir muito. Além disso comentaríamos de Minas, todas as obras do Aleijadinho, eu ia aproveitar e dizer sobre todas as aulas do Puppi, e da flor e o cristal.
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Certa vez meu professor de literatura (eu amava o Giba, ele era todo magrelo, meio teatral, o chamei para um almoço no vegetariano perto do cursinho, pena que não deu certo, eu amo almoços) recitou um dos poemas de “Lira Paulistana”, e talvez tenha sido aí, e não nos contos, quando Mário realmente me arrebatou.
Quando eu morrer quero ficar,
Não contem aos meus inimigos,
Sepultado em minha cidade,
Saudade.
Meus pés enterrem na rua Aurora,
No Paissandu deixem meu sexo,
Na Lopes Chaves a cabeça
Esqueçam.
No Pátio do Colégio afundem
O meu coração paulistano:
Um coração vivo e um defunto
Bem juntos.
Escondam no Correio o ouvido
Direito, o esquerdo nos Telégrafos,
Quero saber da vida alheia,
Sereia.
O nariz guardem nos rosais,
A língua no alto do Ipiranga
Para cantar a liberdade.
Saudade…
Os olhos lá no Jaraguá
Assistirão ao que há de vir,
O joelho na Universidade,
Saudade…
As mãos atirem por aí,
Que desvivam como viveram,
As tripas atirem pro Diabo,
Que o espírito será de Deus.
Adeus.
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“(…)No princípio eu quis mudar você, fazer você que nem eu.Porque, já falei, você me esfolava e eu queria ser amigo de você.Mas você foi discreto, me engambelou, continuou na mesma, deu tempo ao tempo. Foi bom porque hoje você não me esfola mais, não me contunde, eu já não quero mais mudar você.E vem a verdade surpreendente : E nós perseveramos amigos. Afinal das contas tudo foi principalmente muito lindo e estou pacífico, dizendo bom-dia pra você, sabendo como vai a gente de você, dizendo que sou sempre o mesmo. De você.
Mário” (p.205)
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Claramente não é com esse texto que venho expor a grandeza e genialidade do morador da Rua Lopes Chaves, visto que ainda temos muito o que viver. Arrume amizades que te arrebatem como o paulista e o mineiro do livro, “ Estabeleceu-se imediatamente um vínculo afetivo que marcaria em profundidade a minha vida intelectual e moral, constituindo o mais constante, generoso e fecundo estímulo à atividade literária por mim recebido em toda a existência” ( Drummond ). E se não tivesse um empurrãozinho ?! Teria “Sentimento do mundo” ?! Ou tantas outras obras do Carlos…
Mário, você faz falta aqui.
( foto do escritor em seu apartamento no Rio de Janeiro, em 1938, na parede a tela “ O mamoeiro”, de Tarsila do Amaral )
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O corcunda de Notre Dame: edição bolso de luxo Capa dura
O corcunda de Notre Dame: edição bolso de luxo Capa dura
Um clássico do romantismo francês que vai muito além da história de um amor impossível.
Na Paris do século XV, a cigana Esmeralda dança em frente à catedral de Notre Dame. Diante da sua beleza, curvam-se o poeta Pierre Gringoire, o arquidiácono Claude Frollo, o disforme sineiro Quasímodo e o capitão Phoebus de Châteaupers. O corcunda de Notre Dame, de Victor Hugo, retrata uma Paris ainda gótica…
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Sentimento do mundo
Tenho apenas duas mãos
e o sentimento do mundo,
mas estou cheio de escravos,
minhas lembranças escorrem e o corpo transige
na confluência do amor.
Quando me levantar, o céu estará morto e saqueado,
eu mesmo estarei morto, morto meu desejo,
morto o pântano sem acordes.
Os camaradas não disseram que havia uma guerra e era necessário trazer fogo e alimento.
Sinto-me disperso, anterior a fronteiras,
humildemente vos peço, que me perdoes.
Quando os corpos passarem, eu ficarei sozinho
desfiando a recordação do sineiro,
da viúva e do microcopista que habitavam a barraca
e não foram encontrados,
ao amanhecer
esse amanhecer
mais noite que a noite.
Carlos Drummond de Andrade
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"Quando em meu peito rebentar-se a fibra
Que o espírito enlaça à dor vivente,
Não derramem por mim nem uma lágrima
Em pálpebra demente.
E nem desfolhem na matéria impura
A flor do vale que adormece ao vento:
Não quero que uma nota de alegria
Se cale por meu triste passamento.
Eu deixo a vida como deixa o tédio
Do deserto, o poento caminheiro –
Como as horas de um longo pesadelo
Que se desfaz ao dobre de um sineiro;
Como um desterro de minh’alma errante,
Onde fogo insensato a consumia:
Só levo uma saudade – é desses tempos
Que amorosa ilusão embelecia.
Só levo uma saudade – é dessas sombras
Que eu sentia velar nas noites minhas...
De ti, ó minha mãe, pobre coitada
Que por minha tristeza te definhas!
De meu pai... de meus únicos amigos,
Poucos – bem poucos – e que não zombavam
Quando, em noites de febre endoudecido,
Minhas pálidas crenças duvidavam.
Se uma lágrima as pálpebras me inunda,
Se um suspiro nos seios treme ainda
É pela virgem que sonhei... que nunca
Aos lábios me encostou a face linda!
Só tu à mocidade sonhadora
Do pálido poeta deste flores...
Se viveu, foi por ti! e de esperança
De na vida gozar de teus amores.
Beijarei a verdade santa e nua,
Verei cristalizar-se o sonho amigo...
Ó minha Virgem dos errantes sonhos,
Filha do céu, eu vou amar contigo!
Descansem o meu leito solitário
Na floresta dos homens esquecida,
À sombra de uma cruz, e escrevam nela:
– Foi poeta – sonhou – e amou na vida.
–Sombras do vale, noites da montanha
Que minha alma cantou e amava tanto,
Protegei o meu corpo abandonado,
E no silêncio derramai-lhe canto!
Mas quando preludia ave d’aurora
E quando à meia-noite o céu repousa,
Arvoredos do bosque, abri os ramos...
Deixai a lua prantear-me a lousa!"
. Álvares de Azevedo - LEMBRANÇA DE MORRER
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Bom dia!
Sábado tem Valença Troca Livros.
O Projeto Valença Troca Livros está todo sábado, de 9:00 as 11:30h, em frente a loja do amigo Sigall Estamparia Mario Sergio, na Rua do Barroso, número 08, no bairro do Barroso em Valença RJ
Ajude a divulgar o projeto Valença Troca Livros.
Se você tem algum livro guardado que não queira mais, acumulando poeira, traças, mas em bom estado de conservação. Quer colocá-lo para circular? Então venha troca-lo no projeto Valença Troca Livros.
A troca é 1x1, a pessoa traz um livro e troca por outro. Tem também retroca. Se você já leu o livro que trocou, pode trazê-lo e trocá-lo por outro.
Os livros que devem ser trazidos para troca podem ser de: Poesia, Romance, Contos, Crônicas, Biografia em bom estado de conservação.
Um projeto do Grupo de Escritores Flor e Poesia
Escritor Victor S. Gomez , Escritora Déia Sineiro e Escritor Mário Sérgio Sigall Estamparia.
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O papa Francisco, que é um grande fã de futebol, recebeu nessa segunda-feira (18) um presente incomum do primeiro-ministro da França, Jean Castex, – uma camiseta autografada pelo compatriota argentino Lionel Messi. Em uma moldura de vidro, o primeiro-ministro deu ao papa a camiseta de número 30, assinada por Messi, que joga pelo clube francês Paris Saint-Germain, após 35 minutos de conversas particulares no Vaticano. Francisco, de 84 anos, já conheceu Messi, de 34 anos, e chegou a chamá-lo de um dos maiores jogadores de futebol de todos os tempos. Francisco é torcedor de longa data do time de futebol argentino San Lorenzo. O premiê francês também deu ao papa um presente mais tradicional –uma edição de 1836 de “Notre-Dame de Paris”, clássico romance de Victor Hugo sobre o sineiro corcunda Quasimodo ambientado em Paris em 1482. Castex esteve no Vaticano e em Roma para as celebrações do centenário do restabelecimento das relações diplomáticas entre a França e a Santa Sé. Depois de conhecer o papa, Castex visitou a Capela Sistina e a Basílica de São Pedro. Fonte: Philip Pullella – Cidade do Vaticano (Itália) #PapaFrancisco #Internacional #Catolicismo https://www.instagram.com/p/CVNamFBrhwZ/?utm_medium=tumblr
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O curta-metragem documental Voz dos Sinos, que retrata um pouco do cotidiano do ofício de sineiro e da linguagem dos sinos de São João del-Rei, será exibido em Portugal hoje, 28 de julho, durante o 7º Congresso Internacional de Antropologia da Asociación de Antropólogos Iberoamericanos en Red – AIBR, que acontece de forma híbrida (presencial e virtual) em Vila Real, Portugal. O filme tem nove minutos e apresenta o ofício dos sineiros, a linguagem dos sinos, seu papel enquanto instrumento de comunicação, enquanto instrumento musical e, sobretudo, sua função religiosa na história de São João del-Rei. Foi exibido pela primeira vez em 2018 durante uma bienal de arte em Havana (Cuba), em seguida em São João del-Rei (2018 e 2019) e de lá pra cá acumula exibições em diversos festivais de cinema e encontros acadêmicos. Voz dos Sinos é dirigido por Thiago Morandi, jornalista formado na UFSJ, videomaker e pesquisador de São João del-Rei. O curta fez parte de um dos processos de criação desenvolvidos durante seu mestrado Interdisciplinar em Artes, Urbanidade e Sustentabilidade (Pipaus) da UFSJ. Atualmente Thiago Morandi é doutorando no Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais na PUC Minas, investigando o papel do registro imagético nos processos criativos de artes urbanas. O filme pode ser visto no Youtube gratuitamente, pelo endereço https://bit.ly/3j3K26K #ufsj #jornaldopovao #ultimasnoticias #sjdr #sjdrmg #minasgerais #sinos #cidadedossinos #saojoaodelrei #universidade #portugal (em São João del Rei) https://www.instagram.com/p/CR4m9ZFsHyW/?utm_medium=tumblr
#ufsj#jornaldopovao#ultimasnoticias#sjdr#sjdrmg#minasgerais#sinos#cidadedossinos#saojoaodelrei#universidade#portugal
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Lembranças de Morrer
Quando em meu peito rebentar-se a fibra, Que o espírito enlaça à dor vivente, Não derramem por mim nem uma lágrima Em pálpebra demente.
E nem desfolhem na matéria impura A flor do vale que adormece ao vento: Não quero que uma nota de alegria Se cale por meu triste passamento.
Eu deixo a vida como deixa o tédio Do deserto, o poento caminheiro – Como as horas de um longo pesadelo Que se desfaz ao dobre de um sineiro;
Como o desterro de minh’alma errante, Onde o fogo insensato a consumia: Só levo uma saudade – é desses tempos Que amorosa ilusão embelecia.
Só levo uma saudade – é dessas sombras Que eu sentia velar nas noites minhas … De ti, ó minha mãe! pobre coitada Que por minha tristeza te definhas!
De meu pai… de meus únicos amigos, Poucos – bem poucos – e que não zombavam Quando, em noites de febre endoudecido, Minhas pálidas crenças duvidavam.
Se uma lágrima as pálpebras me inunda, Se um suspiro nos seios treme ainda, É pela virgem que sonhei… que nunca Aos lábios me encostou a face linda!
Só tu à mocidade sonhadora Do pálido poeta destes flores… Se viveu, foi por ti! e de esperança De na vida gozar dos teus amores.
Beijarei a verdade santa e nua, Verei cristalizar-se o sonho amigo … Ó minha virgem dos errantes sonhos, Filha do céu, eu vou amar contigo!
Descansem o meu leito solitário Na floresta dos homens esquecida, À sombra de uma cruz, e escrevam nela: Foi poeta – sonhou – e amou na vida.
Sombras do vale, noites da montanha Que minha alma cantou e amava tanto, Protegei o meu corpo abandonado, E no silêncio derramai-lhe canto!
Mas quando preludia ave d’aurora E quando à meia-noite o céu repousa, Arvoredos do bosque, abri os ramos. Deixai a lua pratear-me a lousa!
– Álvares de Azevedo, do livro “Lira dos Vinte Anos”. Porto Alegre: L&PM editores, 1998
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Celebrating Sineiro’s bday! #sineirovsky #childhoodfriends #childhoodfriendship (em Luxor Lounge Bar)
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