#mercado financeiro de lastro imobiliário
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Contratos comerciais, como duplicatas, locação, compra e venda de imóveis podem ser usados como lastro (garantia de valor) para emissões dos Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e do Agronegócio (CRA). Em reunião extraordinária nesta sexta-feira (1º), o Conselho Monetário Nacional (CMN) ajustou a resolução do início de fevereiro que mudou as regras de títulos agrícolas e imobiliários. Em nota, o Ministério da Fazenda informou que a proibição de que operações não relacionadas aos empreendimentos agropecuários e imobiliários sirvam como lastro vale apenas para instrumentos de “natureza estritamente financeira”, sem afetar os contratos comerciais. A resolução do mês passado restringiu as emissões de títulos agrícolas e imobiliários porque esses papéis estavam financiando projetos não diretamente ligados às duas áreas e serviam de instrumento para empresas deixarem de pagar Imposto de Renda. Outras alterações A segunda alteração do CMN esclareceu que os títulos de dívida cujos emissores não sejam caracterizados como devedores, codevedores ou garantidores podem ser usados como lastro do CRA e do CRI. O Ministério da Fazenda informou que a proibição dessa prática prejudicaria a Cédula de Crédito Imobiliário (CCI), título privado emitido por um credor imobiliário. Diferentemente das Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA) e das Letras Imobiliárias Garantidas (LIG), emitidas por instituições financeiras, o CRI e o CRA são emitidos por companhias securitizadoras (de conversão de papéis) e envolvem a conversão de contratos comerciais. Os três primeiros instrumentos são isentos de Imposto de Renda e têm garantias caso a instituição financeira quebre. O CRA e o CRI não são garantidos, com o comprador assumindo o risco de a companhia quebrar. O último ajuste, informou o Ministério da Fazenda, restringiu a aplicação das proibições da resolução de fevereiro a “instituições financeiras ou entidades autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, entidades que integram conglomerado prudencial, ou suas respectivas controladas”. No comunicado, o Ministério da Fazenda destacou que as alterações pretendem "harmonizar o entendimento dos agentes de mercado a respeito de aspectos relacionados aos lastros elegíveis" para as emissões de CRA e de CRI. “O CMN buscou, com isso, reafirmar a possibilidade de empresas típicas do agronegócio ou do setor imobiliário, as quais não possuam ligação direta com instituições do sistema financeiro, realizarem operações de securitização por meio de CRA e CRI”, explicou a pasta. Cancelamento As mudanças aprovadas entram em vigor imediatamente. Órgão que reúne os ministros da Fazenda, do Planejamento e o presidente do Banco Central, o CMN deveria ter realizado a reunião ordinária de fevereiro nesta quinta-feira (29), mas o encontro foi cancelado “por falta de assunto”. Nesta semana, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, participaram da reunião de ministros das finanças do G20, grupo que reúne as 20 maiores economias do planeta. A ministra do Planejamento, Simone Tebet, viajou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a Guiana. Com informações da Agência Brasil
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CMN muda regras para títulos agrícolas e imobiliários
Os principais instrumentos financeiros usados para financiar projetos agrícolas e imobiliários no país obedecerão a novas regras de circulação no mercado. Em reunião extraordinária, o Conselho Monetário Nacional (CMN) restringiu o lastro (garantia de valor) da maioria dos papéis e ampliou, de três para 12 meses, o prazo mínimo para as Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) e as Letras de Crédito…
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A partir desta segunda-feira (6/3) qualquer empresa ou indústria já pode utilizar a tecnologia blockchain para registros de documentos, segurança de dados e transparência das informações. Isso porque a Blockchain One, especializada na modelagem de negócios baseados em tecnologia blockchain, acaba de lançar a plataforma Docstone, uma API que conecta qualquer negócio a redes de blockchain. O uso da plataforma é gratuito e pode ser acessada em https://www.docstone.host Criada por Dan Stefanes, CEO da Blockchain One; Alan Kardec, COO da Blockchain One; e Jerffeson Teixeira de Souza, CTO da Blockchain One; a plataforma Docstone vai baratear produções e facilitar tecnicamente a criação de lastros, diminuindo burocracias e aumentando a produtividade, já que os negócios serão gerenciados e automatizados por meio de soluções baseadas no sistema blockchain. Os executivos esperam até 2024 a adesão de 100 mil registros e 10 mil empresas, além de cerca de R$ 20 milhões de movimentação na plataforma. “O uso de blockchain vem revolucionando negócios no mundo inteiro. Ele é hoje considerado uma tecnologia alternativa para diversos mercados por utilizar a descentralização, a imutabilidade e a rastreabilidade como recursos de garantia e transparência”, explica Jerffeson Teixeira de Souza, que também é Ph.D. em Ciência da Computação pela School of Information Technology and Engineering da Universidade de Ottawa, Canadá, além de professor e assessor de Inovação Tecnológica na Universidade Estadual do Ceará (UECE). Alan Kardec, que é mestre em administração com foco na tecnologia blockchain, certificado em Sustainable Development Goals pela University of Copenhagen e especialista em tokenização de ativos descentralizados, explica que, cada vez mais, mercados vão exigir lastros do que é comercializado dentro e fora do mercado nacional, por causa das exigências legais e das aplicações ESG. Um exemplo, segundo ele, é a lei anti-desmatamento da UE (União Europeia), que impede a entrada na região de produtos advindos de áreas desmatadas. “Essa medida vai demandar de exportadores brasileiros garantias de suas produções. Essa é, inclusive, uma das preocupações do agronegócio local. É nesse sentido que a tecnologia blockchain atua e por isso ela é tão urgente. Ela se comunica com as demandas mais urgentes da retomada econômica no Brasil e no exterior”, afirma Uso prático da Docstone da Blockchain One Negócios que lidam com recursos naturais, gestores da administração pública, setor imobiliário, mercado financeiro, cartórios notariais, empresas de saúde e educação são, hoje, os que mais podem se beneficiar com a Docstone. “A API permite a integração de sistemas e seus registros, gerenciamento e autenticação de arquivos e documentos em diferentes blockchains, o que torna arquivos e informações protegidos contra o tempo e contra adulterações”, garante Jerffeson Teixeira de Souza, CTO da Blockchain One. Segundo Dan Stefanes, que além de CEO da Blockchain One, é advogado e especialista em DeFi (Finanças Descentralizadas) pela University of Nicosia, Chipre, todo compartilhamento de dados é feito de forma absolutamente segura. “As informações podem ser divididas entre organizações e usuários sem comprometer a segurança, com um sistema baseado em criptografia e contratos inteligentes, além de ser possível criar uma verificação de identidade, que é mais uma camada de proteção e validação dentro da empresa, por integrar e controlar o acesso a sites, a ambientes físicos e a compartilhamento de informações”, completa. Além da proteção legal, a API Docstone permite o registro e a autenticação de documentos com transparência e segurança, diminui a burocracia e aumenta a produtividade do negócio por gerenciar e automatizar processos de logística e armazenamento por meio de contratos inteligentes. Embora de uso gratuito, para explorar ainda mais as funcionalidades Docstone são oferecidos planos de assinatura para gestão ilimitada de contratos e registro de documentos.
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Renda Fixa – O que é e Como investir?
O Brasil possui a maior taxa de juros do planeta, e por isso, a renda fixa brasileira ainda é uma das melhores formas de rentabilizar seu dinheiro com segurança. Mas, o que é de fato “Renda Fixa”? Como funciona? Quais investimentos são “Renda Fixa”? Quem pode investir em renda fixa? Nesse artigo, iremos esclarecer essas e outra dúvidas, para que você aprenda de vez, como investir em renda fixa, identificando os melhores investimentos para você e possa ganhar muito dinheiro.
O que é renda fixa?
Não nenhuma novidade e todo mundo sabe que os bancos emprestam dinheiro para as pessoas e lucram muito com isso, cobrando juros por esse serviço. O que muita gente não sabe é que elas também podem emprestar seu dinheiro ao banco e ele irá devolver, pagando juros por isso. Isso é a renda fixa: Quando você empresta dinheiro para um banco, instituição financeira ou governo federal, e ela te devolve com juros, após um prazo determinado. Ou seja, investir em renda fixa, nada mais é que emprestar o seu dinheiro a uma instituição financeira.
Quais os títulos de renda fixa?
O que caracteriza um investimento como renda fixa é o fato dele possuir uma data de vencimento e um indexador de rentabilidade, como por exemplo a taxa de juros, a selic e a inflação (o IPCA). No mercado financeiro, existem muitos tipos de títulos de renda fixa, que podem ser classificados em dois grandes grupos: Títulos público e Títulos privados. Sendo as principais aplicações o tesouro direto, CDB, LCI, LCA e LC.
Quem pode investir em renda fixa?
Qualquer pessoa maior de 18 anos que possua CPF válido, uma conta em banco e/ou corretora.
Vantagens de investir na Renda fixa
Muito fácil de entender;
Valor inicial de investimento baixo (a partir de R$30,00);
Rentabilidade superior a poupança;
Garantia dada pelo FCG (Fundo garantidor de crédito) até R$250mil por CPF;
Muitas opções de investimento com liquidez diária.
Títulos públicos – O que é? Quais os tipos?
Os títulos públicos, emitidos pelo tesouro nacional, são mais conhecidos como Tesouro Direto. Nele existem dois tipos principais de aplicações:
Pré-fixados – aqueles que dizem o quanto você vai ganhar no vencimento da aplicação;
Pós- fixados – aqueles títulos que dependem de um indexador específico, podendo ser a SELIC ou IPCA.
Existem ainda, as opções com ou sem Cupom Semestral, esses cupom são rendimentos da aplicação que são pagos ao investidor semestralmente. O ideal é que você opte por “sem cupons semestrais”, de forma que o seu rendimento irá somar ao montante principal, potencializando assim, o efeito dos juros compostos.
Tesouro direto – Taxas e imposto de renda
Nos títulos públicos, existe a cobrança de uma taxa de custódia de o,3% ao ano, paga para BM&BOVESPA e uma taxa de administração, paga as corretoras. Essa taxa de administração, vem caindo em desuso pois, a maioria das corretoras não cobram mais pelo serviço.
Contratar esse tipo de investimento através de um banco não é um bom negócio, por conta das altas taxas de administração que acabam por levar todo lucro das aplicações.
O imposto de renda é descontando na hora do saque do investimento. Ele pode variar de 22,5% se forem resgatado entre 0 e 6 meses; 20% para resgate entre 6 e 12 meses; 17,5% para resgato entre 12 e 24 meses e 15% para os resgatados após 24 meses.
Tesouro direto – Investimento inicial
Apesar de não ser necessariamente o melhor tipo de investimento, o tesouro direto é a melhor opção para quem vai começar a investir com pouco dinheiro. Permitindo que você comece a investir com apenas R$30,00.
Tesouro direto- Vencimento e liquidez
Uma das características dos títulos de renda fixa é o prazo determinado. Apesar do ideal ser você manter o seu dinheiro até o final do prazo, é possível sacar o dinheiro antes do vencimento, entretanto, tenha em mente que o rendimento pode não ser aquele que foi acordado no momento da compra do título, a chamada marcação a mercado.
Os títulos do tesouro possuem liquidez diária, isso significa que ao solicitar saque, seu dinheiro ficará disponível em conta no dia útil seguinte a solicitação.
Títulos privados – O que é? Quais os tipos?
Os títulos privados são emitidos por instituições financeiras e, assim como os públicos, possuem dois tipos de aplicações:
Pré-fixados – aqueles que dizem o quanto você vai ganhar no vencimento da aplicação;
Pós- fixados – aqueles títulos que dependem de um indexador específico, podendo ser a SELIC ou IPCA.
Os títulos provados de renda fixa são: LCI, LCA e CDB, que são emitidos pelos banco e LC, emitidos por financeiras.
Títulos privados – Investimento inicial e rendimento
Os títulos privados, possuem valor mínimo de investimento inicial de R$1.000,00, em alguns casos.
Os rendimentos em CDB, LCI e LCA sempre serão proporcionais ao valor investido, prazo de aplicação e segurança. Ou seja, quanto maior o valor investido, maior prazo e menor for a instituição financeira emissora do CDI, maior será o seu rendimento.
O que é CDB?
CDB é a sigla para certificado de depósitos bancários. São títulos nominativos, emitidos pelos bancos e vendidos ao público como forma de capitação de recursos para repasse a terceiros em forma de empréstimos.
Assim como nos títulos públicos, o CDB também possui duas modalidades principais: pré-fixado e pós-fixados. A diferença é que o indexador dos CDB pós-fixado costuma ser o CDI. Na prática, os bancos oferecem rentabilidade de porcentagem do CDI, cabendo a você avaliar a vantagem de cada um.
CDB – Vencimento, liquidez e imposto de renda
A maioria dos CDBs possuem liquidez diária, ou seja, você pode solicitar o saque e no dia útil seguinte, o dinheiro estará disponível em sua conta. Mas, o retorno será menor do que seria se você aguardasse até o dia do vencimento.
Assim como no tesouro direto, o imposto de renda do CDB incide somente sobre os rendimentos e é descontando na hora do saque. Ele pode variar de 22,5% se forem resgatado entre 0 e 6 meses; 20% para resgate entre 6 e 12 meses; 17,5% para resgato entre 12 e 24 meses e 15% para os resgatados após 24 meses. Esse imposto de renda é cobrado automaticamente, não precisa pagar nada, na hora que o dinheiro voltar para conta da corretora, já voltara com o imposto descontado.
Diferença entre CDB em corretora e CDB em banco
No banco, você só terá acesso ao CDB do próprio banco, na corretora, você terá acesso aos mais diversificados CDBs disponíveis no mercado. Desde bancos pequenos aos gigantes. Geralmente, são nas pequenas instituições financeiras que vocês irão encontrar as melhores taxas. Isso acorre porque como eles são menores e não são muito conhecidos, não possuem tanta credibilidade quanto os grandes bancos e, para conseguir captar mais recursos, pagam mais por seu dinheiro.
Para se proteger ao escolher um CDB de um banco pequeno, o qual você nunca ouviu falar, tenha o cuidado para ficar dentro da faixa assegurada pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito), que é de R$250.000,00 por CPF.
O que é LC? Qual a rentabilidade da LC?
LC é a sigla para letra de crédito. Esse tipo de título é emitido pelas financeiras que, assim como os bancos que emitem o CDB, tem o objetivo de captar dinheiro para oferecer empréstimo para pessoas físicas.
A rentabilidade da LC tem como principal indexador o CDI (certificado de depósito interbancário) que possui variação de acordo a taxa de juros do Brasil, ou seja, dia após dia essa taxa pode flutuar de acordo as perspectivas de taxas de juros futura. Na prática, a rentabilidade funciona assim: supondo que você tenha contratado uma LC com taxa de 100% do CDI, sua aplicação será corrigida exatamente pelo valor do CDI, caso o seu título pague 95% do CDI, seu rendimento acompanhará a curva, mas será menor que o indexador. Aora, se o seu título paga 105% do CDI, sua rentabilidade será maior que o indexador. Então, quanto maior for a porcentagem do CDI, mais você ganha.
O que são LCI e LCA?
LCI é a sigla para Letra de crédito Imobiliário, quando o banco empresta o seu dinheiro para financiar negócios imobiliários Já a LCA é a sigla para Letra de crédito do Agronegócio, quando o banco pega o seu dinheiro e empresta para financiar negócios do setor agropecuário.
Não são todos os bancos que oferecem esse tipo de investimento pois, tanto a LCI quanto a LCA dependem de lastro, ou seja, são lastreados em alienação fiduciária. Quando o imóvel ou agronegócio fica alienado ao banco até a quitação total do contrato de financiamento.
LCI e LCA – Investimento inicial , rendimento e segurança
O investimento inicial na LCI e na LCA podem variar de acordo a instituição financeira, com valores iniciais entre R$1.000,00 e R$5.000,00.
Os rendimentos são calculadas com base em um indexador e referencial, o CDI. Geralmente, os grandes bancos oferecem uma rentabilidade menor e os pequenos e médios, uma rentabilidade maior, devido aos riscos, mas cobertos pelo FGC e você ficará seguro, caso invista até o máximo protegido pelo fundo.
LCI e LCA – Taxas, imposto de renda e liquidez
O diferencial das letras de crédito imobiliário e agropecuário é que não ha tributação do imposto de renda. Entretanto, esses títulos de renda fixa não possuem liquidez, ou seja, o sue dinheiro i’r aficar preso na aplicação e você só poderá retirar no vencimento. A dica é investir nessa modalidade, apenas quando tiver certeza que não irá precisar o dinheiro antes do prazo.
Quais os riscos e cuidados ao investir em renda fixa?
Apesar de toda segurança e facilidade, você não está isento de tomar alguns cuidados, antes de escolher investir em determinado título de renda fixa, você deve ficar de olho em alguns fatores que podem comprometer ou alavancar o seus ganhos com modalidade de investimento, como: altas taxas de administração, incidência de imposto de renda, prazos e indexadores.
Apesar de, tanto os títulos públicos, quanto os privados serem assegurados pelo FCG, os riscos de não receber o seu dinheiro são:
Título Público – O risco é tesouro nacional não pagar
Título Privado -o risco está diretamente ligado ao emissor de cada um dos títulos. Ou seja, nos títulos LCI, LCA e CDB, o risco é o banco emissor falir. Na LC, o risco é a financeira falir.
Qual título tem melhor rentabilidade na renda fixa? Público ou Privado?
CDB e LC possuem melhores rentabilidades em relação ao títulos públicos, com incidência de imposto de renda nos dois seguimentos, mais a cobrança de 0,3% ao ano da BM&FBOVESPA sobre os títulos públicos. Já as LCI e LCA não possuem incidência de imposto de renda
Como investir em renda fixa?
O primeiro passo é abrir uma conta em uma corretoras. Existem diversas o mercado, como: Modal Mais, Easynvest, Rico, XP Investimentos, entre outras. Pois os bancos tradicionais não estão interessados em pequenos investidores. Para eles, o pequeno investidor é aquele que possui até R$500 mil investidos. As instituições financeiras tradicionais se interessam por grandes investidores, por conta do percentual que eles ganham sobre o dinheiro investido.Os bancos preferem ganhar dinheiro com os pequenos investidores, emprestando dinheiro, pois os juros cobradas são bem mais vantajosos do que as porcentagens nos investimentos.
O melhor lugar para investir o seu dinheiro, seja pouco ou muito, é em uma corretora de valores. Nas corretoras você terá acesso a uma cartela bem maior de investimentos em renda fixa. No banco tradicional, você só terá acesso ao CDB do próprio banco, por exemplo, na corretora, você terá acesso a CDBs de diversos bancos, podendo optar pelo que melhor atender as usas exigências e expectativas.
Após abrir sua conta em uma corretora, você deve transferir os valores que pretende investir, escolher o título de renda fixa que deseja e investir. Atualmente, você consegue fazer todo o processo, desde a abertura da conta, pela internet. as interfaces dos sites das corretoras são bem intuitivas e você conseguirá realizar seus investimentos sem maiores problemas. Além disso, as corretoras contam com suporte de atendimento ao cliente e, em caso de dúvidas, basta entrar em contato.
Qual tipo de renda fixa escolher?
Para escolher onde investir o seu dinheiro, você deverá levar em consideração os riscos que está disposto a assumir, os custos que deseja pagar e qual o seu objetivo (em quanto tempo pretende ter seu dinheiro de volta). Por exemplo, se você deseja um investimento de curto prazo, o tesouro selic, o LCI ou LCA são boas opções. Para investimentos de médio prazo, o CDB e LC são melhores opções por possuirem alíquota de imposto de renda menores e o tesouro pré-fixado, são mais indicados. Agora, se seu objetivo é para longo prazo, o título público chamado NTN-B que é corrigido pela inflação mais uma taxa pré-fixada garantem, maior rentabilidade, protegendo você contra inflação. Mas, antes de alocar seu dinheiro em apenas uma das opções, saiba que a melhor escolha é diversificar seus investimentos em curto, médio e longo prazo. Estabelecendo um valor para cada objetivo e aproveitando o melhor de cada investimento.
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Análise das Medidas Adotadas pelo BCB durante a Pandemia
As medidas de liquidez adotadas pelo governo brasileiro tiveram um papel relevante em evitar que o choque externo, verificado em março nos Estados Unidos, aliado ao aumento da preferência pela liquidez no mercado interno devido à crise do coronavírus resultassem em qualquer tipo de disfuncionalidade mais relevante no sistema financeiro nacional.
Uma avaliação das medidas até o presente momento mostra uma discrepância relevante entre os resultados previstos e efetivados. Nas medidas de liquidez, isso pode até ser interpretado como um sinal de que o sistema financeiro estava em uma posição confortável antes da crise. Assim, não precisou recorrer às linhas da autoridade monetária. Porém, essa discrepância se observa também nos resultados obtidos no mercado de crédito.
Até o momento, os bancos não retomaram suas operações de crédito na escala necessária para fazer frente ao desequilíbrio de caixa enfrentado pelas famílias e pelas empresas. O que se observa nos dados do mercado de crédito dos bancos até o final do mês de abril é que o segmento das pessoas jurídicas não vivenciou uma retração abrupta, porém o crédito às pessoas físicas encolheu significativamente
No caso dos empréstimos a pessoas jurídicas, o mês de março foi marcado por um aumento expressivo das concessões, o que pode ter refletido algum efeito das medidas de facilitação de renegociação de empréstimos e liberação de capital. Esses efeitos, porém, não devem ser superestimados, uma vez que tal comportamento não se manteve no mês seguinte.
Os dados de fluxo não permitem a segmentação por porte, mas os saldos de crédito a pessoas jurídicas ilustram que a expansão das operações se deu basicamente no segmento de grandes empresas. Outro reflexo disso é que o volume liberado pela linha de suporte a empregos destinada a empresas menores (Pese) foi muito baixo. Até 08/06/20, o volume contratado foi de apenas R$ 3,8 bilhões, ante uma previsão inicial de liberação de R$ 40 bilhões (pouco mais de 9%).
Cabe lembrar que, diferentemente das medidas adotadas em 2008, que lançaram mão principalmente das instituições financeiras públicas para reativar o crédito, a estratégia atual tem no mercado sua espinha dorsal. Em outros países, como Alemanha e China, os bancos públicos e de desenvolvimento estão no centro das respostas à atual crise, mas no Brasil a opção principal parece ser a de deixar o mercado alocar o crédito à sua maneira.
A própria estratégia de utilização de fundos garantidores públicos – FGO e FGI – para estimular o crédito é também uma aposta na alocação de recursos por esta via. O estoque de operações de capital disponível em maio era de cerca de R$ 360 bilhões, segundo dados do BCB. Estima-se que os aportes nos dois Fundos, da ordem de R$ 35,9 bilhões, permitirão a outorga de até R$ 102 bilhões em garantias, o que equivale a 27% do total de estoque de crédito dessa modalidade.
Essas iniciativas só deverão deslanchar ao longo do corrente mês de julho, um momento em que vários desequilíbrios importantes nos balanços das empresas e famílias já se materializaram. Porém, por contar com mecanismos de mitigação do risco de crédito, espera-se que tenham mais sucesso em estimular a concessão de empréstimos pelos bancos brasileiros.
Do contrário, os descasamentos nos balanços das empresas e famílias irão se acumular ainda mais, com um aumento de unidades insolventes que exigirá uma atuação ainda mais intensa do governo brasileiro em termos de reestruturação patrimonial. Esse processo, que ainda terá desdobramentos importantes nos próximos meses, será um condicionante importante da retomada da economia brasileira.
A seguir, mais detalhes sobre o tema desenvolvido pelos economistas Ernani Torres, Luiz Macahyba e Norberto Martins.
Introdução
A crise associada à pandemia do coronavírus gerou quedas fortes e inesperadas no fluxo de caixa das empresas e das famílias. Da noite para o dia, as vendas caíram vertiginosamente, a receita dos pequenos negócios despencou e a renda de muitas famílias evaporou. Os mercados financeiros também foram atingidos: os preços dos ativos e a liquidez foram negativamente impactados, especialmente no mês de março, quando a incerteza sobre o que estava por vir atingiu seu pico.
Do ponto de vista financeiro, a crise vem se desdobrando a partir de três processos de fragilização interconectados: (i) a redução da liquidez de mercado, materializada na menor disposição dos mercados de garantir a transformação de ativos líquidos em dinheiro; (ii) o aumento do risco de crédito, associado à piora inesperada na geração líquida de caixa de empresas e famílias; e (iii) o aumento da insolvência, refletindo o descasamento dos balanços – o que requererá uma dolorosa reestruturação patrimonial de muitos agentes.
Os governos, em todo o mundo, adotaram diferentes medidas para lidar com esses problemas, com os bancos centrais assumindo um papel protagonista. O Brasil também seguiu esse script. Entretanto, há diferenças marcantes entre as respostas dadas à crise atual e as ações que foram adotadas em situações semelhantes ocorridas no passado, em especial, durante a crise financeira internacional de 2008.
Ações para o aumento da liquidez de mercado
Nos momentos mais graves da crise do coronavírus, houve uma forte contração na liquidez dos mercados financeiros brasileiros. O gráfico a seguir mostra que houve um forte aumento das taxas de juros no mês de março, a partir do dia 6. Essa data coincide com o início de problemas semelhantes nos mercados monetários norte-americanos.
Novamente, houve um novo pico de aumento de taxas para todos os prazos na última semana de abril, devido a instabilidades geradas no campo político, sobretudo com a saída do ex-ministro Sergio Moro. Simultaneamente, houve um aumento do custo dos juros para operações de prazos mais longos, ao mesmo tempo em que o Banco Central do Brasil (BCB) reduzia fortemente a taxa básica de juros (Selic).
O gráfico abaixo apresenta a flutuação dos preços dos ativos financeiros, indicando forte deflação precisamente no mês de março, quando o problema da falta de liquidez foi mais grave. Esse impacto foi mais pronunciado no mercado acionário (Ibovespa), mas também atingiu em cheio os ativos de renda fixa.
Os efeitos negativos foram particularmente pronunciados nos preços dos títulos públicos mais longos indexados à inflação, expresso no Índice de Mercado Anbima que contempla esses ativos (IMA-B 5+), mas também foi registrado nos títulos públicos em geral (IMA-Geral) e nas debêntures (IDA).
A gravidade da situação nos mercados de liquidez poderia gerar problemas para que os agentes econômicos conseguissem reestruturar suas carteiras, de modo a atender o aumento da sua preferência pela liquidez. Se essa situação se tornasse mais aguda, a capacidade de o mercado precificar esses ativos também poderia entrar em xeque.
Essa disfunção poderia levar os agentes a uma situação de pânico e de instabilidade financeira. Para evitar este cenário, as autoridades monetárias adotaram, duas medidas importantes: a redução da taxa de juros básica – a taxa Selic – e o relaxamento das limitações e dos requerimentos regulatórios associados à liquidez dos bancos.O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BCB), cortou a taxa básica de juros em três ocasiões desde o início de março, trazendo-a para seu piso nominal histórico de 2,25% a.a., conforme decisão de 18 de junho. Com isso, reduziu diretamente o custo das operações compromissadas e dos passivos indexados às taxas de juros de curto prazo, tanto de instituições financeiras como de empresas.
Do ponto de vista dos requerimentos regulatórios, o Conselho Monetário Nacional (CMN) e o BCB adotaram uma série de medidas. Um primeiro esforço consistiu em garantir às instituições financeiras uma maior folga de caixa, marcada pela liberação dos recursos relativos aos recolhimentos compulsórios sobre depósitos a prazo (redução da alíquota de 31% para 17%) e pela flexibilização dos requerimentos de liquidez incidentes sobre as disponibilidades de curto prazo. Esses recursos, que até então eram obrigatoriamente aplicados no BCB ou mantidos em títulos públicos, passaram a poder ter outra destinação. Tais flexibilizações somadas promoveram a liberação de R$ 205 bilhões para o caixa dos bancos.
Outro grupo de ações adotadas pelo BCB diz respeito à provisão de linhas de recursos para as instituições financeiras. Foram criadas duas modalidades de Linhas Temporárias Especiais de Liquidez (LTEL), uma lastreada em letras financeiras garantidas e outra em debêntures. Segundo as estimativas do BCB, esses instrumentos teriam o potencial de originar R$ 761 bilhões em injeção de liquidez no sistema financeiro1.
No primeiro caso, as letras financeiras convencionais, instrumentos de captação de longo prazo dos bancos, foram adaptadas para contar com garantias em créditos de bons pagadores e ativos imobiliários das carteiras dos bancos. No segundo caso, o lastro consistia em debêntures adquiridas pela instituição financeira a partir de 24 de março.
Essas duas medidas tinham em vista a recomposição de liquidez dos bancos, mas também miravam as carteiras fundos de investimento. Os fundos estavam sendo obrigados a cobrir os elevados saques de seus clientes estressados, em busca de maiores disponibilidades de recursos monetários ou de proteção contra eventuais perdas patrimoniais no futuro. O risco dos títulos privados e dos papéis de longo prazo subiram, reduzindo o valor das cotas.
O CMN reeditou também os chamados depósitos a prazo com garantia especial (DPGE). No Brasil, os bancos se financiam principalmente por meio da captação de depósitos a prazo. Cotidianamente, os investidores que aplicam nesses ativos contam com um seguro do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) de até R$ 250 mil.
O novo DPGE passou a oferecer uma cobertura estendida do FGC, de R$ 20 milhões, visando atrair investidores institucionais e viabilizar captações mais vultuosas. Trata-se de um mecanismo importante para facilitar o financiamento de bancos de menor porte, cujo volume potencial de emissões foi estimado em R$ 200 bilhões.
Outras ações abarcaram a flexibilização nas regras de emissão de Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), ampliando o rol de instituições que podem usar o instrumento e flexibilizando a aplicação dos recursos captados. Incluíram também a autorização para que os bancos possam adquirir, no mercado secundário, um percentual maior de letras financeiras de emissão própria (até 20% ante 5% previamente), utilizando recursos mantidos junto ao BCB pelas instituições2.
Medidas de mitigação do risco de crédito
O segundo processo de fragilização financeira diz respeito ao impacto que a crise do coronavírus teve sobre o fluxo de caixa esperado das empresas e das famílias. Esses agentes econômicos súbita e inesperadamente sofreram uma frustação maciça de suas entradas de caixa. Entretanto, suas obrigações (saídas de caixa) mantiveram-se praticamente intactas, comprometendo assim a capacidade desses atores em manter em dia seus pagamentos.
A crise de liquidez de mercado pode ser atendida globalmente com operações que envolvem a troca de ativos entre os bancos, bem como entre os bancos centrais, que emitem moeda, e as demais instituições financeiras. Entretanto, esse mecanismo é impotente, por si só, para dar conta do tamanho do problema de fluxo de caixa gerado pela crise do coronavírus. Nesse caso, torna-se essencial a expansão das operações de crédito na economia como um todo.
Entretanto, essa maior demanda por empréstimos encontra, durante uma crise, um obstáculo na dificuldade de os bancos calcularem o risco efetivo de inadimplemento dos tomadores. Em muitos casos, a possibilidade de inadimplemento pode se tornar tão elevada que inviabiliza a concessão do empréstimo. Assim, as operações não fluem, não tanto porque não há demanda3, mas porque as próprias instituições financeiras relutam em ofertá-las.
O “preço” do crédito é composto por três elementos básicos: um primeiro relativo ao custo de oportunidade de recursos, um segundo referente ao “custo” de capital e um terceiro referente ao risco de crédito. As medidas descritas na seção anterior influenciam basicamente o primeiro componente, porém, como seria esperado, o problema central na questão do crédito durante a crise se refere à evolução do risco de crédito dos tomadores.
Diferentemente de experiências passadas, a maior parte das medidas de suporte ao crédito adotadas pelo governo brasileiro na atual crise foram mediadas pelos critérios e pelas decisões alocativas do mercado. Podemos identificar três frentes principais de atuação:
(i) o relaxamento dos requerimentos de capital para novas operações de crédito;
(ii) a renegociação de empréstimos já concedidos; e
(iii) a criação e implementação de novas linhas ou mecanismos de direcionamento de crédito4.
Os requerimentos de capital existem para assegurar que os bancos sejam capazes de absorver eventuais perdas com os ativos nos quais investem, constituindo a linha de frente para evitar a insolvência das instituições financeiras5.
Para lidar com a crise, o CMN reduziu os requerimentos de capital do sistema financeiro como um todo, com destaque para as iniciativas voltadas para as instituições financeiras de menor porte e perfil de risco simplificado. Buscou-se, com isso, criar espaço no balanço e reduzir o “custo” de capital das instituições.
O “adicional de conservação de capital principal”, um colchão extra de recursos que as instituições devem manter, foi reduzido e o CMN isentou os bancos de certas deduções que deveriam realizar de sua base de capital (overhedge de investimentos em participações no exterior). Além disso, o fator de ponderação pelo risco das operações de crédito a pequenas e médias empresas foi diminuído de 100% para 85%.
Essas decisões tinham como intenção fazer com que os bancos expandissem suas posições ativas, dentre elas as operações de crédito. Não se trata de uma “injeção” de recursos do governo nos bancos, mas, sim de uma redução no custo de capital e a criação de uma folga nos balanços para que os bancos emprestem.
O BCB estima que a diminuição dos requerimentos de capital abre espaço para uma expansão dos empréstimos (e dos ativos em geral) da ordem de R$ 1,2 trilhão – o que corresponde a um terço do saldo total de operações de crédito do sistema financeiro em fevereiro de 2020. É a frente de atuação com o maior impacto potencial sobre a economia, porém esbarra, principalmente, na aceitação de risco das instituições financeiras privadas.
A segunda frente de atuação abarca medidas voltadas para facilitar a renegociação de operações de crédito, atuando também sobre o “custo” de capital dos bancos. As autoridades dispensaram as instituições de elevarem o provisionamento para os empréstimos repactuados e permitiram a classificação das operações de crédito renegociadas segundo parâmetros anteriores à crise, vigentes em fevereiro.
O BCB estima que essas medidas possam atingir de forma uniforme os R$ 3,5 trilhões de estoque de empréstimos carregados pelo sistema financeiro brasileiro e ajudar a afrouxar o estrangulamento dos fluxos de caixa dos tomadores.
Por fim, mas não menos importante, a terceira frente consistiu na criação de uma série de mecanismos de direcionamento do governo voltadas para a expansão do crédito. Destaca-se aqui o Programa Emergencial de Suporte a Empregos (Pese), a linha de crédito especial regional assentada nos fundos constitucionais e os mecanismos de garantia previstos no Programa Nacional de Apoio às Micro Empresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) e no Programa Emergencial de Acesso ao Crédito (Peac). Em comum os programas compartilham o uso de recursos públicos para o financiamento (Pese) e para seguro e subsídio indireto ao crédito (Pronampe e Peac).
O Pese é uma linha de crédito direcionada ao financiamento das folhas de pagamentos por empresas de pequeno e médio portes6. O risco de crédito é compartilhado entre o governo e o setor privado, cabendo ao primeiro a quase totalidade dos riscos (85%). Os recursos dessa linha foram fornecidos pelo Tesouro por meio de um fundo, operacionalizado pelo BNDES e pelos seus bancos agentes.
Coube ao BCB o acompanhamento do programa e a fiscalização dos bancos na aplicação desses recursos. Foi previsto que seriam concedidos R$ 40 bilhões, mas os resultados iniciais, como veremos mais à frente, foram decepcionantes.
As linhas de crédito regionais tiveram como amparo os recursos dos Fundos Constitucionais de Financiamento do Norte (FNO), do Nordeste (FNE) e do Centro-Oeste (FCO) e as condições especiais dos empréstimos foram implementadas pelos bancos públicos que operam tradicionalmente esses fundos, respectivamente, o Banco da Amazônia, o Banco do Nordeste e o Banco do Brasil. As taxas de juros desses programas, que eram baseadas na mesma taxa utilizada pelo BNDES7, foram reduzidas para 2,5% a.a., com prazos de carência até dezembro de 2020.
O Pronampe e o Peac se destinam a promover a capitalização de dois fundos garantidores públicos já existentes. O primeiro é o Fundo Garantidor de Operações (FGO), operacionalizado pelo Banco do Brasil. O aporte soma R$ 15,9 bilhões podendo ter uma cobertura máxima de risco de até R$ 100 bilhões para empréstimos de micro e pequenas empresas. Os recursos das operações são dos bancos que aderirem ao programa, mas terão que ser emprestados a juros baixos – taxa Selic adicionada de um spread fixo e 1,25% ao ano – e prazos relativamente longos – até 36 meses com 8 meses de carência.
As condições de cobertura oferecidas pelo novo FGO indicam que já se prevê uma perda do capital aportado pelo Tesouro, o que representa uma forma de subsídio. As empresas que tomarem recursos com as garantias do FGO devem manter o nível de emprego por pelo menos dois meses após o recebimento dos créditos
O segundo fundo público mobilizado pelo governo é o Fundo Garantidor de Investimento (FGI), que é operacionalizado pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O aporte do Tesouro, nesse caso, poderá ser maior: até R$ 20 bilhões. Inclui um rol de empresas mais abrangentes que as cobertas pelo FGO. São elegíveis aquelas que tiveram em 2019 receita bruta entre R$ 360 mil e R$ 300 milhões. As condições operacionais do novo FGI, porém, ainda não foram divulgadas.
Além dessas medidas, há também iniciativas que envolvem a criação de sindicatos de bancos, capitaneados pelo BNDES, para atender a demandas de setores específicos. Um exemplo é a tentativa em curso de se sanear o fluxo de caixa das empresas do segmento de energia elétrica, que vem sendo afetado por perdas elevadas decorrentes do aumento da inadimplência e queda na demanda.
Neste caso, os recursos serão provenientes dos bancos que assumirão o risco da operação tomando em contrapartida a obrigação do governo de repassar essa dívida diretamente para os consumidores cativos de energia nos próximos reajustes.
As operações de reestruturação patrimonial
O terceiro processo de fragilização financeira gerado pela crise do coronavírus difere dos dois anteriores devido ao fato de refletir em um comprometimento permanente e, eventualmente, irremediável no balanço das unidades econômicas. Esse desequilíbrio pode ter origem na dimensão excessiva do problema de fluxo de caixa que a crise gerou sobre a estrutura patrimonial das empresas e famílias.
No entanto, pode também ter origem em uma redução de preços relativos que afete o valor de mercado de seus ativos – como por exemplo no caso de negócios de aluguel de imóveis comerciais. Pode ainda, por consequência, vir a afetar bancos e outras instituições financeiras, mas não há indicações ainda de que isso esteja acontecendo de forma relevante no Brasil ou no exterior.
Em um primeiro momento, esse ajuste tem levado ao fechamento ou ao pedido de proteção judicial de inúmeras empresas de menor porte. A insolvência, por ora, vem sendo operada privadamente. Entretanto, há indícios de que balanços de grandes empresas também devem estar irremediavelmente comprometidos.
Até o momento, no caso brasileiro, as informações disponíveis na imprensa mostram que esse tipo de direcionamento público de situações de insolvência está restrito a situações específicas, a exemplo das empresas aéreas.
Uma avaliação preliminar das medidas de liquidez e crédito
As medidas de liquidez adotadas pelo governo tiveram um papel relevante em evitar que o choque de liquidez externo, verificado em março nos Estados Unidos, aliado ao aumento da preferência pela liquidez no mercado interno promovessem qualquer tipo de disfuncionalidade mais relevante no sistema financeiro nacional.
Uma comparação em termos dos efeitos potenciais e realizados das medidas até o presente momento estão sintetizadas no gráfico a seguir. Os impactos projetados foram indicados pelo BCB. Para os recolhimentos compulsórios e as operações de captação das instituições financeiras via LTEL, o impacto efetivo foi calculado a partir dos volumes financeiros informados pelo BCB. No caso do DPGE, somamos todas as emissões desses instrumentos na Brasil Bolsa Balcão [B]³ a partir da data de edição do normativo do CMN.
É possível observar uma discrepância relevante entre os resultados previstos e efetivados. Nas medidas de liquidez esse fato pode até ser interpretado como um sinal de que o sistema financeiro estava em uma posição confortável antes da crise. Assim, não precisou recorrer às linhas da autoridade monetária. Porém, essa discrepância se apresenta também nos resultados obtidos no mercado de crédito.
Até o momento, os bancos não retomaram suas operações de crédito na escala necessária para fazer frente ao desequilíbrio de caixa enfrentado pelas famílias e pelas empresas. O que se pode observar nos dados do mercado de crédito bancário até o final do mês de abril é que o segmento das pessoas jurídicas não vivenciou uma retração abrupta, porém o crédito às pessoas físicas encolheu significativamente.
No caso dos empréstimos a pessoas jurídicas, o mês de março foi marcado por um aumento expressivo das concessões, o que pode ter refletido algum efeito das medidas de facilitação de renegociação de empréstimos e liberação de capital. Esses efeitos, porém, não devem ser superestimados, uma vez que este comportamento não se manteve em abril.
Os dados de fluxo não permitem a segmentação por porte, mas os saldos de crédito a pessoas jurídicas ilustram que a expansão das operações se deu basicamente no segmento de grandes empresas.
Outro reflexo disso é que o volume liberado pela linha de suporte a empregos destinada a empresas menores (Pese) foi muito baixo. Até 08/06/20, o volume contratado foi de apenas R$ 3,8 bilhões, ante uma previsão inicial de liberação de R$ 40 bilhões (pouco mais de 9%).
Cabe lembrar que, diferentemente das medidas adotadas em 2008, que lançaram mão principalmente das instituições financeiras públicas para reativar o mercado de crédito, a estratégia atual tem no mercado sua espinha dorsal. Em outros países, como Alemanha e China, os bancos públicos e de desenvolvimento estão no centro das respostas à atual crise, mas no Brasil a opção principal parece ser a de deixar o mercado alocar o crédito à sua maneira.
A própria estratégia de utilização de fundos garantidores públicos – FGO e FGI – para estimular o crédito é também uma aposta na alocação de recursos por esta via. O estoque de operações de capital disponível em maio era de cerca de R$ 360 bilhões, segundo dados do BCB. Estima-se que os aportes nos dois Fundos, da ordem de R$ 35,9 bilhões, permitirão a outorga de até R$ 102 bilhões em garantias, o que equivale a 27% do total de estoque de crédito dessa modalidade.
Essas iniciativas só deverão deslanchar ao longo do mês de julho, um momento em que vários desequilíbrios importantes nos balanços das empresas e famílias já se materializaram. Porém, por contar com mecanismos de mitigação do risco de crédito, espera-se que tenham mais sucesso em estimular a concessão de empréstimos pelos bancos brasileiros.
Do contrário, os descasamentos nos balanços das empresas e famílias irão se acumular ainda mais, com um aumento de unidades insolventes que exigirá uma atuação ainda mais intensa do governo brasileiro em termos de reestruturação patrimonial. Esse processo, que ainda terá desdobramentos importantes nos próximos meses, será um condicionante importante da retomada da economia brasileira.
É interessante notar a existência dentro do governo de uma arquitetura envolvendo a divisão e a relativa especialização de tarefas entre diferentes órgãos governamentais. Para cada um dos processos apresentados, há organismos de governo que respondem pela liderança das ações.
O papel do BCB vem sendo relevante principalmente no processo de recomposição da liquidez de mercado. O Tesouro Nacional está tomando uma posição central na questão do crédito através dos fundos de garantia públicos. Já as operações de reestruturação de balanço de empresas ainda estão sendo negociadas, mas devem contar com a liderança do BNDES.
Notas:
1. A duração da LTEL-LFG é prevista até 31/12/20, com prazo de emissão das obrigações mínimo de 30 dias e máximo de 359 dias. A LTEL-Debêntures se esgotou em 30/04/20.
2. Além disso, o CMN autorizou as sociedades de crédito, financiamento e investimento, popularmente chamadas de financeiras, a emitir certificados de depósito bancário.
3. É até possível que a demanda por algumas linhas de crédito caia durante a crise, em especial, no caso das pessoas físicas. Um exemplo, seria a linha para aquisição de bens duráveis.
4. Além dessas frentes, o CMN também concedeu autorização para fintechs emitirem cartões de crédito e se financiarem junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
5. Em linha com o Acordo de Basileia III, o CMN exige que os bancos mantenham uma proporção dos seus ativos, ponderados pelos riscos, como capital próprio, constituído principalmente pelo capital dos acionistas e por lucros acumulados. Busca-se, assim, assegurar que os bancos estão “arriscando” não só o dinheiro dos depositantes e de terceiros, mas os próprios recursos ao realizar seus investimentos. Em última análise, é isso que define também a capacidade de alavancagem das instituições.
6. A linha cobre o pagamento de até dois salários mínimos por trabalhador. Os recursos são transferidos diretamente do banco emprestador para a conta do empregado. Empresas que tenham faturamento entre R$ 360 mil e R$ 10 milhões por ano podem acessar a linha. As condições buscaram ser atrativas aos tomadores: 30 meses de prazo e 6 meses de carência, com taxas equivalentes à taxa básica de juros (3,75% a.a.). Como contrapartida, a empresa que acessasse a linha seria obrigada a manter os empregos por dois meses.
7. Taxa de juros de longo prazo (TLP), formada por um componente pré-fixado atrelado às taxas de títulos públicos federais indexados à inflação com vencimento em 5 anos e à inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo.
Análise das Medidas Adotadas pelo BCB durante a Pandemia publicado primeiro em https://fernandonogueiracosta.wordpress.com
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Queda da Selic a 3,75%, Bolsa e FIIs Caindo, Onde Investir Hoje?
Governo decidiu pela Queda da Selic novamente, cortando 0,5 pontos, levando a Selic Hoje para 3,75%. Com a forte impacto do coronavírus na bolsa de valores, derrubando as ações e os Fundos Imobiliários (FIIS), agora muitos investidores se perguntam: Onde Investir com a Selic Baixa? A proposta deste texto é justamente ajudar você a descobrir onde investir o dinheiro com os melhores investimentos do momento. Com os bancos centrais mundiais praticando taxa de juros zero, não é impossível imaginar novos cortes nos juros ainda em 2020.
Histórico da Taxa Selic
Gráfico: Histórico da Taxa Selic. Veja o histórico da Selic com o gráfico de 23 anos com a trajetória de queda da taxa Selic: Histórico Selic: Gráfico de 20 anos de queda da taxa Selic A taxa de juros no Brasil ficou em média 14,82% entre 1999 e 2019, atingindo uma alta histórica de 45,67% em março de 1999 e uma baixa recorde de 3,75% em março de 2020. Banner will be placed here
Impactos do Coronavírus na Economia
A pandemia de coronavírus trouxe diversos impactos para a economia global, através desse fato, a diretoria do Banco Central (BC) reduziu os juros para 3,75% como forma de política monetária expansionista. Assim, o Banco Central (BC) aumenta a oferta de moeda ao país e diminui as taxas de juros com o objetivo de crescer a economia e expandir o consumo. Dessa forma espera-se que a demanda por bens e serviços aumentem e com as taxas de juros mais baixas, as empresas contratem mais empréstimos para atender a procura. De acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima): “Os argumentos a favor desta medida são os efeitos deflacionários da crise atual, que ainda não podem ser totalmente mensurados e o atual balanço de riscos inflacionários que já estava bastante favorável.”
Gráfico projecação da taxa selic em 2020. Fonte: anbima Gráfico: Projeção Meta Taxa Selic - Anbima Diante do fato de ainda não ter iniciado o pico de contaminação do coronavírus no Brasil, o grupo que estuda o cenário macroeconômico da Anbima, enfatiza uma maior volatilidade nos preços dos ativos, o que favorece a procura por investimentos em renda variável.
Investimentos na Poupança
Com rentabilidade limitada a 70% da taxa Selic, a poupança é o investimento de renda fixa mais prejudicado entre todos com as reduções, principalmente quando a Selic se encontra igual ou menor que 8,5% ao ano Com taxa Selic em 3,75% ao ano a poupança hoje renderá somente 0,2158% ao mês ou 2,62% ao ano. Isso significa que se a inflação em 2020 for de 3,10% ao ano, como esperado pelo mercado, a poupança será incapaz de manter o poder de compra do dinheiro. E, teremos uma taxa Selic abaixo da inflação, resultando em juros reais negativos, oposto do que o Brasil apresentava a alguns meses atrás, com um dos maiores juros reais do mundo. Taxas de Juros descontada a inflação projetada para os próximos 12 meses (ex ante) RankingPaísEx ante1México3,23%2Turquia2,85%3Índia2,54%4Malásia2,53%5Indonésia2,52%6Rússia2,01%7África do Sul1,59%8Filipinas0,93%9Colômbia0,84%10Cingapura0,80%11Brasil0,64%12Coreia do Sul0,44%13Tailândia0,34%14Canadá0,04%15China-0,13%16Nova Zelândia-0,46%17República Checa-0,58%18Polônia-0,61%19Japão-0,61%20Portugal-0,64%21Estados Unidos-0,74%22Hong Kong-0,76%23Grécia-0,84%24Austrália-0,86%25Israel-0,96%26Itália-1,04%27Suiça-1,07%28Chile-1,09%29Espanha-1,14%30Dinamarca-1,14%31Taiwan-1,39%32Suécia-1,62%33França-1,62%34Alemanha-1,72%35Bélgica-1,72%36Áustria-1,82%37Argentina-1,95%38Reino Unido-2,40%39Holanda-2,87%40Hungria-2,92% Média Geral-0,28% Fonte: Infinity Asset e Money You
Investimentos em CDB, LCI e LCA
Os CDBs pós-fixados também são diretamente impactados com a queda da Selic. Embora sua rentabilidade seja definida por outra taxa, chamada Taxa DI, ela costuma ser igual ou 0,01 ponto percentual menor que a Taxa Selic. Utilizando o simulador renda fixa do Clube dos Poupadores podemos observar que com taxa Selic hoje a 3,75% e uma taxa DI de 3,75%, um investimento em CDB pós-fixado que rende 100% do CDI teria uma rentabilidade de apenas 0,311% ao mês. Com o desconto de 15% de imposto de renda sobre o rendimento a rentabilidade líquida ficará próxima de 0,26% Mesmo um CDB pós-fixado que paga somente 85% do CDI, como podemos observar em muitos bancos grandes, a rentabilidade líquida, já com imposto de renda desconto chegaria a 0,2241% ao mês. As LCIs e LCAs pós-fixadas são semelhantes aos CDBs com a diferença de não existir cobrança de imposto de renda sobre o rendimento. O problema é que raramente encontramos esses investimentos pagando mais que 90% do CDI. Ao receber 90% do CDI teríamos uma rentabilidade próxima de 0,28% ao mês.
Investimentos no Tesouro Selic
A rentabilidade do título público Tesouro Selic segue a queda da taxa Selic, mas seu ganho acaba sendo degradado com a cobrança de uma taxa anual de 0,25% pela B3 que é a empresa que opera o Tesouro Direto. Com uma taxa Selic de 3,75% ao ano teremos o Tesouro Selic rendendo algo próximo de 0,24% ao mês já considerando a dedução de 15% de imposto de renda e a taxa de 0,25% ao ano.
Investimentos em Fundos de Investimento
Se o Tesouro Selic sofre com a cobrança de 0,25% sobre todo o valor investido, a situação dos fundos de investimento de renda fixa é ainda pior. Muitos fundos de grandes bancos continuam cobrando taxas administrativas absurdamente elevadas de 1% ou até mais de 2% ao ano. Isso significa que com juros de 3,75% ao ano, uma boa parte dos juros recebidos pelo investidor ficarão com os gestores desses fundos na forma de taxa administrativa. Fundos de investimento que fazem aplicações pós-fixadas tendem a apresentar rentabilidades cada vez piores com a redução da taxa Selic. Cabe ao investidor observar atentamente qual é a taxa administrativa cobrada pelo fundo e como essa taxa está impactando negativamente sua rentabilidade.
Investimentos em Fundos Imobiliários
Os fundos imobiliários são mais demandados pelos investidores quando a taxa Selic está em queda e essa demanda valoriza as cotas dos melhores fundos. O índice que mede o desempenho dos principais fundos imobiliários (IFIX) teve alta de quase 100% nos últimos 4 anos. Porém, o mercado de fundos imobiliários agora sentiu com força o impacto do Coronavírus na bolsa de valores, levando o preço de vários FIIS a negociar abaixo do seu Preço sobre Valor Patrimonial (P/VP). Após o último corte da taxa Selic, o dividendo pago pelos fundos representa hoje mais que o dobro. Para investidores com foco no longo prazo e com foco em geração de renda é uma oportunidade única na história dos fundos imobiliários, para adquirir bons FIIS. De fato alguns FIIs, especialmente os de shoppings e hotéis, vão distribuir um rendimento menor nos próximos meses enquanto durar a atual pandemia. Mas, quando a situação se normalizar, e isso pode acontecer em alguns poucos meses, os rendimentos voltam a patamares anteriores à crise. Gráfico do IFIX:
Gráfico: rentabilidade Ifix de 2016 a março de 2020
Investimentos em Ações
A queda na taxa Selic aumenta a demanda por investimentos em ações. Além da demanda provocada pela compra direta de ações na bolsa, existe a demanda gerada por fundos multimercado e de ações. Quando os investidores dos fundos de renda fixa migram parte dos seus investimentos para fundos multimercado e fundos de ações, os gestores desses fundos precisam comprar mais ações pressionando seus preços. Assim como os FIIs, as ações também tiveram uma forte queda nos seus preços devido à pandemia do Coronavírus ganhar força no Brasil e a queda do preço do petróleo. Os setores que mais sentiram foram o de turismo, varejo e petróleo. Algumas ações tiveram seus preços recuando para patamares de 2017.
Gráfico: rentabilidade ibovespa de 2016 a março de 2020
Quais Ações Comprar
Na prática existem alguns setores que se beneficiam mais que outros com a queda dos juros, como o varejo, locação de veículos e construtoras. Porém a queda da taxa selic atualmente tem pouco impacto nas ações, o grande fator que mais impacta as ações da bolsa de valores é o Coronavírus. Varejo O aumento do consumo oriundo do crédito mais acessível, gera aumento de receitas para as empresas do setor. Além disso, a uma redução no custo de capital de giro, beneficiando seus resultados. Algumas empresas do setor: GUAR3, LREN3, VVAR3 e MGLU3. Apesar de muitas empresas do setor terem sofrido uma forte queda no preço de suas ações, por causa do surto do Coronavírus no Brasil, o movimento foi exagerado e surgiu um bom ponto de entrada para tais empresas. Porém o ponto de entrada nessas empresas deve ser aos poucos, pois esse setor deve ter um forte impacto nas suas receitas nos próximos resultados. Locação de veículos: Empresa desse segmento operam com alta alavancagem, queda nos juros refletem diretamente na redução de custos da operação. Quanto menor o custo mais rentável é a operação. Algumas empresas do setor: LCAM3, RENT3 e MOVI3. Esse setor também teve uma forte correção no preço de suas ações, algumas delas chegaram a cair mais de 40% em apenas 30 dias, Construtoras Embora a taxa Selic não seja diretamente ligada aos financiamentos do setor imobiliário, os juros baixos é acompanhando pela TR (taxa referencial), que atua como lastro do setor imobiliário. Algumas empresas do setor: MRVE3, TRIS3 e EZTC3. Mas procure investir apenas em ações de empresas com P/PVA , assim você estará com uma boa margem de segurança.
Onde Investir com a Queda da Selic
Com a redução da Selic para 3,75%. a.a. os retornos dos investimentos de renda fixa encolheram ainda mais. Por outro lado, a Selic baixa reforça ainda mais a atratividade dos investimentos na bolsa de valores. Além do benefício natural migração dos recursos da renda fixa para a bolsa de valores, o efeito do corte Selic agrega outras vantagens para a renda variável. O racional é simples: queda nos juros acontece em uma tentativa de estimular a economia. Juro baixo aumenta diretamente a oferta de crédito, gerando mais liquidez ao mercado. As empresas podem contratar empréstimos e financiamentos de forma menos oneroso. Com mais caixa, elas podem investir e expandir suas operações, gerando mais empregos e aumento da renda da população. Por sua vez, pessoas com acesso ao crédito mais barato, consomem mais, gerando mais lucros para as empresas. Toda a cadeia é movimentada, criando um ciclo virtuoso de consumo, produção e lucros. Mas nunca coloco todo o seu patrimônio em renda variável, tanto ações, quanto fundos imobiliários. Porém, no atual momento é justamente isso que não está ocorrendo na economia. As pessoas não estão saindo de casa para consumir, gerando um impacto direto no comércio, mas o mercado sempre se antecipa ao fatos reais. Quando a pandemia do coronavírus tiver passado os preços das ações e dos fundos imobiliários estarão a níveis extremamente baixos, surgindo grandes oportunidades. Para você conseguir ganhar dinheiro no atual cenário é necessário fazer uma carteira equilibrada, contendo proteção (ouro e/ou dólar), ações, fundos imobiliários e renda fixa (reserva de emergência e de liquidez). Não sabe quais investimentos fazer para cada classe de ativo?Você precisa fazer um teste de perfil de investidor, para conhecer a carteira de investimentos mais adequada aos seus objetivos e assim fazer uma boa alocação de ativos. Artigo escrito em conjunto com Eduardo Voglino (CNPI) e Marcelo Fayh (CNPI). Read the full article
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Sistema financeiro global é projetado para colocar todos (cidadãos e países) endividados Política monetária, significa quanto dinheiro é impresso (o Fiat Money, emissão de papel moeda sem valor intrínseco, sem nenhum lastro real), quanto crédito é criado e quanto custa. A questão é, para onde é que todos esses trilhões de dólares que foram criados vai parar? A resposta é para os mercados financeiro e imobiliário. É por isso que os preços das ações e da habitação estão chegando a novos preços máximos quase todos os dias. Quanto mais pessoas sabem é melhor para combater o mal no dia dia. https://www.instagram.com/p/BxkpMGCguyr79jaKEuTb2-EDnevDmv5zMA8mR80/?igshid=15dy9bju7i8vx
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Os principais instrumentos financeiros usados para financiar projetos agrícolas e imobiliários no país obedecerão a novas regras de circulação no mercado. Em reunião extraordinária, o Conselho Monetário Nacional (CMN) restringiu o lastro (garantia de valor) da maioria dos papéis e ampliou, de três para 12 meses, o prazo mínimo para as Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) e as Letras de Crédito Imobiliário (LCI). Também foram padronizadas as regras para as emissões das Letras Imobiliárias Garantidas (LIG). No caso da LCA, da LCI, do Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA) e do Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI), os papéis não poderão ser lastreados (garantidos) em títulos de dívida (como debêntures) emitidos por companhias não relacionadas ao agronegócio e ao mercado imobiliário. Em nota, o Ministério da Fazenda informou que as medidas têm como objetivo aumentar a eficiência das políticas públicas de apoio aos dois setores. Segundo a pasta, a limitação do lastro assegura que esses instrumentos financeiros sejam garantidos em operações compatíveis com a finalidade a que se destinam e contribuem para um mercado de crédito mais robusto. A LCA, a LCI e a LIG são emitidas por instituições financeiras e o CRA e o CRI são emitidos por companhias securitizadoras (companhias de conversão de papéis). Os três primeiros instrumentos são isentos de Imposto de Renda e têm garantias caso a instituição financeira quebre. O CRA e o CRI não são garantidos, com o comprador assumindo o risco de a companhia quebrar. Restrições Em relação à LCA, o CMN introduziu limites para a aplicação dos recursos captados. A partir de julho, o banco que pegou os recursos dos investidores só poderá destinar o dinheiro para emprestar para operações de crédito rural com taxas livremente pactuadas no mercado. Os recursos levantados não poderão mais ser usados para conceder crédito rural subsidiados pela União. O CMN também proibirá gradualmente, até 1º de julho de 2025, a utilização de operações de crédito rural com fontes controladas de recursos para compor o lastro da LCA. Segundo o Ministério da Fazenda, a medida evitará que os bancos aproveitem a sobreposição de benefícios fiscais ou de políticas governamentais para emitir esses papéis. LIG No caso da LIG, o CMN também impediu o aproveitamento de dupla isenção de Imposto de Renda sem que as emissões originem novos empréstimos imobiliários. O saldo credor das novas LIG que tenha como lastro (garantia) operações de crédito com recursos da caderneta de poupança destinados ao crédito imobiliário será totalmente deduzido do cálculo do crédito imobiliário que serve de referência para verificar o cumprimento das normas do CMN. Essa vedação já existia em relação às LCI. Em todos os tipos de papéis, as novas regras só valerão para emissões futuras. Para quem detém algum desses instrumentos financeiros, nada mudará até o vencimento do título. Com informações da Agência Brasil
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Os fundos imobiliários preferidos dos analistas para comprar em julho
SÃO PAULO – Ainda que os fundos imobiliários tenham mostrado uma retomada nos últimos três meses após os fortes impactos sofridos com a pandemia de coronavírus, a cautela segue dando o tom das análises para julho. As recomendações de corretoras para o mês volta a recair sobre nomes considerados mais defensivos e com carteiras mais diversificadas para enfrentar um período ainda de grande incerteza.
Sem mudanças na carteira, os fundos imobiliários preferidos de analistas consultados pelo InfoMoney são BTG Pactual Fundo de Fundos, JS Real Estate Multigestão, XP Malls, CSHG Renda Urbana e o fundo de recebíveis RBR High Grade.
Destaque para os fundos imobiliários híbridos, que possuem investimento em mais de uma classe de ativo e que tendem a oferecer menor nível de risco devido à carteira diversificada, com fundos de diversos segmentos e recebíveis, além de inquilinos.
Leia também: • As ações mais indicadas pelos analistas para comprar em julho
A partir deste mês, a carteira de fundos imobiliários compilada pelo InfoMoney passa a contar com cinco papéis recomendados, abaixo dos dez anteriormente selecionados.
Para critério de desempate, serão selecionados aqueles com os maiores volumes médios negociados nos últimos 12 meses, com base em dados da provedora de informações financeiras Economatica.
Para esta edição, foram consideradas as recomendações feitas por sete corretoras.
Confira a seguir os fundos imobiliários mais recomendados pelos analistas para julho:
FundoTickerRecomendaçõesRetorno em junhoRetorno em 12 mesesBTG Pactual Fundo de FundosBCFF1147,39%19,51%JS Real Estate MultigestãoJSRE1143,71%1,43%XP MallsXPML1148,13%-0,55%CSHG Renda UrbanaHGRU11311,02%34,94%RBR Rendimentos High GradeRBRR1135,93%0,48%Ifix––5,59%6,86%
OBS.: A rentabilidade leva em consideração o reinvestimento dos dividendos. Fontes: Economatica e corretoras (Ativa Investimentos, BTG Pactual, Guide, Mirae Asset, Necton, Santander Corretora e XP)
JS Real Estate Multigestão (JSRE11)
Com quatro recomendações para este mês, o fundo imobiliário híbrido do Safra, que investe tanto em edifícios corporativos como em cotas de FIIs e ativos com lastro imobiliário (como CRI, LCI e LH), está entre os preferidos dos analistas.
Na avaliação da Guide, que incluiu os papéis na carteira deste mês, o fundo tem reforçado sua resiliência em meio à crise, diante da qualidade dos ativos do portfólio e dos locatários. Os analistas também destacam o foco da gestão na alocação do caixa do fundo.
A Santander Corretora, por sua vez, escreve, em relatório, que o portfólio do fundo conta com ativos que devem ter maior resiliência no cenário pós-Covid-19, levando em consideração a pouca disponibilidade de ativos com padrão e localização parecidos na cidade de São Paulo.
Dito isso, os analistas avaliam que as cotas estão sendo negociadas a um nível interessante de entrada, com deságio de 9,8% em relação ao valor patrimonial dos ativos, “uma oportunidade na estratégia de ganho de capital”, diz a corretora.
BTG Pactual Fundo de Fundos (BCFF11)
O fundo de fundos imobiliários do BTG Pactual, um dos maiores do mercado e que tem como objetivo principal a aquisição de cotas de outros FIIs, bem como recebíveis imobiliários, recebeu quatro recomendações de compra para este mês.
Em junho, o fundo atingiu a marca de 200 mil cotistas, o que representa cerca de 25% de toda a base de cotistas da indústria de FIIs, segundo a B3.
Apesar de os fundos de shopping presentes na carteira terem impactado o desempenho BCFF11 nos últimos meses, o time de análise da Guide escreve que o segmento é de grande importância para a estratégia do fundo no longo prazo, visando carregar ativos “de excelente qualidade e com oportunidade de ganho de capital”.
No relatório de maio divulgado pelo time de gestão do BCFF11, os gestores escrevem que, apesar da incerteza, o momento oferece uma “ótima oportunidade” para continuar alocando os R$ 5,9 milhões restantes da nona emissão de cotas do fundo, realizada em janeiro.
O montante, segundo o documento, deverá ser utilizado na aquisição de ativos de “excelente qualidade no mercado secundário com desconto em relação ao valor patrimonial e na participação de ofertas exclusivas”.
XP Malls (XPML11)
Apesar de o segmento de shopping centers estar entre os mais impactados pela crise, principalmente por conta das medidas de isolamento social, o XP Malls segue entre os preferidos para julho, também com quatro menções.
Para a Necton, devido à qualidade do portfólio, passados os efeitos da crise e o retorno das operações à normalidade, o fundo deve voltar a pagar bons dividendos e, aos preços atuais, deve gerar boa rentabilidade nos próximos anos.
De acordo com o último fato relevante divulgado pelo XPML11, em 12 de junho, dez dos 12 shoppings do portfólio já foram reabertos.
Já o BTG Pactual chama atenção para o portfólio diversificado e de difícil replicação do fundo, bem como a alta liquidez dos papéis na Bolsa.
CSHG Renda Urbana (HGRU11)
Com exposição a imóveis dos segmentos de varejo e educacional, o fundo híbrido do Credit Suisse recebeu três recomendações para este mês.
De acordo com a Santander Corretora, a captação de recursos na terceira emissão de cotas, encerrada em junho, possibilitará ao fundo ampliar a diversificação da carteira.
“Com o adicional de R$ 299,9 milhões da nova emissão de cotas, o HGRU poderá realizar novas aquisições estratégicas para diversificar o portfólio e aproveitar os ativos no pipeline de aquisições indicados no último relatório”, escrevem os analistas, em referência ao anúncio em junho da compra de um imóvel do setor educacional localizado na Vila Leopoldina, em São Paulo.
Já a XP destaca o caráter mais defensivo dos fundos híbridos, que tendem a ter menor nível de risco dada sua diversificação em tipo de ativos e inquilinos.
Os analistas também ressaltam que a alta concentração de contratos atípicos nos imóveis que compõem a carteira do FII, bem como o vencimento no longo prazo (a partir de 2023), garantem maior estabilidade à receita de locação em relação à rescisão contratual e a concessões aos inquilinos.
RBR Rendimentos High Grade (RBRR11)
Também entre os mais recomendados para este mês, com três menções, está o fundo de recebíveis imobiliários da RBR Asset.
De acordo com a XP, uma exposição tanto em índices de inflação (54% do portfólio) e CDI (46% da carteira), locatários com risco de crédito saudável e uma estrutura de garantias sólidas com ativos bem localizados devem levar a inadimplência dos CRIs a continuar sob controle.
“Apesar da nossa expectativa de inflação baixa e controlada no curto e médio prazo, acreditamos que o fundo está bem posicionado, dada sua carteira de baixo risco e spreads atrativos, implicando rentabilidade acima dos yields de NTN-B [Tesouro IPCA+]”, escrevem os analistas.
Retomada exige maior cautela no segundo semestre
Com a retomada dos mercados, mas com os impactos da pandemia ainda presentes, como investir nos fundos imobiliários nos próximos meses?
Para Renan Rego, sócio e gestor da gestora de patrimônio G5 Partners, boas oportunidades podem ser encontradas em segmentos descontados como os de escritórios e de recebíveis imobiliários.
Em sua avaliação, quando são comparados os retornos de fundos de papel e de renda com os de títulos públicos indexados à inflação (como o Tesouro IPCA+), os prêmios oferecidos ainda são interessantes. “E se a queda dos juros continuar, os FIIs poderão ter uma apreciação maior”, diz.
Em shoppings, apesar de Rego ver preços atrativos, tem evitado o segmento pelo fato de o risco ainda ser muito alto. “É uma incógnita de quando vai voltar à normalidade; talvez demore um, dois anos para voltar a ter a receita que gerava há seis meses.”
A opinião é compartilhada por Ricardo Valente, sócio e gestor da gestora de patrimônio Investment One Partners, que tem evitado ficar exposto aos setores de shoppings e de lajes corporativas, buscando FIIs que tenham uma parcela de renda, como fundos de papel.
Segundo ele, hoje o investidor deve ser mais cauteloso, uma vez que as oportunidades já não estão “tão óbvias”.
“Com juros baixos e necessidade de diversificação, é uma classe que o investidor tem que olhar. Mas não pode comprar qualquer coisa; os preços das cotas já voltaram bastante e há uma distinção muito grande entre as diferentes subclasses”, destaca Valente, referindo-se aos setores mais prejudicados pela crise.
O passo a passo para trabalhar no mercado financeiro foi revelado: assista nesta série gratuita do InfoMoney.
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Os fundos imobiliários preferidos dos analistas para comprar em abril
SÃO PAULO – Após um mês turbulento para os fundos imobiliários que, assim como os demais ativos de renda variável, sofreram com os impactos do coronavírus, analistas começam abril mais cautelosos, na busca por ativos com viés defensivo e de olho em oportunidades geradas pela desvalorização das cotas.
No primeiro trimestre do ano, o Ifix, índice que acompanha o desempenho dos principais FIIs negociados na Bolsa, recuou 22%, corroendo parte expressiva da valorização de 36% acumulada durante todo o ano de 2019. E, com os efeitos do coronavírus, alguns fundos já começaram, inclusive, a suspender o pagamento de dividendos.
Com um cenário mais desafiador principalmente para os FIIs de shopping centers, estes, que eram os “queridinhos” das casas de análise até março, dão espaço em abril para nomes dos segmentos de logística, recebíveis imobiliários, bem como para fundos de fundos (FOFs).
Novidades na seleção para este mês, os fundos CSHG Renda Urbana, CSHG Recebíveis Imobiliários, Kinea Rendimentos Imobiliários e JS Real Estate Multigestão entraram no portfólio. Deixam a carteira os fundos HSI Malls, Vinci Shopping Center, Hedge Brasil Shopping e GGR Covepi.
Compilada mensalmente, a carteira de fundos imobiliários conta com dez ativos. Para critério de desempate, são selecionados aqueles com os maiores volumes médios negociados nos últimos 12 meses, com base em dados da provedora de informações financeiras Economatica.
Confira os 10 fundos mais recomendados pelos analistas para abril:
Fundo Ticker Recomendações Retorno em março Retorno em 12 meses* XP Malls XPML11 4 -29,57% -8,77% BTG Pactual FOF BCFF11 3 -20,10% 10,34% CSHG Recebíveis Imobiliários HGCR11 3 -14,64% -4,06% CSHG Renda Urbana HGRU11 3 -16,08% 9,30% XP Log XPLG11 3 -18,51% 18,31% Kinea Rendimentos Imobiliários KNCR11 2 -12,98% -8,95% CSHG Logística HGLG11 2 -10,33% 7,33% BTG Corporate Office BRCR11 2 -17,64% -1,22% CSHG Real Estate HGRE11 2 -13,12% 11,47% JS Real Estate Multigestão JSRE11 2 -19,53% -2,38% Ifix – – -15,85% 0,45%
*Até 31 de março. A rentabilidade leva em consideração o reinvestimento dos dividendos. Fontes: Economatica e corretoras (BB Investimentos, BTG Pactual, Guide, Itaú BBA, Mirae Asset, Necton, Santander Corretora e XP)
XP Malls (XPML11)
Apesar da redução das indicações de fundos de shopping centers por casas de análise devido ao fechamento dos estabelecimentos para conter a disseminação do vírus, o XP Malls se manteve na liderança entre os mais recomendados para abril, recebendo, inclusive, uma nova menção, da Necton.
De acordo com os analistas da corretora, a forte queda das cotas, da ordem de 30% em março, fez com que o XPML11 passasse a ser negociado abaixo do valor patrimonial, abrindo oportunidade para compra.
“Acreditamos que, pela qualidade do portfólio, passados os efeitos da epidemia e o retorno das operações à normalidade, o fundo deve voltar a pagar bons dividendos e, a preços atuais, deve gerar boa rentabilidade nos próximos anos”, escreve a equipe de análise da Necton.
Já o BTG Pactual destaca o pré-pagamento de R$ 40 milhões do saldo devedor de um CRI que o fundo carregava como passivo e que, em troca, será concedida uma carência no pagamento de juros, correção monetária e principal da dívida pelos próximos 15 meses. “Assim, o fundo consegue mitigar uma eventual pressão no fluxo de caixa e ainda permanece com aproximadamente R$ 94 milhões em liquidez para navegar por esse momento mais turbulento”, dizem os analistas, em relatório.
BTG Pactual Fundo de Fundos (BCFF11)
Com duas recomendações para abril, o fundo de fundos do BTG Pactual está presente na seleção da Guide. A avaliação é de que a gestão do fundo se mantém ativa na alocação dos recursos captados na última emissão, aproveitando oportunidades neste momento de forte reajuste de mercado.
Apesar da liquidez da carteira, os analistas reforçam que o fundo busca se manter defensivo frente à maior incerteza no cenário econômico global. “Esse reflexo se traduz na alocação de 23% do portfólio em fundos de CRI e em CRIs, e 38% em ativos de liquidez elevada”, escrevem os analistas.
CSHG Recebíveis Imobiliários (HGCR11)
Por possuir uma carteira diversificada, com 40 Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), e uma posição de caixa relevante (de 20% do patrimônio do fundo) para novas aquisições no curto prazo, o fundo HGCR11 foi incluído na carteira recomendada do Itaú BBA para abril. A equipe de análise destaca ainda que o fundo não possui nenhuma obrigação de pagamento em sua carteira.
Já a Necton assinala que os ativos do FII são de alta qualidade, com foco em títulos high grade (de maior qualidade de crédito) corporativo, que diminuem os riscos de default e problemas de pagamento. “Com isso, esperamos que o fundo tenha impactos minimizados na distribuição de proventos.”
CSHG Renda Urbana (HGRU11)
Com mais de 34 mil cotistas, o fundo híbrido do Credit Suisse, com foco na exploração de empreendimentos imobiliários urbanos de uso institucional e comercial, recebeu três menções na carteira do InfoMoney de abril.
O papel é novidade na carteira deste mês do BB Investimentos, que justifica a inclusão pela resiliência do fundo e seu menor risco de perda de patrimônio. Os analistas citam, ainda, que cerca de 87% dos contratos são atípicos, e que sua base é bastante diversificada em imóveis educacionais, como Ibmec, Estácio e São Judas, bem como imóveis de varejo, como Lojas Big e Sam’s Club.
Os analistas do Itaú BBA, por sua vez, que recomendam compra para o HGRU11 desde fevereiro, destacam que o fundo é um veículo interessante por conta do seu portfólio composto por imóveis majoritariamente localizados em São Paulo.
XP Log (XPLG11)
Com foco no segmento de galpões logísticos e industriais, o fundo passou a ser incluído pela XP na carteira de abril. A casa destaca a alta concentração do XPLG11 em contratos atípicos com vencimentos de longo prazo. Além disso, lembra que seus locatários são predominantemente empresas de grande porte e relacionadas ao varejo de e-commerce, segmentos que tendem a ser menos impactados pela crise.
O fundo também está no portfólio do BTG Pactual desde dezembro. Segundo o time de análise, o portfólio pulverizado, com ativos bem localizados e bons locatários, além de uma gestão experiente e alta liquidez, justificam a recomendação.
Kinea Rendimentos Imobiliários (KNCR11)
Com duas recomendações para abril, o fundo da Kinea é novidade na carteira do InfoMoney e da Guide, que cita o portfólio diversificado, com 49 CRIs de mais de 33 devedores, e dos mais variados setores da economia.
O time de análise destaca ainda, as operações de baixo risco do fundo, baseadas em devedores e garantias “de primeira linha”, que conferem ao fundo um critério mais defensivo neste cenário de grandes incertezas.
CSHG Logística (HGLG11)
Na avaliação da XP, o segmento de logística está entre os mais defensivos neste momento. Uma menor volatilidade do fundo estaria, segundo os analistas, associada ao curto tempo de construção, que reduz o risco de execução e volatilidade nos preços.
Além disso, o segmento apresenta uma perspectiva muito favorável devido ao forte crescimento do e-commerce, demandando volume crescente de ativos logísticos localizados próximos às grandes regiões metropolitanas, escrevem os analistas da XP, em relatório.
A avaliação é compartilhada pela Mirae Asset, que destaca os contratos atípicos de longo prazo do fundo, bem como sua gestão qualificada.
BTG Corporate Office (BRCR11)
Um dos maiores fundos imobiliários listados na Bolsa, o BTG Corporate Office recebeu duas recomendações de compra para este mês. Entre as principais justificativas, os analistas do BB Investimentos citam a baixa taxa de vacância, a alta liquidez e a maior parte dos imóveis em São Paulo, bem como contratos de longo prazo, acima de 2025.
Em março, um locatário do edifício Eldorado, em São Paulo, solicitou o término antecipado de parte do seu contrato de locação, sendo a área devolvida correspondente a um andar e meio. Segundo o BB, apesar de o fundo ainda não ter divulgado a vacância financeira referente ao contrato em questão, a representatividade é baixa.
CSHG Real Estate (HGRE11)
Em meio à pandemia de coronavírus, o Credit Suisse informou que a política de distribuição de rendimentos do HGRE11 poderá ser alterada neste período de maior instabilidade, de forma a preservar o caixa do fundo.
Em fato relevante, a gestora afirmou que os possíveis impactos decorrentes dos ativos de cada FII serão acompanhados a cada mês, como concessões de prazo de pagamento de locações, repactuação das condições de ativos financeiros e alterações no nível de ocupação, entre outros.
A instituição financeira ressalta, contudo, que atualmente não existe “qualquer previsão de suspensão do pagamento mensal de rendimentos”.
JS Real Estate Multigestão (JSRE11)
Com um portfólio diversificado, composto por edifícios corporativos, cotas de outros fundos imobiliários e ativos financeiros com lastros imobiliários, o JSRE11 recebeu duas menções para este mês.
Entre os principais gatilhos que justificam a recomendação, a Santander Corretora cita a finalização da compra, em março, do escritório AAA Tower Bridge, em São Paulo. Segundo os analistas, a aquisição permitiu a inclusão no portfólio de um imóvel de “excelente padrão e localização”.
Na avaliação da Necton, o fundo será menos afetado pela pandemia de Covid-19 e não deve sofrer grandes impactos na distribuição de proventos. “Consideramos a forte queda recente, com as cotas negociando abaixo do valor patrimonial, uma oportunidade de adquirir ativos de alta qualidade e boas expectativas de renda futura”, escrevem os analistas.
Expectativas mais contidas para os FIIs em 2020
Um levantamento feito pela XP com 20 gestores de fundos imobiliários mostra que as expectativas estão mais contidas para a classe em 2020, com apenas 20% dos entrevistados enxergando alta do Ifix em relação a 2019, ante uma fatia de 68%, em fevereiro.
Realizada entre os dias 23 e 27 de março, a pesquisa revelou que 40% dos gestores esperam que os fundos imobiliários encerrem o ano com quedas de até 10% (ante 20% em fevereiro), e 25% (ante 9%) acreditam em quedas acima de 10%.
Assumindo que a pandemia seja controlada nos próximos meses, 45% dos gestores esperam que os FIIs voltem aos patamares pré-crise em menos de um ano, enquanto a mesma porcentagem acredita que o processo possa levar até dois anos.
Ainda que não haja um consenso sobre qual segmento deverá apresentar uma recuperação mais rápida, 35% dos entrevistados dizem acreditar que os fundos de CRIs deverão se recuperar mais rapidamente.
A forte queda das cotas dos fundos imobiliários, contudo, pode ser interessante, mostra a pesquisa. Grandes oportunidades podem ser encontradas, segundo 60% dos gestores, no segmento de shopping centers, no qual muitos papéis estão sendo negociados com desconto em relação ao valor patrimonial. Já lajes corporativas são apontadas como mais atraentes por 25% dos entrevistados, enquanto 15% dizem ver boas oportunidades em galpões logísticos.
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Medida pode reduzir juros na compra de imóveis
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Para Banco Central, medida amplia modalidades de financiamentos. Foto: Rovena Rsoa/Agência Brasil
Os bancos poderão oferecer crédito imobiliário corrigido pela inflação. O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou resolução que permite que novos financiamentos do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) tenham o saldo devedor atualizado por índices de preços.
Segundo o comunicado do CMN, a medida é derivada da agenda de modernização do sistema financeiro e beneficiará o consumidor ao ampliar as modalidades de financiamento imobiliário disponíveis, aumentar a concorrência entre os agentes financeiros e reduzir os juros finais para o tomador.
A resolução foi aprovada na reunião extraordinária do CMN na manhã de quarta-feira (14), mas só foi divulgada pelo Banco Central (BC) ontem (15) no fim da noite, depois de o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, ter anunciado que o banco passará a conceder crédito imobiliário corrigido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mais uma taxa de juros fixa.
Os financiamentos habitacionais são corrigidos pela Taxa Referencial (TR), atualmente zerada, mais juros fixos que variam conforme o perfil do mutuário. Em julho do ano passado, o conselho havia autorizado a concessão de crédito corrigido pela inflação. A resolução, no entanto, não alcançava as operações do SFH, nas quais o tomador usa o saldo da conta do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para pagar as prestações e amortizar o saldo devedor.
Em nota, o Banco Central explicou que a medida ajuda a tornar o mercado imobiliário menos dependente da poupança e do FGTS, cujos recursos são em parte usados para empréstimos habitacionais. Segundo o BC, os financiamentos corrigidos pela inflação podem servir de lastro (base) e ampliar a participação de instrumentos voltados para o crédito imobiliário negociados no mercado financeiro, como os certificados de recebíveis imobiliários e as letras imobiliárias garantidas.
(Agência Brasil)
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LIG: como esse novo investimento deve impactar o mercado imobiliário
Por Aline Mariane e Carla Rocha
As duas principais fontes de recursos para o mercado imobiliário, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e a poupança, estão no seu limite – é o que constata o presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), Gilberto Duarte de Abreu Filho. Porém, paralelamente a essa situação, começaram as emissões da Letra Imobiliária Garantida (LIG), tipo de fundo de investimento para o mercado imobiliário que tem grande potencial de expansão. “A LIG tem um papel fundamental no mercado, porque hoje essas duas fontes de recursos principais já estão nos seus limites. O FGTS não vai conseguir manter o crescimento dos desembolsos e a poupança, deve até voltar a crescer, mas é muito limitada e não atenderá a um novo patamar de mercado. Logo, necessariamente, precisamos acessar outros recursos de mercados que deveriam vir ou por meio da LIG ou por meio da securitização”, explica o representante da entidade.
Para Renato Lomonaco, diretor de projetos da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), o funding é o grande gargalo do mercado imobiliário brasileiro, que tem um déficit habitacional de 7,8 milhões de pessoas e necessidade de crescimento por habitação. “Mas o mercado de habitação só consegue andar se tiver juros compatíveis e um financiamento que caiba no bolso, principalmente, da população mais pobre. Para isso é preciso ter um funding barato. A LIG é um modelo que serve de alternativa para os fundings que temos e pode atender às necessidades do mercado”, acredita.
Como funciona?
No fim de 2018, bancos como: Santander, Itaú, Banco Inter e Bradesco, começaram as emissões de papéis da LIG. De acordo com dados divulgados pela Abecip, o saldo registrado na B3 foi de R$ 2 bilhões, emitidos até 31 de dezembro do último ano. Atualmente, não é todo investidor que pode realizar as emissões, se restringindo aos considerados qualificados. “Para emitir a LIG, é preciso ter o lastro (o recebível) e hoje a emissão é restrita aos investidores qualificados que precisam ter o mínimo para investir. Como será uma emissão de colocação privada (de acordo com a regra 476 da CVM), é preciso colocar grandes volumes em poucos clientes, por isso, o ticket médio precisa ser muito alto – acredito que ele deva estar superior a R$ 2 milhões por investimento na LIG. É um público muito qualificado e restrito”, explica Duarte de Abreu Filho. Além disso, existe um grande incentivo para que esse tipo de papel seja emitido como um investimento de longo prazo, com prazo mínimo de dois anos de vencimento.
Com relação ao investimento, o coordenador do curso de economia da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV/EESP), Joelson Sampaio, explica que uma das alternativas da LIG é atrelar seu retorno à variação cambial. “Os outros tipos de investimentos são mais ligados ao mercado imobiliário diretamente quando se compara à LIG. Mas, o que mudaria a opinião do investidor ao final é um investimento mais barato quando comparado ao LCI, por exemplo”, ressalta.
Entenda: LIG x LCI x CRI
A LIG não é o primeiro nem o único tipo de investimento voltado ao mercado imobiliário – existem outros fundos destinados ao segmento. A Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) são velhos conhecidos do mercado. A primeira é lastreada por créditos imobiliários garantidos por hipoteca ou por alienação fiduciária de algo imóvel, diferentemente da LIG, é um investimento de curto prazo e possui menor rentabilidade líquida. Já os CRIs são títulos de renda fixa que não possuem garantia do Fundo Garantidor de Crédito, mas, por outro lado, são considerados de baixa oscilação e indicados para investidores com perfil moderado.
“A LIG, quando comparada ao LCI, tem uma parte atrelada ao câmbio e oferece uma segurança maior pelo fato de ser lastreada”, explica Sampaio. “Vale ressaltar que o funding da LIG é mais de longo prazo. O CRI possui uma característica mais voltada para o atacado enquanto a LIG é mais voltada para pessoa física”, complementa Lomonaco.
Dupla garantia
Para que a LIG seja emitida é necessária uma garantia dos recebíveis. Basicamente, isso significa que, a primeira garantia de pagamento é dada pela instituição financeira que emite o papel, a segunda garantia aparece no caso dessa instituição ter um problema financeiro. O pool de recebíveis se separa da instituição financeira e quem comprou a LIG deixa de depender do banco e volta a tratar o recebível de forma direta. “Ele [investidor] tem uma dupla garantia. Esse orçamento é muito usado na Europa com o covered bond, onde os bancos fazem o financiamento e mantêm ele em carteira, mas não há dupla garantia”, explica o presidente da Abecip.
Para Joelson, coordenador da FGV, a segurança é o principal fator para o crescimento da letra no país. “Ela traz uma diferença bem significativa para o investidor com a dupla garantia. E também tem a isenção do Imposto de Renda, que nisso se iguala às outras opções”, ressalta.
Desafios
Um dos pedidos do setor é que seja feita uma simplificação do fluxo de emissão para garantir que a LIG possa atingir públicos mais massificados. “Um dos desafios é simplificar as emissões no modelo como foi feito no Certificado de Operações Estruturadas, que permite aos bancos massificar esse tipo de instrumento. Logo, queremos fazer a mesma coisa com a LIG, para possibilitar que o investidor pessoa física tenha acesso, porque esse papel tem características de pessoa física; e o segundo desafio é trazer simplificações para permitir que o investidor estrangeiro também consiga emitir o papel”, explica Duarte de Abreu Filho. Hoje, para investir na LIG, há a exigência que o investidor abra uma conta no Brasil. “O desafio é poder fazer uma emissão direta no exterior denominada na moeda estrangeira”, complementa.
Entenda como o Banco Central do Brasil compreende a LIG em entrevista com o diretor de regulação, Otávio Damaso.
Mapa da Obra – De acordo com reportagens do setor, o processo de regulamentação da LIG durou cerca de três anos. O que foi analisado para regulamentá-la no país?
Otávio Damaso – Em maio de 2018, o Banco Central complementou a regulamentação necessária para emissão de LIG no país, concluindo o processo iniciado com a criação do título em 2014, por meio da edição da Medida Provisória nº 656, posteriormente convertida na Lei nº 13.097, de 19 de janeiro de 2015.
Por se tratar de um instrumento complexo e inovador no âmbito do Sistema Financeiro Nacional, a regulamentação da LIG demandou uma série de estudos e de discussões técnicas ao longo desse período. Foram analisadas práticas e padrões adotados em países que contam com mercados desenvolvidos de títulos com as características da LIG, visando disponibilizar à sociedade uma regulamentação alinhada com as melhores práticas.
Além disso, destaca-se a realização de consulta pública previamente à edição da Resolução nº 4.598, de 29 de agosto de 2017, que estabeleceu as condições gerais a serem observadas para a emissão de LIG. Esse processo representou um importante mecanismo de discussão com os participantes do mercado e permitiu a coleta de subsídios para o estabelecimento de regras que propiciem segurança aos investidores e, ao mesmo tempo, viabilizem a utilização do instrumento como fonte de recursos para o financiamento imobiliário.
Mapa da Obra – Qual a expectativa do Banco Central após as primeiras emissões do título?
Otávio Damaso – Na nossa visão, a LIG tem o potencial de se consolidar como uma alternativa complementar às fontes tradicionais de recursos utilizadas para o financiamento de imóveis, como os depósitos de poupança e os recursos do FGTS. Com isso, espera-se que a criação do título, em conjunto com outras medidas adotadas no âmbito da Agenda BC+, a exemplo da revisão das regras de direcionamento dos recursos de poupança, contribua para fomentar o crescimento sustentável do mercado de crédito imobiliário, com impactos positivos na geração de emprego e renda e na redução do déficit habitacional.
Mapa da Obra – Existe algum tipo de cuidado ou verificação que aqueles que procuram esse título devem ter antes de emiti-lo?
Otávio Damaso – Do ponto de vista do emissor, é necessário que sejam cumpridas tanto as regras específicas relacionadas ao título quanto as gerais que disciplinam o seu funcionamento, em particular aquelas relativas ao relacionamento com os seus clientes. Nesse sentido, a instituição emissora, ao ofertar determinado produto, como a LIG, deve assegurar que o cliente tem perfil compatível com as características do título e acesso às informações necessárias, à livre escolha e à tomada de decisão.
Ainda que existam essas regras de proteção, cabe ao investidor avaliar as características do produto e a adequação ao seu perfil de risco. Em relação à LIG, cabe destacar que o título possui garantia dupla, proveniente da instituição emissora e de uma carteira específica de ativos, sobre a qual os investidores possuem preferência em relação aos demais credores em caso de insolvência da instituição emissora, o que confere uma segurança adicional ao título. Por outro lado, o investidor deve ter ciência de que o investimento em LIG, diferentemente de outros produtos, não possui cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Além disso, deve prestar atenção em questões como prazo de vencimento e condições de resgate, de modo a avaliar se pode manter os recursos investidos pelo prazo definido.
Mapa da Obra – Entidades do setor imobiliário acreditam que a LIG tem potencial para se tornar tão importante quanto a poupança para o mercado imobiliário. O que o Banco Central acredita nesse sentido?
Otávio Damaso – As instituições financeiras possuem uma série de instrumentos de captação de recursos disponíveis, como os depósitos de poupança, as LCIs, os CRIs e agora as LIGs. Entendemos que há espaço para todos os produtos e que o mais importante é que os diferentes tipos de investidores possuam opções alternativas adequadas de aplicação e que as instituições financeiras disponham de todos esses instrumentos, a exemplo do que ocorre em mercados mais maduros, de modo que possam utilizar a ferramenta mais apropriada em relação à finalidade pretendida, ao público-alvo e às demais condições verificadas no mercado. Entendemos que a LIG tem potencial para se tornar uma fonte complementar de recursos relevante para o mercado imobiliário. Por contar com as características essenciais de um covered bond, tipo de título muito utilizado na Europa e reconhecido por sua robustez, entendemos que o título poderia atrair investidores que tradicionalmente não aplicam seus recursos nos produtos existentes voltados para o setor imobiliário, em especial investidores estrangeiros.
Mapa da Obra – Existe alguma alteração ou algum ponto que deve ser remodelado desde a Resolução nº 4.598, publicada em agosto de 2017?
Otávio Damaso – Com o objetivo de aperfeiçoamentos na Resolução nº 4.598, de 2017, foram editadas as Resoluções nº 4.647, de 28 de março de 2018, e nº 4.654, de 26 de abril de 2018, aprimorando o processo de autorização para que determinados tipos de instituição possam atuar como agentes fiduciários e definindo de forma clara as medidas que a instituição emissora, caso esteja sob a administração de interventor, liquidante ou administrador judicial, deve adotar para que a transferência da carteira de ativos ao agente fiduciário seja efetivada.
Com esses ajustes e com a edição das normas complementares, entendemos que a regulamentação vigente est�� aderente às melhores práticas internacionais, e adequada em relação às características do mercado de crédito brasileiro, propiciando uma alternativa robusta para instituições financeiras e investidores. Mas, como parte do processo de acompanhamento da regulação, estamos continuamente monitorando as discussões técnicas e as manifestações de participantes do mercado, com vistas a identificar, ao longo do tempo, possíveis melhorias na regulamentação.
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Os BDRs (sigla para Brazilian Depositary Receipts) são papéis que permitem aos brasileiros acessar investimentos estrangeiros sem precisar enviar dinheiro para fora do país. São como certificados que representam ações ou outros ativos emitidos por companhias no exterior, e são negociados na B3, a bolsa de valores brasileira. Meta, Tesla, Spotify… quais são os 10 BDRs com maiores retornos de 2023 – até aqui Existem dois tipos principais de BDRs: os patrocinados e os não patrocinados. A diferença entre eles está no grau de envolvimento da empresa estrangeira que emite os ativos que servem de lastro para os BDRs, explica João Mauricio Rebouças, sócio, analista e gestor da Buena Vista Capital. Diferenças entre os BDRs patrocinados e não patrocinados: BDRs patrocinados São emitidos com a ciência da empresa estrangeira, que participa do processo de emissão dos certificados no Brasil e contrata uma instituição depositária para intermediar a operação. A empresa se compromete a prestar mais informações aos investidores brasileiros, seguindo as regras da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Esse tipo de ativo tem três níveis, o I, II e III. Os do tipo II e III precisam ter registro como emissor estrangeiro na CVM. Já o tipo I está isento desse registro, a não ser quando lastreado em títulos de dívida de companhias abertas brasileiras. BDRs não patrocinados Só podem ser classificados como nível I, o que significa que têm menos exigências de divulgação de informações e distribuição. São emitidos sem que necessariamente a empresa estrangeira saiba. Estão isentos da necessidade de cadastro como emissor estrangeiro na CVM. A empresa estrangeira não participa do processo de emissão dos certificados no Brasil. Quem compra os ativos no exterior e emite os BDRs no Brasil é uma instituição depositária, sem o envolvimento da empresa estrangeira. BDRs de Reits: saiba como investir no setor imobiliário dos EUA pela B3 O que o tipo de BRD indica sobre os planos das empresas? Rebouças detalha que a participação ativa da empresa na emissão dos certificados indica um interesse na economia local e pode indicar que há planos de expansão ou de investimentos na região. + Confira 5 vantagens de investir em BDRs de ETFs Mas a rentabilidade dos investimentos em si não é afetada pelo tipo de BDR. Nesse caso, segundo o gestor da Buena Vista Capital, tanto um BDR patrocinado quanto um não patrocinado continuam representando seus ativos subjacentes, que “são de empresas estrangeiras com suas próprias características e seu resultado independe desse fator específico”. Leia também Como negociar o ativo Para Kelvin Saegussa, educador financeiro, o investidor deve levar em consideração a forma da negociação do BDR. “Dependendo de como estiver organizado o ativo, é possível que você possa negociar o BDR da mesma forma que compra uma ação no Brasil”, diz. Por outro lado, detalha o especialista, existe a possibilidade de o investidor ter de fazer uma compra via balcão. Ou seja, seria precisaria emitir uma ordem pelo profissional que faz o atendimento na instituição financeira para ter acesso a um outro ambiente de compra e venda de ativos diferente do home broker. O que pesa na compra? Segundo Rebouças, entre os principais fatores que devem influenciar a decisão do investidor estão: O perfil do investidor e objetivo do investimento: ser mais conservador ou mais arrojado, ter mais ou menos experiência no mercado financeiro, ser um capital mais voltado para o curto ou longo prazo são fatores que definirão a necessidade do investidor de se expor a esse tipo de ativo. A disponibilidade do BDR: se está acessível para o investidor, se o papel tem liquidez no mercado e se tem um preço justo. A qualidade e o desempenho da empresa estrangeira: se tem boa reputação, bons resultados financeiros, boas perspectivas de crescimento e boa governança corporativa. A variação cambial: como os BDRs são lastreados em ativos emitidos em moeda estrangeira, estão sujeitos à flutuação do câmbio entre o real e a moeda do país de origem da empresa.
Se o real se desvaloriza em relação a moeda estrangeira, o valor dos BDRs tende a aumentar. Se o real se valoriza em relação à moeda estrangeira, o valor dos BDRs pode diminuir. A conjuntura econômica e política: como os BDRs estão expostos aos cenários macroeconômicos e geopolíticos dos países onde as empresas estão sediadas ou atuam, estão sujeitos a variação das condições desses mercados. Se os países apresentam estabilidade, crescimento e confiança, o valor dos BDRs tende a aumentar. Ou podem cair se houver instabilidade, recessão e incerteza. Liquidez em alta, mas é ponto de atenção Quem optar por BDRs deve estar atento a algumas características, diz Saegussa, como a liquidez do papel, que tem aumentado por conta do maior acesso a esse tipo de produto. “Ainda assim, diversos BDRs possuem baixa movimentação e, por isso, pode ser difícil comprar ou vender essas posições. É importante que o investidor leve isso em consideração, para que não tenha uma restrição de liquidez elevada em sua carteira”, adverte. Custos menores Outro ponto importante, segundo Saegussa, é o volume da operação do investidor. Em função das taxas de remessas de moeda estrangeira, assim como outros custos ao se investir fora do país, os BDRs podem ser uma opção mais democrática para quem quer se familiarizar com as empresas de fora do Brasil sem a necessidade de converter moeda ou abrir uma nova conta bancária. Como conclui o gestor da Buena Vista Capital, os BDRs são uma forma de investir em empresas estrangeiras sem sair do Brasil, mas exigem uma análise cuidadosa dos riscos e benefícios envolvidos. “Os investidores devem levar em conta as diferenças entre os BDRs patrocinados e os não patrocinados, bem como os fatores que influenciam a performance de cada um deles. Assim, eles poderão fazer escolhas mais adequadas aos seus perfis, objetivos e expectativas”, afirma Rebouças. Para saber ainda mais sobre investimentos e educação financeira, não deixe de visitar os cursos do Hub de Educação da B3. Este é para quem quer aprender a investir em ETFs. Link da matéria
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MXRF11: Fundo Imobiliário Maxi Renda Vale a Pena?
Após terminar 2019 com rentabilidade de 37,89%, o fundo Imobiliário Maxi Renda (MXRF11) inicia o ano buscando manter seu crescimento utilizando estratégia de subscrição. O fundo MXRF11 abriu 2020 com uma nova emissão de ações, utilizando a subscrição como atrativo para captar recursos entre seus cotistas. A nova emissão levanta recursos que permitirão a continuidade do desenvolvimento do fundo imobiliário, aumentando sua relevância no mercado. Fundo do tipo híbrido, o MXRF11 possui portfólio diversificado e gerido por profissional, com três frentes de investimentos principais: títulos de dívidas imobiliárias;ativos imobiliários;outros fundos. Se você busca formas mais eficientes de aumentar seu capital, certamente estará se perguntando: Será que o MXRF11 vale a pena? Neste artigo, você vai entender: O que é MXRF11;Rendimentos do MXRF11;Resumo da carteira do MXRF11;Riscos do MXRF11;Se vale a pena investir no MXRF11. Leia até o final e descubra se o fundo imobiliário MXRF11 Vale a Pena!
O que é MXRF11 FII?
O código MXRF11 designa o Fundo Imobiliário Maxi Renda, administrado pela BTG Pactual e gerido pela XP Vista Asset Management Ltda, de São Paulo, SP. Iniciado em 13 de abril de 2012, o MXRF11 é um fundo híbrido. Seu objetivo é gerar ganhos investindo em ativos financeiros lastreados em imóveis e seu portfólio é misto. A carteira do MXRF11 é composta por papéis de dívidas, cotas de outros FIIs e empreendimentos imobiliários comerciais e residenciais. A primeira emissão de cotas foi de R$ 1 milhão, com preço de emissão de R$ 100. Seu patrimônio inicial era de R$ 53,88 milhões. Em dezembro de 2019 o patrimônio líquido já superava os R$ 764 milhões. Banner will be placed here
Gestão do MXRF11
O processo de gestão do fundo imobiliário MXRF11 possui 4 objetivos: crédito, estruturação, operação e geração de oportunidades. CréditoTanto para as operações de Crédito (CRI) como de Permutas, são elaborados: - Estudos e projeções fundamentalistas; - Fluxo de caixa completo; - Indicadores e comparação com o mercado; - Análise do grupo corporativo; - Análise do Track Record; - Análise do Board de diretores e de suas diretrizes estratégicas; - Análise da estrutura e garantias que compõem a operação.EstruturaçãoOperações originadas dentro da XP Asset Management são estruturadas por integrantes da própria gestora de forma a proporcionar: - Contratos robustos que trazem segurança para o FII; - Elaboração de travas e mitigastes de riscos nas operações detidas pelo FII; - Estruturas em que o FII captura benefícios que a alavancagem proporcionam ao devedor – Kickers; - Para as Permutas, blindar o FII dos riscos de construção.OperacionalEngenharia: Gestão de Obras, Controle de Seguros. - Permutas: Valuation mensal dos Projetos, (TIR), Controle Financeiro dos Projetos, Controle do Repasse. -Controle de obrigações: Controle de garantias e demais obrigações contidas na estrutura das operações. - Controle de Crédito: Monitoramento de Covenants, Indicadores de Lastro, Conciliação dos Créditos. Oportunidades- Geração de Alfa: Identificação de oportunidades de reciclagem do portfólio investido, vendendo ativos de crédito (CRI) com compressão de taxa, gerando ganho de capital para o Fundo; - Originação direta pela gestora economiza fees de eventuais intermediários e resulta em taxas de retorno maiores para o FII Maxi Renda; - Identificação de oportunidade na originação de Dívida (CRI) e Permutas, gerando uma solução financeira às empresas tomadoras do crédito e às Incorporadoras que conseguem gerar mais escalabilidade em seu business. * Fonte: XP Vista Asset Management.
Tese de Investimentos do MXRF11
A seleção dos investimentos feitos no fundo imobiliário MXRF11 é dividido de acordo com o tipo de ativo: CRI e Imobiliário Residencial. Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) A teste de investimentos nos CRI deve conter os critérios de seleção para constituir um fundo com geração de renda: CRI´s Corporativo: contratos que possuem uma empresa como principal devedora CRIs de longo prazo reajustados por inflação ou CDI;Desmobilização (Sale and Lease-Back)1 e (ii) Construção Customizada (Built to Suit)Sem restrição de segmento;CRI com bom risco de Crédito (High Grade) e com Garantia Real;Rentabilidade alvo médio de CDI + 1,5% a.a. ou 150bps de prêmio sobre a NTN-B equivalente;CRIs com bom risco de crédito trazem mais liquidez para o papel;Mercado Primário e Secundário. Imobiliário Residencial | Permutas Financeiras A teste de investimentos nos CRI deve conter os critérios de seleção abaixo com foco em um pequeno upside de ganho de capital: Projetos na grande São Paulo;Rentabilidade Mínima alvo: INCC + 14,5% a.a;Bons parceiros Incorporadores;Sem restrição de segmento;Participação relevante do parceiro incorporador para manter o comprometimento com o projeto;Rentabilidade alvo médio de CDI + 2% a.a. ou 200bps de prêmio sobre a NTN-B equivalente;Contratos Robustos com mitigação dos principais riscos da Incorporação (Custo Obra, Embargos, Atrasos de Obras e Preços de Vendas);Mercado Primário e Secundário.
MXRF11 Rendimentos
Os rendimentos mensais do MXRF11 somaram R$ 0,95 em 2019. O dividendo pago em dezembro foi de R$ 0,13, o que significa 1,11% do valor de cota. O maior retorno do período (R$ 0,17) foi registrado no mês de outubro. Desde a oferta pública, os rendimentos foram de R$ 7,36, totalizando 63,09% por cota. Resultado Financeiro e Distribuição por Cota nos últimos 12 meses:
Gráfico MXRF11 Resultado Financeiro e Distribuição Cotas. Fonte: Relatório Gerencial.
Resumo da Carteira do MXRF11
A carteira do MXRF11 é formada por 3 focos de investimento: CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários), Ativos Imobiliários e Fundos Imobiliários. No final do terceiro trimestre de 2019 o portfólio apresentava a seguinte composição: Carteira de CRI: 79,8%Carteira de Ativos Imobiliários: 11,9%Carteira de Fundos Imobiliários: 3,5%Em caixa: 4,8%
Gráfico MXRF11 Investimento por Classe de Ativo. Fonte: Relatório Gerencial. Segundo o relatório da data, o objetivo de alocação é 80% do patrimônio líquido na Carteira de CRIs e 20% na Carteira de Ativos Imobiliários. Carteira de CRIs A carteira do MXRF11 fechou 2019 com 53 CRIs, representando 83% do patrimônio líquido do fundo. Sendo que as 10 maiores exposições de CRIs correspondem a 51,68% do total da Carteira de CRIs. A rentabilidade dos CRIs está atrelada a diferentes índices, sendo 54% da carteira está indexada ao CDI.
Gráfico MXRF11 Indexadores Crédito Imobiliário (CRI). Fonte: Relatório Gerencial. O gráfico abaixo mostra que 46% da carteira de CRIs possui vencimento a partir de 2028.
Gráfico MXRF11 Vencimento e Duration Fonte: Relatório Gerencial. Carteira de Imóveis No mês de dezembro de 2019 foram realizados novos investimentos em dois projetos de empreendimentos imobiliários em permutas financeiras. Os novos aportes correspondem a um aumento de capital no valor de R$ 2,1 milhões no projeto de “Perdizes 1” e a um novo investimento em um empreendimento localizado na região sul de São Paulo, no bairro de Moema. A carteira de Permutas encerrou o mês de novembro com saldo de R$ 76,31 milhões. A tabela abaixo mostra os investimentos, amortizações e rendimentos já realizados até dezembro/19. Investimento Rendimentos Amortização Rend. + Amort. Movimentos Realizados até dez/19-76.314,6214.274,6910.250,0024.524,69Movimentos a realizar a partir de jan./19-39.961,8966.064,62106.026,51Total (realizado + a realizar)-76.314,6254.236,5876.314,62130.551,20 Carteira de Fundos Imobiliários (FIIs) A carteira de FIIs encerrou o mês de outubro com saldo de R$ 21,93 milhões, sendo 60,47% em lajes corporativas e 39,53% em recebíveis de imóveis residenciais.
Gráfico MXRF11 Segmento e Atuação. Fonte: Relatório Gerencial. A maioria dos ativos no fundo estão localizados em Minas Gerais (62%).
Gráfico MXRF11 Localização dos Ativos. Fonte: Relatório Gerencial. De toda a carteira de fundos imobiliários do MXRF11, 45,65% corresponde ao IRDM11 (Iridium Recebíveis Imobiliários).
Negociação e Liquidez MXRF11
Durante todo o ano de 2016, 2017 e 2018 o fundo estava com o seu valor de cota atrativo, ou seja, o seu Valor de Mercado (linha azul escura) estava abaixo do VPA (Valor Patrimonial da Cota).
Gráfico MXRF11 Evolução Valor de Cota e Negociação Fonte: Relatório Gerencial.
Riscos do MXRF11
Assim como outros investimentos, o MXRF11 não está livre de riscos, os principais são de concentração e crédito. Risco de Concentração O risco de concentração refere-se à diversificação de títulos adotada pelo gestor do fundo. Para avaliá-lo, é preciso analisar a distribuição do capital de um fundo em busca de concentrações excessivas entre os mesmos emissores e devedores. Quanto mais diversificada e pulverizada for a carteira, melhor. No caso do MXRF11 são 53 CRIs diferentes, com os 10 principais investimentos correspondendo a 51,68% do total da Carteira de CRIs. Risco de Crédito Risco de crédito é a possibilidade de a entidade emissora de um título ou o tomador do crédito não honrar o compromisso assumido. No MXRF11, a maior parte do capital é investida em CRI, título que trabalha com empréstimos atrelados a um imóvel. Se há inadimplência, o imóvel é tomado em pagamento e, então, transformado em capital. Nesse caso, enfrenta-se a possibilidade de demora na conversão do bem em dinheiro.
Dados do MXRF11
Agora que já conhece as características do fundo imobiliário MXRF11, veja seus dados oficiais: Razão Social: Maxi Renda Fundo de Investimento - FIICNPJ: 97.521.225/0001-25Gestor: XP Vista Asset Management Ltda. Público Alvo: Investidores em geralSegmento: HíbridoPatrimônio Líquido: (12/2019): R$ 764.847.112,32Taxa de Administração: 0,90 ao ano, mínimo de R$ 60 mil mensaisTaxa de Performance: Não háInício do Fundo: 13 de abril de 2012Quantidade de Emissões: 5Número de Cotistas (12/2019): 98.689Número de Cotas do MXRF11: 75.381.215Regulamento do MXRF11;Relatório Gerencial do MXRF11;MXRF11 Site Oficial.
MXRF11 Subscrição
A subscrição é o direito que o investidor que possui cotas do fundo imobiliário, tem de manter o seu percentual de participação no fundo mediante uma nova emissão. Na prática o fundo emite novas cotas geralmente a um preço mais baixo, tendo o cotista a preferência pela compra, sempre proporcional ao número atual de cotas que possuir do fundo. Caso não queira usar o direito de subscrição, alguns fundos permitem que você venda esse direito através do home broker da sua corretora de valores. Agora em janeiro foi anunciado que o MXRF11 fará a subscrição, com fator de proporção para subscrição de novas cotas equivalente a 0,52398421145. Esse fator deve ser aplicado sobre o número de cotas que você possuir na data de divulgação do anúncio de início. Na prática para cada 100 cotas você terá direito a comprar 52 novas cotas ao preço de R$ 10,63 (preço de emissão). Considerando que a cotação de fechamento no dia 31 de janeiro a cota estava em R$ 11,68, o investidor que vender seu direito lucraria 9,87 % com a diferença de cotação. Veja as Datas e Prospectos das Emissões de Subscrição do MXRF11: Prospecto - 23/01/2020 - 5º Emissão;Prospecto - 08/11/2019 - 4º Emissão;
Dúvidas sobre MXRF11
Veja as dúvidas mais comuns sobre o MXRF11. Como comprar MXRF11? A compra de cotas do MXRF11 é feita através das corretoras de valores. Por isso, o primeiro passo é abrir a sua conta em uma delas. A partir daí, o processo é simples: Transfira o montante que deseja investir para sua conta na corretora;Abra o Home Broker;Procure o código do fundo (MXRF11);Selecione a quantidade de cotas e o valor a pagar;Envie a ordem de compra. Onde achar o informe de rendimentos do MXRF11? O informe de rendimentos do MXRF11 está disponível no site oficial do fundo. Acesse a aba ‘resultados’. Onde achar o relatório gerencial do MXRF11? O relatório gerencial do MXRF11 está disponível na página do fundo, na seção ‘resultados’.
MXRF11 Vale a Pena?
Sim, vale a pena investir no MXRF11. Porém, fundos imobiliários de CRI ou FOF (Fundo de Fundos) você não deve pagar muito mais que o Valor Patrimonial. Outro ponto é que ele deve ter uma pequena participação na sua carteira de fundo imobiliário. Por ser um fundo de CRI, onde o você não conhece detalhes da composição desse tipo de ativo, e por ter parte da sua carteira em desenvolvimento imobiliário. Preparei um relatório com 3 Melhores FIIs para Receber Aluguéis. Baixe uma cópia e comece a ganhar renda de aluguéis, mesmo que tenha pouco dinheiro ou ainda não saiba como investir. Depois, volte e deixe um comentário. Quero saber como o relatório ajudou você a investir melhor.
MXRF11 Prospecto Subscrição
Veja abaixo o prospecto da subscrição do MXRF11, da 5ª emissão, de janeiro de 2020. Read the full article
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Como organizar as Finanças Pessoais e começar a investir?
Entrevista concedida a Fábio Gallacci (Portal do Banco Safra) em 08/01/20:
1 – Gastos no final do ano, muitas contas chegando em janeiro, impostos, fatura do cartão de crédito…como evitar o descontrole das contas nessa época de retomada da rotina?
Não há como evitar o descontrole das contas de gastos já efetuados a serem ainda pagos. Para todos os gastos, é necessário planejamento financeiro. No caso desses sazonais, antes de ocorrerem. Por exemplo, no caso de IPVA e IPTU, respectivamente, em janeiro e fevereiro, têm de ser previstos com uma reserva adequada para pagá-los.
Pense: “o tempo de minha vida ativa será 35 anos, mas poderei viver mais 20 anos em vida inativa. Então, para manter o padrão de vida alcançado, terei de desdobrar o ganho em um ano para manter-me quase por dois. Para isso, necessito Educação Financeira”.
Em Finanças Comportamentais, aprendizagem de um comportamento racional significa “domesticar os instintos primários”. Com esse autocontrole mental se evita gastos de consumo sob impulso emocional – e não por necessidade básica.
Faça um Orçamento Pessoal/Doméstico e estabeleça metas financeiras. Quando se aposentar, o patrimônio líquido deve ser nove vezes a receita total líquida recebida anualmente, após descontos tributários e previdenciários, em todas as fontes de renda.
O algoritmo denominado “1-3-6-9” sugere acumular, para manter o padrão de vida (ou de consumo) na aposentadoria, nove vezes a remuneração anual aos 65 anos. Com esse valor, é possível um saque mensal por cerca de vinte anos (240 meses) no mesmo valor presente da receita total líquida, supondo juros de 0,5% a.m. para capitalizar o saldo do capital financeiro.
2 – Existe alguma “fórmula” para equilibrar os gastos? Há como fugir do cheque especial, por exemplo?
Nunca faça dívidas para consumo, apenas para investimento em residência ou em ativos produtivo, por exemplo, um carro para utilizar como taxi/Uber. Você tem de receber juros do banco e não pagar juros.
A fórmula é: Receitas – Investimento Planejado = Despesas. Depois de realizado o investimento, por exemplo, com 20% da receita pessoal, planeje os gastos essenciais e evite os supérfluos dentro do valor restante. Adeque seu padrão de vida. Lembre-se: lazer é essencial dentro do planejado, não além dele.
3 – O que cortar primeiro para voltar a uma situação mais estável?
Se tiver dívida, o objetivo principal é liquidá-la, para ter uma vida financeira saudável. Se não tiver fluxo de renda suficiente, para pagar a dívida, troque de carro (ou outro patrimônio) por um mais barato ou venda e passe a usar Uber/transporte público.
Jamais faça outra dívida para consumo. Para adquirir moradia, só se for com prestação inferior ao aluguel de imóvel similar. No início do contrato de financiamento habitacional, o máximo de comprometimento da renda deve ser 30%, mas objetivando uma queda relativa durante o prazo até o vencimento.
4 – Com a situação equilibrada, a pessoa já pode começar a pensar em investir para ampliar seus rendimentos?
Desde logo, isto é, a partir do início da vida profissional a pessoa tem de planejar seus investimentos financeiros. Quem ganha acima do teto do INSS (R$$ 6.033 em 2020) está entre os 10% mais ricos do país e, geralmente, possui Educação Superior. Necessariamente, para manter seu padrão de vida durante a aposentadoria, ela tem de investir.
Mentalizando essa meta, evitará “rasgar dinheiro”, por exemplo, em troca contínua de carros para demonstração de status social. Ou fazer viagem cara para tirar selfie simplesmente com a pretensão de demostrar uma falsa “exclusividade” e/ou “esnobismo”.
5 – Há uma alguma “porcentagem” do orçamento que pode ser separada para investir sem comprometer o orçamento e colocar a pessoa em situação difícil novamente?
Para alcançar a meta, inicialmente, separe no mínimo 20% da renda pessoal líquida e, depois, adeque seu padrão de vida aos 80% restante.
Ao fazer isso, por exemplo, nos dez primeiros anos de sua carreira como graduado/analista, recebendo R$ 5.000, investirá R$ 1.000 com juros médios de 0,5% ao mês. Conseguirá acumular R$ 164 mil. Isto será quase três vezes acima de um salário anual exigido até os 35 anos pelo algoritmo 1-3-6-9.
Com o título de mestre/gerente, ganhará cerca de R$ 10.000 e somando àquele valor o investimento mensal de R$ 2.000 por mais dez anos, acumulará R$ 625 mil.
Tornando-se doutor/supervisor com salário de R$ 15.000, investirá mais R$ 3.000 mensais por 15 anos e atingirá o saldo R$ 2,4 milhões. Com esse valor acumulado em capital financeiro poderá retirar R$ 17.200 por vinte anos (240 meses), mantendo o mesmo padrão de vida atingido no fim da carreira profissional.
6 – Para uma pessoa novata no mundo dos investimentos, qual seria o passo mais adequado para esse começo?
O primeiro passo é adquirir Educação Financeira, seja em um curso, seja em leituras com autodidatismo. É necessário conhecer todos os riscos e os rendimentos potenciais dos produtos financeiros. Evite especular para ganhos de capital (“comprar barato, vender caro”) se não for profissional nesse ofício.
A meta estratégica da vida financeira é substituir os rendimentos do trabalho pelos rendimentos do capital financeiro, ou seja, o trabalhador assalariado se tornar “rentista” quando se aposentar.
7 – De um ponto de vista mais conservador, quais seriam as melhores opções de investimentos?
Conservadorismo em Finanças é bem-vindo; em Política, não. No Brasil, investimento prudente sempre será em renda fixa com juros pós-fixados acima da taxa de inflação. Quando houver tendência de baixa da taxa de juro, aplica-se em prefixados.
A primeira lição de vida financeira saudável é ganhar dinheiro no mercado de trabalho, investindo em sua reputação/titulação profissional. Investimento no mercado financeiro visa proteger o poder aquisitivo das reservas contra a corrosão inflacionária.
Para trabalhador por fora do mercado de capitais, vale mais a pena investir na formação escolar e/ou profissional em vez de se arriscar em obter ganhos de capital na alienação de ativos.
Duas posturas pessoais são importantes para obter um saldo líquido positivo para aplicação financeira:
o investimento na carreira profissional, ascendendo na escala salarial via titulações e ganhando extras via reputação, reconhecimento e/ou prestígio para obter oportunidades de ganhos extras;
o autocontrole das despesas domésticaspor todos os membros da família.
É prioritário o investimento na boa Educação dos filhos, em escola comunitária, onde os pais acompanham ativamente a evolução educacional deles, e em cursos de inglês. Gasta-se em média 15% da receita total líquida por filho, mas os capacita a ultrapassar a barreira dos vestibulares em Universidade pública de excelência com ensino gratuito.
Quando os filhos se tornam universitários, o gasto passa a ser com alimentação e moradia, inclusive aluguel, e planos de saúde, em outra cidade, no caso, o local do centro de excelência. A conta é mais ou menos 30% da receita total líquida, no mínimo durante 24 anos até cada filho ficar empregado ou independente.
Aquisição de uma moradia ou construção de casa própria dá muita segurança em “época de vacas magras”, seja de desemprego, seja de queda de renda real. Quando não se paga aluguel ou prestações de financiamento imobiliário, e deixa de ter gastos com educação dos filhos, após a meia-idade ou na entrada da terceira-idade, esse percentual da receita total líquida pode ser destinado à acumulação de capital financeiro, para os rendimentos deste substituírem os rendimentos do trabalho. Gastos com saúde substituem então os gastos com educação.
8 – Mais adiante, com os dois pés no mundo dos investimentos, quando a pessoa pode ser dar a chance de algo mais ousado? É uma questão apenas de personalidade ou é preciso ter mais “lastro” para isso?
As pessoas com Educação Superior começam suas vidas profissionais, geralmente, na faixa dos 25 anos de idade, ganhando pouco.
Após os 35 anos, entram em seu estágio de maior ascensão profissional com promoções e aumentos salariais. Isso propicia maior acumulação do patrimônio. As obrigações familiares, nesta fase da vida, costumam não ser tão grandes.
Com 45 anos (e “a crise de meia-idade”), já com filhos, começam a ficar mais conservadoras, com foco maior na preservação do patrimônio já acumulado.
Com 55 anos, a curva de crescimento de ganhos de capital, por causa da suposta relação proporcional entre risco e retorno, começa a cair.
Assim segue até chegar na idade da aposentadoria aos 65 anos. Nela, supostamente, a pessoa para de acumular patrimônio e começa a usar o antes acumulado para sua subsistência. Aí, aquela curva reverte, apontando para a exaustão do patrimônio líquido financeiro.
Em resumo, a aversão ao risco de cada investidor é variável ao longo dos ciclos da vida. Ela determina o percentual de aplicações em ações, ou seja, renda variável considerada arriscada e/ou ganho de capital incerto dentro da carteira de investimentos financeiros. Uma dedução prática é:
entre 25 e 35 anos: 30% em ações;
de 35 a 45 anos: 20%;
de 45 a 55 anos: 10%;
após 55 anos: 0%.
9 – Quais os investimentos o senhor aconselharia para quem quer voar mais alto, mas sem irresponsabilidades?
Aconselho investir em Educação Financeira em simultâneo com investimentos na formação para ter uma carreira profissional de alta reputação. Ganha-se muito mais, sem riscos proporcionais, com a renda do trabalho em lugar dos rendimentos do capital financeiro em juros e/ou da especulação para ganho de capital.
Para trabalhadores em geral – e não profissional do mercado de capitais –, ganha-se com seu trabalho e protege-se o poder aquisitivo do patrimônio líquido acumulado no mercado financeiro. Trata-se de avaliar periodicamente o portfólio para verificar se seu poder aquisitivo está superando a corrosão inflacionária. Senão, “rebalancear”, isto é, faça nova seleção em sua carteira de ativos.
Investimento financeiro para não profissionais do ofício destina-se a não perder – e não a “ganhar dinheiro de maneira fácil” (ou “voar mais alto”). Evite arriscar a perder seu dinheiro acumulado com muito custo em horas de trabalho.
10 – Se tiver mais algo que o senhor queira falar e eu não perguntei, por favor, fique à vontade…
Vale sempre fazer contas com valores nominais – e não decidir com base em apenas pequenas diferenças percentuais, tipo % de CDI baixo. O ganho representa muito pouco em termos nominais.
Por exemplo, para ganhar R$ 5.000 por mês – um salário típico de recém-formado em Ensino Superior – em juros mensais de 0,5%, o trabalhador necessita ter acumulado um milhão de reais.
Com esse salário a pessoa já está entre as 10% mais ricas em renda do país. Para entrar no grupo de 5% mais ricas, terá de ganhar R$ 10.000 por mês com maior titulação e/ou experiência profissional. Em juros de 0,5% a.m. representaria ter acumulado dois milhões de reais.
Para chegar no topo da pirâmide social (1% mais rico), em renda do trabalho teria de ganhar R$ 30.000, o que conseguiria obter em juros de 0,5% se tivesse acumulado seis milhões de reais. Nesse caso, seria um cliente do Private Banking. Existiam 120 mil clientes nesse segmento em novembro de 2019. Em média per capita, cada qual possuía R$ 10,5 milhões.
Esses investidores ricaços tinham 23,2% de seu volume financeiro total (R$ 1,259 trilhões) investidos em fundos de ações (7,2%) e renda variável (16%), ou seja, diretamente em ações e clubes de investimento. Suas 57 mil famílias, em sua maioria, não serão herdeiras? Ou os chefes-de-família serão self made man com ações das próprias empresas?
É o caso de os trabalhadores investirem nessas empresas ou como seus proprietários investem? Investir de 1/5 a ¼ de seu dinheiro em risco (volatilidade de cotações), em uma economia instável e dependente como a brasileira, é prudente?
Conseguiriam todos eles os 32% da valorização da bolsa de valores alcançado pelo ��ndice Bovespa em 2019? Em média per capita, os investidores de 26 a 35 anos têm saldo de R$ 39.635; de 36 a 45 anos, R$ 112.363; de 46 a 55 anos, R$ 273.856; de 56 a 65 anos, R$ 444.553; acima de 65 anos, R$ 924.133.
Grosso modo, a excepcional valorização em percentual (32%), se fosse distribuída de maneira uniforme em valores nominais no ponto-de-chegada — embora o número de investidores tenha dobrado com entradas durante o ano –, representaria para cada qual, respectivamente, ganhar R$ 12.683; R$ 35.956; R$ 87.633; R$ 142.256; e R$ 295.722. Esses valores (proxies) não poderiam ser obtidos com rendimentos do trabalho sem risco por cada pessoa dessas faixas de idade e de riqueza?
Como organizar as Finanças Pessoais e começar a investir? publicado primeiro em https://fernandonogueiracosta.wordpress.com
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Capital e Dívida: Ciclos de Endividamento
Estarei hoje (29/11/19) no programa de Pós-Graduação do Curso de Ciências Econômicas: Economia, Desenvolvimento e Integração da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA), em Foz do Iguaçú. A ideia é realizar um debate acadêmico com o seguinte tema: Estratégias macroeconômicas para retomada do desenvolvimento. O outro debatedor será o prof. Leonardo Burlamaqui.
Download de minha apresentação: FERNANDO N. COSTA – Ciclos de Endividamento – UNILA- Foz do Iguaçú 29.11.19
Eu a transcrevi no artigo abaixo.
Li uma “frase esperta” não me lembro onde: “Tentar analisar o capitalismo e deixar de lado bancos, dívidas e dinheiro é como tentar analisar voos de pássaros e ignorar eles terem asas. Boa sorte!”
Alguns autores da literatura de “financeirização” consideram o capital financeiro como improdutivo. Por definição, se restringe à circulação e à troca de propriedades privadas. Por isso, desejam cindi-lo do capitalismo! Ora, o capital-dinheiro é acumulado previamente e daí contrata a força do trabalho despossuída e/ou livre para se vender, criando a relação de produção capitalista. O capitalismo é um sistema financeiro complexo com múltiplos componentes interagindo, entre outros, capital e dívida.
Joseph Schumpeter destaca, no capitalismo, seus componentes inovação (“destruição criadora”), empreendedorismo e crédito. O inovador, muitas vezes, necessita usar dinheiro de outras pessoas em benefício próprio. Ao conseguir associados (e capital), para executar seu projeto, seu ganho de fundador é obter uma participação acionária com divisão de lucros ou prejuízos – e comandar a gestão. Sendo bem-sucedido, além de receber dividendos, devido aos direitos de propriedade, os sócios podem fazer a abertura de capital: uma oferta pública inicial (IPO) de parte minoritária do capital social com cotação atribuída por mercado de ações. O próximo passo é tomar dinheiro emprestado para fusões e aquisições de concorrentes. Com a elevação do valor de mercado da empresa-holding, há enriquecimento de todos os sócios.
Crédito é acreditar. Conceder confiança quanto a uma antecipação do poder de compra a ser recebido no futuro. Quando é usado para gerar renda, o retorno alavancado do projeto terá de superar os juros para compensar o risco do contrato mútuo estabelecido entre mutuante e mutuário. Se for usado para ganho de capital, a aposta é na manutenção de tendência firme de alta de preço. Aí funciona a “regra de ouro” do comércio: comprar mais barato com a expectativa de revender mais caro.
Quando o cenário futuro consensual é de haver uma tendência firme de alta nas cotações dos ativos, os credores ficam menos exigentes de garantias na concessão de crédito, porque a circunstância é de valorização do colateral no mercado. A recompensa esperada pelo credor é o recebimento dos juros. Estaria supostamente garantido, devido ao crescimento maior da renda do devedor. A conjuntura, então, é de “dinheiro farto e barato” em vez de “crédito apertado”. Dessa forma há a geração de grandes ciclos de endividamento na economia de mercado capitalista.
O ciclo se inicia com a concessão de crédito para o devedor comprar algo por conta de o credor antecipar seu possível ganho. O devedor toma emprestado do futuro. Tudo bem, se os rendimentos esperados se confirmarem. Se forem frustrados, no caso do setor público, haverá provavelmente um ajuste fiscal, e no caso do setor privado, espera-se uma desalavancagem empresarial e pessoal, isto é, um esforço profundo para diminuir o grau de endividamento em certo prazo.
O tomador de empréstimo se compromete com um tempo de sacrifício futuro. O devedor deverá gastar menos do seu potencial poder de compra, para pagar o crédito. Em um ciclo de endividamento se gasta no presente mais além do recebido em renda, mas depois se gasta abaixo do possível se a renda esperada for confirmada. Isto é verdade para indivíduos ou empresas, mas um Estado soberano não pode ser confundido com essa postura protegida ou prudencial. Em geral, ele faz a rolagem (ou refinanciamento) da dívida pública, afinal, títulos de dívida pública oferecem risco soberano. Um Estado com poder de emissão de moeda de curso forçado não quebra.
No início do ciclo de crédito, agentes obtém mais dinheiro face às propriedades existentes. Se o preço de oferta, isto é, o custo de produzir ativos novos, é superado pelo preço de demanda, ou seja, o valor de mercado dos ativos usados, há incentivo para produzir, empregando gente e gerando renda. Porém, poderá haver preferência por obter dinheiro de maneira mais fácil com a conversão do dinheiro em ativos já existentes com cotação em alta firme. Os especuladores adquirem esses ativos imobiliários e acionários com empréstimos. Depois, será necessário mais dinheiro para pagar juros e amortizações. Se não o tiver, terá de vender propriedades por preço com desconto para levantar o dinheiro.
No início da especulação, “a propriedade reina”; no fim, “o dinheiro reina”. Há necessidade de o investidor balancear, ao longo do ciclo, sua carteira de ativos entre imobilizados, financeiros e líquidos. Os agentes econômicos especuladores solicitam crédito para comprar ativos; os protegidos investem para ganhar juros. Seus depósitos a prazo constituem passivos para lastro do crédito. Os investidores com dinheiro imobilizado em propriedades ou construções têm necessidade de empréstimos bancários de capital de giro para pagar seus funcionários e fornecedores.
Empréstimos criam movimento ascendente e auto reforçador de alta de preços dos ativos existentes. Os devedores se baseiam na expectativa de seguir uma tendência firme de alta. Se houver uma reversão geral de expectativas, quando rendimentos ou ganhos de capital ficarem abaixo do custo dos empréstimos, o ciclo se inverte em movimento descendente com retroalimentação mais rápida. Passa-se, rapidamente, da euforia para o pânico, se todos os devedores venderem ao mesmo tempo para pagar contratos, ou seja, o compromisso contratual é certo por conta de penalidades, inclusive falência, enquanto a receita é incerta.
Se mais e mais devedores atrasam seus pagamentos se gera um risco sistêmico. Nessa conjuntura, os próprios empresários neoliberais solicitam ao governo intervir no “livre-mercado”, quando devedores e credores podem falir e a economia entrar em colapso.
Se esses ciclos de expansão e contração ocorrerem, repetidamente, em sequência contínua, são criadas as condições para a detonação da Crise de Grande Dívida. Sua resolução se dá com um processo lento e gradual de Desalavancagem Financeira.
O desempenho médio anual da economia brasileiro nos séculos XX e XXI, isto é, de 1901 a 2018, foi de 4,4% ao ano. Nas quatro primeiras décadas, o PIB real ficou em torno dessa taxa. A partir da II Guerra Mundial, nas quatro décadas seguintes, essa média passou para 7,1% aa. Então, em 1980, findou a Era Desenvolvimentista e se iniciou a Era Neoliberal, a taxa média anual de crescimento do PIB real baixou para 2,1% aa. Pior, nas década dos 80’s houve queda absoluta da renda per capita (-0,5% aa), assim como na atual década (-0,3% aa). Nos anos 90, seu crescimento foi de apenas 0,9% aa. Na primeira década do século XXI, a renda per capita cresceu 2,5% aa.
Em sua defesa, os neoliberais alegam 1.525% ter sido a média da inflação em três anos até 1990, a maior alta da série temporal desde o início do século XX. A menor da série iniciada em 1912 foi a deflação de -4,5% em três anos até 1931, ou seja, durante a Grande Depressão após 1929. A seguir esse argumento, a média trienal de 3,5% aa até 2019 seria fruto da Grande Depressão de 2015 e 2016. Os neoliberais priorizam a todo custo (social) o combate ao risco da “eutanásia dos rentistas”, isto é, a taxa de inflação superar a taxa de juro prefixada dos investimentos financeiros.
Eles criticam o “dinheiro de helicóptero”, lançado por desembolsos do BNDES: R$ 1,450 trilhão (em reais constantes de 2018) de 2009 a 2014. Sua atuação anticíclica, nesse período, irrigou com crédito direcionado para infraestrutura em torno de R$ 88 bilhões ao ano, enquanto no ano corrente até setembro se restringiu a apenas R$ 17 bilhões.
Cerca de R$ 105 bilhões foram disponibilizados para o programa habitacional MCMV entre 2009 e 2018, cerca de 16 milhões de pessoas foram beneficiadas com as 4 milhões unidades habitacionais entregues. Foram gerados 1,2 milhão de empregos, sendo 775 mil postos diretos nas obras. E o subsídio do Tesouro Nacional foi pago com R$ 163 bilhões arrecadados por toda a cadeia produtiva no período.
Apesar desse bom resultado em termos de emprego e renda per capita, os neoliberais criticam o denominado por eles de “Capitalismo de Compadrio”: a atuação anticíclica de bancos públicos com crédito direcionado mais barato em longo prazo para os investidores obterem uma taxa de retorno alavancada nos empreendimentos. Colocam a idealizada “competição pura” acima de tudo.
O bloco de investimentos em infraestrutura foi interrompido em 2015, de modo inesperado pela maioria dos eleitores, por um ciclo recessivo causado pela nomeação de um economista neoliberal como ministro da Fazenda. Provocou sucessivos choques: fiscal-tarifário, inflacionário, cambial e de juros. Caso tivesse havido queda de metade das receitas esperadas, a administração pública pragmática teria de refletir. Uma obra pública prioritária não vale ½ a mais, 2% aa durante uma concessão de 25 anos? É importante o gestor considerar o custo de oportunidade de não ter infraestrutura.
Na hipótese de 20% dos empréstimos terem ficado inadimplentes em 50%, as perdas seriam 10% da dívida com crédito direcionado. Este representava cerca de 1/2 do total de 54% do PIB no auge (2015). Isso levaria à uma socialização da perda de 2,7% do PIB ou um custo socializado de 0,7% do PIB ao ano durante um mandato de 4 anos. Seria um custo intolerável para uma concessionária, mas suportável pela sociedade.
Ciclos de booms e crashes é próprio da economia de mercado capitalista. Cabe ao gestor público disseminar com justiça social as perdas com dívidas. Uma desalavancagem financeira com o maior percentual da dívida em moeda nacional é deflacionária à brasileira, enquanto em moeda estrangeira provoca uma desalavancagem inflacionária com risco de hiperinflação, devido à fuga para a dolarização à argentina. O bom gestor, se for desenvolvimentista, saberá avaliar melhor os riscos socioeconômicos e políticos com refinanciamentos ao longo do tempo, enquanto providencia a prioritária retomada do crescimento da renda e do emprego, inclusive para diminuir a relação dívida / PIB.
Uma evidência do planejamento indicativo ser melhor é a seguinte: em dezembro de 2018, a relação Crédito Amplo / PIB na China foi 244%, enquanto no Brasil atingiu 138%: R$ 9,4 trilhões, considerando dívidas pública, privada, externa e com mercado de capitais. Mas o PIB chinês atingiu US$ 14,9 trilhões, enquanto o PIB brasileiro caiu para US$ 1,8 trilhão.
O Capitalismo de Estado chinês soube usar bem o instrumento de alavancagem financeira para expandir sua infraestrutura. O Capitalismo de Compadrio brasileiro, administrado por adeptos da competição pura, livre-mercado ou “laissez-faire”, não sabe superar “o samba de uma nota só”: a austeridade fiscal recessiva.
Capital e Dívida: Ciclos de Endividamento publicado primeiro em https://fernandonogueiracosta.wordpress.com
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