#Mundo Jurássico

[inverno-noinferno]

Minha irmã e eu somos almas gêmeas. Mas não igual naquelas histórias de romance ou paixão – somos gêmeas de essência, uma conexão que só nós duas entendemos.

Desde pequenas, eu era a "adulta" e, para ela, isso era um drama. Odiava quando eu preferia brincar sozinha, imersa em brinquedos cheios de botões ou eletrônicos, enquanto ela queria dividir o mundo das bonecas e princesas comigo. Apesar dela ser a mais velha, eu era a esquisita precoce que amava videogames e aquele notebook jurássico que só tinha o Paint para desenhar. Bonecas? Nunca. Meu paraíso era o quintal da minha vó.

Ela, ao contrário, era criança de verdade. Tinha essa mania de ser o centro de tudo, de acreditar que o universo girava ao redor dela. Era cheia de birras e dramas, mas eu a conhecia tão bem que, na maioria das vezes, apenas revirava os olhos, como um adulto cansado diante das travessuras de uma criança hiperativa.

Claro, tínhamos nossos momentos de discórdia e de amor. Brincávamos e brigávamos com a mesma intensidade. E quando alguém tentava nos separar para dormir em casas diferentes… era um drama. Uma choradeira absurda, como se o mundo estivesse desabando. Não descansávamos até garantirem que íamos ficar juntas, inseparáveis.

Crescemos assim, unidas em tudo – estudávamos na mesma escola, nossas amizades se misturavam, frequentávamos os mesmos lugares, muitas vezes até usávamos roupas parecidas. Éramos uma dupla confusa para qualquer um, a ponto de deixar amigos, família e até vizinhos em dúvida. Se pudessem, acho que colariam pôsteres nossos pela vizinhança, tamanha era a adoração e confusão. "Gosto da loira" diziam, mas nunca sabiam qual.

Nosso ritual sagrado era ir ao shopping. Caminhávamos até lá, percorrendo o jardim de um condomínio lindo, mesmo que às vezes nos pegasse uma chuva inesperada. Aquela caminhada de meia hora sempre parecia uma jornada épica, um filme com duração de uma eternidade. No fim, nosso pedido clássico: “batata de bigode com requeijão e coca-cola”. A ideia de trocar o pedido e talvez não gostar nos dava pavor.

E eu a obrigava a ver High School Musical, Rebelde e Calypso milhares de vezes, todo santo dia. Ninguém nunca percebeu o quanto éramos complicadas, os sinais estavam lá o tempo todo.

Havia uma época em que tentávamos ser "modelos do Orkut", um projeto tão improvável que era quase cômico. Mas, de repente, nossas fotos começaram a chamar atenção, e passamos a atrair olhares até demais. Havia algo na nossa beleza que parava o trânsito – literalmente. E eu odiava isso. A exposição trouxe eventos péssimos, e por ela acabamos nos afastando pela primeira vez.

Foi o primeiro baque: nos dividimos para recomeçar em estados diferentes, cada uma tentando viver uma vida nova. Ela foi sugada pelo turbilhão da adolescência, enquanto eu, sem a segurança de sua mão para segurar, enfrentei minha dor e superação sozinha. Com o tempo, tivemos de sufocar as lembranças, cada uma lidando com as saudades de modo isolado. A “batata de bigode” virou um ritual solitário.

Nos reencontramos depois de anos, e eu não reconhecia mais minha irmã. Era uma estranha. Ela também não me reconheceu. Éramos sombras das garotas que um dia confundiam o mundo ao seu redor. Hoje, ela está do outro lado do planeta, e nós nos vemos por telas, a estadia dela aqui é tão breve que só dá tempo de irmos no shopping comer nossas batatas.

A saudade aperta mais nos aniversários e no Natal — que é quando a família se reúne, mas sempre falta ela. E sempre falta a nossa batata! Assistir a vida uma da outra pela tela nunca será a mesma coisa que viver com ela. Mas nós nos adaptamos, nos reinventamos. Porque, apesar das mudanças, minha irmã sempre será minha irmã. Amarei cada fase e cada versão dela, em todos os mundos onde estivermos.

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Explore Passeios Em Bonito

Bonito é uma pequena cidade no Mato Grosso do Sul, Brasil, atravessada por belos rios, cavernas e cachoeiras e repleta de uma grande biodiversidade. Com tanto a oferecer em termos de passeios em Bonito, é justificado dizer que eles podem ser avassaladores para os aventureiros, os amantes da natureza ou aqueles que pretendem passar um tempo tranquilo na natureza. Neste artigo, você pode saber mais sobre os passeios em bonito, passeios em bonito ms.

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A flutuação é uma das atividades mais fáceis de aproveitar em Bonito, oferecida em rios como o Rio da Prata—Rio da Prata—e o Rio Sucuri. De fato, os passeios de mergulho com snorkel no rio oferecem belas oportunidades para os turistas flutuarem na água para observar peixes e plantas da área. A água é tão transparente que você pode observar o fundo do rio, como se fosse uma espécie de aquário, com detalhes.

É muito sereno e ao mesmo tempo muito emocionante, portanto muito aconselhável para os amantes do mundo natural ou famílias. A Gruta do Lago Azul não deixará de ser um marco para aqueles que desejam explorar cavernas. Esta é uma das atrações naturais que ofuscam Bonito, devido à sua cor azul nítida e hipnotizante e à grande quantidade de rochas pertencentes ao período Jurássico da península.

O passeios em bonito inclui uma curta caminhada e uma descida nas cavernas para permitir que os visitantes vejam esta maravilha natural: um lago subterrâneo. É a história e a geologia desta caverna que tornam este passeio um dos mais interessantes da região. Em segundo lugar, há o Ecoturismo Boca da Onça, que consiste em caminhadas e passeios a algumas cachoeiras, como a cachoeira mais alta da área. Este serviço apresenta uma ótima oportunidade para se banhar em piscinas naturais, admirar a bela vista da área circundante e conhecer os representantes da flora e da fauna. Este tipo de passeio é ideal para aqueles que esperam uma certa dose de atividade física junto com o lazer, o que é tão necessário.

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Parte II

A nascente do rio Alviela, também conhecida como Olhos d'Água do Alviela, é um dos fenómenos hidrocársicos mais importantes de Portugal, situado no Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, no concelho de Alcanena. Situa-se na base de uma escarpa, na fronteira geológica entre o Maciço Calcário Estremenho e a Bacia Terciária do Baixo Tejo. Pode ser acedida através de um trilho pedestre com cerca de 1,5 km, com início no Centro de Interpretação dos fenómenos cársicos de Portugal.

A água brota da terra de forma inconstante ao longo do ano, podendo atingir um débito de 17 mil litros por segundo no pico de cheia, no inverno. A nascente é composta por um conjunto de afloramentos calcários, onde a água da chuva se infiltra no solo e circula pelos sistemas subterrâneos, até ressurgir à superfície. A temperatura da água ronda os 17 graus durante todo o ano. E a sua clareza é notável, permitindo observar a fauna e flora aquáticas.

A partir de maquetes, foi-nos dado observar os fenómenos das nuvens em movimento, a sua transformação em chuva, a chuva com intensidade, o modo como as terras absorviam as águas e como depois elas se espalhavam pelas ribeiras, rios… Como os terrenos eram inundados, no Planalto de Santo António, Ribeira dos Amiais, Olhos de Água, Polje de Minde… Nascente do Alviela…

Esta nascente é um local de grande beleza natural e valor ecológico, integrado na Rede Natura 2000. Possui um elevado interesse geológico e educativo, sendo um importante ponto de referência para o estudo do calcário em Portugal. Aliás, todos os territórios envolventes são cortados por cursos de água, grutas, algumas delas bem conhecidas, Santo António, Alvados… muitos algares, ravinas, socalcos, quantos e quantos afloramentos que se transformaram em verdadeiros miradouros… por ex., aquele que oferece uma vista panorâmica da nascente, da Ribeira dos Amiais e do canhão fluviocársico. Estamos perante um verdadeiro paraíso para espeleólogos, aqueles que se dedicam ao estudo de grutas, algares…, E para todos os que gostam de se perder nos descampados, brenhas, maciços rochosos, na natureza… É todo um mundo a descobrir!

O Rio Danúbio, o maior da Europa, segundo uma lenda conhecida, nasce de uma lágrima. Referência feita na obra Danúbio de Claudio Magris. Numa versão popular da lenda, uma ninfa chamada Donau se apaixonou por um jovem guerreiro chamado Lehel. O amor deles era proibido, e Lehel foi morto em batalha. Quando Donau recebeu a notícia, as suas lágrimas eram tão abundantes que formaram o rio Danúbio. Comparemos, agora, com a nascente do Rio Alviela. A bacia de alimentação da nascente dos Olhos de Água do Alviela tem uma área estimada de 180 km². Esta bacia, subterrânea, constituída por calcários jurássicos, é responsável por recolher a água da chuva e neve que, através de um processo de infiltração e percolação subterrânea, alimenta a nascente do rio Alviela. No caso do Danúbio, um grande rio, toda a sua água surgiu de uma simples lágrima que se foi multiplicando. No caso do Alviela, um modesto rio, o seu caudal, não muito vasto e distante, surge de uma bacia subterrânea tão grande! Mas também neste rio há lágrimas, as da moura do Alviela…

Ao voltarmos para o autocarro, rodeámos a praia fluvial, atravessámos o rio pela ponte de pedra, onde, num mosaico está escrita a lenda da Moura do Alviela. Esta narra a história de uma princesa moura que se apaixonou por um rapaz pobre. O amor entre os dois era proibido pelo rei mouro, pai da princesa, que desejava que ela se casasse com um pretendente à sua altura. Desesperada, a princesa fugiu e refugiou-se nas grutas junto à nascente do rio. O rei mouro, furioso, pediu a uma bruxa que a encontrasse. A bruxa, usando seus poderes, localizou a princesa e lançou-lhe uma maldição: a princesa seria transformada em pedra e as suas lágrimas se transformariam em água. Diz-se que a água da nascente do Alviela brota das lágrimas da moura encantada, e que o seu choro se pode ouvir nas noites de lua cheia. A lenda da Moura do Alviela é uma história de amor proibido, traição e magia. É um conto popular que se transmitiu de geração em geração, e que ainda hoje emociona quem a ouve.

E, assim, com lágrimas, apenas na lenda, rio, água, água, maciços rochosos, grutas e algares, miradouros com extensas e panorâmicas paisagens, tudo isto na minha alma, me fui despedindo do Alviela e das ricas terras por toda a sua volta. Em demanda de um outro rio, do meu próprio rio…

[schoje]

O Centro de Educação Infantil Municipal (CEIM) Aquarela, do bairro Passo dos Fortes, realizou na noite de sexta-feira, 12, uma observação do Espaço Sideral, com a turma das crianças bem pequenas (CBP), do turno matutino. A atividade faz parte do Plano Docente Cyber Saurus: uma realidade virtual, o qual tem como objetivo envolver as tecnologias na rotina diária. Juntamente com as tecnologias, o plano explorou aspectos sobre a vida dos dinossauros como a classificação das espécies, a forma como viviam, do que se alimentavam e a provável causa do desaparecimento dos dinossauros. Muitas atividades foram desenvolvidas, como um passeio virtual pelo Museu dos Dinossauros, montagem de um fóssil, confecção de óculos 3D, mural pré-histórico, visualização de um dinossauro através de holograma e muitas outras. “Através do tema, nossos pequenos puderam aprender e se encantar com as ferramentas tecnológicas que deram vida a um passado tão distante. Em um ambiente do mundo real, mas também virtual, foi possível motivar e tornar essa aprendizagem ainda mais atraente para nossas crianças, abrindo um portal para o mundo jurássico para conhecer os animais que viveram em nosso planeta a milhões de anos atrás. Como sempre, nossos planos apresentam alguns desfechos para marcar a passagem para um novo tema e desta vez, promovemos um momento noturno de observação no céu. Por meio de um telescópio, observamos a lua, alguns planetas e constelações, referenciando a origem e localização dos meteoros que acabaram extinguindo toda vida terrestre em nosso planeta. Durante todas as etapas do plano docente, nossas crianças e familiares participaram ativamente do processo, aprendendo e criando personagens para exposição do Vale dos Dinossauros”, explicou a professora que desenvolveu o plano, Eliane Pereira. A mãe do aluno Vicente de Carvalho Mick, Thays Regina de Carvalho Mick, disse “eu achei o projeto maravilhoso! A gente participou bem do projeto. Quando as professoras mandam os trabalhinhos para casa ele logo queria fazer, se envolveu bastante, a família ao todo na verdade, pai, mãe, irmã, tia, todo mundo. É um projeto bem interessante, eu até falei hoje para a profe, as vezes dá até uma emoção de escutar eles falar, o que a professora explica na escola e ele chega em casa e fala o mesmo...é muito emocionante”.Fonte: Prefeitura de Chapecó SC

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Senhor dos Anéis: Viaje para a Terra Média com este slot inspirado na obra de J.R.R. Tolkien. Encontre Frodo, Gandalf e outros personagens amados enquanto você gira as bobinas em busca do Anel Precioso e de grandes recompensas.

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Jogos de cassino online com temática cinematográfica

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Entre os jogos mais populares com temática cinematográfica estão as máquinas caça-níqueis baseadas em filmes de sucesso. Essas máquinas apresentam símbolos e imagens dos personagens e elementos mais marcantes dos filmes, como Batman, Jurassic Park, Senhor dos Anéis, entre outros. Além disso, também há jogos de mesa, como roleta e blackjack, que incorporam elementos de filmes em sua jogabilidade e design.

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Em resumo, os jogos de cassino online com temática cinematográfica oferecem uma experiência emocionante e imersiva para os amantes do cinema e dos jogos de azar. Com uma variedade de opções disponíveis, os jogadores podem encontrar facilmente um jogo que os transporte para o mundo mágico do cinema enquanto tentam a sorte em busca de grandes prêmios.

Slots inspirados em personagens de filmes renomados

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Os filmes sempre exerceram uma influência poderosa sobre a cultura popular, moldando nossas preferências e despertando nossa imaginação. E quando essa magia cinematográfica encontra o emocionante mundo dos slots de cassino online, o resultado é uma experiência verdadeiramente eletrizante.

Os desenvolvedores de jogos de cassino têm aproveitado a popularidade de personagens icônicos do cinema para criar slots envolventes que cativam os jogadores desde o primeiro giro. De heróis destemidos a vilões memoráveis, esses jogos transportam os jogadores para universos familiares, repletos de ação e aventura.

Imagine-se navegando pelos mares turbulentos ao lado de Jack Sparrow em um slot inspirado em "Piratas do Caribe", ou enfrentando as forças do mal ao lado de Harry Potter e seus amigos em uma emocionante máquina de caça-níqueis baseada na saga do bruxinho mais famoso do mundo.

E que tal embarcar em uma jornada intergaláctica ao lado de Luke Skywalker e Darth Vader em um slot de "Star Wars", onde cada giro é uma batalha épica entre o lado claro e o lado sombrio da Força?

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Opções de jogos de cassino com heróis do cinema

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Máquinas caça-níqueis baseadas em filmes famosos

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[flm5]

Ju$celino vende gato por lebre

Juscelino Filho, o ministro das Comunicações de Lula made in Maranhão, aquele que faz emendas orçamentárias em prol de si mesmo, diz que quer regulamentar a internet. É mais um que tenta enganar os trouxas vendendo as iniciativas antitruste do mundo civilizado contra os gigantes das redes como a perseguição política jurássico-soviética do lulismo.

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Circo Internacional da China" e seu novo espetáculo "Mundo Jurássico", dia 9 de Julho, no Teatro Rio Vermelho.

Circo Internacional da China" e seu novo espetáculo "Mundo Jurássico", dia 9 de Julho, no Teatro Rio Vermelho.

O “Circo Internacional da China” trará para Goiânia o seu novo espetáculo “Mundo Jurássico“, dia 9 de Julho, no Teatro Rio Vermelho. A superprodução inédita terá duas únicas sessões: às 14h30 e 17h30, desafiando as leis da gravidade e voltadas para todas as idades. Os ingressos variam de R$ 70 à R$ 300 (nas opções de meia legal/solidária) e já estão disponíveis no site furandoafila.com.br.…

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Anthony Tucker (Adam Hampton), condenado injustamente pelo assassinato de sua esposa, vai enfrentar momentos ainda mais difíceis em sua vida: ele foi escolhido, ao lado de mais outros dez condenados à morte, para participar do mortal “The Jurassic Games”, onde eles serão aprisionados em um perigoso mundo virtual lotado por dinossauros famintos e, caso morram lá, também perdem a vida no mundo real.

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Quatro anos após a destruição da Ilha Nublar, os dinossauros começaram a viver e caçar lado a lado com os humanos. Esse delicado equilíbrio mudará o futuro e determinará de uma vez por todas se o homem continuará sendo o principal predador do planeta que agora compartilha com as criaturas mais temidas da história.

Os protagonistas viajam até lá para resgatar Maisie (Isabella Sermon), que é sequestrada para fins científicos. Resgatá-la e deixar o local com vida será a desculpa da história escrita por Emily Carmichael e Colin Trevorrow e dirigida pelo próprio Trevorrow, para imaginar muitos dinossauros perseguindo os heróis da história (aos quais Kayla, interpretada por DeWanda Wise, é adicionada ). ). O fim é logicamente com o Giganotossauro, conhecido até hoje como o maior carnívoro que já existiu.

Antes de chegar ao local inóspito onde os eventos se desenrolam, Jurassic World: Dominion (Jurassic World: Dominion, 2022) nos conta que os dinossauros se espalharam pela face da terra. Para o filme, exceto Malta (onde Owen foge de motocicleta de dois sequestradores), o resto da “Terra” são os Estados Unidos. Vemos dinossauros vagando por todos os Estados Unidos, mesmo nas montanhas nevadas do norte, onde animais de sangue frio teriam sobrevivido. Tampouco os efeitos especiais dos animais pré-históricos atingem níveis sofisticados como aconteceu nas primeiras parcelas.

Mas Jurassic World: Dominion pouco se importa com a verossimilhança porque, como um bom filme de aventura à imagem e semelhança de Indiana Jones, prioriza o ritmo vertiginoso e as espetaculares exibições físicas no terreno disputado. Um espírito presente desde a primeira versão cinematográfica de O Mundo Perdido (The Lost World, romance de Arthur Conan Doyle) dirigido em 1925 por Harry O. Hoyt, que este filme recupera.

O sexto filme da franquia que Steven Spielberg iniciou em 1993 a partir do best-seller de Michael Crichton em terra propõe o reencontro com Laura Dern e Sam Neill, além de tentar recuperar o espírito da primeira trilogia com grandes recursos.

Jurassic World: Dominion (Jurassic World: Dominion, EUA/2022). Direção: Colin Trevorrow. Roteiro: Emily Carmichael e Colin Trevorrow. Elenco: Chris Pratt, Bryce Dallas Howard, Laura Dern, Jeff Goldblum, Sam Neill, Isabella Sermon, DeWanda Wise, Mamoudou Athie, Omar Sy, Campbell Scott, BD Wong, Justice Smith e Daniella Pineda. Música: Michael Giacchino. Fotografia: John Schwartzmann. Distribuidor: UIP. Duração: 146 minutos. Adequado para crianças com mais de 13 anos.

Os dinossauros estão mais vivos do que nunca na terceira parte da segunda etapa da franquia criada há 30 anos por Steven Spielberg –que aqui atua como produtor executivo– baseado no romance de Michael Crichton. É um filme que abraça um espírito próximo da primeira trilogia, colocando as consequências brutais das ambições humanas no centro da história.

A ação se passa alguns anos após a liberação massiva dos dinossauros de The Fallen Kingdom (2018) e encontra os répteis inseridos de forma relativamente harmoniosa no ecossistema atual. Os “vilões”, então, nos dinossauros são aqueles homens movidos unicamente pela busca do lucro e pela ambição de poder.

É o caso do dono de uma poderosa empresa de biotecnologia chamada Biosyn, que modifica o DNA de alguns gafanhotos legais para que engulam todas as plantações, exceto as nascidas das sementes da empresa. No entanto, o nascimento do fundador do Jurassic Park original está oculto por um motivo que não deve ser revelado.

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Quatro anos após a destruição da Ilha Nublar, os dinossauros começaram a viver e caçar lado a lado com os humanos. Esse delicado equilíbrio mudará o futuro e determinará de uma vez por todas se o homem continuará sendo o principal predador do planeta que agora compartilha com as criaturas mais temidas da história.

Grupos mercenários também estão vasculhando o planeta em busca do clone adolescente Maisie Lockwood (Isabella Sermon), cujo DNA pode guardar segredos para os cientistas genéticos da Biosyn, liderados por BD Wong. Quando Maisie é sequestrada, junto com o próprio bebê do velociraptor semi-domesticado Blue, os ex-funcionários do Jurassic World Owen Grady (Chris Pratt) e Claire Dearing (Bryce Dallas Howard) perseguem. Simultaneamente, Ellie Sadler (Dern) está investigando enxames gigantes de gafanhotos mutantes e recruta Alan Grant (Neill) para acompanhá-la em uma visita às instalações de pesquisa da ilha de Biosyn, onde Ian Malcolm (Goldblum) agora é consultor. Jurassic World Dominion se desenrola como uma aventura itinerante mais adequada aos heroísmos de Indiana Jones ou Ethan Hunt do que um conjunto de cientistas idosos e tratadores desempregados. Uma sequência repleta de ação em Malta, que vai de bazares subterrâneos de dinossauros a perseguições de rua em alta velocidade, parece retirada de um filme multiversal de Jason Bourne, em vez de evocada da imaginação de Michael Crichton. Somente na segunda metade do filme, todos eventualmente se reúnem em uma ilha remota infestada de dinossauros, onde voltam aos negócios como de costume. O CEO da Biosyn da Campbell Scott, Lewis Dodgson, é um introvertido social típico de Steve Jobs, infinitamente frustrado pela estreiteza de mente daqueles ao seu redor que só conseguem ver as falhas cataclísmicas em sua nova visão ousada. Outros recém-chegados à franquia, DeWanda Wise, Mamoudou Athie e Dichen Lachman, fazem o possível para fazer sentir sua presença em meio ao caos, e há uma tentativa notável de devolver os designs de dinossauros a espécies genuínas, incorporando as mais recentes teorias em aparência e comportamento. Em última análise, Jurassic World Dominion é incapaz de escapar da mesma sensação de destruição iminente que atormentou os parques temáticos de mesmo nome desde o início. Cegos pelo desejo de lucrar ainda mais com nosso fascínio sem fim por essas feras gigantes do passado, Trevorrow e companhia perderam de vista o que tornou essa franquia especial em primeiro lugar. Quando os próprios dinossauros começam a parecer uma obrigação contratual ou secundária dentro de sua própria franquia, provavelmente é hora de deixar todo o empreendimento voltar à extinção. Embora não seja um nível ruim de Jurassic Park III, Dominion conclui não tanto com um rugido triunfante, mas com o gemido exausto de uma criança pronta para ir para casa.

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iO Donna | Lorenzo Zurzolo: "Me deixo guiar apenas pela paixão"

"Você vai longe", disse Giorgio Albertazzi à ele quando tinha 14 anos. E não se enganou: aos 22 anos, o ator de "Baby" está entre os protagonistas de "Eo", de Jerzy Skolimowski, premiado em Cannes. Seu segredo? Nunca use estratégias. Mesmo que isso custe decepcionar seus seguidores no Instagram.

Giorgio Albertazzi havia lhe dito: "Você vai longe!". Mas ele, aos 14 anos, estava focado em se passar por Pinóquio no teatro e não havia prestado atenção nas palavras daquele intimidador Stromboli... E não é difícil imaginar o motivo: o herói do drama juvenil (Baby, Sotto il sole di Riccione) está entre os protagonistas de EO, filme de Jerzy Skolimowski que ganhou o Prêmio do Júri no Festival de Cannes, nos cinemas italianos na próxima temporada.

História de um burro

«É a história de um burro que passa de mão em mão: a princípio ele trabalha em um circo na Polônia, fechado por protestos de ativistas dos direitos dos animais. Enviado para o matadouro, foge, é raptado, até chegar à Itália e ser esquecido num restaurante de rodovia. É aí que eu pego: sou um padre que está voltando para a casa da família para enfrentar sua madrasta».

Um padre? E os fãs dele? (risos) Eh, um padre sui generis [único], um que deu trabalho…

A madrasta é Isabelle Huppert. Fiquei impressionado em como ela controlava tudo: sabia o resultado exato de qualquer um de seus gestos, mas era de uma espontaneidade, de total credibilidade. Não que eu esteja surpreso, sua fama a precede.

Em vez disso, ele conhecia Skolimowski? Ele é um diretor cult, dos cinefóruns de "debate" sobre década de 1980. Jurássico, para ele. Eu tinha visto um de seus filmes mais recentes, Essential Killing (Leão de Prata no Festival de Veneza 2010) e, após a audição, fui atrás dos anteriores. Assim que soube que ele estava procurando um ator italiano, o mandei uma fita.

 "Xavier Dolan e eu"

A memória mais preciosa do Festival? Muitas! Estar ali, entre os gigantes do cinema, foi a realização do que sonhava quando criança (comecei a atuar aos sete anos). Entre outras, conheci Xavier Dolan (canadense, premiado enfant prodige of direction): um dia, por acaso, abri o Instagram e percebi que ele estava me seguindo, tinha deixado um like. Quem sabe como ele descobriu sobre mim. Na verdade, não vou muito às redes sociais, só as uso como vitrine de negócios, não gosto de compartilhar o resto.

Incomum, para alguém de sua geração. Vejo amigos que se tornaram mais influenciadores do que atores, e trabalham duro graças a isso, mas - para o que quero fazer - esse aspecto não é importante. Skolimowski certamente não me procurou no Instagram nem me escolheu pelo número de seguidores (que de qualquer forma são quase um milhão e meio).

O que é que "ela quer fazer"? Só o que eu gosto instintivamente, sem estratégias. Trabalhar com Dolan, aliás, ou com Leos Carax (Holy Motors, ótimo!) ou com Gaspar Noé (ah, seu Climax !). Adoro thrillers psicológicos como David Lynch, adoro histórias extremas: no momento estou adorando The Boys, a série no Amazon Prime em que os super-heróis são os vilões da situação, estragados pela fama. Espero em breve ter um papel semelhante ao de Homelander, o protagonista. Afinal, se alguém realmente possuísse superpoderes, estaria salvando o mundo hoje? Nós iremos...

Ele tem gostos cinematográficos sofisticados. Em casa havia filmes quase todas as noites. Ainda me lembro da visão coletiva de A vida é bela: o quanto chorei! Agora que moro sozinho, criei uma megabiblioteca: sou um colecionador de DVDs e quadrinhos, assim como meu pai.

Seus pais sempre apoiaram sua escolha? Mamãe, que tem uma produtora e organiza eventos, foi minha primeira fã. Meu pai, jornalista da RAI, era bastante contra: ele se preocupa muito com os estudos e me repetia: "Se você tirar nota baixa no ensino médio - eu fiz linguística - você não é mais ator". No início era uma brincadeira (aos sete anos fiz um comercial com Francesco Totti e para mim, que sou romanista, foi uma... experiência absurda!). Algumas ficções como Don Matteo e, aos 12 anos, o ponto de virada: com Uma família perfeita de Paolo Genovese percebi que não poderia abrir mão do set sem me sentir mal.

E nesse ponto? Me matriculei na escola de teatro de Guido Governale e Veruska Rossi, fundadores da primeira companhia de atores menores de idade na Itália. Com eles encenei Pinóquio e Bad Boys, ambientado em uma prisão juvenil.

Ainda não pensou em escolher um sobrenome artístico? Nunca. Aos 18, chegou o Baby, nunca mais parei de trabalhar. Não tenho nem tempo de frequentar a faculdade, tenho que me limitar a alguns workshops.

Qual método você prefere? Stanislavskij, Lee Strasberg, Sanford Meisner? Eu sou do tipo prático: vou ao set - ou ao palco - e atuo. 

Mais desapegado a Marcello Mastroianni do que identificado com o personagem a Robert De Niro, então. Sempre me lembro da observação de Laurence Olivier a Dustin Hoffman, que - durante as filmagens de The Marathon Runner - estava se matando para ser crível: por que você não apenas atua? (risos) . Não acho que exista um caminho absoluto para todos e para tudo: às vezes algumas interpretações exigem que você entre na emoção, em outros casos você pode chegar lá com técnica. Não é porque eu faria um viciado que eu tenha que usar drogas...

Próximos compromissos?

Até novembro as filmagens de uma série da Rai dirigida por Francesca Archibugi (retirada de The story, de Elsa Morante) e já finalizei as filmagens de outra para Amazon Prime, Prisma de Ludovico Bessegato, além de um filme que será lançado em 2023. Mas a partir de 13 de julho estarei na Netflix com Sotto il sole di Amalfi, a sequência de Sotto il sole di Riccione.

"Uma cerveja de pijama"

Alguma antecipação? Vincenzo, o menino deficiente visual que eu personifico, cresceu, abandonou muitas inseguranças, também se tornará imprudente. Vítima de uma mãe apreensiva e uma namorada que está se tornando como sua mãe (Isabella Ferrari e Ludovica Martino), ele quer mostrar que pode se virar sozinho. Normalmente no cinema os deficientes visuais usam óculos de sol, aqui tentamos reduzir seu uso ao mínimo. A interpretação de Vittorio Gassman em Perfume de Mulher me inspirou muito.

Sua vida parece brilhante: trabalho criativo, sucesso... Algum lado negativo? Não posso mais sair de pijama para tomar uma cerveja? Você vai entender!

E em trinta anos, Lorenzo? Como você se imagina? Com uma família (estou solteiro no momento), filhos. Em uma bela casa nas colinas de… Hollywood (risos).

[rufatto]

Canções do Distanciamento Social, vol.1-3

Não gosto de releases. Releases tentam te passar a ilusão de que você está diante de um trabalho que realmente importa, mas todos os dias milhares de releases são jogados ao mar da divulgação e a maioria morre afogado. Escolhi ser essa pessoa que não faz promoção dos discos que gravo apenas por achar que as pessoas devem descobrir sozinhas se uma música merece ser levada para frente ou não.  Enfim, não encare esse texto como um release.

No começo de 2020 eu tinha outro plano e esse plano não incluía gravar discos. Estava montando uma banda para tocar meu repertório, haviam shows sendo marcados, iria me dedicar a tocar, tocar na rua. Vejam só, minha banda teria até um saxofonista. Mas ai veio a pandemia e levou todo mundo para casa, para a reclusão, para as incertezas. Cada dia que passava, e j�� se passaram quase 300, minha angustia era mais sobre os outros do que sobre mim mesmo, sempre amei muito minha casa, sempre produzi em casa, num computador que já tem mais de 18 anos e não acessa internet a pelo menos oito. Naquele momento do inicio da quarentena “a brasileira”, as pessoas estavam produzindo compulsivamente mais para dizer a si mesmo que continuavam existindo mesmo trancados dentro de casa com os projetos temporariamente paralisados. Para passar o tempo depois que o expediente “home office” acabava, eu ligava o computador jurássico e escrevia algumas canções que refletiam angustia que eu via e sentia, além de versões que passavam pela minha cabeça. Resultado: entre abril e maio lancei 2 Eps. Quando junho chegou, já tinha material para mais alguns, a pandemia parecia longe de dar um tempo e decidi que iria dar um tempo nessa produção desenfreada, ir devagar. Escolhi fechar “canções do distanciamento social” em três volumes que não eram temáticos, mas agora, olhando os três lançamentos juntos, parecem amarrados a um único conceito, 3 volumes sobre isolamento.

A música original do Volume 1 “não pretendo me embrutecer nem me transformar em uma ilha” era uma espécie de tratado mental, eu a ouço como um esforço de consciência sobre as diferenças entre o que você deseja ser e o que você realmente é - diferenças que o isolamento potencializou, trouxe o pior em algumas pessoas e o melhor em outras.  No volume 2 “Hey, este é o meu jeito de suportar os nossos dias” é uma canção sobre a rotina na quarentena, coisas que fazíamos para aguentar a solidão e que envolviam visitar pessoas do passado, se apaixonar por fotos de pessoas que nunca iremos ver, escrever cartas que nunca serão enviadas, desculpe, não é essa a intenção.

O volume 3 ficou guardado por uns meses até decidir  lança-lo, eu simplesmente não tinha achado o tom que queria para cada uma delas e do nada, em 3 dias de novembro, estavam prontas.  “vivendo dentro dos seus próprios sapatos” foi escrita depois de ler um artigo sobre a solidão forçada da pandemia lembrar os quadros de Edward Hopper. O artigo encontrava uma relação entre a solidão urbana retratada pelo pintor e a pandemia da gripe espanhola que havia ocorrido no começo do século XX, estávamos vivendo dentro de um quadro? Eu fiquei pensando sobre isso e de lá surgiu a frase “agora, o que somos? Todas as cores em um quadro com milhares de mulheres e crianças e homens solitários, vivendo dentro dos seus próprios sapatos”. Essa canção tinha que ser barulhenta, tinha de ter ruído, não poderia ser uma balada, tinha de ter conflito, ela é sobre a pandemia, sempre vai ser. Infelizmente, é o tipo de canção que vai ficar marcada a um momento que as pessoas querem esquecer, como uma canção sobre guerra. O resultado é esse caos sonoro. O bom de ter dado tempo a essa canção é que pude trocar palavras que estavam na letra original, os homens antes eram raivosos, a raiva passou, ficou apenas a solidão. Está na letra desta canção a referencia para a capa do disco. “Pense positivo” parece uma canção positiva, mas ela cheia de ironia e humor auto-depreciativo, a frase inicial era um tweet sobre a vida em 2020, coisas que aprendi a fazer bem neste ano. O refrão é como uma voz interior te aliciando, é o seu diabo no ouvido dizendo que está tudo bem, os outdoors que dizem pra você pensar positivo porque você ainda está vivo. O som contido nessa música é o som que eu sempre quis fazer e só levei uns 20 anos para reproduzir com equipamentos baratos. As versões contidas nestes EPs foram acidentes do momento. Escolhi “chico mineiro” para encerrar esse processo por ser a primeira música que aprendi a tocar na vida. Ela existia num livro chamado “Cantemos”, distribuído nas igrejas católicas dos anos 80. Era a música que meu avô pedia pra que eu tocasse quando era adolescente então achei que seria legal fechar um ciclo com ela.

canções do distanciamento social, vol.1

Não pretendo me embrutecer, nem me transformar em uma ilha Ando Meio Desligado (Os Mutantes) The whole of the Moon (Waterboys)

Canções do distanciamento social, Vol.2

Hey, esse é o meu jeito de suportar os nossos dias lobo da estepe (Cascavelletes) it must have been love (Roxette)

Canções do distanciamento social, Vol.3 (dia 11/12 nas redes de streaming)

vivendo dentro dos seus próprios sapatos pense positivo chico mineiro (Tônico e Tinoco)