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Bibliografía
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Black McHam, Sarah. “Pliny’s Influence on Vasari’s First Edition of the “Lives”.” Artibus et Historiae 32, n° 64 (2021), 9-23.
Cast, David J. (ed.) The Ashgate Research Companion to Giorgio Vasari. Burlington: Ashgate, 2014.
Clarke, Georgia. “Vitruvian Paradigms”. Papers of the British School at Rome 70 (2002), 319-346.
Cunnally, John. “Leonardo and the Horses of Nero”. The Burlington Magazine 130, n° 1026 (1988), 689-690.
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Forty, Adrian. “First translation of Vitruvius’ De Architecture in Italian” en Treasures form UCL, editado por Gillian Furlong.
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O poder transformador da mobilidade ativa
Locomover-se é a capacidade que muitos organismos têm de se movimentar por seus próprios meios no habitat em que vivem, já ensinava a biologia. Se dermos alguns passos (muitos passos) atrás, vamos encontrar o caminhar nos primórdios da nossa espécie, inclusive como uma característica que nos diferenciou dos nossos primos mais primitivos. Foi caminhando que o Homo sapiens ficou de pé na África e se pôs a explorar os quatro cantos da Terra.
O pé ante pé trouxe-nos até aqui, e percorremos uma das maiores invenções do ser humano, a cidade. Segundo a ONU Habitat, mais da metade da população mundial vive em cidades hoje — mais de 80% no caso do Brasil. Isso significa que sempre caminhamos para o progresso? Ora, é um desafio mensurar atualmente a qualidade de vida de quem mora nas cidades: se por um lado o ambiente urbano proporciona acesso a serviços e oportunidades, por outro coloca problemas conhecidos como poluição, desigualdade social e dificuldades de locomoção.
Transitamos pelo espaço público com as nossas pernas, com a ajuda de aparatos como a cadeira de rodas, ou através de máquinas, como a bicicleta e o patinete, o automóvel, o ônibus e o trem. Mas não se trata apenas de deslocar-se de um ponto a outro. A vida entre edifícios, conceito cunhado pelo urbanista dinamarquês Jan Gehl, contempla a importância da diversidade de espaços e atividades na dinâmica das cidades, e isso envolve experiências ao ar livre tão diferentes como comércio de rua, entretenimento e prática de exercícios. Todas elas são influenciadas por uma série de questões, sendo uma das mais importantes as condições para o caminhar.
E é aí que deparamos com a calçada. Ela conecta tanto aspectos das nossas vidas que podemos afirmar que, se uma cidade possui boas calçadas, existe uma maior chance de a sua população gozar de boa saúde. Mais gente caminhando significa mais movimento e qualidade de vida para as pessoas e suas cidades, com a consequente redução nos gastos em saúde pública.
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Não precisamos ir muito longe para pensar que talvez este não seja o caso do Brasil, não é mesmo? Um estudo intitulado Calçadas do Brasil, realizado pela organização Mobilize em 2019, indica que nenhuma das 27 capitais brasileiras oferece condições “civilizadas” para a circulação de pedestres em suas calçadas, ruas e faixas de travessia. São comuns problemas como buracos, degraus, faixas apagadas, falta de conexão com outros meios de transporte, semáforos ausentes ou deficientes, ambientes poluídos, carros passando perto demais…
A pandemia desencadeada pelo coronavírus deixou ainda mais nítida a falta de cuidado com o passeio e com o espaço público em geral. Calçadas estreitas não permitem o distanciamento social requerido; lugares abertos, que poderiam ser uma alternativa de alívio diante do confinamento, muitas vezes são pouco cuidados e mal iluminados; quase não encontramos bons locais para descanso em dias de calor ou chuva. Sem contar as muitas pessoas que simplesmente não podem ficar em casa e precisam de opções seguras para circular.
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Assim, mais do que nunca precisamos pensar numa nova realidade para as nossas vias e calçadas. Várias cidades do mundo vêm optando por ceder espaços das ruas à criação de ciclovias e à ampliação de calçadas. Em algumas situações, ruas são completamente fechadas aos carros e viram ambiente exclusivo de pedestres. Inicialmente voltada para os deslocamentos necessários, a mobilidade ativa, que prioriza deslocamentos a pé ou por meios não motorizados (bike e patinete, por exemplo), aponta mudanças que podem ser muito bem-vindas à saúde pública e ambiental.
A cidade de Milão, na Itália, é uma boa referência do que já acontece por aí. Ela instituiu no fim de abril o plano Strade Aperte (estrada aberta, em português). O programa inclui obras em mais de 35 quilômetros de ruas que receberão novas ciclofaixas temporárias de baixo custo, calçadas mais largas, limites de velocidade de 30 km/h e ruas prioritárias para pedestres e ciclistas. Tudo para oferecer mais estímulo e segurança a quem caminha ou pedala. Vale lembrar que Milão é uma das cidades mais poluídas da Europa, e é a capital da Lombardia, localidade mais afetada pela Covid-19 na Itália.
Na América do Sul, cidades como Bogotá (Colômbia) e Buenos Aires (Argentina) também optaram por promover a mobilidade ativa. Na capital argentina, foram criadas faixas na avenida Nove de Julho, que tem 200 metros de largura e faz a conexão norte-sul, dando espaço para uma nova ciclovia temporária e calçadas ampliadas. O objetivo é a extensão do plano para outras áreas da capital como alternativa a quem quer evitar o transporte público, priorizar uma alternativa mais saudável e menos poluente do que o carro e, ainda, diminuir o número de acidentes graves envolvendo bicicletas que ocorrem fora das faixas reservadas a elas.
Na esteira da Covid-19, agora que caminhamos para a volta das atividades regulares em reabertura gradual, a academia de ginástica talvez não seja a melhor escolha para as atividades físicas por enquanto. Por isso, melhores condições de caminhabilidade são um convite para andar e se exercitar ao ar livre, sempre respeitando os protocolos de segurança, claro. A adesão à atividade física ajuda a combater a obesidade e os males que podem surgir em decorrência dela, como diabetes, hipertensão e problemas cardiovasculares e nas articulações.
Enquanto o trabalho remoto virou realidade para muitos e a volta às aulas ainda é uma incógnita em várias regiões, outras propostas ganham força no “novo normal”. Imagine poder acessar parque, comércio, saúde, cultura e entretenimento a apenas 15 minutos de casa, não importa em que ponto da cidade você viva. Esse é o conceito da “Cidade de 15 minutos”, criado por Carlos Moreno, professor de urbanismo da Sorbonne e abraçado pela prefeita de Paris, Anne Hidalgo. A ideia é que a população esteja mais integrada aos seus bairros e possa comer, cuidar de si mesmo, se divertir, fazer atividade física e ganhar a vida em seu pedaço. Sem dúvida, isso traz um incentivo para caminhar mais, conhecer melhor o lugar onde se vive, praticar a empatia e, ainda, fomentar a economia local.
Esses são alguns modelos que, ao revolucionar o espaço urbano e priorizar o caminhar na cidade, têm tudo para contribuir com uma sociedade menos propensa a desenvolver doenças e a um sistema de saúde menos sobrecarregado. São ideias que geram economia aos governos e deixam as pessoas mais livres e felizes. A data de 22 de setembro marca o Dia Mundial sem Carro, ocasião em que diversas cidades promovem ações para repensar os modos de deslocamento e discutir políticas públicas de ocupação e fruição do espaço público. É um convite e tanto para quem não deu os primeiros passos refletir e caminhar rumo a mudanças de atitude que farão diferença para si e toda a sociedade.
* Wans Spiess é cofundadora do CalçadaSP, iniciativa que usa linguagens lúdicas para chamar a atenção para as calçadas e incentivar o caminhar
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O poder transformador da mobilidade ativa publicado primeiro em https://saude.abril.com.br/bem-estar
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Terry Gilliam’s Don Quixote film finally hits the big screen after 25 years
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Jonathan Pryce stars as an aging Spanish cobbler who becomes convinced he is Don Quixote in Terry Gilliam's film,
The Man Who Killed Don Quixote
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It's been 25 years in the making, but The Man Who Killed Don Quixote, director Terry Gilliam's tribute to the classic Spanish novel, has finally hit the silver screen. The project has foundered and been revived so many times, it became a poster child for Hollywood's notorious development hell, with a reputation of being cursed. But Gilliam persevered, and while the finished product isn't exactly a masterpiece, it definitely reflects the singular vision of one of our most original filmmakers.
(Mild spoilers for the film and Miguel de Cervantes' 17th-century novel below.)
Miguel de Cervantes' Don Quixote is inarguably one of the most influential works of Spanish literature. The book is written in the picaresque tradition, which means it's more a series of loosely connected episodes than a plot. It follows the adventures of a nobleman (hidalgo) named Alonso Quixano who has read far too many chivalric romances and becomes convinced he is a knight errant. With his trusty peasant sidekick, Sancho Panza, he embarks on a series of random tragicomic adventures, with the Don's hot temper frequently getting them into scraps. (Sancho usually gets the worst of the beatings and humiliations.) Don Quixote is the archetype of the delusional dreamer, tilting at windmills and believing them to be giants, preferring his fantasy to mundane reality.
Everything went almost comically wrong from the start.
Gilliam came up with the idea for his Don Quixote film back in 1989 when he read Cervantes' novel, but he didn't secure funding until 1998. Johnny Depp signed on to play the role of Toby Grisoni, while his then-partner Vanessa Paradis would be the female lead. Shooting commenced in 2000 in Navarre, Spain. But everything went almost comically wrong from the start. There were conflicts with the various actors' schedules, making it difficult to get everyone on set at the same time. The production site was near a NATO military base, and F-16 fighter jets flew overhead the entire first day of shooting, making it necessary to dub those scenes in post-production. A flash flood ruined the second day of filming by damaging equipment that was not covered by the insurance policy. The flood also caused continuity problems, since the colors of the terrain had noticeably changed.
Finally, on the fifth day, the film's star, the late Jean Rochefort, was clearly in pain during the scenes on horseback, despite being an experienced horseman. He turned out to have prostate problems and a double herniated disc, and while Gilliam tried to shoot around Rochefort's scenes, it soon became clear the ailing actor could not return to the set. The production was officially cancelled in November 2000.
The shoot did produce a critically acclaimed documentary film, Lost in La Mancha (2002), detailing the production's various woes. (It was originally intended to be an accompanying "making-of" special feature. A second follow-up documentary is in the works, titled He Dreamed of Giants.) In it, cinematographer Nicola Pecorini claims that "never in 22 years of being in this business have I seen such a sum of bad luck."
In the years since, Gilliam kept trying to revive the project with a constantly shifting cast and multiple rewrites of the script. Finally, he succeeded in getting funding and completing The Man Who Killed Don Quixote, only to have its release delayed by legal disputes involving one of the earlier producers. The film ultimately debuted at Cannes last year, although it was ineligible for the top prize because of its ongoing legal woes.
They might be giants
Don Quixote tilting at a windmill.
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It gets the better of him.
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"Cut!" Adam Driver plays Toby Grisoni, an auteur advertising executive who comes to Spain to shoot a commercial.
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"I am Don Quixote!" The beginning of a years-long delusion.
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A delusional Javier mistakes Toby for Sancho Panza.
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Javier/the Don ridicules the notion that his lowly Sancho can read.
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A joust! Why not?
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Toby and Javier/the Don run into Angelica (Joana Ribeiro), whom Toby first met while making his student film.
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Thou shalt not covet thy boss's wife, Toby: Olga Kurylenko plays the alluring Jacqui.
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An elaborate gala designed to humiliate the delusional Javier.
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Oligarch Alexei Miiskin (Jordi Molla) uses and abuses Angelica.
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A steamy tango as Toby and Angelica rekindle their spark.
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You see windmills, but Don Quixote sees giants.
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Don Quixote cannot die; he will ride forever with his trusty companion, Sancho Panza.
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The Man Who Killed Don Quixote features Jonathan Pryce as Javier, an old cobbler in a small Spanish village. He becomes convinced he really is Don Quixote after a visiting college student named Toby Grisoni (Adam Driver) casts him in a student film about the legendary hidalgo. Ten years later, Toby is a hotshot advertising executive who returns to Spain to shoot a Quixote-themed commercial. He finds Javier still so caught up in his delusion that Javier mistakes Toby for his loyal sidekick, Sancho Panza. Together, they set off on a series of increasingly wild and incoherent misadventures. And like Cervantes' Sancho, Toby often bears the brunt of the consequences.
The cast is fantastic, especially Pryce and Driver. The dialogue is sharp and witty, and Gilliam remains a master at skirting the fine line between comedy and tragedy—much like Cervantes himself. The first half of the film works really well, driving home the unintended consequences that a naive Toby's student film wrought on the people of that small Spanish village. ("I'm incorporating the idea of the damage that films do to people, so it's become a bit more autobiographical," Gilliam told the BBC last year.)
This may be one of those visionary films that will play better with age.
Unfortunately, the plot, such as it is, unravels into delirious chaos during the second half. Toby even breaks the fourth wall at one point to wonder aloud, "There's a plot?" Certainly the sumptuous visuals and dazzling dream-like sequences, blurring the line between what's really happening and what's just in Toby's head, reflect Gilliam's unique sensibility. It's the same sensibility that produced Gilliam's incomparable dystopian satire, Brazil (1985), which kept the director's wilder instincts well-constrained and was all the better for it. The Man Who Killed Don Quixote might have benefited from a few more constraints. But given the sheer effort of will it took just to make the film, I'm inclined to forgive its chaotic excesses. It helps to be familiar with the source material, since the film shares the same meandering episodic structure and weaves in plenty of nods to Cervantes' novel.
"The problem is that people have very high expectations," Gilliam told the BBC in May 2017. "And a lot of people say I'm a fool to make the film, and that it would have been better to let people imagine how great it would have been rather than making it a reality and disappointing them. People love Roman ruins because they're not complete and you can imagine them. So I may be making a great mistake. Maybe the film would be better as a fantasy."
He has a point. Personally, I'm glad Gilliam finally finished his film, the way he always wanted, with all its messy imperfections. Whether it connects with audiences remains to be seen. This may be one of those visionary films that will play better with age. Its spirit is true to the picaresque tradition, and the Man of La Mancha would approve, I think. Gilliam has been tilting at this particular windmill for 25 years, and it's gratifying to see him finally conquer the giant.
youtube
Trailer for Terry Gilliam's The Man Who Killed Don Quixote.
via:Ars Technica, April 14, 2019 at 09:01AM
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