#me isolei por um tempinho
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Ontem o dia começou estranho… E conforme foi passando, fui ficando mal. Triste. Então, me isolei. Tentei não conversar com minha irmã mais velha, mas a caçula ligou e queria bater altos papos e ai, eu tive que cortar porque não tava conseguindo. Espero que ela não tenha se magoado… De qualquer forma, chorei, mas o sentimento ruim não foi embora. Decidi caminhar, mesmo na garoa. Coloquei uma música bacana e escolhi um caminho e, assim, começou a sessão nostalgia. O caminho que escolhi me lembrou o único cara que achei que valia a pena… Foram dias maravilhosos com ele. Tentei não pensar muito nele mas enquanto estivesse naquela avenida, seria difícil. Me sentei num ponto de ônibus e observei o tráfego, mas sempre pensava na possibilidade do carro dele passar por ali. Desisti e caminhei de volta pra casa. O caminho de volta ja não me sentia mais estranha, mas ainda não queria conversa. Quando cheguei em casa, minha irmã ainda trabalhava então tive um tempinho sozinha. Depois, fui tomar banho pra me aquecer e quando saí, me enrolei nas cobertas. Não demorou muito pra minha irmã vir ao quarto tentar conversar. Disse que tava estressada e precisava comer algo bom. Acabei comentando que a caminhada ajuda e ela fez piada dizendo que não era a resposta certa. Rimos. Apesar de não querer, estava conseguindo socializar. Ela me deixou sozinha por alguns momentos e acabei cochilando. Acordei com o interfone tocando pra anunciar que a comida havia chegado. Ela comeu pouco e eu comi tudo.
Enfim, apesar dos cursos de autodesenvolvimento que estou fazendo, não consigo identificar imediatamente, as "ajudas" da minha família. Estou tão acostumada com a ideia de que não posso contar com eles nem pra um abraço, que não consigo me abrir. Assim que acordei e vi que não estava bem, senti falta de abraço. Toque físico é uma das minhas linguagens de amor mas não o da minha família, com exceção da irmã caçula que rejeitei a ligação. Mas logo pela noite, depois do bucho cheio e do término do filme (Escritores da Liberdade), minha irmã veio me abraçar. E pra quem não gosta, até que foi um abraço longo. Fiquei constrangida. E pra disfarçar dei uma leve risada e a chamei de doida. Ela riu.
Eu realmente não tenho uma visão muito boa da minha irmã mais velha. Sempre fomos distantes. E depois que parei de morar com ela, a senti se aproximar. Querendo conversar sempre que estamos juntas. Dessa vez, ela quer sair no fim de semana, mas eu só quero terminar o que tenho que fazer e voltar pra minha casa, onde tem o meu irmão que também insiste em conversar. É complicado. O tempo que morei sozinha acabei me afastando da família, mas admito que foi bom. Foi ótimo!
Depois que minha irmã foi dormir, assisti As vantagens de ser invisível. E gente, eu amo esse filme! Não passei por nada do que o Charlie viveu mas me sinto sozinha como ele. E sei como é a sensação de encontrar pessoas incríveis pra chamar de amigos. A maravilhosa sensação de pertencer. E aí, a sessão nostalgia começou de novo mas lembrando das amizades que não existem mais. Sempre que lembro deles, é com muito carinho. Eu nunca fui tão feliz na vida como aquele período. Chegou um tempo que achei que jamais ia acabar. E quando acabou, levei anos pra superar. Desde então, busco ter novas conexões tão fortes como essa. Mas acho que acabei me colocando uma trava porque nunca mais tive amigos. E é algo que sinto muita falta. Conversar com alguém sobre minhas ideias malucas; desabafar e abraçar quando estou triste; demonstrar o amor que sinto… Era tão bom ser eu. Tão bom ser aceita.
Por que é tão difícil?
Nunca tive muitos amigos. Mas os que tive, foram eles que escolheram estar comigo. E apesar de não entender o motivo, eu agradeço a experiência que me proporcionaram.
Conscientemente, não me fechei para o mundo. Pelo que contrário, depois que me senti bem, tentei buscar novas conexões e foi quando encontrei o rapaz que mencionei no início do texto. Durou poucos meses mas foi a última pessoa que pude ser eu.
Estou tentando me acolher sozinha. Às vezes da certo…
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Recadinhos da Madrugada - Delduque
Olha, vou te mandar a real. Devo muito a você e imagino que você nem faça ideia disso. O ano de cursinho não foi fácil, em termos emocionais, para mim, assim como para muitos outros. Não me importava com a rotina, não me importava de estudar o dia todo, não me importava de passar mais tempo no Elite do que em casa durante a semana, e eu achava que não me importava de ficar sozinho esse tempo todo. Mas eu estava errado, tudo tem limites e mesmo que eu me orgulhe muito de saber lidar com a solidão, e até mesmo saber gostar e aproveitar estar sozinho, não foi fácil passar um ano assim. Fora o rolo que me meti com minha "crush", como você conhece, meus amigos mais próximos se enfiaram num mundinho eletrônico que eu não gosto e não consigo entrar. Eu criei minha rotina de sair da aula, ficar no parapeito vendo as pessoas aproveitando o tempinho de liberdade, comendo meu lanche, e me corroendo de self pitty. Mas você, chato como sempre, não sabia me deixar quieto, como todos os outros que só ignoravam - inclusive gostaria de ressaltar que a culpa não é dessas pessoas, muito menos de meus amigos já citados, eu que me isolei e empurrei as pessoas para longe -; você só chegava, puxava assunto, mostrava coisas estranhas e chamava para ir fazer não sei o que na frente do prédio. O que seria irritante na verdade era uma mini alegria no meu dia. Você é naturalmente engraçado, descontraído e sociável, apesar de não admitir, e um pé no saco, que nesse caso me foi muito útil. Não perca esse seu lado. Sério. Eu finjo reclamar, mas é muito saudável essa sua atitude de buscar animar os outros, transmitir essa energia absurda que você tem, e de forma tão descontraída. Me ajudou, e muito, e sou ridiculamente grato por essa amizade que você construiu, mesmo sem alvará de funcionamento por minha parte. Obrigado!
20/11/19
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outros ciclos
Os últimos dias têm sido realmente últimos. E, mesmo tão intensos, é estranho vê-los como os últimos dias da graduação, as últimas avaliações, os últimos dias nessa cidade, nesse quarto, nessa casa, naquele supermercado, no campus universitário que tanto gosto por ter vista privilegiada pra um pôr-do-sol sempre tão bonito. Seis anos tão longos e tão curtos. E eu quase me esqueci de parar, respirar, refletir e agradecer, por que o TCC, as avaliações, os seminários e os planejamentos de vida estão a me consumir. Talvez todo esse êxtase não esteja me dando a chance de melhor percebê-los. E faltam duas semanas.
Falando em percepção, junto com minha (quase) versão final da monografia, na sexta passada, findei meus 24 anos com um sentimento nada igual ao das outras idades. Fazer 25 está sendo diferente e, vez ou outra, me pego pensando sobre isso. Tem a ver também com o novo ciclo de vida que está por vir. Mas, tem muito a ver comigo mesma, a minha percepção sobre as mudanças que conquistei, os desafios que eu me coloquei e que agora parecem tão mais simples. E isso tem me feito feliz.
Nunca fui de comemorar meus aniversários e criei uma barreira para as pessoas. Por vezes me isolei. Desde meus 15 anos (o qual me lembro bem), arranjava diversas justificativas, mas a verdade é que cultivei uma insegurança tão grande em achar que não receberia demonstrações de afetos de acordo com minhas expectativas, ou que alguém “esquecesse de mim”, que preferia esconder a data. Coisa bem pisciana. No intercâmbio, ano passado, gostei de receber o carinho e a atenção dos amigos do jeitinho que foi, e vi que não é preciso muito pra fazer um dia especial e abrir um novo ciclo com mais amor e sorrisos. Por isso, esse ano me dei o desafio simples e bobo de marcar a data no facebook pra que algumas pessoas lembrassem e, se quisessem, me oferecessem algumas palavras. Sem cobranças a si própria, nem a mais ninguém. E foi um dia leve, não caí em avaliações sem nexo e nem parei pra pensar se algum fulano não falou comigo. Não faz mais sentido tanta insegurança, muito menos essa coisa de maldar o pensamento do outro.
E assim, foi uma passagem de idade que me deixou contente e que me fez pensar e pesar os 25 anos, o fim da graduação, os próximos caminhos a seguir... Percebo que dúvidas não mais me representam medos. E que o dia seguinte tem vindo com bem menos ansiedade do que algum tempinho atrás. Percebo que meu corpo mudou, que em minha pele começaram a surgir as pintinhas herdadas de minha mãe e minha avó. Sorrio. Percebo que não há mais tanto tempo para hesitar, nem motivos para reclamar de coisas pequenas. Mas que, sim, é tempo de ver as outras pequenas coisas que fazem a vida boa de se viver, e não as deixar passar. Agradecer. (24/03/2017)
“Como dizia Belchior "vinte e cinco anos de sonho e de sangue!" Gratidão a todos pelo carinho hoje. Gratidão à vida e às metamorfoses!�� (18/03/2017)
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