#Revolta de Andróides
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Na primeira parte do especial de Dragon Ball Gt uma explicação sobre toda a confusão em torno da série,sobre ser canone ou não e o que é de fato ser canone
o Desde que Dragon Ball Super chegou uma confusão imensa sobre Dragon Ball GT surgiu,afinal a série expandiu seu
universo de tal maneira introduzindo inúmeros personagens,criando inúmeras coisas que contrariam acontecimentos do GT
novas transformações mais poderosas que o Super Saiyajin 4 e inúmeros personagens que sequer dão as caras até por terem
sido criados depois desta série.Isso impossibilitou que GT fosse canônico.Porém existe muita confusão a respeito disso especialmente
por decisões sem sentido na adaptação da Toei pra anime e a declarações dúbias e evasivas dos produtores em relação a isso como se tivessem medo de uma reação dos fãs pois se disserem que é canone isso causaria uma revolta por causa das incoerências da série e se disserem que não é correm o risco de fazer os fãs esquecerem a série e matar potencial de vendas já que GT vende muito tanto que muitos personagens da série são usados em jogos como FighterZ que terá dois de uma vez em breve.Mas ainda é possível afirmar que o GT não é canone pelo simples fato de observarmos como os japoneses criam histórias,fora o próprio Super que já de cara determina isso.
Como funciona essa história de canone no Japão?e o conceito que a gente conhece de canone e filler está certo?
Primeiramente precisamos revisar como as obras japonesas são feitas.A maioria dos animes vem do mangá.No Japão as editoras praticamente contratam autores freelancers talentosos pra criar histórias pra sí.O autor envia sua história pro editor e se ele achar interessante ganha a chance de ser publicado na revista da editora.A partir daí a obra passa a ter autoria compartilhada entre autor e editora e ele escreve a obra do seu início até seu fim,diferente das Hqs ocidentais onde um autor cria o personagem e esse passa a pertencer unicamente a editora que pode contratar qualquer roteirista e desenhista e explorar a série por anos. Quando essa obra faz sucesso um estúdio de anime pode se interessar pela obra e propor uma adaptação em anime dela.Isso é muito lucrativo pois animes tem alcance maior por serem exibidos de graça na TV aberta e o fato de ter cor,som e movimento o torna atrativo inclusive fazendo pessoas se interessarem pelo material original.Esse foi o caso de Dragon Ball. Akira Toriyama é o autor,a Shueisha,a editora que ele trabalhou com a série e a Toei faz sua adaptação em anime. E com aprovação tanto do autor quanto da editora,o estúdio tem aval pra fazer a adaptação da forma que for mais lucrativa inclusive fazendo mudanças menores ou radicais como no caso de Cutey Honey de 73,Sailor Moon e Saint Seiya que são bem diferentes do material base pois assim a empresa acreditava ser melhor comercialmente.Inclusive eles podem criar novas cenas,ou até mesmos sagas inteiras se for necessário,geralmente pra evitar que o anime e alcance o mangá,já que a empresa segue produzindo episódios ininterruptamente enquanto der boa audiência e até o autor terminar a obra, e daí é que surgem os chamados episódios originais ou fillers como as pessoas gostam de denominar. Filler vem da palavra preencher então o termo passou a ser adotado no fandom,e de forma negativa principalmente pelo anime Naruto cuja maioria dos episódios são histórias originais,com uma péssima qualidade. Daí veio o termo canone e filler.O canone passou a ser considerado aquilo que o autor cria e os fillers tudo que não está no mangá. Chegou um ponto onde presenciei inúmeros sites criando guias de fillers pras pessoas ignorarem e até declarações como o Cavaleiro de Cristal de Saint Seiya ser considerado um personagem que não existe,por ser um filler não criado pelo autor da obra,algo sem pé nem cabeça,por isso esse termo não é o correto.O anime nada mais é que uma adaptação.É na verdade como um novo ponto de vista de uma mesma obra,como um outro canone.E esse canone pode ter coisas que não existem na obra e isso ser encaixado no chamado material canonico e aquillo valer mesmo se tiver algum erro ou contradição com o material base.O mangá de Dragon Ball seria o canone original,e o anime um canone alternativo.Ter uma história original conta pro canone do anime.É impossível ignorar certos arcos como no exemplo de Bleach onde os Bounts é um arco filler porém tem personagens dele que aparecem no arco dos Arrancars que é canônico,é impossível ignorar isso por ter conexão entre os arcos.Por outro lado outors fillers como os da Zanpakutou que não se encaixam na história podem ser considerados os fillers não canonicos que não tem ligação direta e que podem estes sim serem ignorados.Porém o canone e a visão original da obra é sempre do autor.
Mas e GT afinal?onde ele se encaixa afinal?
A verdade é que Dragon Ball GT não se encaixa tanto no canone do mangá quanto do anime por uma série de fatores.No Japão existe um costume de se criar várias histórias Gaiden,os chamados spin-offs sem encaixe na cronologia oficial de uma obra,pode ser uma história original como em filmes seja em histórias que se passam em passado ou futuro da série em questão usando a história base como fundo pra contar sua própria história sem se preocupar em seguir uma cronologia lógica,com mais liberdade pro roteirista.O primeiro caso é bem simples,filmes são feitos de forma a fazer o público se divertir sem se preocupar com cronologia ou até mesmo conhecer o anime,ele se localiza em um ponto da cronologia de acordo com a série que é exibida naquele momento,pois não faria sentido ter na série de TV o Goku Super Saiyajin 3 e no filme ter uma história com o Goku do inicio da série com o Kaiohken.Por isso temos or exemplo o filme 7 que usa o despertar dos andróides do canone original como pano de fundo pra ter uma história com androides novos nunca vistos porém nada daquilo aconteceu na história realmente,é você assistir,se divertir e pronto. O segundo caso é bastante comum,temos como exemplo os vários mangás de Saint Seiya que usam a história base pra criar inúmeras histórias não canônicas criadas por outros autores como Lost canvas que é um passado alternativo durante a guerra anterior contra Hades.A versão original canonica seria o Next Dimension que tem cavaleiros de ouro totalmente diferentes de LC.Episode G ocorre na adolescência de Aiolia onde os Cavaleiros de Ouro enfrentam os Titãs,fato que não ocorre nem no mangá e nem no anime,enquanto Saintia Shô se passa num presente onde existiam outor tipo de Cavaleiro,as Saintias que também não estão na cronologia original e nem na do anime.E esse é o caso de GT,que se passa num futuro alternativo da série 10 anos depois do epílogo de DBZ mas esta história não é canonica,mas tudo é oficial,ou seja crada pela Toei e acredito que ela foi assim desde o início,visto que a série ignora diversos fatores da série e parece levar em conta até acontecimentos dos filmes como a aparição de Cooler e Paragus entre os mortos revividos na saga do Super 17,o fato de vegeta já saber a fusão levando em conta que ele aprendeu no filme 12 e o Ryuken que Goku usa no filme 13. A história dos Tsufurujin é contada numa versão que surgiu no jogo Plano pra Erradicar os Saiyajin que ganhou um OVA remake junto do jogo Raging Blast 2 e não a versão crada exclusivamente em anime contada pelo Senhor Kaioh no começo da série.
Mas a confusão é maior por conta de uma decisão sem sentido da Toei na adaptação de DBZ que trouxe um vilão de um filme sem ligação com a série pra criar um arco filler que foi o Garlick Jr.O filme não se encaixa de forma alguma na cronologia pois no anime todos ficam surpresos com o fato do Goku ter um filho sendo que ele precisou pegar o Dragon Radar pra ir atrás do Gohan sequestrado pelo vilão(inclusive Krilin pergunta se Gohan é tão forte quanto Goku sendo que ele deveria saber por ter visto o vilão ser mandado pra Dead Zone pelo poder do garoto),fora o fato do Piccolo ter conhecido Gohan antes do tempo,e mesmo assim existe até flashback do filme em pleno anime.Isso fez com que muita gente acreditasse que os filmes eram canônicos e poderia ser a desculpa prea dizer que o GT é canônico,mas isso foi erro da próprioa Toei que forçou a barra.Sem a internet e tendo apenas as revistas como informação base,muitos acreditavam que GT fosse realmente uma continuação canônica,pois as próprias revistas tratavam dessa forma inclusive criando linhas do tempo incluindo até o filme 1 de DBZ por causa do Garlick Jr,fato esse facilmente desmentido na internet. Outro que csusa confusão é o especial de Bardock e o OVA onde ele viajou ao passsdo se ttansformando no SSJ ds lenda. Toriyama criou tamto no mangá Jaco como em Dragon Ball Super sua própria versão da destruição do planeta Vegeta e do próprio Bardock que é muito diferente desses especiais. O OVA segue os acontecimentos desse especial e por isso ele também não é mais canônico. Mas essa versão do Bardock é muito popular tanto que ele aparece no jogo Dragon Ball FighterZ inclusive com a transformação SSJ mesmo não sendo o Bardock original e sim um criado pela própria Toei
E as mudanças atuais e Dragon Ball Suoper
Por conta da complexidade das histórias dos Shonen Mangá as adaptações ficam cada vez mais difíceis.Antes os autores criavam sagas com vilões diferentes com inicio,meio e fim então era fácil criar fillers nos intervalos das sagas mas agora é complicado pois geralmente temos um único vilão com uma trama gigantesca construìda em sequencia,quase não dando tempo pra se criar histórias originais.Por isso em Naruto e Bleach chegamos ao ápice desse problema pois tiveram que interromper inúmeras vezes a história em seu curso pra criar arcos desconexos originais que nada tinha a ver com o que estavam acompanhando fazendo a audiência cair pois desanimava ver a história ser interrompida por coisas que não interessavam e nem tinham qualidade e isso fez a indústria repensar o velho formato.O Bones decidiu seguir um formato similar as séries americanas com My Hero Academia tendo um número fixo de episódios por ano(24) e com intervalos longo de cerca de 3 meses entre uma temporada e outra.Isso trouxe inúmeras benesses como dar mais tempo pro mangá se distanciar,poder gastar melhor com animaçâo criando algo mais fluído e bonito e dando um descanso a sua staff,e o melhor,sem precisar ter que criar histórias originais que contradizem a obra e desagradam os fãs,assim todos ficam felizes
dragon Ball Super foi feito de forma diferente.Em reposta ao fiasco de Dragon Ball Evolution Akira Toriyama decidiu compensar criando uma nova hist´roia em um filme animado.O sucesso avassalador mostrou tanto pra Toei quanto pro autor que o público queria mais Dragon ball e isso o motivou a criar mais coisas da série então surgiu mais um filme,Renascimento de Freeza.Com isso surgiu a proposta da Toei de criar uma nova série e dessa vez evitando fazer por conta própria chamando o autor pra criar a história pra eles animarem.Assim Akira Toriyama cria um esboço do roteiro,design de personagens e dicas de como conduzir pros roteiristas da Toei criarem diálogos e mais situações em cima disso.A Shueisha faz o mesmo com o mangá chamando um autor talentoso pra adaptar o esboço do mesmo roteiro que Toriyama escreve mas da sua própria maneira até ajudando o autor a criar personagens e dar idéias como é o caso de Toyotaro que fazia um Doujinshi de Dragon Ball AF e foi chamado graças ao talento que mostrou no material de fã..Por isso que Dragon Ball Super é diferente em mangá e anime e graças a isso podem fazer uma série sem precisar que Toriyama crie um mangá antes com toda criatividade e genialidade do autor e deu certo pois o universo da obra foi expandido de maneira incrível criando até um multiverso.Mas qual é o canone?Ambas são baseadas na obra do autor.Como o anime mantem algumas particularidades(como Piccolo ter 5 dedos ao invès de 4 como no mangá) é mais fácil considerar a versão mangá a continuação direta do mangá de DB e a versão anime a continuação do anime.E GT é como se fosse apenas um universo alternativo como veremos na análise da série na parte 2 deste especial.
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