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#barbatanas
guiajato-line · 1 year
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Dê uma olhada em Cinta Modeladora Com Barbatanas de Alta Compressão - C04
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anditwentlikethis · 2 years
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emprestam-me um barco para ir até ao estádio ou como é? Por acaso sempre quis ver um jogo de polo aquático ao vivo 
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gastronominho · 6 months
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Barbatana Amarela comemora dois anos com novidades
Casa atualiza o cardápio e apresenta mais pratos com peixes e frutos do mar
Casa atualiza o cardápio e apresenta mais pratos com peixes e frutos do mar O bar e restaurante Barbatana Amarela, em São Paulo, está comemorando dois anos de funcionamento. A casa aproveita a oportunidade para atualizar o cardápio e apresentar novidades no cardápio. Durante o mês de abril, será possível degustar pratos como: Entrada– Croqueta de Sardinha (R$ 39,00) temperada com tomilho,…
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academiadamagia · 4 months
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PERIGO!
(AO VIVO DO EVENTO! anúncio entregue pela Alexa Mágica)
A Academia da Magia alerta que todos os presentes na festa Luau Encantado deverão se manter temporariamente distantes do mar devido a um ataque de tubarões-choque organizado por Úrsula.
A Academia da Magia também informa que não possui qualquer envolvimento com as ostras oferecidas ao público da festa e que elas podem causar efeitos colaterais, como o crescimento de barbatanas e caudas naqueles que consumiram uma grande quantidade. Caso você esteja lidando com os sintomas do crescimento de barbatanas e caudas (coceira, pele alternando de cor entre cor-de-rosa e verde, vontade súbita de pular de um penhasco em direção ao mar) por favor procure pelos nossos especialistas mágicos para que o seu corpo retorne ao normal.
— Academia da Magia.
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planetanini · 16 days
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╭══• ೋ•✧๑♡๑✧•ೋ •══╮
Lontra Europeia
╰══• ೋ•✧๑♡๑✧•ೋ •══╯
Uns fofuchos solitários, e ótimos nadadores. Passam grande parte de suas vidas em zonas húmidas, vivendo em águas continentais (rios, lagos, riachos, entre outros) e, também, em pontos do litoral marinho. Resumindo, podem viver em ambientes de água doce e até ambientes marinhos, só vão para terra apenas para “descansar” e reproduzir;
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Não é muito fácil observar as lontras europeias… São uma espécie com hábitos noturnos e suas tocas, normalmente, têm entradas submersas;
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Este mamífero está tão bem na vida aquática por conta da sua pelagem densa e impermeável, e patas com membranas interdigitais ou membrana natatória (uma “imitação” das barbatanas). Tendo uma longa cauda que é um importante instrumento para nadar, a cauda os orienta na direção de seus movimentos;
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Amam pedras, e sabem o porquê de amarem tanto "brincar" com pedras? Boa parte do tempo não é brincadeira, lontras são extremamente inteligentes e a sua alimentação envolve principalmente peixes, ouriços, moluscos e também pequenos mamíferos, aves e répteis. Alguns desses alimentos são surpreendentemente duros, sendo assim, precisam utilizar algo para "quebrar", fazendo ser possível a ingestão dessas comidas;
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Infelizmente, as lontras europeias (também conhecidas como lontra-euroasiática, lontra-comum ou lontra-do-velho-mundo) não possuem "bolsos" em suas barriguinhas, porém, algumas outras espécies de lontras possuem esses "bolsos". A lontra comum possue uma pelagem castanha escura na parte superior que aos poucos vai se tornando mais clara nas regiões inferiores, na parte do queixo ou lábio inferior a cor fica branca ou até mesmo bege;
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No final do inverno e no início da primavera (entre fevereiro e abril) é a época "preferida" para o acasalamento, porém, elas podem se reproduzir em qualquer época do ano. É normal ver elas "brincando" com os filhotes de deslizar em pedras ou perseguindo umas as outras, esse comportamento está ligado com as técnicas de caça que querem ensinar as crias;
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Estão no topo da cadeia alimentar, sendo assim, não tem predadores naturais. Porém, podem ser atacadas por animais mais fortes se estiverem em um momento de descuido;
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Sabem como elas marcam limites territoriais e dão a conhecer sua identidade e estado sexual? Com a marcação olfativa! Possuem glândulas na base da cauda que exalam um aroma;
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Antes de entrarem na água as lontras respiram fundo pegando o máximo de ar para que possam mergulhar por até 4 minutos. Dentro da água elas não conseguem ouvir, então, usam sua ótima visão para encontrar alimentos. Mas usam as vibrissas (os bigodes transmitem vibrações aos órgãos sensoriais situados na base) para ajudar a detectar algo para comer quando a água está escura demais;
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🦦29 de Maio: O Dia Internacional Das Lontras🦦
Muitas entidades nacionais costumam organizar atividades para o público conhecer as características destes animais e sensibilizar os cidadãos para a conservação da espécie.
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friendmedusa · 7 months
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Começando aqui mais um choque de cultura, com os maiores nomes do transporte alternativo, sempre falando de cultura e hoje: livro de gótica sapatão.
Dá seu boa noite e o panorama geral, Maurílio.
Maurílio: Boa noite, necromantes de todo o Brasil. A obra que vamos analisar hoje é a saga túmulo trancafiado, da autora Tamsyn Muir.
Renan: Túmulo trancafiado? Livro de terror eu não gosto.
Maurílio: Não é livro de terror, Renan. É de ficção científica e fantasia, e ele fala...
Rogerinho: Parou, parou. Renan. Você não leu o livro?
Renan: Eu ia aproveitar pra ler fazendo um fretado voltando de Santos, mas caiu uma barreira perto de Paraty e eu precisei dirigir desviando dos socorristas da defesa civil. E, como vocês sabem, eu enjoo se ficar lendo e fazendo curva. Aí eu só coloquei o último missão impossível no celular e vim assistindo.
Rogerinho: Muito bom, Renan! Olha aí a importância de se conhecer! Olha o autocuidado!
Renan: Desde meu divórcio eu tô prestando muita atenção em mim, Rogerinho. Ouviu, dona Fabíola?! Eu tô me cuidando! Eu tô bem melhor agora!
Rogerinho: Parabéns, Renan! Mas e aí, gostou do filme?
Renan: Duas palavras: Quase show. A melhor cena infelizmente é numa moto.
Rogerinho: Uma pena saber que uma instituição como tom cruise se rendeu à praga da moto.
Renan: Mas é quase show porque tem uma perseguição de carro que o tom cruise e a agente carter tão num carro tão pequeno que parece um Fusca.
Julinho: Poooorra, aí sim. Só quem já meteu 210 quilômetros por hora num Fusca sabe o que é sorrir de verdade. Teve uma vez que eu tava dirigindo um fusquinha emprestado, contornando uma blitz ali por Seropédica e me ligaram falando que tava cheio de golfinho na praia de Guaratiba. Mermão, eu abri as janelas, acendi meu Marlboro light e eu achei que ia voar.
Renan: Que maravilha, Julinho.
Julinho: O único problema é que depois eu passei um bom tempo achando que nunca mais ia ser feliz daquele jeito de novo.
Renan: ...
Rogerinho: ...
Maurílio: E... E os golfinhos?
Julinho: Ah, cheguei lá só dava pra ver a barbatana. Não sabia se era golfinho ou tubarão e como não gosto de tubarão, na dúvida preferi não admirar nem ficar sorrindo.
Renan: Sempre me admiro como você é um cara cauteloso, Julinho.
Rogerinho: Bom, muito boa a conversa, mas vamos voltar pro livro.
Maurílio: A saga do túmulo trancafiado conta a história de necromantes no espaço e...
Renan: Esse é aquele do garoto que acha que é filho de deus grego?
Maurílio: Não.
Renan: Então é o que teve filme agora, dos góticos no deserto?
Maurílio: É de gótico, mas não é esse.
Renan: É o mais antigo da moça lá que teve um filho com o Javier Bardem e quebram a pia da casa dela?
Maurílio: Não, esse é o jogos vorazes.
Renan: Jogos vorazes não é aquele crepúsculo de arco e flecha?
Maurílio: Claro que não! Rogerinho, olha o que ele...
Rogerinho: Cala a boca, Maurílio. Cala a boca que cê tá errado. Se você não sabe explicar, a culpa não é do Renan e ele já disse porque que ele não leu o livro. Explica a história direito e sem enrolar.
Maurílio: ... Bom, o primeiro livro chama Gideon, a Nona, e ele conta a história da Gideon que...
Renan: Mas o primeiro livro é o nono?
Maurílio: É só o nome. É tipo guerra nas estrelas que começou pelo quarto filme. Ou o vingadores, que o capitão América: o primeiro vingador, só saiu anos depois do primeiro filme da Marvel.
Rogerinho, dá um tapa na mesa: Porra, Maurílio! Eu não falei pra você explicar direito essa merda?! Olha a confusão que você tá fazendo!
Maurílio: Mas foi o Renan que me interrompeu!
Rogerinho: Cala a boca! Chega! Julinho, dá sua explicação do livro aí.
Julinho: Você sabe que eu ainda tô correndo atrás do meu sonho de me formar aí no EAD, pegar meu diplominha de educação física. Então eu não tô com muito tempo pra ler, mas vou te contar que logo no começo eu fiquei vidradaço no livro. Se liga: a Gideon é uma jovem que só quer saber de malhar, arranjar briga, ler revista de mulher pelada e tentar fugir de casa. É como se eu tivesse lendo sobre eu adolescente só que versão feminina.
Renan: Haha que maravilha, hein, Julinho?
Julinho: Nem fala. E pra completar, ainda tem a tal da Aiglamene lá que é tipo a vó dela que ensina ela a brigar. É quase uma bibliografia minha. Beijo, vó!
Maurílio: É biografia que fala, Julinho.
Rogerinho: Eu já falei pra tu ficar na tua. Olha a explicação do Julinho como foi boa.
Julinho: Ah, é que eu me animei na história, né. Ainda não acabei o primeiro, mas tô empolgadão pra ler os outros livros e ver qual confusão que a Gideon vai arranjar.
Maurílio: Os outros não são sobre ela, Julinho. O segundo chama Harrow, a nona, e o terceiro chama Nona, a nona.
Renan: Eu só queria, Maurílio, que uma vez, uma única vez, você colocasse a mão na sua consciência antes de abrir a boca. Se eu não tivesse tão acostumado a escutar tanto estrume verbal seu eu ia achar que você tava tendo um derrame. "Nona, a nona"?
Rogerinho: Por falar em derrame, o Renanzinho já se recuperou do tombo que ele levou?
Julinho: Putz, Renanzinho caiu de novo?
Renan: Eu tava atrasado pra deixar ele na creche, aí fiz uma curva mais fechada já abrindo a porta, pra ele já sair voando do carro e cair na cadeirinha dele pra primeira aula, né. Aproveitar.
Rogerinho: Você é um pai excepcional, Renan.
Renan: É, mas eu me confundi em alguma rua, porque EU SOU HUMANO E TAMBÉM COMETO ERROS! Enfim, acabou que Renanzinho voou do banco do carona, quicou no muro de um Carrefour e caiu dentro de um caminhão cegonha. Eu saí desesperado buzinando e tentando fechar o caminhão, mas aí ele, IRRESPONSÁVEL, nem quis saber o que tava acontecendo e já foi chamando a polícia. Pra evitar fadiga, eu resolvi sair de lá e seguir com meu dia de trabalho e procurar o Renanzinho na hora que ele devia sair da creche. Ele tava um pouco zonzo quando deixei ele na Fabíola mas tá tudo certo.
Maurílio: Vai ver ele tava tentando ler enquanto tava preso nas ferragens do caminhão.
Renan: ... Puta merda, olha aí. Vou chegar em casa, me colocar de joelhos e levantar minhas duas mãos em graças ao meu bom Deus. Finalmente chegou o dia que eu concordei com alguma coisa que você falou, Maurílio.
Rogerinho: Bom, então vamos terminar aqui o programa, nessa nota de harmonia entre os pilotos.
Julinho: Pô, na humildade aqui, como eu quase li o livro todo, você me permite o recado final?
Rogerinho: Vai ser rápido?
Julinho: Jogo rápido. Seguinte, pra quem quiser chegar na próxima estação aí igual a Gideon, pronta pra brigar e dar espadada nos outros, só me adicionar no zapzap aí que eu te passo o programa e os produtos. Valeu.
Rogerinho: Pronto, tá dado o recado. Cabou o programa.
Maurílio: Mas eu nem falei da moça loira que é apaixonada na namorada da Gideon.
Renan: Aí, como coisa boa dura pouco. Não deu tempo nem de agradecer a Deus. Você falou que não era história de terror e agora vem me falar que a namorada dela é a loira do banheiro?!
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rebuiltproject · 4 months
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Torpedomon
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Nível Criança/ Seichouki/ Rookie
Atributo Livre
Tipo Armadura
Campo Império do Metal (ME)/ Salvadores das Profundezas (DS)
Significado do Nome Torpedo, arma do tipo projétil aquático projetada para explodir em contato com o alvo.
Grupo Armas-Empíreas (Empyrean-Arms)
Descrição
Torpedomon é um lendário Digimon que faz parte das Armas-Empíreas, uma variante das Armas-Lendárias (Legend-Arms) presente no Mundo Digital: Rebuilt, que tem sua origem ligada àqueles que moldaram este Mundo Digital.
Por muito tempo considerado extinto, esse Digimon é tão antigo e raro que sua aparição é surpreendente até mesmo para grandes estudiosos da história desse mundo, por conta disso sua origem é envolta em inúmeros mistérios. Inicialmente acreditava-se que Torpedomon possuisse ligação com o Digimental da Fé, ou que até mesmo tivesse nascido de tal artefato, no entanto o reaparecimento recente dessa criatura trouxe consigo o conhecimento de que isso não passava de uma lenda, tal lenda aparentemente se deve ao código genético desse Digimon conter informações semelhantes ao de outra espécie igualmente antiga no Mundo Digital: Rebuilt.
Mesmo sendo de nível Criança, Torpedomon não é uma criatura para ser subestimada, sua personalidade infantil e enérgica esconde um lutador agressivo e implacável, que além de possuir uma velocidade surpreendente dentro e fora do mar, não deixa a desejar quando o assunto é força e principalmente resistência. Sua armadura natural o protege de altas pressões submarinas e também de grandes impactos como os que são causados por suas explosões, característica essa que se torna ainda mais visível em sua forma de arma, quando se torna a poderosa Torpedo/Gauntlet, uma manopla de combate capaz de aumentar a velocidade e resistência daqueles que são dignos de portá-la.
Técnicas
Hidrojato (Hydropump) Atingindo uma velocidade de 60 nós graças ao jato de propulsão marinho em sua traseira, se lança contra o adversário, causando uma intensa explosão ao entrar em contato;
Miragem da Maré (Tidal Mirage) Conjura avatares de água multicoloridos com sua aparência, que avançam em alta velocidade contra o adversário causando grande dano;
Barbatana Metal (Fullmetal Fin) Golpeia com suas barbatanas afiadas.
Forma de Arma
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Artista Caio Balbino
Digidex Aventura Virtual
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flavia0vasco · 8 months
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Era uma vez um pescador morto por uma baleia no ano de 1900 nas águas da Bahia. E os ossos seu único vestígio na areia da praia de uma ilha deserta muito longe dali. Esse, o fato verídico. Agora, a lenda é pura invenção. De um jovem escritor que viajou para desbravar essa história através da imaginação e lhe deu um nome: A Ilha do Pescador. Sua fonte de inspiração, um recorte de jornal. Da época. O próprio pescador e seu barco de pesca artesanal. E na memória do garoto de outrora a imagem do avô, também pescador. Seu ídolo e herói.
Carlos Aranhos
Em memória ao meu avô.
                                               A Ilha do Pescador
A Ilha do Pescador: uma história de aventura, sonho e fantasia
por Flávia Vasco
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Cansado da vida desencantada da megalópole, André parte numa viagem rumo ao desconhecido, carregando na bagagem apenas a imaginação, em busca de um passado perdido, de encontro às estórias de mar e de pescadores.
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Roteiro
Cena 1: um velho, aos 92, em farrapos, afunda revolto sob a forte sucção da água no oceano, morto, em meio aos destroços de um naufrágio. (Fade out)
Cena 2: (Fade in) (Plano aberto) a câmera sobrevoa o mar. No centro, o homem, aos 69, é rodeado por uma baleia e dois filhotes, ao lado de um barco à vela.
Cena 3: (Plano médio) os personagens brincam.
Cena 4: (Plano Americano) o homem, barbudo, chapina água contra os cetáceos. A baleia borrifa na fria atmosfera o ar quente e úmido, condensado em gotículas de água.
Cena 5: (Primeiro plano) rosto do homem. Feliz e sorridente.
(J Cut. Trilha sonora de suspense)
Cena 6: o ataque do tubarão:
***
1924. Ao longe, uma barbatana dorsal é vista. O alvo é Sancho. A fuga é instantânea. Auxiliada pelo homem, que de volta ao barco, se interpõe entre o caçador e a caça. Arma rápido uma bocada de isca fresca pra atrair o grande peixe. O tubarão caiu. Com o arpão feriu-o nas brânquias. Com fúria, o animal atirou-o fora do barco. Na queda, perdeu os sentidos; mas, logo se recuperou, à superfície. Outra investida estava reservada contra ele. Foi quando mergulhou fundo e desferiu um golpe certeiro na altura do focinho, com uma faca que levava junto ao cinturão. Um segundo golpe foi tentado na altura dos olhos, mas passou só perto. Foi aí que apareceu em cena, a baleia-mãe para ajudar. Com uma cabeçada estonteante, combaliu o que restara do tubarão, livrando o pescador de um novo ataque. Recolhido, o tubarão recuou. Mas, não por muito tempo. Bastou que o valente homem retornasse sem fôlego ao barco, para que a fera desse meia volta e, sem piedade, desferisse uma mortal mordida sobre a cauda de Sancho. O pequeno animal logo esvaiu em sangue que tingiu toda a água. Tentou sobrenadar sem escapar à luta, mas foi em vão. O tubarão vencera. Caiu morto, sem recurso. Terminando devorado pelo temível predador. A mãe aflita, nada podia ou pudera fazer. Recuou com o outro filhote, mais velho, para além de sua jornada, a fim de pelo menos garantir a sobrevivência de ambos. O Pescador ... assim, o conheceríamos, somente observou o êxodo dos pobres amigos, com os olhos cheios de água.
(Smash cut)
Título: A Ilha do Pescador
Sinopse: um jovem fascinado por estórias de mar e de pescadores sai em busca de inspiração para escrever a sua própria história. O que encontra são pistas, e a partir daí descobre que não tem mais nada com que contar senão com a própria imaginação.
Num mundo desencantado,
onde não há mais segredos,
é preciso inventar.
Primeira Parada: A Ilha do Farol – A Partida
O espetáculo das baleias. O que sobrou de um passado de glória, que sucumbiu à submissão do poder do homem, esse ser predatório da natureza. Espetáculo (!) porque se deve a ações conservacionistas mais recentes que garantem a perpetuação dessa espécie, e deslumbram os olhos dos turistas em busca de uma foto. Mas, essa é parte de uma história que eu já sei. Como é contar uma história que ainda não sei?
Acordei hoje cedo pensando que estava na vila. Queria fazer meu próprio café, mas estava na pousada. Contrário a todas as minhas expectativas e fantasias, ali não era tão comum ser diferente e se contentar -- caso encontrasse -- com uma autêntica casa de pescador, e pretender fazer parte daquele cenário, buscando novas amizades. Não, sem chances. E eu não vinha pra ficar, estava de passagem, e sequer era pescador. Meu mundo era outro, e como OUTRO que eu era, embaçava-se minha vista de como deveriam ser as coisas na realidade: a vida na vila. Ainda assim, impregnado de estrangeiro, vindo da cidade grande, esperava me encantar com a minha viagem. Fosse com as estórias do lugar, fosse com os passeios fora do guia de viagens, fosse com a falta mesmo do saber.
Assim cedo demais acordei. A escuridão lá fora, bem cerrada, me dizia que em dias normais não era hora de levantar.  Eu me antecipara em uma hora ao despertador do relógio de pulso, pousado sobre a cômoda do lado da cama, ao alcance da mão. Precisei ir ao banheiro, tateando no escuro, e logo voltei a me deitar, e cochilei. Permaneci em estado de vigília com medo de perder a hora. O barco sairia assim que o sol apontasse os primeiros raios; assim instruíam os moradores aos turistas. Quando acordei de vez, lembrei de desprogramar o alarme, e me sentei na beirada da cama pra tomar um gole d’água fresca da moringa, de barro, fria. Despejei o líquido na caneca de estanho, com alça, e tomei. Agora, algum ruído eu ouvia que vinha da cozinha, as primeiras panelas do desjejum dos madrugadores. Não demorou muito, sentado à mesa, senti o aroma de café abrindo minhas narinas, confrontado meu hálito quente do primeiro gole com o ar gélido da manhã. Eu trocara minha roupa de dormir por um cardigan azul marinho, com detalhe vermelho-branco no bolso e na barra da cintura ... dotado de gola v, abotoado na frente sobre uma camiseta branca. Com uma calça jeans, combinando com meu sapatênis casual zípper, vermelho e azul também. 
Não tive pressa. Desfrutei do ócio, me entregando completamente à cadeira, quase deitado contra o costado de estrado de madeira, com os braços cruzados. No quarto, praticamente intocada, minha tralha era só uma “big” mochila com um bocado de coisa dentro: um pulôver branco e preto ziguezagueado em duas listras delgadas, vermelha e branca, no peito e na cintura; um conjunto moletom blusa bege siri e calça preta 100% algodão, fechado; duas bermudas com bolsos laterais: uma marrom e uma azul marinho; uma regata branca; uma camiseta 100% algodão branca e uma preta também; uma camisa branca de cambraia, conjunto com uma calça também branca, do mesmo tecido; uma sandália de couro, marrom claro, de dedo; um chinelo havaiana branco; e, um pijama meia malha azul anil, com fecho em botões pretos. Pouco menos que um look versátil meu na metrópole nos dias de trabalho: suéter azul marinho, camisa branca, relógio dourado, cordame bege e marrom no outro pulso, calça de brim preta, e mocassim marrom.
Pra completar os acessórios: snorkel; óculos escuros; boné; toalha branca; um punhado de blocos de anotação; algumas canetas pretas; nécessaire com artigos de higiene bucal, mais cosméticos como shampoo, condicionador, 5 sabonetes, 3 tubos de protetor solar; 5 cuecas; 2 sungas; 6 pares de meias socket: 3 brancas e 3 pretas; e 2 pares de meias de lã grossa: uma branca e uma preta.
No bolso lateral esquerdo: o celular Iphone, última geração, com o Power bank possante, apropriado pra viagem. Enquanto, num dos bolsos falsos, guardara o certificado de mergulho e o ticket de translado até as praias. No outro, um bocado de dinheiro em espécie.
*A cinta elástica de pano trazia amarrada junto ao corpo, por dentro da roupa, pra provisionar algum valor a mais. E a carteira de couro preta com poucos tostões, documentação pessoal, e cartões do banco, levava normalmente no bolso da calça ou bermuda.
Ademais, o pé de pato ia dependurado no ombro, num estojo de pano. Também o tripé. Assim como uma mochila menor, de apoio, com o notebook, 14 polegadas, compacto, com boa portatibilidade, junto a uma Canon Eos com lente EF 50 mm, munida de filtros de cores primárias, e um estoque de rolos de filme preto-e-branco e colorido.
Uma relíquia me fazia companhia pra onde fosse desde a adolescência. A foto de meu tataravô emoldurada em vidro de presente do meu avô. Nicolau. Também presente dele eu levava a tiracolo uma foto de meu bisavô ainda bebê tirada pela mãe Emma, além de um desenho dele já velho feito por meu avô. Tudo emoldurado. Era com a minha baleia de pano que ele brincava comigo fazendo truques e traquinagens de fantoche. E me enchia de estórias de pescadores da Bahia, de onde vinha, e onde era casado com uma baiana. Minha família descendia por parte de pai de artistas. Minha tataravó, seguiu a profissão do pai que era fotógrafo profissional, mas de forma amadora. O avô dela era um homem de renome nos primórdios da fotografia na França. Emma era o nome da minha tataravó e o que se sabia dela é que tinha sido abandonada pelo meu tataravô e corria uma mágoa amarga sobre ele. Guardei os retratos e o desenho na mochila de mão.
Comi e bebi pouco. À mesa, uns pães de sal, café de coador na cafeteira preta, umas fatias de queijo muçarela e presunto, leite frio de saquinho servido na vasilha de plástico própria dele, umas bolachinhas sortidas e uma única banana. Só. Eu estava acostumado a um desjejum mais farto ou singular em outras estadias standard, de boas pousadas três estrelas das cidades do patrimônio histórico e paisagístico, de Minas e do Nordeste, no caso Recife. E também com o requinte dos cafés franceses e italianos, sem falar no brunch americano. Mas, não escondia minha predileção pelos mineiros nas primeiras horas do dia: fosse o pitoresco acervo gastronômico, material e natural das fazendas rurais tradicionais e rústicas, na minha hora mais feliz do dia -- a aurora da manhã --, fosse o refinamento, estilização, padronização e simplificação das pousadas na cidade.
No primeiro caso (o café pitoresco mineiro) pra falar a verdade muito ou pouco do que era servido não era uma questão: não se tomava por medida. E sim a qualidade da experiência. A mesa farta ou não, não contava. O lugar grande ou pequeno, com pouca ou muita atração, também não. O que contava mesmo era a natureza da coisa vivida, capaz de impregnar nossa experiência de memória. Sempre me refugiei nesse canto da essência pra fugir à morte imposta pelo cotidiano, pela rotina e pela repetição. Sempre tentei não sucumbir aos devaneios deletérios, drogas e surtos psicóticos de uma vida monótona, me refugiando nessas experiências do passado e dos sentidos, que moram na nossa imaginação. Pra não fugir à realidade em desespero, me impus a disciplina de um espírito livre, e desde pequeno me apeguei ao sonho, pra me salvar do massacre e amortecimento das HORAS. Viciantes e “nonstop” (na falta de uma palavra melhor, em português), ELAS sempre correndo, se fartam nos engolindo, sem condição de salvação. Ou, de restauração da psique ou do corpo. Nos consomem sem dó, em stress e cansaço. Esgotando nossas forças. Alimentando todas as doenças da alma. Nessa pressa. Nesse Vazio. Damas do aprisionamento, diabólicas. Assim ELAS galopam incessantes, sem páreo, ou descanso, cedendo à repetição desarrazoada e absurda de um Tempo sem sentido já há muito vivido abaixo da abobada celeste pelos seres humanos.
Desfrutei por vezes junto à “mesa” caipira, rica e simples, de momentos inesquecíveis. A cozinharia mineira integrada aos processos naturais de preparo dos alimentos, tantas vezes demorados, não era separada do entorno de delícias junto à natureza, entre bichos e seu habitat.  Vivi um mundo de volições dos sentidos. Vivi outro tempo e modo de vida.
Numa dessas vezes, lembro do leite da vaca, quente, tirado na hora, que meu organismo fraco do sedentarismo e artificialismo da vida moderna exigiu ser fervido antes, pra evitar a contaminação por bactérias, dado meu organismo sem defesas. Mesmo assim, o bigode branco da espuma e o calor da bebida me marcaram. Tanto quanto o gosto forte e gorduroso do lácteo, estranho ao meu paladar, e contraditoriamente rejeitado e deleitado ao ser descoberto. Lembro de ter feito uma careta de nojo, e sentir ânsia de engolir por me parecer sujo e anti-higiênico. Falta de um contato mais íntimo com a natureza e seus processos vitais. Já, para os antigos, bastava um esguicho forte tirado da mole, lisa, tépida e pegajosa teta da vaca (pra mim enervante) pra, assim espremida contra a boca, sair quente ou morno o líquido, sem risco de fazer mal à saúde. Podia mesmo uma canequinha ir a reboque pra entornar o primeiro reforço da manhã. Aquilo, espumando, era misturado, muitas vezes com o sal ou a cachaça, pra servir de fortificante e despertador. O caboclo virava aquilo de um gole só, garganta abaixo, e estufava o peito, revigorado, nutrido horas a fio, numa explosão de energia, pronto pro trabalho pesado das primeiras horas do dia. Era ótimo pra curar ressaca.
Outra vez, na fazenda da minha amiga era costume passar o mel no pão. Nunca tinha ouvido falar nisso. Eu era menino. Tinha crescido na cidade grande à base de manteiga. Melhor, margarina. Cedo, antes de irmos ao curral tirar leite, fomos ao apiário. O irmão dela, apicultor, todo paramentado em vestimenta própria, máscara com véu contra picadas, luvas, botas de galocha, todo de branco, foi até o tambor da colméia, e de longe vimo-lo fazer toda a operação. Com cuidado, examinou a produção das abelhas, e tirou lá de dentro um torrão de favo, pingando o néctar. As abelhas em polvorosa o assediaram. Ele tirou o tanto quanto havia da cera fabricada, e estocou-a num contâiner de plástico, transparente, vedando-o, em seguida. Estávamos extasiados. O zum-zum nos chegava, e enquanto ele vertia o própolis no vidro esterilizado, sonhávamos com a hora de prová-lo. O favo mesmo foi posto na mesa da cozinha para chuparmos a seiva do mel de dentro da cera. Como esquecer! Eu pouco acostumado, achei que fosse me fartar, atraído e desvairado, com a pureza do experimento inédito. Tirei com a faca um pedaço de caber na boca, e logo enjoei, de tão doce. Quase me decepcionei por não poder mais. Então era assim, nem tudo que é bom demais, pode se ter em demasia. Às vezes basta degustar. É o caso do mel. Pelo menos pra mim. Mas, jamais saiu da minha cabeça o gosto da cera.
Nesse dia foi só isso o café da manhã: leite, pão e mel. E uma profusão de cheiros a me invadir o nariz, a bosta de vaca, a grama orvalhada da manhã, lá fora, o pêlo suado de cavalo - lembrando a textura da crina e do couro liso depois que o alisamos e distribuímos o sal na estrebaria -, o cheiro do chiqueiro dos porcos rosados, roncando enlameados, entre o roer das espigas de milho granadas, e restos de lavagem. E outro cheiro tão característico! A titica de galinha, dessas que ficam entre os galos garanhões, ciscando no chão do terreiro o milho encruado e a quirela, jogada de mãozada ... enquanto, nos poleiros, as teúdas e manteúdas chocam nos ninhos seus ovos de pintos. E cacarejam, cá e lá, batendo em vôo raso as asas, aqui e ali, depenadas.
Chegavam ali à cozinha, numa sinfonia, todas essas peripécias, batendo no olfato virgens suas essências.
Na cachoeira, pós-café, a macilenta argila escorregadia sob os pés e entre os dedos melequentos, estourando borbulhas minúsculas, e puns indecentes, apareceu marrom, como na gamela da fruteira, e na caneca de cerâmica, sobre a mesa da cozinha, lado ao lado com o copo de latão reluzente. E as panelas de argila queimada no fogão a lenha de alvenaria singela guardada de segredos, borbulhavam sobre a trempe de ferro fundido, o feijão preto colhido no roçado, fumegando a todo vapor, à combustão da lenha rachada, alimento do fogo avivado pelo sopro, espalhando a cinza das aches, em meio ao negro rastro de fumaça queimada, dos tições em brasa.
De outra vez, não esqueço, puseram-me na boca salivante o queijo mofado, maturado na dispensa úmida e fria, sob condições artesanais de preparo e cuidado. Um quartinho escuro, mal iluminado, com estantes de tábuas de madeira velha, onde descansavam os queijos redondos cobertos por uma fina camada de casca de fungo, eram protegidos por um véu de tule, a cair do móvel, pra livrá-los da ação indesejável de moscas, mosquitos e varejeiras. Um cheiro acidulante e azedo, penetrante, enzimático e lácteo, subia pelas paredes do cubículo, sintetizando a microbiótica e o ambiente. Mereci levar um exemplar desses pra casa, e casei-o com o doce de leite, figo, cidra, goiabada e o melado nas compotas cheias tiradas do tacho de cobre gigante da propriedade.
Na cidade, na pousada (no segundo caso, em que se tem o café refinado), a refeição matutina era um banquete de encher a boca d’água. Diversidade de pães doces e salgados: à base de ervas e farinhas de todos os tipos; bolos; biscoitos; bolachas; broas; queijos; requeijão; pão de queijo; torrada; café expresso, para além do de pano da vovó, e o de coador; leite; chás; sucos naturais de mamão, laranja e melancia; iogurte; coalhada; mel; geléias; frutas como melão, mamão, melancia, banana e abacaxi; ovos mexidos; fritada de cebola, tomate, presunto, queijo e cebolinha (ou omelete, irmã gêmea, com recheio a gosto); panqueca; waffle; salsicha ao molho; cereais; achocolatado; e uma mesa de doces.
Agora, tratava-se de pernoite. Não esbanjara na estadia. Local simples, seguro, bem localizado, módico. Do porto logo ali do lado partiam os barcos de passeio para as praias do litoral da Bahia. Meu pacote incluía um percurso que cobria quatro delas em cinco horas. Com direito a permanecer por dois dias na última para aproveitar mais a viagem. Dali, era por conta de algum inusitado curioso, ir além e, nos confins do mar, muito além da orla praieira de Cabo Coral, combinar com o canoeiro, personagem envolto em mistério da Ilha Perdida, ir até a mítica Ilha do Pescador. Lugar remoto, de todo perdido no horizonte das rotas de pacotes turísticos paradisíacos. A ilha inspirava assombro e mistério, para os que dela se aproximavam com suas estórias de pescadores, e antigo porto baleeiro.
Eu tomara o cuidado de separar o que achava necessário para além da travessia, guardando aquele vestuário para os dias frios da noite e o calor intenso do dia. Fora precavido. Ficaria uma tarde na misteriosa Praia dos Sambaquis na Ilha do Pescador, eventualmente visitando outras praias, quando o barco de volta me recolheria para a cidade mais próxima, muito além da laguna, a milhas e milhas de distância.
Na cidade, junto à baía, as ruas de pedras lisas cobriam o entorno do centro histórico, ramificando-se tortuosas e estreitas, entre as casas, solares e sobrados coloridos, que ora descortinavam nas treliças de seus avarandados e sacadas, tapetes patchwork álacres, feitos pelos artesãos locais, arejados nos dias de faxina, ensolarados. Uns chegavam a ser tão bonitos que não passavam despercebidos ao olhar sensível de um fotógrafo, pronto a revelá-los em suas cores vivas e puras, contra o fundo preto-e-branco de uma fotografia.
Era em contraste com essa paisagem quase térrea, encimada e engolfada pelo céu imenso, que subindo por ladeiras até a parte mais alta dos principais bairros que davam uma vista privilegiada do contorno de toda a orla praieira, que se podia ver bem mais além a quase perder de vista, como um ponto branco, sob um rochedo na imensidão do mar, a partir dos arredores do cais, o Farol, referência da principal praia da baía, destacando-se acima da plataforma do forte, na arrebentação das ondas, solitário e hirto, acalentando os navegantes necessitados de orientação, e estampando toda sua tradição nos cartões postais da costa do continente.
A pousada ficava ali, entre a parte baixa e a parte alta, não sem contar com transporte à mão para os deslocamentos entre as duas. A distância até os barcos era irrisória, de uns dois quilômetros, podendo ser feita a pé. Mas, devido a algum desconforto da bagagem, desencorajava o percurso. Sendo inevitável contar com um Uber para checar nas baias numeradas do ancoradouro, as placas de metal ou pirogravuras de madeira, com o desenho do barco e seu nome de batismo, para o embarque. Eram acorrentadas nos mastros de amarração dos barcos. Cada uma parecia como um bom cartão-postal à base de maçarico. Obras de arte popular, fruto do trabalho artesanal anônimo.
Saindo da porta da Pousada dos Diamantes até a Galera do Albatrozes, mais à direita do ancoradouro, não se levava mais do que cinco minutos. Assim, André, contando com tempo, mas não querendo correr nenhum risco de atraso, antecipou-se na saída, ainda atrás do sol, para evitar tumultos e imprevistos.
Desceu na terceira plataforma, sobre a esteira de ripas longitudinais, rijas, compactadas e grossas, suspensas do ancoradouro, tendo visto ao longo do caminho conjuntos de pontos de luz tremeluzentes das lanternas dos celulares, esparsos, dos grupos de turistas, que iluminavam a baixa noite, enquanto aguardavam a aurora. Contava que, dentro em breve, os tons mais claros do céu desceriam, anunciando a manhã e com ela o sol, previsto para brilhar aos 25 graus Celsius, às 10 horas. À sua frente, as silhuetas dos companheiros de viagem resplandeciam contra o amarelo ocre da luz dos pequenos holofotes, e o marulho das águas ao fundo trazia um dejà vu, sobre a sombra flutuante do breu das embarcações, cobertas de frio pela brisa, e sereno da madrugada. Havia poucos tocos de madeira, e algumas pedras do mar, que serviam de assento, junto à cerca lateral. As mulheres e os mais velhos se revezavam à espera da partida. Ainda era pouca a conversa. Nenhum contato, quase. Tudo era silêncio, murmúrio e quietude. Apenas um homem andrajoso, em seus avantajados anos, comido pela calvície, em meio aos fios brancos despenteados, e a dura barba rala por fazer, permanecia andando de um lado pro outro, inquieto, a fumar um cigarro de palha, e a bater contra a coxa uma velha boina puída, marrom. Vez ou outra passava a mão na cabeça, o olhar cabisbaixo, aflito. Mal esperava pra sair do lugar, parecia. Os demais, poucos em pé, com as mãos nos bolsos, ou braços cruzados e, mais além, algum outro sob a fumaça enevoada de um cigarro, ou ainda algumas crianças, entre seis e dez anos -- encolhidas no chão e com as mãos nos joelhos --, davam a idéia de seres bem comportados, íntegros, limpos, bem vestidos, bem agasalhados, bem nutridos e bem protegidos. Longe das cenas torpes e sujas dos pederastas de cais, que inspiravam um Jean Genet, envoltos em decrepitude nos arredores dos becos, escuros e fétidos, da cidade baixa. Ou dos bares e puteiros a la Charles Bukovski, que podiam servir de um imaginário marginal nas proximidades das zonas de decadência, fosse esse o caso da nossa cidade costeira.
Não devia haver muitos mais a aparecer, já que a tripulação deveria ser pequena, pois o barco não era muito grande. A essa altura, não se constatava excitação alguma, apenas rostos pendentes, entre o sono e bocejos, conquanto felizes, por embarcarem numa relaxante e contemplativa aventura.
Em pouco tempo mais gente apareceu. Até que a luz tomou no céu os seus primeiros contornos de rosa, lilás e anil, convocando o dono do Albatrozes a fazer soar o apito, ensaiando um primeiro sinal de que já era hora de embarcar. Uma fila se formou, sob a orientação de um ajudante de ordens, que checou toda a documentação. Embarcou um a um, junto à prancha que subia até o piso do barco. Em seguida, foi dada a partida nos motores, e cinco minutos depois, soaram dois avisos sonoros, graves, para anunciar a saída. Estávamos todos a bordo.
O sono se dissipara. O ar dos pulmões se renovava a pleno vapor. O timoneiro era o próprio capitão, sob o comando de seu próprio navio. Era um tipo reteso, enegrecido, boa-praça, de boa estatura, barba grisalha, com pinta de marinheiro, trajando uniforme branco impecável, e um quepe da Marinha de fato, mas em vez do cachimbo “de poppye,” trazia na boca uma cigarrilha, quase sempre acesa, como companhia. No peito vinha o patuá. A fé no Guia. O cordame de Ogum. Azul, verde e branco. Aliás, o capitão tinha por apelido, esse mesmo nome capitulado: todos o chamavam Capitão, somente. Sua história era cheia de audácia. Tão acostumado a estender seus sonhos por outros mares e praias, acabou por fim, por se recolher na rota do passeio turístico, de curta duração, só pra não se aposentar. O Albatrozes era homenagem a uma travessia que fez à Antártica em meados de 1980, num outro barco especialmente construído para isso: o Escuna Extremo Sul I. Ele, o Capitão, foi “presenteado” no inverno, sob forte vento, por uma maciça presença de albatrozes em mar aberto. Isso registrou na mente dele o significado do infortúnio por que passou, na ocasião.  A escuna passou por uma travessia perigosa, e encalhou num bloco de gelo, embicando de quilha, sobre ele, criando assim dificuldades para se desprender. Foi necessário esperar por uma movimentação das placas de gelo, o que durou cerca de uma semana. Nesse intervalo, temeu-se que ambos os tripulantes, ele e o companheiro de aventura, sofressem um naufrágio, caso houvesse alguma avaria, assim que solto o veleiro. Foram dias tensos, em que pouco se podia fazer, apesar do uso de ferramentas especiais para tentar abrir trincas no gelo. Por fim, a sorte os recebeu, e uma nova acomodação do gelo abriu caminho para içar velas. O casco intacto.
Mais tarde, como nos contou, ele mesmo diria: “Ainda que esses breves momentos de angústia não superassem tantos outros piores na história da navegação, ainda sim a presença dos albatrozes com seus guinchos era reconfortante naquele isolamento acústico, só quebrado pelo eco do ar gélido escalando as altas paredes das calotas polares; ainda sim, era reconfortante a presença dos albatrozes naquele referencial inerte, em que tudo se movia, menos nós, entediados de centro, envoltos em puro azul e branco, entre céu e mar, dia e noite. Só mesmo o bico preto das aves, cruzando o ar, para nos livrar da monotonia, e nos fazer brincar de novo; ainda sim era reconfortante, porque não estávamos de todo sozinhos, apartados da civilização. Havia sinal de vida. Era bom tê-los. Simbolizava na pior das hipóteses, que tudo ia bem. A vida seguia. Não era mau agouro. Apenas uma lembrança do infortúnio, em meio ao qual ficou uma lembrança boa deles.”
Essa e outras histórias faziam parte do currículo de vida do navegador e aventureiro, que explorou toda a costa atlântica brasileira, e parte da pacífica onde as águas banham países da América do Sul. Realizou, aí, inúmeras transações comerciais via o transporte náutico, e se rendeu ao ardente desejo de desbravar novas experiências, tanto no continente quanto em alto-mar. Saíra bem jovem da Bahia, e a ela retornava próximo ao fim da vida, sem nenhuma ambição, apenas a de descansar e deslumbrar-se com o vai-e-vem dos turistas, e das embarcações. Nos últimos três anos, chegado à terra natal, registrava diária e secretamente em seu íntimo, sob olhar atento e amiúde, as mudanças havidas desde seu tempo de menino. Já não era mais constante o desfilar sábio dos fenômenos naturais. Eles já não seguiam uma ordem própria, consoante a harmonia com o Todo. O ritmo da natureza estava quebrado, e não havia volta. Isso todo mundo sabia. O mar continuava um mistério, mas tinha perdido o encanto.
O sol frio ameaçava pairar sobre nossas cabeças, e não havia esperança de que o vento se aquecesse tão cedo. Levaria um tempo até que os motores fossem reduzidos a uma potência mínima, e o mormaço nos alcançasse trazendo à tona os cardumes de peixes. Chegada a hora, o Capitão, então, nomeou-os um a um.  Também fez questão de dar uma idéia do ecossistema subaquático marinho, sem se esquecer de pontuar as principais ações dos órgãos de preservação do Santuário das Baleias: os CPFA (Centros de Pesquisa e Fiscalização Ampla), e suas subdivisões segundo as especialidades técnicas de cada órgão, tanto em terra quanto em mar; e, os CPFR (Centros de Pesquisa e Fiscalização Restrita), igualmente subdivididos segundo as especialidades de cada área técnica, vinculadas aos respectivos órgãos, voltados para as comunidades praieiras no entorno do Projeto Piloto, e ações específicas a se desenvolverem no controle da qualidade do mar e sua orla. E presidindo essas duas chaves principais do organograma com suas subdivisões, estava o NPSB (Núcleo Preservacionista do Santuário das Baleias), que com base no seu Projeto Piloto, subdividido em áreas do entorno de preservação, integrava ambos os centros já mencionados, mas com interface para o Turismo. E como estandarte simbólico mantinha a mínima gestão de operações na pedra do Forte, onde ficava o Farol. Com atenção para o que se passava próximo, no mar. Assim, havia uma equipe de salvamento e primeiros socorros, e de controle da área de turismo (manutenção da infra-estrutura de banheiros e trilhas, gestão do museu da baleia, suporte à equipe de mergulhadores e apoio ao comércio ambulante). Havia uma parceria com a Marinha, no controle da entrada e saída dos barcos, não podendo exceder em 345 os visitantes com acesso à pedra. Disso se estimava o número de barcos a acederem ao Farol.
Mais uma vez forçados os motores, o atraque no nosso destino era breve: questão de vinte minutos; até lá, vídeos e fotos flagrariam a passagem dos golfinhos, não prevista no script. Tempo para risos, chats e conversas. Grupos de casais, amigos, familiares e empedernidos solitários, como eu, ali, confabulavam, enfim. Não podia faltar, contudo, o Capitão. Imortalizado, mais uma vez nas tantas imagens.
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dani-seeu · 1 year
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Em 1837, Hans Christian Andersen (1805—1875) [poeta dinamarquês conhecido como o “autor carrasco”] publicou “A Pequena Sereia”, cuja história se baseia no conto-de-fadas “Undine” (1811) de Friedrich de la Motte Fouqué (1777—1843), que, por sua vez, conta a história de um espírito do mar que precisa se casar com um humano para assim obter uma alma imortal. Andersen revela suas crenças religiosas de maneira simples e alcançável para crianças, além de se provar misericordioso com a personagem que dá título ao conto. Através do efeito de sublimação [muito usado no estilo literário romântico], Andersen leva, tanto a sereia quanto o leitor, para além de si mesmos.
Eu vou explicar.
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Longe, bem longe, nas profundezas do mar. A água de um azul intenso, clara e transparente. Neste local mais profundo, onde fica o palácio do Rei do Mar.
Você conhece essa história. Uma jovem sereia, ao salvar a vida de um príncipe que quase se afogou, pergunta a avó sobre os humanos e descobre que, diferente do povo que vive debaixo d’água, os humanos possuem uma alma imortal. Como é de se esperar, a sereia passa a almejar ter uma alma também. Fascinada pelo mundo dos homens e mais ainda pelo seu príncipe, por isso vai ao encontro da Bruxa do Mar para pedir-lhe ajuda. Recebe uma poção que lhe dará pernas no lugar das barbatanas, mas algumas condições: em primeiro lugar, cada passo dado pela sereia com suas novas pernas doeria como se estivesse pisando em cacos de vidro; segundo, é absolutamente necessário que a sereia consiga conquistar o coração do príncipe no tempo determinado ou ela morrerá; terceiro, a sereia nunca mais poderá retornar ao mar e para junto de sua família; e por último, o pagamento, a sua voz.
Nenhuma dessas terríveis condições é suficiente para mudar a cabeça da sereia, e assim ela sela o próprio destino. Na superfície, fica amiga desse príncipe, mas ele se casa com a princesa de outro reino e a pequena sereia se prepara para morrer. Mas eis que suas irmãs descobrem algo que poderá salvá-la: se tirar a vida do príncipe, poderá manter a sua. Claro, o coração da heroína a impede de cometer esse ato terrível, e ela acaba virando espuma do mar.
Será que você conhece mesmo esta história?
Durante todo o dia, princesas brincavam no palácio, onde flores cresciam nas paredes. Grandes janelas abertas para que os peixes pudessem entrar e sair.
A primeira coisa que se exalta no texto de Andersen são as belíssimas descrições de mundo. Ele vos fala sobre as “coisas belas”, que tomam formas em adornos, em flores, pérolas, corais. Depois, o mundo dos homens com suas cidades lindas, florestas, o calor do sol, a luz da lua, e as próprias pessoas. Todos são descritos como belos, inclusive os escravos. Somos engolfados nessa bolha para, em seguida, aprendermos, junto com a protagonista, que nada disso é de graça e que beleza também tem um preço, às vezes, altíssimo. Em uma passagem muito marcante, quando a pequena sereia já tem idade o suficiente para visitar a superfície, sua querida avó faz com que ostras se prendam na cauda da sereia para deixá-la linda e mostrar sua alta posição social. A menina reclama que as ostras machucam, ao que a avó revida: “Orgulho precisa doer.” Já aqui temos a ideia clara de que precisamos sofrer para sermos consideradas belas. 
Outro exemplo é quando a sereia está tratando com a Bruxa do Mar e esta lhe avisa que irá doer muito quando sua cauda for transformada em pernas, mas que “todos dirão que você é a garota mais linda que já viram”. Também menciono as habilidades de dança da sereia que, enquanto humana, são as melhores já vistas por todo reino. Todos se encantam quando a sereia dança e, por isso, ela continua a dançar, mesmo que lhe cause pura agonia.
Eu quero o que você tem de melhor: a tua voz.
Por que a voz? A Bruxa do Mar diz ser sua posse mais valiosa. Afirma que a sereia não terá nenhum problema em encantar o príncipe com “sua bela forma, seu andar gracioso, seus olhos tão expressivos”. Novamente, é o poder da beleza acima de tudo—beleza que lhe foi dada com muito sofrimento. A crítica de Andersen é dizer que o homem vai preferir a sereia, pois ela estará sempre quieta, jamais interrompendo-o com sua opinião, jamais tagarelando, fofocando. Ele está dizendo ‘ei, você não precisa falar para conquistar o príncipe, ele vai te querer muito mais se você se submeter a ele e permanecer bem quietinha no seu lugar’. Quando a Bruxa corta a língua da sereia, Andersen escreve “e ela tornou-se burra e nunca mais falou ou cantou”. Andersen é conhecido por ter dado importância e poder às mulheres. Suas protagonistas são geralmente meninas e os personagens masculinos servem apenas como figurantes, meios para um fim. Ao perder a sua voz, a sereia abre mão do seu direito de ser ouvida e é por isso que não é levada a sério pelo príncipe e sua corte—ela foi castrada de sua personalidade.
Por que não temos uma alma eterna, vovó? Ah, eu daria os meus trezentos anos de vida por apenas um dia entre os humanos e a chance de conhecer esse mundo celestial!
Por mais que a pequena sereia amasse o príncipe, o seu foco é a própria alma. É atrás disso que corre. Por isso, que se humilha, que se mutila, que se sacrifica. E é por isso, também, que não consegue matá-lo—pois sabe que jamais será merecedora de uma alma imortal se cometer um ato tão horrendo. Mesmo à beira da morte, mesmo sabendo que não terá outras chances de conquistar o que deseja, ela não abre mão de ser merecedora.
Faz sentido?
A imortalidade, aos olhos cristãos de Andersen, é muito mais importante que a vida terrena, pois, se a pessoa é merecedora será muito melhor. E o que torna a sereia merecedora é que procurou consegui-la através dos seus próprios esforços físicos, sacrifícios pessoais e mérito.
“A Pequena Sereia” originalmente terminava em morte. No entanto, Andersen mudou de ideia e adicionou uma passagem final que muda por completo o destino da moça sofredora: como foi altruísta e preferiu morrer ao matar o seu amado, ela torna-se uma ninfa do ar e eleva-se ao céu, assim tendo chance de ganhar sua tão desejada alma imortal após uma sentença de 300 anos de espera. Numa carta para um amigo, Andersen escreveu que considerou injusto que a sua sereia tivesse que depender de um ser humano para obter sua alma, e que decidiu editar o final para permitir-lhe seguir “um caminho mais natural, mais divino”.
O sol nasceu. Seus raios quentes e gentis sobre a espuma fria do oceano. A sereiazinha não sentiu a morte. Ela viu centenas de espíritos dançando sobre ela. Suas vozes eram tão melodiosas que ouvidos humanos não conseguiam ouvi-las, assim como os olhos humanos não podiam vê-los. Não tinham asas, mas flutuavam alegremente no ar. A sereiazinha ergueu-se da espuma, e seu espírito juntou-se aos demais.
Eu sinto que Andersen está me dizendo que é possível fazer tudo certo na vida e ainda assim falhar, não ter nossos desejos realizados, não alcançar o que queremos. E não há nada de errado com isso. A vida é assim mesmo. A felicidade não é certa—mas é fundamental permitir-se buscá-la.
E aí? Sabia dessa?
Se não sabia, te convido a descobrir com a belíssima edição da Editora Wish: Contos de Fadas Em Suas Versões Originais uma obra essencial para quem curte contos de fadas com ilustrações maravilhosas!
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E dani-se, I guess.
Notas:
Ilustração de Boris Diodorov
ANDERSEN, Hans Christian. A pequena sereia. In: Editora Wish: Contos de Fadas Originais, Completos e Gratuitos.
ALTMANN, Anna E.; DEVOS, Gail. Tales, Then and Now: More Folktales As Literary Fictions for Young Adults. Libraries Unlimited, 2001. 
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livrosempedacinhos · 8 months
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Eu deitei na terra, chorando. Aquelas flores o haviam transformado em seu eu verdadeiro, que era azul, e provido de barbatanas, e não meu. Pensei que morreria de tanta dor, que não era como o entorpecimento profundo que Aietes deixara para trás, mas afiada como uma lâmina cravada no peito. Mas é claro que eu não podia morrer. Eu continuaria vivendo, cada momento escaldante até o seguinte. Essa é a dor que leva nosso povo a escolher ser pedras e árvores em vez de carne.
Circe, Madeline Miller.
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amamaia · 11 months
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Pra estar na terra além dos delírios
Os olhos chamam.
Portentosa água viva. Fogo-barbatana na beirada do mundo sopra ruidosos mistérios de acender intento. A pele sabe o que diz. As cores têm o cheiro dos novos ritmos. Ouço os pés na Terra além dos delírios. A chave está no ímpeto de apontar distâncias e deixar-se ser o Tempo da Derrama, amar Destino afora e plantar na chuva o coração-raiz. Desejo abrir-me pra devorar o ponto que me tem marcada, inflamada pétala de conjurar respostas e incendiar as perguntas-mapas que cintilam ao som da Imperatriz. Minha Vontade é tatuada, mel enluarado da concha iluminada, sombra, breu, revolução, trilhas de girar fundura, pacto de escolher a encruza que tanto, tanto diz. Sejamos do tamanho da Aventura de criar rumo nascido da verdade-espelho que tudo traduz. Verdade é poder e Movimento, conduz, entrega, dança, lava. O horizonte se encanta, feitiço das asas de Sol e Noite. Pra chegar é preciso querer ir. .xxx.
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ncrthzin · 2 years
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𝐌𝐀𝐑𝐂𝐄𝐋𝐈𝐍𝐄 say hello to the 𝐖𝐎𝐑𝐋𝐃!!
🎙   ⸻   O título era pra ser o que eu ia mostrar, mas a safada não gosta mesmo de câmeras. Bem, eu vou mostrar a foto, porque só consegui uma e essa daqui é a Marceline Abadeer, irmã mais nova de Princess Bubblegum. *mostra a foto* Ela é uma aisha, esse é o nome que meu pai disse que se chama a espécie dela. Uma aisha é uma das muitas espécies diferentes que é fruto da magia lunar e, bem, a origem dela se dá pelos raios rebeldes da lua que sempre decidem se desvencilhar do mago, não o obedecem e acabam caindo na terra, no caso, o mundo non-maj. Assim, os guardiões precisam ir até lá resgatar esses seres para que não sejam incomodados pelos non-majs, alguns vão pra zootopia, mas essa veio pra mim. Essa aisha é bem comilona, por isso que o meu pai escolheu trazer, ele disse que ela se parece demais comigo, e apesar de ser branquinha, como vocês viram na foto. *mostra a foto de novo* Ela muda a cor dela, quando está feliz fica da cor rosa que fica mais intenso com o tamanho da felicidade dela, quando come ela ganha as cores do arco-íris, quando está brava fica na cor azul que vai escurecendo na intensidade da raiva dela.
É um animal transmorfo, ela pode criar asas e voar por aí igual uma fadinha ou barbatanas para nadar pelos lagos e mares igual a uma sereia, no caso, uma doninha sereia. E essa chupeta. *mostra a foto de novo, indicando a coleira com uma chupeta pendurada* É que ela é recém-nascida, tem exatamente três dias de vida e ela só dorme com isso na boca. E, diferente da bubble, ela é uma princesinha, só usa vestidinhos, coroas e qualquer coisa que lembre princesas, meu pai já está completamente apaixonado e já distribuiu caminhas por toda a torre e a mini-torre, porque ela vai aonde eu for igual a bubble. É isso gente, eu espero conseguir filmar essa criatura, porque ela é muito fofa. E espero que tenham gostado dela.
*encerra a gravação*
INFORMAÇÕES DETALHADAS ABAIXO.
nome: marceline abadeer
idade: 3 dias
espécie: aisha.
origem: raios lunares do tipo fujona rebelde militante, originária da magia lunar.
características: parece com uma doninha, com duas antenas felpudas na altura da cabeça, possui um desenho de coração no interior de suas orelhas, patas curtas, corpo e rabo alongado, com a ponta do rabo escura, a pelagem é branca mas muda de cor de acordo com o seu humor.
personalidade: levemente arrogante, comilona, preguiçosa, brincalhona, mas independente, é do tipo amigável e afetiva, porém quando ela quer e não quando o dono quer, possui apego a qualquer pessoa que ela demonstre algum tipo de afeto e é bastante espaçosa.
habilidades: é transmorfo assim como qualquer outra aisha, muda sua forma de acordo com o seu desejo, se quiser voar, cria asas de borboletas igual de fadas, mas quando quer nadar/mergulhar, cria barbatanas igual de sereias, tudo funciona de acordo com o seu desejo.
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la-zu-li · 2 years
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Ainda sonho que nos tocamos rente ao penhasco dos ombros e postos entre o pasto dos cabelos dedos meus pairam como libélulas sobre lóbulos mamilos a maxila sem tocar
e tocando garças em ti levantam no folhedo das pestanas os minutos alastram campo aberto a cortina azula nos desvãos da madrugada
uma buzina estronda ao fundo da aurora enxota a barbatana do sono que arava à tona um fio de luz vaza pelo rasgão da memória escuto qualquer coisa neste silêncio te soletra
Miguel Manso in Ágil mesmo nu: um sobretudo nos trópicos (edições Macondo, 2021)
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referry · 1 year
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Estou parada, sentindo o vento esbarrar em mim,
Levando consigo, tudo o que já foi...
Ficando apenas as rasuras...
Sim, apenas as rasuras...
Mesmo que as marcas estejam quase que apagadas,
Ainda permaneceram...
Não tem como se apagar, o que viveu...
O que sentiu...
Os vínculos criados...
Ainda que não estejam fortes, permaneceram no seu passado,
Fazendo parte da sua história.
Servindo de lição, de aprendizagem...
Experiência adquirida.
Deixa o vento entrar em você,
Removendo barbatanas que ainda machucam,
Deixe o vento mover as coisas...
Sinta ele entrar,
Sinta ele arrastar tudo,
Fazendo criar um novo designer dentro de você.
Se permita a isso...
Corte as arestas,
Passe a lima, naquilo que ainda machuca...
Agora, respira...
Sinta a mudança...
Aproveite...
Viva!
_ Rê Ferry
Código do texto: T6050026
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amor-barato · 2 years
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Perdi algumas deusas no caminho do sul ao norte, e também muitos deuses no caminho do oriente ao ocidente. Extinguiram-se para sempre umas estrelas, abra-se o céu. Uma ilha, depois outra, mergulhou no mar. Nem sei direito onde deixei minhas garras, quem veste meu traje de pelo, quem habita minha casca. Morreram meus irmãos quando rastejei para a terra, e somente certo ossinho celebra em mim este aniversário. Eu saía da minha pele, desbaratava vértebras e pernas, perdia a cabeça muitas e muitas vezes. Faz muito que fechei meu terceiro olho para isso tudo Lavei as barbatanas, encolhi os galhos.
Dividiu-se, desapareceu, aos quatro ventos se espalhou. Surpreende-me quão pouco de mim ficou: uma pessoa singular, na espécie humana de passagem, que ainda ontem perdeu somente a sombrinha no trem.
Wislawa Szymborska (Discurso na seção de achados e perdidos)
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rice-fae · 2 years
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I made this from 2 am until 4 today
this is their theme song. they are,, my ocs.
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