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#kariênina
petiteblasee · 7 months
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Um romance grandioso! | Anna Kariênina - Liev Tolstói
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"Anna Karenina" é um romance clássico escrito por Lev Tolstói. A obra, publicada pela primeira vez em 1877, é considerada uma das maiores realizações da literatura mundial e narra a história complexa de Anna Karenina, uma mulher da alta sociedade russa que se envolve em um caso extraconjugal com o Conde Vronsky. Conhecida por sua análise profunda dos personagens e da sociedade russa da época, a obra oferece uma visão rica e complexa dos relacionamentos humanos e das consequências morais das escolhas individuais, e é apreciada por sua profundidade psicológica, complexidade narrativa e exploração filosófica.
O livro explora temas como o amor, moralidade, hipocrisia social e as consequências das escolhas individuais ao seguir a vida tumultuada de Anna, desde o início de seu caso amoroso até as ramificações sociais e pessoais resultantes. A forma com que o tolstói reúne os protagonistas com os coadjuvantes é bastante natural e o aprofundamento que ele dá a cada um é tão fluído que não deixa a história dispersa, só evidencia a força dos laços. Isso fica evidente com o início da história tendo foco no casamento do Stiva, irmão da Anna.
Embora ele não seja o foco central da trama, sua presença e suas ações têm impacto nas vidas de outros personagens, pois é através da descoberta do seu caso extraconjugal pela esposa, e a recusa dela em perdoar, que faz com que Anna seja solicitada, pois a sua posição na sociedade e na vida da cunhada pode surtir algum efeito positivo na vida do casal. Além disso, é o Stiva que tem um vínculo maior com o Liévin, o que faz com que a história da Kitty, sua cunhada, também ganhe destaque.
É uma novela esplendorosa! A partir da decisão da Anna em seguir com esse caso, tudo ao seu redor se modifica - e não tinha como ser diferente: a Kitty, uma debutante de destaque na sociedade passa a ter seu castelo de sonhos destruído ao ver que não possui chance alguma com o tão desejado Vronsky; a Dolly, apesar de aceitar o conselho da Anna, não consegue encarar todos depois da vergonha e, para evitar a própria desgraça e os demais problemas familiares, passa a viver no campo, modificando bastante a vida do isolado Levin... E os demais vão se adaptando a sociedade moralista russa do século 19. Ou seja, ninguém passa ileso.
A Anna é uma personagem complexa, mas não difícil de compreender. Como uma mulher do seu tempo, queria apenas a liberdade para sentir e poder viver os sentimentos que a tomavam. Infelizmente, o seu tempo era bem preso a esse espaço, e todo o prestígio que ela pensava dar esse aval para ser e fazer o que quiser, é revogado sem piedade alguma. Anna, que também é mãe, precisa tomar decisões que afastam ela cada vez mais dessa família que ela preza, e isso a destrói. Ela perece pela hipocrisia social e por não conseguir lidar com as consequências das suas escolhas.
Também é muito interessante, e surpreendente, a forma com a qual o marido da Anna resolve lidar com a descoberta. Mesmo sendo uma figura pública, Alexei tem um mundo próprio – e que a Anna nunca entrou durante 8 anos de casamento - que usa como parâmetro, apesar de não deixar de lado a régua da sociedade em que está inserido. Os embates que os dois possuem ao longo da história é repleta de ressentimento por não conseguirem compreender totalmente o outro, apesar de em diversos momentos, parecer fácil demais manter as aparências.
Enfim, lamento quem subestima a grandiosidade de obras clássicas e perdem histórias como essa. Só dei 4 estrelas porque considerei o fim do livro um pouco anticlimático com o Liévin filosofando sobre a vida depois do fim da Anna (faz sentido, mas não havia superado, ainda) mas isso não diminui a qualidade da obra em nada. Recomendo que leiam no tempo de vocês - afinal, é um calhamaço -, mas não deixem de dar uma chance porque vale MUITO a pena.
P.S.: se atentem a quem traduz porque tem tradução que faz toda a diferença. Eu li com a do Rubens Fonseca (essa versão exibida na arte do post) e foi pura perfeição. Não senti cansaço durante a leitura e, quando me dava conta, estava lendo mais de 3 capítulos super tranquila.
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cactana · 4 months
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"Liévin muitas vezes notava em discussões entre pessoas inteligentíssimas que, após enormes esforços, após uma enorme quantidade de argúcias lógicas e de palavras, os debatedores chegavam, por fim, à compreensão de que aquilo que eles tão demoradamente pelejaram para demonstrar um ao outro, havia muito tempo, desde o início da discussão, já era sabido por ambos, mas que eles gostavam de coisas diferentes e, portanto, não queriam mencionar aquilo de que gostavam para não serem contestados. Liévin experimentava com frequência, durante uma discussão, apreender aquilo de que o adversário gostava e, de repente, ele mesmo gostava da mesma coisa, e logo concordava, e então todos os argumentos desapareciam, como se fossem desnecessário; e às vezes experimentava o oposto: expressava, afinal, aquilo de que ele mesmo gostava e inventava argumentos em sua defesa e, se calhasse de expressar-se bem com sinceridade, de repente o adversário concordava e parava de discutir."
— Anna Kariênina (1878), Liev Tolstói
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brunodiniz · 1 month
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"Ele tentou não olhar para ela, como se fosse o sol. Mas, como o sol, ele a viu mesmo sem olhar para ela." -
-Anna Kariênina-
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Now every time he turned to her, he bent his head, as though he would have fallen at her feet, and in his eyes there was nothing but humble submission and dread. ‘I would not offend you,’ his eyes seemed every time to be saying, ‘but I want to save myself, and I don’t know how.’
Anna Kariênina, Liev Tolstói.
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"Além disso, após um ano e meio de trabalho no romance, o escritor desinteressou-se do próprio livro, como não era raro acontecer, e sentiu-se profundamente desiludido com a atividade de escritor. “Nosso ofício é horrível. Escrever corrompe a alma”, lamentou-se numa carta para a tia."
— Anna Kariênina, Liev Tolstói (sobre o escritor).
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eusyd · 1 year
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(...) Acaso ignora que a senhora é toda a minha vida? Mas, paz eu não conheço e não lhe posso dar. Todo o meu ser, o amor… sim, posso. Não consigo pensar na senhora e em mim separados. A senhora e eu somos um só.
— Liev Tolstói, no livro "Anna Kariênina".
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dominagaladriel · 2 months
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Finalizado do mês: Anna Kariênina.
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piece-of-my-heart2 · 6 months
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Metade da sua capacidade é dedicada a iludir-se e a outra, a justificar essa ilusão.
— Liev Tolstói, "Anna Kariênina".
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notoeanoto · 10 months
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...sentia-se ainda menos capaz do que antes de entender o sentido da morte e lhe parecia ainda mais horrorosa a sua inevitabilidade; mas agora, graças à proximidade da esposa, esse sentimento não o levava ao desespero: apesar da morte, ele sentia a necessidade de viver e de amar. Sentia que o amor o salvava do desespero e que esse amor, sob a ameaça do desespero, se tornava ainda mais forte e mais puro. O mistério da morte mal tivera tempo de se desvendar diante de seus olhos, permanecendo indecifrável, quando irrompeu um outro, igualmente indecifrável, que o impelia a amar e a viver. O médico confirmou suas suspeitas a respeito de Kitty. Seu mal-estar era a gravidez.
Anna Kariênina (Liev Tolstói)
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pensamentoseleituras · 11 months
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12 livros para 2024
Janeiro - Anna Kariênina - Liev Tolstoi
Fevereiro - Madame Bovary
Março - Lolita - Vladimir Nabokov
Abril - 1984 - George Orwell
Maio - Norte e Sul
Junho -
Julho - Mulherzinhas - Louisa May Alcott
Agosto -
Setembro -
Outubro -
Novembro -
Dezembro - Uma canção de natal - Charles Dickens
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miguelsolano · 11 months
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as livrarias físicas precisam repensar suas existências
há períodos em que compro apenas os 3 ou 4 livros que vou ler no mês. mas há outros que dou a louca e quero comprar um bocado que está minha lista, mesmo sem saber quando vou iniciá-los. eu não tenho prazer apenas em ler; eu sinto prazer em ver livros ocupando prateleiras. pode me chamar de dodoizinho...
hoje foi um desses dias que acordei decidido a torrar uma boa parte do meu salário com livros. por fazer parte do movimento dos que não querem deixar as livrarias morrerem, sempre fiz questão de ir pessoalmente escolher os títulos que me interessavam no momento. além do ambiente ser uma delícia, eu sempre converso com os funcionários, peço sugestões e troco um dedinho de prosa. é uma delícia. só que pela primeira vez eu tive o choque da força que as livrarias virtuais exercem sobre as físicas. a ponto de me sentir impelido a vir aqui escrever sobre isso.
entrei na livraria, cumprimentei os rostos que já me conhecem e fui logo para a sessão de clássicos. minha loucura da vez foi comprar as obras de liev tolstói. retirei da prateleira anna karenina, ressureição e o adolescente. fui decidido devido à minha procrastinação em ler mais coisas sobre esse escritor que acho genial. chamei um colega-funcionário pra ver o total do valor, dando por fim 354 reais. lamentei, disse que deixaria pra depois e coloquei os livros de volta na prateleira.
por um lampejo qualquer, entrei no site da amazon pra tentar encontrar alguma outra edição mais barata, sem ser aquelas com letrinhas miúdas de livros que cabem no bolso (sempre tenho dor de cabeça com esses livrinhos pequenos). o primeiro título que aparece é anna kariênina, na mesma edição que estava à minha frente na livraria, pela metade do preço! A METADE! eu tomei um susto porque, honestamente, não sou um cara que economiza quando o assunto é livros, mas 50% de diferença foi assustador. decidi então ver quanto que ficariam os 3 livros que iria comprar. resultado: no site da amazon, 144 reais; na livraria, 354 reais.
elon musk, detesto você mas amo seu shopping.
talvez eu nunca tenha notado essa diferença de valores porque passei um bom tempo lendo no kindle, então tinha que comprar no aplicativo de todo o jeito. mas definitivamente não irei mais comprar em locais físicos e acho que as livrarias precisam urgentemente repensar sua postura, porque é questão de tempo pra que as pessoas percebam o quanto estão gastando em vão. é uma pena ver como os locais físicos estão perdendo feio, mesmo sabendo que a loja precisa tirar seu lucro em cima dos livros, pagar o aluguel do estabelecimento, o salário dos funcionários etc. a livraria cultura faliu e a saraiva só existe online, tentando sobreviver o pouco tempo que ainda resta antes que a amazon monopolize tudo.
o que mais tenho feito ultimamente é tirar fotos das prateleiras pra ampliar quando chegar e ver quais novidades daquela estante me interessam. em alguns casos, quando vejo um livro que tenho vontade de comprar na hora, faço um comparativo do valor da livraria com o da amazon. se a diferença for até 10 reais, compro na livraria. mas se for de 20 reais pra cima, não tem nem perigo.
acho que uma maneira das livrarias aprimorarem o posicionamento no mercado é se transformando em ambientes de leitura. imagine só chegar num shopping, por exemplo, e entrar numa livraria com isolamento de som, poltronas reclináveis, cabine particular, luz ambiente, lanchonete... seria massa, tu não acha? talvez seja um caminho.
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petiteblasee · 8 months
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"Agora tudo será diferente. É um absurdo achar que a vida não permitirá, que o passado não permitirá. É preciso lutar para viver melhor, e muitíssimo melhor…"
*:・゚✧ Anna Kariênina - Liev Tolstói.
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cactana · 5 months
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“'Às vezes, não sabia o que temia e o que desejava. Não sabia se temia ou se deseja o que existira antes ou o que iria existir, nem sabia exatamente o que desejava.”
— Anna Kariênina (1878), Liev Tolstói
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beatrizsvarela · 2 years
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Diário de Escrita - 22/02/23
Passei o feriado inteiro pensando em escrever, mas sem nem abrir o arquivo. Então hoje, quarta-feira de cinzas, trinta minutos antes de iniciar meu trabalho, finalmente escrevi. É aquele paradoxo que acontece com muita frequência na faculdade: Não adianta dar um mês de prazo para um trabalho. A maioria inevitavelmente vai concluir no dia anterior à entrega. Seria uma grande vergonha não ter escrito nem meia dúzia de palavras em todos esses dias de carnaval, então dei um jeito meio de última hora. A novidade é que estou finalizando a primeira versão do conto e estou bastante ansiosa para passar por ele de novo, adicionando detalhes, sentimentos e mais alguma profundidade nos acontecimentos. O grande motivo para não ter escrito tanto se chama Anna Kariênina. Li cerca de 200 páginas das 800, mas já sinto que se tornará um preferido. Tolstói realmente merece toda a atenção que recebe.
Enfim, vou tentar ser mais disciplinada a partir de agora. Começar a reescrita já é algo que me motiva. Me desejem boa sorte.
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contos-da-alma · 2 years
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Anna Kariênina
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All these traces of his life seemed to clutch him, and to say to him: ‘No, you’re not going to get away from us, and you’re not going to be different, but you’re going to be the same as you’ve always been; with doubts, everlasting dissatisfaction with yourself, vain efforts to amend, and falls, and everlasting expectation, of a happiness which you won’t get, and which isn’t possible for you.’
Anna Kariênina, Liev Tolstói.
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