#Expedicionários do Brasil
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Dia 25 às 19h30 – 🎥 2o. Episódio da Série "EXPEDICIONÁRIOS DO BRASIL" – ...
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Brasileiros centenários: envelhecimento acelerado desafia o país
A sexagenária Brasília tem exatos 300 habitantes com 100 anos ou mais, segundo o Censo Populacional de 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com 103 anos, um desses centenários é Ermando Armelindo Piveta, militar reformado da Força Expedicionária Brasileira (FEB) e pioneiro na capital federal. Nascido em Laranjal Paulista (SP) em 1920 – mesmo ano de nascimento do poeta João Cabral de Melo Neto, da escritora Clarice Lispector, do craque Heleno de Freitas e do ator Anselmo Duarte –, Piveta viveu ao menos duas grandes aventuras brasileiras do século 20: a participação na Segunda Guerra Mundial contra as forças do Eixo (Alemanha, Itália e Japão), e a construção da nova capital federal. Em setembro de 1942, um mês depois de o Brasil entrar na guerra, Ermano Piveta foi chamado para prestar serviço militar no 4º Regimento de Artilharia Montada do Exército, baseado em Itu (SP). “Naquele tempo não tinha sorteamento. Era convocado”, lembra, em vídeo gravado por sua filha Vivian Piveta e enviado à Agência Brasil. No ano seguinte, o expedicionário embarcou no navio de passageiro e carga Almirante Alexandrino, que navegou do Rio de Janeiro até Dakar (Senegal), para fazer treinamento no continente africano. Ele atuou na guarda do litoral brasileiro em Fernando de Noronha, Pontal do Cururipe (Alagoas), Natal e no Recife. Já reformado como segundo-tenente do Exército, Piveta trabalhou em 1958 na construção de Brasília fazendo transporte de areia e cascalho. “Todo mundo falava: ‘Brasília, capital da esperança’. Botei aquilo na cabeça e vim.” Em 1968, ele voltou para morar definitivamente na cidade. Em abril de 2020, o expedicionário e pioneiro candango, então com 99 anos, ganhou as primeiras páginas dos jornais após receber alta de uma internação de oito dias no Hospital das Forças Armadas (HFA) por causa da covid-19. A receita dele para a boa saúde e longevidade é simples: “Não beber e não fumar. alimento bom e sadio. boa amizade com todo mundo e ganhar a alegria de todos.” Ermando Piveta recebe alta do Hospital das Forças Armadas (HFA) após tratamento de covid-19 - Cb Estevam/Arquivo/CCOMSEx Longevidade Centenários como Ermano Piveta representam 0,018% da população brasileira, ou 37.814 pessoas (27.244 mulheres e 10.570 homens) que cruzaram a linha de um século de vida. Os números na casa do milhar parecem modestos diante do total de 203.080.756 habitantes, mas, comparando as somas do Censo de 2010 e a contagem do Censo de 2022, o número de “superidosos” cresceu 66,7% (15.138 pessoas a mais). O dado é indicador da longevidade ascendente da população. De acordo com o demógrafo Marcio Minamiguchi, do IBGE, esses números podem parecer “curiosidades estatísticas”, uma vez que “a probabilidade de chegar nessas idades extremas é pequena”. Mas, na sua avaliação, o que é mais interessante é que “o fato de ter mais centenários está associado à possibilidade de ter um número maior de pessoas com seus 60, 70, 80 e 90 anos”. Raciocínio semelhante faz o secretário nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, Alexandre da Silva. “A gente deve comemorar é que nós temos mais pessoas chegando aos 100 anos. Isso quer dizer, indiretamente, que tem mais pessoas chegando aos 95, aos 90, aos 85, aos 80. Ou seja, a longevidade cada vez mais é uma constatação mais presente no nosso cotidiano.” Para a pesquisadora Daniella Jinkings, mestre pela London School of Economics and Political Science (LSE) com dissertação sobre o cuidado dos idosos pelas famílias, os dados revelados são positivos, mas “não estamos preparados para o envelhecimento. Nem a sociedade brasileira, nem o Estado”, pondera em entrevista à Agência Brasil. “Ainda cultuamos muito a juventude. As pessoas se recusam a envelhecer, ou tratam o idosos de forma pejorativa, colocam o idoso de escanteio como se a partir dos 60 anos fosse uma pessoa completamente inútil. Temos que vencer essa questão cultural, temos que vencer o desafio de integração, temos que reconhecer os idosos como sujeitos de direito, como pessoas que têm condições de decidir sobre a sua própria vida. As pessoas não querem envelhecer porque têm medo de se tornarem inúteis, serem pessoas dependentes.” Ainda no papel Quanto à atuação do Estado e às políticas públicas, o país avançou no reconhecimento legal de direitos, reconhece Daniella Jinkings. No entanto, ela assinala que “vários serviços que estão na Política Nacional da Pessoa Idosa, reiterados no Estatuto da Pessoa Idosa, ainda não saíram do papel". "Não temos serviços de cuidado domiciliar, temos uma rede muito pequena de centros dia para pessoas idosas ou de instituições de longa permanência. A integração entre as políticas intersetorialmente ainda é difícil”, avalia. A pesquisadora também destaca que o envelhecimento populacional no Brasil é “bastante desigual". "As pessoas com mais poder aquisitivo têm expectativa de vida maior do que as pessoas em situação de vulnerabilidade”, diz Daniella Jinkings. O livro A Pessoa Idosa na Cidade de São Paulo: Subsídios para a Defesa de Direitos e Controle Social aponta que, na maior cidade do país, por exemplo, “observa-se que quanto mais precária a condição socioterritorial menor a proporção de idosos com idade acima de 75 anos.” A publicação acrescenta que “quanto mais vulnerável a população, maior sua concentração em territórios cujas condições são mais precárias”. Publicado com apoio da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), o livro está disponível na internet. No livro, a análise sobre as desigualdades territoriais apresenta as grandes diferenças de condição de vida entre os idosos que residem em distritos centrais, como Moema e Jardim Paulista, “bem mais providos de infraestrutura urbana e serviços”, e os que habitam a periferia, como Brasilândia e Capão Redondo, “de urbanização mais precária.” População menor A média da expectativa de vida projetada em 2021 era de 77 anos – de 80,5 anos para mulheres e 73,6 anos para homens. Esses resultados serão atualizados com as estatísticas do Censo 2022, que deverão confirmar a tendência de envelhecimento, notada nas últimas décadas quando além do aumento da longevidade ainda se observou a diminuição do nascimento de bebês. A taxa de fecundidade (também em 2021) era de 1,76 filho por mulher. A previsão é que no futuro o Brasil terá mais velhos do que crianças. Projeção publicada pelo Ministério da Fazenda - feita pela analista técnica de políticas sociais Avelina Alves Lima Neta – calcula que, em 2060, “para cada 100 pessoas entre 0 e 14 anos teremos 206,2 idosos acima de 65 anos, ou seja, dois idosos nessa faixa etária para cada uma criança ou adolescente (0-14).” Bem antes disso, a população brasileira começará a diminuir de tamanho por causa da redução da fecundidade. Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), assinado pela técnica de planejamento e pesquisa Ana Amélia Camarano, prevê que a população brasileira crescerá até 2030, quando atingirá seu máximo em “aproximadamente 215 milhões.” A partir daí, o desenho da curva se inverte, deixa de ser de crescimento populacional, pois o número de brasileiros começa a diminuir e em 2040 chegará a cerca de 209 milhões, 6 milhões a menos do que na década anterior. O mercado de trabalho e a Previdência Social serão bastante impactados pelo envelhecimento e pela diminuição da população durante a formação desses cenários. É possível que as pessoas permaneçam trabalhando por mais tempo e que tenham que se tornar mais produtivas – gerar mais valor naquilo que fazem, com menos recurso e/ou em menos tempo. A análise do Ipea alerta que “aumentar a produtividade do trabalho é condição fundamental para diminuir os efeitos da redução populacional na competitividade da indústria e, por isso, ela deveria ser um dos objetivos centrais das políticas que visem a aumentar a competitividade e criar empregos". "O aumento da produtividade poderia, também, minimizar a redução da massa salarial, que é resultado da diminuição da força de trabalho, e melhorar a relação contribuinte/beneficiário e as condições atuariais atuais do sistema previdenciário”, acrescenta. O estudo evidencia que cuidar dos idosos vai além da assistência social: “A manutenção do trabalhador na atividade econômica por mais tempo requer políticas de inclusão digital, capacitação continuada, saúde ocupacional, adaptações no local de trabalho, como cargos e horários flexíveis, redução de preconceitos com relação ao trabalho do idoso, melhoria no transporte público, entre outras.” Fonte: EBC GERAL Read the full article
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05/05 na história 🌎
Internacional
Festa do Dragão, em que também era celebrada a artemísia, erva sagrada - China
Dia das crianças - Japão
Dia da Imigração Indiana - Guiana
Dia do Trânsito e da Cortesia ao Volante
Dia da Higiene das Mãos
Dia da Parteira
Dia da Língua Portuguesa e da Cultura Lusófona
🇧🇷
Dia do Líder Comunitário
Dia das Comunicações
Dia do Expedicionário
Dia do Marechal Rondon
Aniversário de fundação de:
Alto Paraná PR
Aparecida PB
Assunção PB
Biritiba-Mirim SP
Capim PB
Cuité de Mamanguape PB
Curral de Cima PB
Garça SP
Goiana PE
Ibicuitinga CE
Lajeado TO
Marcação PB
Maruim SE
Montenegro RS
Pedras de Fogo PB
Riachão do Poço PB
São João do Cariri PB
Segredo RS
Uraí PR
553 Início do Segundo Concílio de Constantinopla.
1866 Memorial Day é comemorado pela primeira vez nos Estados Unidos em Waterloo, Nova Iorque.
1925 O governo da África do Sul oficializa o africâner como língua oficial do país.
1949 É criado o Conselho da Europa em Estrasburgo como a primeira instituição da Europa a trabalhar para a integração europeia.
1961 Programa Mercury: Mercury-Redstone 3: Alan Shepard torna-se o primeiro americano a viajar para o espaço sideral, num voo suborbital.
1964 Conselho da Europa declara o dia 5 de maio como o Dia da Europa.
2011 Supremo Tribunal Federal do Brasil decide que casais homossexuais também podem firmar contratos de união estável assim como casais heterossexuais.
2016 Inaugurada Usina Hidrelétrica de Belo Monte, a maior usina 100% brasileira e a 3a maior do mundo.
🌟Nasceram…
Søren Kierkegaard (1813-1865)
Karl Marx (1818-1883)
Dalva de Oliveira (1916-1972)
😓Morreram…
Napoleão Bonaparte (1769-1821)
August Wilhelm von Hofmann (1818-1892)
Mikhail Botvinnik (1911-1995)
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BY @dracmore1 ( 👈 Follow 🦎)
IMAGEM: Getwallpapers
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CVFN SP - VOCE SABE DE ONDE EU VENHO
Olá, tudo bem? Como muitos já sabem, o *Expedicionários da História* é um grupo que tem como missão ajudar na divulgação da participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial. Como parte deste trabalho, ajudamos na criação do *”Espaço da FEB”*, localizado no Instituto Histórico e Geográfico de SV. A sala foi gentilmente cedida pelo Instituto Histórico para abrigar o acervo que esteve sob a…
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Jeep® CJ-3B celebra 70 anos e segue inspirando modelos como o Jeep Wrangler, Gladiator e Renegade
Lançado nos Estados Unidos em janeiro de 1953, o Jeep® CJ-3B acaba de completar 70 anos. O modelo foi também o primeiro Jeep a ser fabricado pela Willys-Overland do Brasil, já a partir de 1954. Algumas unidades de versões anteriores já haviam chegado ao país como CKD antes disso, mas coube ao CJ-3B integrar as primeiras peças nacionais ao longo dos seus anos de produção aqui no Brasil.
O CJ-3B – CJ de “Civilian Jeep” (Jeep civil) – foi uma evolução dos modelos já produzidos até então para clientes civis e não militares. Nascida em 1945 com o CJ-2A, a família CJ foi composta por veículos para uso em qualquer terreno de carroceria compacta, produzidos e vendidos pela Jeep até a década de 1980.
O CJ-3B começou a ser vendido no Brasil em 1954. Montado em São Bernardo do Campo (SP) pela Willys-Overland do Brasil, ele trouxe como diferenciais das gerações anteriores a grade frontal e o capô mais elevados para poder acomodar o novo motor de quatro cilindros Hurricane, da Willys, gerando o apelido “cara de cavalo”. Algumas publicidades da época destacavam a força e capacidade off-road dos modelos, que seguem sendo grandes atributos da Jeep até hoje.
Aventureiro nato
Dentre as muitas aventuras proporcionadas pelo CJ-3B ao longos dos seus 70 anos, destacamos uma realizada por três escoteiros em 1955, a Operação Abacaxi. Eles saíram de São Paulo com destino ao Canadá para participar do Jamboreee, encontro mundial de Escotismo.
Uma viagem incrível, que acabou sendo ampliada até o Alasca a bordo do CJ-3B. Entre a ida e a volta, os três aventureiros rodaram cerca de 73 mil quilômetros em pouco mais de um ano, passando por 19 países e vivendo histórias incríveis. Os nomes desses aventureiros: Hugo Vidal, Charles Downey e Jan Stekly.
Tudo isso foi retratado no livro “Flashes de uma aventura – Operação Abacaxi”. O CJ-3B utilizado na expedição já continha um grande conteúdo de peças e acessórios nacionais. Alguns fabricantes de autopeças ajudaram a financiar a empreitada, que recebeu esse nome pois os componentes locais eram considerados “abacaxis”. No final, o Jeep foi aprovado não só em testes na fábrica original da Willys, em Toledo (EUA), como na aventura, pois não teve nenhum problema mecânico.
Esse vídeo relata o emocionante retorno de Hugo Vidal, um dos escoteiros expedicionários, ao Alasca, mais de seis décadas depois: https://youtu.be/JSLG0KPPqeQ (no fim do vídeo, publicado em 2018, vemos a citação ao Programa Jeep Nation que evoluiu, tornando-se o atual Programa de Fidelidade da marca, o Jeep Wave )
O CJ-3B, que também teve uma versão militar, o M606, foi produzido nos Estados Unidos até 1968, com cerca de 155 mil unidades fabricadas. Além disso, o CJ-3B foi um pioneiro "carro mundial", fabricado sob licença em países como Japão, Índia, França, Espanha e Turquia.
Parabéns ao icônico CJ-3B pelos 70 anos de paixão, aventuras e liberdade proporcionadas!
Fotos: acervo pessoal Nélson de Almeida Filho, Hugo Vidal e Jeep
Postado por BLOG DO ARNALDO MOREIRA às segunda-feira, fevereiro 06, 2023
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Museu Paulista e o poder da narrativa.
Em 1890 era finalizada a obra do monumento que homenageava a independência do Brasil, que quando vira museu em 1894 seu acervo era de história natural com coleções de plantas, animais e pedras, mas com a chegada do Diretor Afonso Taunay em 1917 o museu mudou de rumo pois ele considerava o espaço um potente lugar para abrigar um museu histórico com o propósito de organizar uma exposição histórica brasileira, que abrangesse a colonização, o movimento dos bandeirantes e a independência. O que é apenas um recorte da história, mas na perspectiva do Diretor os paulistas foram agentes protagonistas na formação da nação brasileira.
Taunay tinha uma visão positivista dessa história e principalmente dos Bandeirantes, retratando eles como heróis da nação pelas suas expedições aventurosas ao interior do Brasil. Para a entrada do museu, Taunay encomenda imensas estátuas de Raposo Tavares e Fernando Dias Paes, para passar a mensagem de grandes homens que fizeram muito pela expansão do território brasileiro e os descobridores de riquezas, quase justificando as atrocidades que esses expedicionários fizeram a comunidades indígenas e quilombolas.
Na escadaria central há esferas com águas dos principais rios brasileiros que foram explorados durante as expedições, são as chamadas Ânforas. A ideia de Taunay era aproximar o visitante o máximo possível com a história que ele queria passar e pinturas desses rios não seriam suficiente, então trazer os as águas de cada rio foi a solução para a sua narrativa.
Aqui já podemos perceber o empenho que o Diretor da época tinha em afirmar a história brasileira na perspectiva dele e dos paulistas, durante essa transformação do museu ele encomendou inúmeros quadros para ilustrar cada passo dessa história, Benedito Calisto foi o pintor dos projetos de Taunay, digo isso pois o diretor interferia diretamente em como os quadros deveriam ser, baseando-se principalmente em documentos históricos.
A exposição da história brasileira culmina no Salão Nobre, onde está exposto o quadro "Independência ou Morte" de Pedro Américo, uma obra monumental que fecha brilhantemente a narrativa do museu.
Hoje em dia podemos ver com outros olhos essa história, não tão heroica e benfeitora, trazendo questionamentos pertinentes à nossa contemporâniedade e as lutas pela afirmação de narrativas mais diversas e inclusivas. Não há dúvidas que o projeto de Taunay para o Museu do Ipiranga glamurizava essa história e apagava tantas outras, acredito que é nosso papel como sociedade utilizar dessas mesmas ferramentas para afirmarmos o que achamos importante.
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BRASIL - COLETÂNEA DE FOTOS COLORIDAS DIGITALMENTE - SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
Fotos coloridas da Brasil 2ª Guerra.
A Força Expedicionária Brasileira (conhecida também pela sigla FEB) foi uma força militar constituída na sua totalidade por 25.834 homens e mulheres, que durante a Segunda Guerra Mundial foi responsável pela participação do Brasil ao lado dos Aliados na Campanha da Itália, em suas duas últimas fases — o rompimento da Linha Gótica e a Ofensiva Aliada final naquela frente. Tal força (incluídos todos os rodízios e substituições) era formada por uma divisão de infantaria completa (também batizada como 1ª DIE, 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária), uma esquadrilha de reconhecimento e esquadrão de caças1° Grupo de Aviação de Caça da Força Aérea Brasileira na Itália. O lema de campanha, "A cobra está fumando", era uma alusão irônica ao que se afirmava à época de sua formação, que seria "Mais fácil uma cobra fumar cachimbo do que o Brasil participar da guerra na Europa"
FEB – Do Início ao Fim
Uma história esquecida sobre brasileiros que lutaram na Itália.
Pouco conhecida, quando não completamente esquecida é a participação do Brasil no maior conflito bélico do século XX (e por que não da humanidade), que envolveu nações dos cinco continentes e assistiu á combates se desenrolando de norte à sul e de leste à oeste. Combatendo nas areias do Saara, nas gélidas águas do Atlântico Norte, nas paradisíacas praias do Pacifico, ou nas paisagens européias tão conhecidas, a guerra estendeu-se de 1º de setembro de 1939, com a invasão da Polônia por forças nazistas, iniciando-se como mais um conflito tipicamente europeu, alcançando em pouco tempo a África, Ásia e por fim as Américas; findando apenas em agosto de 1945 após dois bombardeios atômicos contra cidades japonesas.
Anualmente assistimos a algum novo lançamento de Hollywood falando sobre os Marines que lutaram em Iwo Jima, os Rangers que desembarcaram na Normandia ou ainda os homens da 101th Airborne que saltaram por trás das linhas inimigas no dia D, e vibramos a cada cena de batalha e agradecemos por termos sido libertos da ameaça nazista. Porém, enquanto glorificamos os feitos históricos de outros paises, esquecemos nossa própria participação naquele conflito, a qual não se limitou apenas a acompanhar os fatos enquanto oscilávamos entre Berlim ou Washington e muito menos nos aliamos aos Estados Unidos em troca de uma siderúrgica ou por mera pressão destes. A participação brasileira na guerra foi voluntária, resultado dos interesses nacionais (industrialização) e conveniências políticas e ainda, contou com pleno apoio da população a partir do momento em que a agressão do Eixo contra a frota mercante nacional atingiu seu ápice em meados de agosto de 1942, vitimando mais de 500 brasileiros, mortos em decorrência do torpedeamento de seis navios que serviam à navegação de cabotagem, trafegando a poucas milhas da costa e realizando a ligação entre as regiões sul/ sudeste e o nordeste, consistindo na única ligação entre os extremos do Brasil.
Desde a implantação do Estado Novo no Brasil, um regime totalitário de caráter fascista, em fins de 1937, o que até então consistia em uma relação amigável com a Alemanha Nazista se converteu em uma série de desentendimentos diplomáticos, tendo como pivô a política varguista de integrar a colônia alemã ao país, coibindo o financiamento alemão às escolas e ainda, cortando a influencia política do nazismo através do combate direto ao partido nazista. Com relações rompidas desde meados de 1938 com a Alemanha, o Brasil passou a aproximar-se dos Estados Unidos, estreitando os laços de amizade com àquela nação e foi além, atuou em favor de um acordo de segurança continental, o qual asseguraria a proteção do continente contra qualquer ingerência externa. Os temores do Brasil se justificavam em razão dos acontecimentos que levaram à Crise de Munique onde a Alemanha teve suas reivindicações territoriais aceitas sob a alegação de estar apenas reunindo o povo alemão.
Desde o começo de 1941 o Brasil já assumia uma postura cada vez mais favorável aos norte-americanos, situação que se tornou escancarada após o ataque japonês a Pearl Harbor. Enquanto a Alemanha declarava guerra aos EUA nos dias finais daquele ano, unidades de patrulha e soldados estadunidenses chegavam ao Brasil, e daqui operaram com pleno consentimento do governo. O Brasil fazia sua decisão, a qual seria ratificada na III Conferência de Consulta, realizada em janeiro de 1942 e que, no dia 28, resultou no rompimento de relações diplomáticas das Repúblicas Americanas com os paises do Eixo. A guerra chegava ao continente e a partir de fevereiro os alemães enviaram seus U-boats contra o litoral norte-americano, dando inicio a uma campanha que, até agosto daquele ano, vitimou inúmeros mercantes brasileiros.
Em resultado aos ataques realizados na costa brasileira, que mobilizaram a população que saiu às ruas em protesto, finalmente o Brasil oficializava sua entrada na guerra. Participando do esforço de defesa do saliente nordeste do Brasil, patrulhando o Atlântico Sul em busca aos submarinos inimigos e prestando segurança aos mercantes que levavam importantes recursos para suprir o esforço de guerra aliado, as forças armadas brasileiras lutavam para aprenderem as novas técnicas de combate, bem como se modernizavam com material de procedência norte-americana que chegavam cada vez mais em quantidade. Logo a recém criada Força Aérea Brasileira estava voando caças P.40, bombardeiros B.25 e aeronaves de patrulha Ventura e Catalina; o Exército Brasileiro recebia carros de combate, peças de artilharia e diversos veículos; e a Marinha do Brasil passaria a operar navios de guerra submarina.
Porém, a medida em que a ameaça de uma invasão nazista contra o Brasil, através da costa oeste da África, usando Fernando de Noronha como escala, se afastava, a prioridade para o recebimento de armas era deslocado para a URSS e Inglaterra, o que representaria atrasos no re-aparelhamento das forças brasileiras. O bem sucedido desembarque anglo-americano no norte da África (Operação Torch) havia afastado esta possibilidade, e logo o governo brasileiro assumiu a iniciativa em propor ao presidente norte-americano o preparo e envio de uma força expedicionária brasileira ao norte da África, atuando decisivamente na proteção do continente. Apesar da recusa inicial dos ingleses, a persistência brasileira e o apoio americano resultaram, a partir de 1943, na seleção e preparo de uma força brasileira que tomaria lugar no front do Mediterrâneo. Mais do que a manutenção do fluxo de material bélico para o Exército, o envio desta força representou o importante aprendizado de novas técnicas de combate e ainda, marcou na memória dos italianos a presença dos brasileiros na luta contra o nazi-fascismo.
A cobra vai fumar!
Em fins de 1944 chegou à Itália o primeiro escalão, de um total de cinco que somaram 25 mil expedicionários brasileiros, que tinham como missão romper a “Linha Gotica” que se constituía na ultima defesa nazista na Itália antes de se entrar em território alemão! Para aqueles que julgaram ser mais fácil uma cobra fumar do que o Brasil ir à guerra, não tardou para que os Brasileiros entrassem em ação obtendo seu batismo de fogo libertando as cidades de Massarosa, Camaiore e Monte Prano, tendo a seguir combatido nos Apeninos e sofrido com os rigores do inverno.
Apesar da inexperiência e dificuldades, cumpriram com cada missão que lhes foram atribuídas como unidade integrante ao IV Corpo do V Exército norte-americano, atuando através da Linha Gótica e Apeninos.
Em monte Castelo os “pracinhas” (como eram chamados os soldados brasileiros) enfrentaram mais do que as “lurdinhas” dos “tedescos” (como eram chamadas as metralhadoras MG.42 e os alemães, respectivamente), uma vez que o inverno vieram com rigor. As três tentativas de se tomar a posição alemã em Monte Castelo, realizadas em dezembro de 1944 fracassaram porém, com o fim do rígido inverno os brasileiros mais uma vez tentaram o feito, o que foi conseguido em fevereiro.
Porém a atuação brasileira no conflito não se limitou ao envio de soldados à Itália, uma vez que também foram enviados uma esquadrilha de observação (a 1º ELO) encarregada em prestar apoio à artilharia expedicionária da FEB; e ainda, um Esquadrão de Caças da FAB (1ºGAvC) que voou com os caças-bombardeiro P.47D Thunderbolt no TO Italiano. No Atlântico Sul, a partir de meados de 1943 cada vez mais a proteção aos comboios aliados era repassada à Marinha do Brasil, que contou com apoio de unidades de patrulha da FAB, que registraram inúmeros ataques contra os submersíveis do Eixo e ainda, o afundamento do U.199 por um Catalina comandado pelo Tenente Torres, que posteriormente se tornaria veterano na campanha do 1ºGAvC na Itália, somando 99 missões de combate em missões de ataque ao solo e bombardeio.
A ofensiva da Primavera: abril de 1945
Embora a tomada do Monte Castelo seja a mais conhecida das ações realizadas pelos brasileiros na Segunda Guerra Mundial, houve outros momentos de gloria para os expedicionários brasileiros, em especial durante a Ofensiva da Primavera de 1945, a ultima grande operação aliada na Itália. E foi neste período que os militares da 1º Divisão de Infantaria Expedicionária e os pilotos do 1º Grupo de Aviação de Caça provaram que os brasileiros não estavam na Itália apenas para passear mas sim, para lutarem com bravura e provarem seu valor.
A tomada de Montese: 14 de abril de 1945.
Buscando abreviar a guerra na Itália, na primavera de 1945 todas as forças aliadas foram mobilizadas em uma importante ofensiva, que deveria eliminar o remanescente das forças nazistas, que já exaustas e sem suprimentos sucumbiriam facilmente.
Acatando sugestão do próprio comandante Brasileiro, Gen Mascarenha de Morais, a missão de capturar Montese foi entregue à FEB, se constituindo de vital importância a fim de abrir livre passagem as forças aliadas (5º exercito americano e 8º exercito britânico) para o Vale do rio Pó. Montese ficava próximo as províncias de Bolonha e Modena, em uma posição elevada, o que favorecia os defensores.
Sem apoio das forças aliadas, pela primeira e única vez a FEB operou de forma integrada seus elementos de artilharia expedicionária, os três regimentos de infantaria e o esquadrão de reconhecimento (este mecanizado, empregando os veículos M.8 Greyhound).
A tomada de Montese revelou aos “pracinhas” uma nova e cruel forma de guerra, a “guerra urbana” com combates dentro da cidade, envolvendo a tomada de cada casa, o que favorecia aos defensores na realização de emboscadas e armadilhas!
As 13:30hrs de 14 de abril as forças brasileiras adentraram na cidade e deram inicio a batalha, na qual a atuação brasileira foi exemplar, tendo cobrado 430 baixas aos brasileiros e 189 civis. Em resultado da ação dos brasileiros, no dia seguinte houve a rendição das forças alemãs e a cidade foi declarada segura no dia 16.
Durante tal ação, as forças da FEB se viram sob fogo de toda a artilharia alemã, o que facilitou o avanço da 10Th Divisão de Infantaria de Montanha americana.
Em resultado a vitória brasileira, a população de Montese renomeou uma de suas praças com o nome de Piazza Brasile como forma de homenagear seus libertadores.
Montese se revelou a mais sangrenta batalha em que o Brasil tomou parte desde a Guerra do Paraguai, tanto que das cerca de 1.121 casas que haviam na cidade, mais de 800 foram destruídas em resultado das batalhas e resultou no maior numero de baixas da FEB.
Depois de Montese, a FEB não se envolveria em batalhas tão violentas, porém se manteria em combate e computaria a captura da 148º Divisão de Infantaria Alemã e da 90º Divisão Panzer, dentre outras totalizando um total de 14.779 prisioneiros nos seus 9 meses de combate na Itália obtendo 20 vitórias e tido enfrentado 9 divisões nazistas e 3 italianas.
O dia da Caça: 22 de abril de 1945
Tendo chegado a Itália em fins de 1944, a unidade era composta por quatro esquadrilhas, e após tímido começo, logo mostrou seu valor, atuando em missões de ataque ao solo na importante missão de ‘estrangular’ as forças inimigas, deixando-as sem linhas de suprimentos, além de prestar apoio as tropas aliadas, como a ação realizada em fevereiro de 1945 em que caças da FAB atacaram posições inimigas em Monte Castelo e contribuíram para a vitória dos Pracinhas Brasileiros. Desde que chegara ao Teatro de Operações, os brasileiros não receberiam novos pilotos em reposição àqueles que eram abatidos (Derrubados pelo inimigo, sendo dado como mortos ou desaparecidos) ou ainda afastados por motivos de saúde. Quando no inicio de Abril de 1945 se iniciaram as operações da primavera, e das quatro esquadrilhas iniciais, os brasileiros alinhavam apenas três. Mesmo os brasileiros já acumulando mais que o dobro de missões em combate que os aviadores americanos (cerca de 60 missões em média, contra as 25 dos americanos, que então regressavam para casa!) ainda assim todos se recusaram a serem substituídos por um esquadrão americano nas operações que se seguiriam em abril, respondendo sozinhos pelos ataques na área que lhes fora designada e que era de dimensões iguais as entregues a esquadrões completos! Sendo os pilotos brasileiros todos voluntários, quando seguiram para a Itália, não aceitariam desistir estando tão próximos da vitória. Com apenas 22 pilotos em condições de combate, as ordens de atacar e destruir qualquer unidade nazista em movimento foi rigorosamente seguida! E no dia 6 teve inicio as missões, que levaram todos os pilotos a voarem diariamente e sem folga. Entre 6 e 29 de abril (quando a ofensiva teve fim) os brasileiros voaram 5% do total de missões realizadas pelo XXII Comando Aerotático da Força Aérea americana, sendo que os resultados obtidos pelos brasileiros foram de longe muito superiores ao de unidades americanas, sendo que de todos os alvos destruídos naquele Teatro de Operações coube ao 1º Braziliam Fighter Group a destruição de 15% do total de veículos inimigos e 28% das pontes, além de danificarem 36% dos depósitos de combustível e 85% dos depósitos de munições inimigas! Antes da ofensiva final de abril, os brasileiros recebiam instruções sobre seus alvos diretamente dos americanos porém, durante os 23 dias da ofensiva, operaram de forma independente, selecionando o que atacariam em sua área de operação e provaram sua plena capacidade, contrariando a impressão inicial do comando americano do 350th Fighter group. Mas a avalanche brasileira se faria mais arrasadora no dia 22 de abril, quando em um total de 11 missões “Sentaram a pua” no inimigo, totalizando 44 surtidas (cada missão contava com quatro caças), nas quais todos voaram duas vezes no mesmo dia enquanto alguns chegaram a decolar uma terceira vez! Pela manhã, logo foi localizada uma grande coluna inimiga deslocando-se, cruzando um rio: a ‘área de caça’ já havia sido localizada e prontamente os caças lançaram suas bombas, dispararam seus foguetes e esvaziaram seus cofres de munição “ponto .50″. Logo outros caças vieram e assim as missões de sucederam ao longo daquele dia até que do poderoso exercito alemão, que se retiravam ordenadamente com destino aos Alpes, onde resistiriam por mais algum tempo graças as dificuldades impostas pelo terreno e receberiam reforços, nada restasse que não destroços de seus veículos e soldados em fuga desesperada! Diante do excepcional desempenho em combate apresentado pelos Brasileiros no esforço de guerra contra o Nazi-Facismo, o comandante do 350th Fighter Group (o mesmo que meses antes, ao saber que teria um esquadrão brasileiro integrado a sua unidade duvidou do desempenho dos pilotos brasileiros!) recomendou que a unidade Brasileira fosse indicada a receber a mais alta condecoração que poderia ser atribuída pelo governo norte-americano a uma unidade estrangeira: a Presidencial Unit CItation! Abaixo trecho da recomendação do comandante do 350Th FG, a qual foi acatada e, apesar do atraso, recebida pelos pilotos brasileiros do 1ºGAvC onde, todo piloto que serve hoje na unidade ostenta um passante azul, indicativo da condecoração proferida à unidade quando de sua destacada atuação no Teatro de Operações Italiano. Cabe ressaltar que além dos pilotos brasileiros, apenas outros dois esquadrões estrangeiros foram agraciados com esta mesma condecoração!
“Proponho-vos seja o 1º Grupo de Caça Brasileiro citado pelos relevantes feitos realizados no conflito armado contra o inimigo, no dia 22 de abril de 1945. Este Grupo entrou em combate numa época em que era máxima a oposição da anti-aérea aos caças-bombardeiro. Suas perdas têm sido constantes e pesadas e têm tido poucas substituições. À medida que se tornaram menos numerosos cada um passou a voar mais, expondo-se com maior freqüência. Mesmo assim, em várias ocasiões, tive que refreá-los quando queriam continuar voando, porque considerei que já haviam ultrapassado o limite de resistência. A perícia e a coragem demonstradas nada deixam a desejar. chamo-vos a atenção para a esplêndida exibição do seu excelente trabalho contra todas as formas de interdição e coordenação de alvos. Em minha opinião, seus ataques na região de San Benedetto, no dia 22 de abril de 1945, ajudaram a preparar o caminho para a cabeça de ponte estabelecida pelos Aliados, no dia seguinte, na mesma região. A fim de completar isso, o 1º Grupo de Caça Brasileiro, em seus feitos, excedeu os de todos os outros Grupos e sofreu sérias perdas. Acredito estar refletindo o sentimento de todos os que conheceram o trabalho do 1º Grupo de Caça Brasileiro, ao recomendar que eles recebam a Citação Presidencial de Unidade (PUC – Presidencial Unit Citation). Tal citação é, não só meritória, mas tornar-se-ia carinhosa à lembrança dos brasileiros, na comemoração dos esforços que foram desenvolvidos neste Teatro de Operações”.
Breve balanço da participação brasileira na Segunda Guerra Mundial
Desde o dia 2 de julho de 1944, quando o primeiro escalão da FEB seguiu em direção à Itália, os expedicionários brasileiros combateram durante sete meses e dezenove dias na Itália, tendo iniciado sua campanha em 16 de setembro, quando um batalhão do 6º Regimento de infantaria iniciou sua marcha na frente do rio Serchio, em uma ação que resultou na conquista de Camaiore.
A FEB lutou em duas frentes, a primeira, no rio Serchio no outono de 1944, e a segunda e mais difícil a do rio Reno (na Itália, não Alemanha) ao norte de Pistoia (na cordilheira dos Apeninos). Neste TO, partindo do Quartel General de Porreta-Terme, a FEB conquistou Monte Castelo (22 de fevereiro) e Montese (14 de abril).
A campanha brasileira na Itália concluiu-se a 2 de maio de 1945, quando foi declarado o cessar fogo no front italiano. De um total de 25.445 soldados enviados ao front o Brasil contabilizou 443 baixas e cerca de 3.000 feridos. Sobre a composição da tropa, que consistiu em uma Divisão de Infantaria Expedicionária, 98% dos oficiais eram militares de carreira, enquanto entre os Praças, 49% eram civis que foram recrutados para a luta.
As unidades integrantes da Divisão de Infantaria Expedicionária foram:
- 1º Regimento de Infantaria (Sampaio) RJ. (152 baixas)
- 6º Regimento de Infantaria, Caçapava – SP. (109 baixas)
- 11º Regimento de Infantaria, São João Del Rei – MG. (134 baixas)
- 4 grupos de artilharia.
- 9º Batalhão de engenharia, Aquidauana – MT.
- 1 esquadrão de reconhecimento (cavalaria).
- 1º Batalhão de Saúde, organizado em Valença.
- e tropas especiais, corpos auxiliares e 67 enfermeiras
Com o fim da guerra na Europa, os expedicionários brasileiros foram convidados para comporem uma força de ocupação na Áustria, convite prontamente recusado pelo governo Vargas, que se empenhou em trazer de volta e desmobilizar o mais rapidamente possível a FEB, ofuscando os feitos desta no combate a regimes totalitaristas com os quais seu governo guardava muitas semelhanças. Mesmo com o pronto restabelecimento da democracia, mediante eleições presidenciais no final de 1945, os feitos da FEB na guerra foram sendo esquecidos e hoje, muito pouco se conhece sobre as batalhas de Monte Castelo, Castelnuovo, Montese, Camaiore, e tantas outras regiões da Itália libertas pelos soldados brasileiros. Infelizmente, enquanto nossos veteranos tem total reconhecimento e gratidão da população italiana, aqui no Brasil continuamos ignorando seus feitos.
Quando comparado ao esforço empreendido por outras nações, que enviaram bem mais do que uma Divisão de Infantaria e um Esquadrão de caças-bombardeio, os números da participação brasileira se revelam modestos porém, ao considerarmos o contexto em que as Forças Armadas Brasileiras se encontravam na década de 1930: com material bélico defasado e obsoleto, em quantidades insuficientes para prover a mínima defesa ao país; e ainda, a doutrina da tropa ainda estava sob influencia da missão militar francesa dos anos vinte, não podemos ignorar as conquistas alcançadas pelos brasileiros, especialmente nas batalhas de Montese (combate em ambiente urbano onde, cada janela pode abrigar uma metralhadora) e Monte Castelo (combate em montanha) onde os soldados colheram importantes resultados com o mínimo de baixas.
Este pequeno artigo consiste em um breve resumo da participação brasileira na Segunda Guerra Mundial, destinando-se a estimular a reflexão sobre a maneira como “cultuamos” heróis estrangeiros em detrimento de nossos próprios heróis. A campanha da FEB durante a Segunda Guerra mundial é a história de gente simples, pessoas que vieram do morro, do engenho, dos cafezais, da boa terra do coco, da choupana onde um é pouco…
Texto: Anderson Luiz Salafia Licenciado em História pela UNISA.
Referencia http://www.portalfeb.com.br/armamento/feb-do-inicio-ao-fim/
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Principais Terminais de desembarque e embarque:
TERMINAL MARÍTIMO DE PASSAGEIROS – SANTOS
O empreendimento funciona com o conceito de Terminal Marítimo de Passageiros desde novembro de 1998, oferecendo instalações para prestadores de serviços relacionados ao atendimento à passageiros de cruzeiros – representantes dos armadores, agencias marítimas e agências de turismo. O empreendimento disponibiliza salões de espera, desembarque e embarque, armazém e bagagens e estacionamento com a estrutura necessária para o atendimento de passageiros e tripulantes dos cruzeiros.
A seguir estão apresentados dados sobre o empreendimento e seus serviços:
Área de logística com 13.285 m² projetada para atender o fluxo de veículos de passeio, ônibus e vans;
• 90 vagas para ônibus e vans (entre o estacionamento e bolsão de espera);
• 8 vagas para táxi;
• Estacionamento para automóveis – com 250 vagas, vallet service, vigilância, monitoramento por câmeras de TV durante 24 horas/dia e seguro contra incêndio e roubo;
• Oito salões para desembarque, espera check-in e embarque de passageiros e tripulantes (Salão Amarelo, Salão Azul, Salão Vermelho, Saguão, Salão Laranja, Salão Verde e Salão Marrom, Salão de Bagagens e Edifício Garagem, conforme demonstrado no Memorial Descritivo em Anexo);
• Salão exclusivo para embarque de bagagens com scanners;
• Scanners de bagagem de mão e detector de metais;
• Lojas de conveniência, moda, farmácia, bijuterias, cafeterias e lanchonetes, posto de câmbio, caixas eletrônicos;
• Ambulatórios para primeiros socorros e ambulância com serviço de UTI móvel;
• Instalações para a Alfândega, Polícia Federal, Policia Civil, Guarda Portuária, Ministério do Trabalho, Ministério da Saúde (Anvisa), Ministério da Agricultura, Juizado Especial Cível, Agências Marítimas e Despachantes e Armadores;
• Posto de Câmbio.
• Sistema de monitoramento fechado de TV (CFTV);
• Sistema de comunicação audiovisual;
• Certificado no ISPS Code – Código Internacional Para a Proteção de Navios e Instalações Portuárias;
• Certificado pela ISO 9001:2015;
• Certificado pela ISO 14001:2015;
Transporte
- Táxi
A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) de Santos tem os táxis credenciados para trabalhar dentro do terminal. A entrada é pelo portão 4. O passageiro deve deixar as malas devidamente etiquetadas diretamente com o atendente da companhia marítima. Após a entrega das malas e do veículo o passageiro segue para o salão Aldo Leone e aguarda as instruções para check in e embarque.
- Ônibus
Verifique o horário e o local de saída e chegada com a companhia responsável pelo fretamento. Segundo o Concais, o ônibus deve entrar pelo portão de número 2 do terminal e estacionar para descida do passageiro que deve se dirigir ao salão Aldo Leone e aguardar as instruções para os procedimentos de check in e embarque. As malas devidamente etiquetadas devem ser entregues no armazém de bagagens, com entrada pelo portão 4 nos caminhões-baú posicionados nas plataformas.
- Carro particular
Os passageiros podem deixar o carro no estacionamento do Concais, o único reconhecido pela Autoridade Portuária do Porto Organizado de Santos. A reserva de vagas pode ser realizada pelo próprio site do terminal, onde também é possível fazer simulações de valores de acordo com o período da viagem. Segundo o diretor do Concais, há em torno de 4 mil vagas. “No pico da maior temporada, tivemos cerca de 900 carros. Vaga não é um problema.
O passageiro que vem de carro tem que estar alerta porque tem uma ação externa de outros estacionamentos. Esse pessoal faz uma ação perto do terminal, na própria cidade, assediando esse passageiro. Isso é muito ruim para a imagem da cidade e é um serviço não recomendado”, afirma.
A entrada é pelo portão 4. O passageiro deve deixar as malas devidamente etiquetadas diretamente com o atendente da companhia marítima. Após a entrega das malas e do veículo o passageiro segue para o salão Aldo Leone e aguarda as instruções para check in e embarque. O terminal disponibiliza um serviço de transfer.
Estação rodoviária de Santos
São efetuadas aproximadamente 300 partidas por dia e embarcam a média de 4.500 passageiros por dia. Há rampa para portadores de necessidades especiais em cadeiras de rodas, 15 plataformas cobertas e 7 para desembarque.
Área total da Rodoviária: 5.200m²
Área construída: 3.900m²
Horário de atendimento: 24 horas
Horário administrativo: 8 às 12 horas (manhã), 13 às 17 horas (tarde)
RECURSOS
- Proximidade com o Terminal Urbano de Passageiros;
- 01 Posto de informações turísticas da Secretaria de Turismo da Prefeitura Municipal de Santos - SETUR;
- 01 Posto da ANTT - Ag��ncia Nacional de Transporte Terrestre
- 08 Relógios analógicos em rede;
- 02 Bebedouros na área comum;
- 02 caixas eletrônicos (24 horas);
- Ponto de parada de táxi com 02 vagas;
- 01 vaga de estacionamento exclusiva para idosos;
- 01 vaga de estacionamento exclusiva para portadores de necessidades especiais;
- 02 áreas de carga e descarga;
- Bicicletários;
- Assentos em áreas de espera e plataformas;
- Achados e Perdidos;
- Guarda Volumes e Malex (serviço terceirizado) Serviço desativado temporariamente;
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#war #memorial #expedicionario #ww2 #brasil #museum (em Praça Do Expedicionário) https://www.instagram.com/p/By7yfKvgoyl/?igshid=194hqkhqi60xw
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Estreia no @bandsports: Série “EXPEDICIONÁRIOS DO BRASIL”!
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Brasileiros centenários: envelhecimento acelerado desafia o país
A sexagenária Brasília tem exatos 300 habitantes com 100 anos ou mais, segundo o Censo Populacional de 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com 103 anos, um desses centenários é Ermando Armelindo Piveta, militar reformado da Força Expedicionária Brasileira (FEB) e pioneiro na capital federal. Nascido em Laranjal Paulista (SP) em 1920 – mesmo ano de nascimento do poeta João Cabral de Melo Neto, da escritora Clarice Lispector, do craque Heleno de Freitas e do ator Anselmo Duarte –, Piveta viveu ao menos duas grandes aventuras brasileiras do século 20: a participação na Segunda Guerra Mundial contra as forças do Eixo (Alemanha, Itália e Japão), e a construção da nova capital federal. Em setembro de 1942, um mês depois de o Brasil entrar na guerra, Ermano Piveta foi chamado para prestar serviço militar no 4º Regimento de Artilharia Montada do Exército, baseado em Itu (SP). “Naquele tempo não tinha sorteamento. Era convocado”, lembra, em vídeo gravado por sua filha Vivian Piveta e enviado à Agência Brasil. No ano seguinte, o expedicionário embarcou no navio de passageiro e carga Almirante Alexandrino, que navegou do Rio de Janeiro até Dakar (Senegal), para fazer treinamento no continente africano. Ele atuou na guarda do litoral brasileiro em Fernando de Noronha, Pontal do Cururipe (Alagoas), Natal e no Recife. Já reformado como segundo-tenente do Exército, Piveta trabalhou em 1958 na construção de Brasília fazendo transporte de areia e cascalho. “Todo mundo falava: ‘Brasília, capital da esperança’. Botei aquilo na cabeça e vim.” Em 1968, ele voltou para morar definitivamente na cidade. Em abril de 2020, o expedicionário e pioneiro candango, então com 99 anos, ganhou as primeiras páginas dos jornais após receber alta de uma internação de oito dias no Hospital das Forças Armadas (HFA) por causa da covid-19. A receita dele para a boa saúde e longevidade é simples: “Não beber e não fumar. alimento bom e sadio. boa amizade com todo mundo e ganhar a alegria de todos.” Ermando Piveta recebe alta do Hospital das Forças Armadas (HFA) após tratamento de covid-19 - Cb Estevam/Arquivo/CCOMSEx Longevidade Centenários como Ermano Piveta representam 0,018% da população brasileira, ou 37.814 pessoas (27.244 mulheres e 10.570 homens) que cruzaram a linha de um século de vida. Os números na casa do milhar parecem modestos diante do total de 203.080.756 habitantes, mas, comparando as somas do Censo de 2010 e a contagem do Censo de 2022, o número de “superidosos” cresceu 66,7% (15.138 pessoas a mais). O dado é indicador da longevidade ascendente da população. De acordo com o demógrafo Marcio Minamiguchi, do IBGE, esses números podem parecer “curiosidades estatísticas”, uma vez que “a probabilidade de chegar nessas idades extremas é pequena”. Mas, na sua avaliação, o que é mais interessante é que “o fato de ter mais centenários está associado à possibilidade de ter um número maior de pessoas com seus 60, 70, 80 e 90 anos”. Raciocínio semelhante faz o secretário nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, Alexandre da Silva. “A gente deve comemorar é que nós temos mais pessoas chegando aos 100 anos. Isso quer dizer, indiretamente, que tem mais pessoas chegando aos 95, aos 90, aos 85, aos 80. Ou seja, a longevidade cada vez mais é uma constatação mais presente no nosso cotidiano.” Para a pesquisadora Daniella Jinkings, mestre pela London School of Economics and Political Science (LSE) com dissertação sobre o cuidado dos idosos pelas famílias, os dados revelados são positivos, mas “não estamos preparados para o envelhecimento. Nem a sociedade brasileira, nem o Estado”, pondera em entrevista à Agência Brasil. “Ainda cultuamos muito a juventude. As pessoas se recusam a envelhecer, ou tratam o idosos de forma pejorativa, colocam o idoso de escanteio como se a partir dos 60 anos fosse uma pessoa completamente inútil. Temos que vencer essa questão cultural, temos que vencer o desafio de integração, temos que reconhecer os idosos como sujeitos de direito, como pessoas que têm condições de decidir sobre a sua própria vida. As pessoas não querem envelhecer porque têm medo de se tornarem inúteis, serem pessoas dependentes.” Ainda no papel Quanto à atuação do Estado e às políticas públicas, o país avançou no reconhecimento legal de direitos, reconhece Daniella Jinkings. No entanto, ela assinala que “vários serviços que estão na Política Nacional da Pessoa Idosa, reiterados no Estatuto da Pessoa Idosa, ainda não saíram do papel". "Não temos serviços de cuidado domiciliar, temos uma rede muito pequena de centros dia para pessoas idosas ou de instituições de longa permanência. A integração entre as políticas intersetorialmente ainda é difícil”, avalia. A pesquisadora também destaca que o envelhecimento populacional no Brasil é “bastante desigual". "As pessoas com mais poder aquisitivo têm expectativa de vida maior do que as pessoas em situação de vulnerabilidade”, diz Daniella Jinkings. O livro A Pessoa Idosa na Cidade de São Paulo: Subsídios para a Defesa de Direitos e Controle Social aponta que, na maior cidade do país, por exemplo, “observa-se que quanto mais precária a condição socioterritorial menor a proporção de idosos com idade acima de 75 anos.” A publicação acrescenta que “quanto mais vulnerável a população, maior sua concentração em territórios cujas condições são mais precárias”. Publicado com apoio da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), o livro está disponível na internet. No livro, a análise sobre as desigualdades territoriais apresenta as grandes diferenças de condição de vida entre os idosos que residem em distritos centrais, como Moema e Jardim Paulista, “bem mais providos de infraestrutura urbana e serviços”, e os que habitam a periferia, como Brasilândia e Capão Redondo, “de urbanização mais precária.” População menor A média da expectativa de vida projetada em 2021 era de 77 anos – de 80,5 anos para mulheres e 73,6 anos para homens. Esses resultados serão atualizados com as estatísticas do Censo 2022, que deverão confirmar a tendência de envelhecimento, notada nas últimas décadas quando além do aumento da longevidade ainda se observou a diminuição do nascimento de bebês. A taxa de fecundidade (também em 2021) era de 1,76 filho por mulher. A previsão é que no futuro o Brasil terá mais velhos do que crianças. Projeção publicada pelo Ministério da Fazenda - feita pela analista técnica de políticas sociais Avelina Alves Lima Neta – calcula que, em 2060, “para cada 100 pessoas entre 0 e 14 anos teremos 206,2 idosos acima de 65 anos, ou seja, dois idosos nessa faixa etária para cada uma criança ou adolescente (0-14).” Bem antes disso, a população brasileira começará a diminuir de tamanho por causa da redução da fecundidade. Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), assinado pela técnica de planejamento e pesquisa Ana Amélia Camarano, prevê que a população brasileira crescerá até 2030, quando atingirá seu máximo em “aproximadamente 215 milhões.” A partir daí, o desenho da curva se inverte, deixa de ser de crescimento populacional, pois o número de brasileiros começa a diminuir e em 2040 chegará a cerca de 209 milhões, 6 milhões a menos do que na década anterior. O mercado de trabalho e a Previdência Social serão bastante impactados pelo envelhecimento e pela diminuição da população durante a formação desses cenários. É possível que as pessoas permaneçam trabalhando por mais tempo e que tenham que se tornar mais produtivas – gerar mais valor naquilo que fazem, com menos recurso e/ou em menos tempo. A análise do Ipea alerta que “aumentar a produtividade do trabalho é condição fundamental para diminuir os efeitos da redução populacional na competitividade da indústria e, por isso, ela deveria ser um dos objetivos centrais das políticas que visem a aumentar a competitividade e criar empregos". "O aumento da produtividade poderia, também, minimizar a redução da massa salarial, que é resultado da diminuição da força de trabalho, e melhorar a relação contribuinte/beneficiário e as condições atuariais atuais do sistema previdenciário”, acrescenta. O estudo evidencia que cuidar dos idosos vai além da assistência social: “A manutenção do trabalhador na atividade econômica por mais tempo requer políticas de inclusão digital, capacitação continuada, saúde ocupacional, adaptações no local de trabalho, como cargos e horários flexíveis, redução de preconceitos com relação ao trabalho do idoso, melhoria no transporte público, entre outras.” Fonte: EBC GERAL Read the full article
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NÁ AGONTIMÉ
A história de Ná Agontimé é, até hoje, a mais impressionante que já tive conhecimento. Logo no início de minhas pesquisas sobre a nação de Candomblé Jeje no Brasil me deparei com seu nome gravado em todos os registros sobre a Casa das Minas, em São Luiz do Maranhão. Minha paixão por essa história foi como amor à primeira vista. Nunca mais me esqueci desse nome e do que ele representa para o povo preto que vive a experiência da diáspora no mundo e, especialmente, no Brasil.
Nascida no vilarejo Tendji localizado no reino do Daomé no século XVIII, Agontimé, uma das oito esposas do rei Agonglo, viveu uma vida comum para uma mulher africana. Foi mãe por volta dos 20 anos dando à luz ao príncipe Gakpe. No entanto, seu futuro guardava grandes surpresas para sua trajetória que a tornariam uma célebre ancestral.
Durante seu reinado, Agonglo recebeu de um sacerdote de Ifá a revelação de que seu herdeiro e sucessor ao trono Adandozan seria um desastre para o reino do Daomé devido ao seu temperamento sanguinário. O rei elegeu então para sucedê-lo seu filho com Agontimé, Gakpe, ainda um menino.
A morte precoce de Agonglo aos 31 anos de idade abala gravemente a estabilidade do reino e Adandozan sobe ao trono em 1797, mesmo contra a vontade póstuma de seu pai. Conhecido por ser incompetente como soberano e cruel como homem, Adandozan temendo uma reação à sua traição contra seu irmão, vende sua madrasta como escrava à um traficante com ordens de que a rebatizem para que não seja encontrada. Perde-se então o paradeiro de Agontimé nos registros históricos do Daomé. Seu irmão Gakpe foge para o exílio.
Em 1818, Gakpe, já conhecido como Gezo, retorna ao Daomé, prende seu irmão e sobe ao trono do reino. Imediatamente envia expedições em busca de sua mãe nas Américas. Junto com os expedicionários, o rei Gezo envia como um presente à D. Pedro I o trono de Adandozan. Os registros são imprecisos sobre o retorno de Agontimé ao Daomé.
A história que parecia inacabada é redescoberta em 1948, quando Pierre Fatumbi Verger, pesquisador francês das tradições africanas no Brasil, obtém através de Mãe Andresa, princesa do culto daomeano, os nomes dos Voduns cultuados na Casa da Minas em São Luiz do Maranhão. No mesmo ano, Verger viaja à costa africana e descobre que os nomes dos Voduns cultuados na Casa das Minas pertencem à família real daomeana e que apenas sacerdotes da própria família teriam acesso à alguns desses nomes. Maria Jesuína, como foi rebatizada Agontimé no Brasil, era vodúnsi de Toi Zomadônu, considerado o Vondun mais importante do povo Fon.
A tese de Verger foi confirmada por pesquisadores da UNESCO em 1985 e Ná Agontimé foi então reconhecida como fundadora da Querebentã de Zomadônu, conhecida como Casa das Minas, fundando assim o culto de tradição Ewe-Fon no Brasil.
O culto dos 45 Voduns era matriarcal, sempre regido com rigidez por mulheres. Os homens tinham funções limitadas e ficavam responsáveis pelo toque do tambor. Segundo informações, o culto encerrou-se com o falecimento de Mãe Deni de Tói Lepon em 2015, não tendo iniciado nenhuma outra vodúnsi herdeira.
Os relatos sobre a Casa das Minas mostram que Ná Agontimé fundou um reino que resistiu à escravidão e ao tempo, cultuando de forma tradicional os Voduns daomeanos e mantendo vivas as tradições espirituais africanas na diáspora. Apesar de não ter casas filiais, o culto Jeje espalhou-se pelo Brasil e ainda é conhecido por sua rigidez e fidelidade às raízes ancestrais.
O legado da rainha Ná Agontimé está vivo nos africanos e africanas que cultuam e lembram de seus ancestrais na diáspora brasileira.
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HINO NACIONAL BRASILEIRO
Hino Nacional Brasileiro
Parte I
Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heróico o brado retumbante,
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da pátria nesse instante.
Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, ó liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte!
Ó pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido
De amor e de esperança à terra desce,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido,
A imagem do cruzeiro resplandece.
Gigante pela própria natureza,
És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!
Parte II
Deitado eternamente em berço esplêndido,
Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Iluminado ao sol do novo mundo!
Do que a terra mais garrida
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;
"Nossos bosques têm mais vida",
"Nossa vida" no teu seio "mais amores".
Ó pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro dessa flâmula
- Paz no futuro e glória no passado.
Mas, se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.
Terra adorada
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!
Letra: Joaquim Osório Duque Estrada
Música: Francisco Manuel da Silva
Atualizado ortograficamente em conformidade com Lei nº 5.765 de 1971, e com o art. 3º da Convenção Ortográfica celebrada entre Brasil e Portugal, em 29.12.1943.
Acesse também:
Hino Nacional Brasileiro (música)
Canção do Expedicionário (letra)
Canção do Expedicionário (música)
Hino da Independência do Brasil (letra)
Hino da Independência do Brasil (música)
Independência do Brasil (história)
Dia do Soldado Brasileiro (letra e líndo vídeo da Canção do Exército Brasileiro)
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