#Caderno Listrado
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marianeaparecidareis · 1 month ago
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E JESUS MORRE. O último Grito é seguido pelo profundo silêncio do Moribundo.
PARTE [01]
23 de junho de 1944
Sexta-feira.
Ontem à noite, antes que as dores, que começaram às 15 horas, se tornassem violentas, eu tinha planejado observar a Hora Santa.
Mas eu realmente não poderia fazer isso. Eu disse para JESUS: “Você vê".
"Queria passar esta noite contigo em memória da tua Agonia no jardim. Mas não posso.” E então JESUS me enviou esta visão.
VOU DESCREVÊ-LO, embora para aqueles que odeiam repetições possa ser cansativo. Mas se já foi visto em termos gerais - e, dada a minha condição particular, não poderia ser descrito em todos os detalhes - agora parece mais específico precisamente porque a minha atenção é atraída por um único ponto.
AQUI ESTÁ VISÃO, É A MORTE DE JESUS.
JESUS está na Cruz na nitidez da Luz de uma tempestade muito intensa que vai escurecendo cada vez mais.
No entanto, A Luz esverdeada e, quase diria, violeta permite-me ver O Corpo atormentado do Moribundo nos Mínimos Detalhes.
Os Suspiros curtos e apressados do seu Pobre Tórax, que luta contra a asfixia, são, portanto, bastante visíveis.
O movimento da Respiração é limitado à parte superior do tórax. Sua boca aberta e ligeiramente torcida - por causa da contusão zigomática direita e de uma contração dolorosa - procura ansiosamente Respirar Ar, e sua língua inchada é visível, parecendo tremer devido ao tremor geral de seu corpo.
Vejo as listras em seu Corpo, atormentado por Flagelos e Golpes e revestido com O Sangue escorrendo das feridas em suas Mãos ao longo de seus braços, pois suas Mãos estão ligeiramente acima dos ombros pelo peso de seu corpo, caindo para baixo, assim:
À direita há mais sangue do que à esquerda porque O Ombro de JESUS também está dilacerado pela ferida de carregar A Cruz e de ter tirado a roupa, que estava presa ao corte, que se abriu e Sangrou bastante.
O Sangue também escorreu pelo peito e pelas laterais, até as costelas. E, além disso, A Cabeça de JESUS, como sempre, é Coroada de Espinhos e curvada para a direita, e dela também desceu Sangue em pequenos riachos sobre seus cabelos e barba.
JESUS parece assim estar vestido até à cintura com um manto justo às riscas, com muita púrpura misturado com violeta e raras manchas de branco pálido que parece ainda mais pálido no meio da cor púrpura e azulada das nódoas negras ou do sangue.
Os pontos onde sua pele parece seca são bastante raros.
É uma visão que inspira Grande Pena.
Na cintura de JESUS, o véu de Maria absorveu O Sangue que gotejava, e o véu parece ter se transformado em um cordão vermelho ao redor Dele.
Em seguida, parece ser branco, listrado de vermelho.
Suas pernas exibem a brancura sombria da morte contra a madeira escura e o céu ainda mais escuro, que parece ter descido muito baixo.
Mas, além dos hematomas de algumas pedradas e golpes e das contusões nos joelhos por causa das quedas - o joelho direito está gravemente ferido, e na abertura da laceração que recebeu contra a pedrada afiada aparece A Rótula Branca no meio do hematoma vermelho – O sangue não está escorrendo por suas pernas. O sangue está em seus pés e escorre de seus dedos para o chão.
A VIRGEM Maria, apoiada por João, olha para o seu Filho moribundo. ELA está de pé com a cabeça erguida em direção à Cruz. Estou vendo ELA e o Apóstolo pelas costas.
A Mãe não está falando. ELA permanece silenciosa em sua Dor, totalmente escura em seu vestido e manto, imóvel como uma estátua.
ELA está a cerca de dois metros da Cruz para ver claramente o seu JESUS e ser vista por ELE, pois JESUS ainda pode Ver.
Mas agora vem a convulsão final…. E JESUS Morre. O último Grito é seguido pelo profundo silêncio do Moribundo.
Não há mais estertores ou gemidos mortais.
Silêncio.
Mas não para a terra. A terra uiva e treme, e as pessoas gritam e fogem.
CADERNO [02] MARIA VALTORTA.
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odubio · 4 months ago
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O Caderno Vermelho
Janeiro 16 '08
Seus longos e lindos cabelos castanhos claro, ondulados
Escorrem em sua pele clara ressaltando seus olhos cor de mel, chegando ao quadril. Usando um belo vestido um tanto listrado, hippie teatral, vem modelando seu perfeito corpo magrelo.
Seus olhos mel e seu sorriso perfeito fascinam a qualquer um.
"Perfeito" estado me encontro diante de um emocional em nó o que o mesmo resulta em ares tristes que chegam a tona em momentos inoportunos a 400 graus.
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caroldib · 7 years ago
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E no final troquei um fundo amareladinho por esse listrado (folha de caderno). Achei que ressaltou melhor as cores!
©CarolDib
http://cargocollective.com/caroldib
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marianeluizac · 5 years ago
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As receitas da Ilka Palse
 Antes de Laura ir para Porto Alegre seus amigos lhe disseram que ela só iria encontrar restaurantes com carne assada. Ela ficou muito feliz por estarem errados. Para conhecer sobre o lugar para o qual estava se mudando, pesquisou sobre história, pontos turísticos e restaurantes da cidade. 
 No fim de semana em que terminou de acomodar os móveis e objetos na casa nova,  ela decidiu visitar a feira do Brique da Redenção. Em suas pesquisas descobriu que antes era chamado de Várzea do Portão, pois por volta de duzentos anos atrás era uma área plana, só com mata. Em certos lugares leu também que é uma feira que foi inspirada na Feira de Tristán Narvaja, do Uruguai.
Ao chegar no local viu roupas, livros, artesanatos, discos de música, especiarias, brinquedos, antiguidades e artistas de rua. Enquanto estava andando, escutou duas mulheres em uma discussão:
- Ilka, se eu estivesse contando, totalizaria a trigésima vez que digo que tu não podes vender seus pães assim, ainda mais aqui - disse uma  voz alta e rouca.
- Fica tranquila, essa receita é minha. E, além disso, a mãe não está mais aqui.
 Laura se aproximou da banca, olhou as mesas com objetos expostos, leu as capas de alguns livros e parou perto da vendedora dos pães. Por alguns segundos ficaram se olhando nos olhos. Enquanto sua irmã atendia outros clientes, Ilka estendeu na direção de Laura sua cesta de palha forrada com um tecido listrado, cheia de pequenos pacotes com porções de pães embalados em sacos transparentes:
- Aceita? Seis pães, cinco com cinquenta.
Laura sorriu, segurou as alças de sua mochila e olhou para a cesta.
- Sim, vou levar um.
Ao receber a embalagem com os pães, se olharam de novo e suas mãos se  encostaram. Laura viu e pegou, em cima de uma mesa ao lado direito, um caderno com capa de couro marrom macia, encadernação de linha grossa. Nele, havia escrito na parte de trás, com letras pequenas “Rua dos Arvoredos”. Sabendo que era o nome anterior da rua onde estava morando agora, Fernando Machado, o comprou. Pagou, recebeu o troco e saiu com o caderno nas mãos.
Chegou em casa, sentou-se no sofá, e o abriu devagar. As folhas eram de espessura grossa, amareladas, desgastadas nas pontas e as palavras pareciam ter sido escritas a mão e tinham tamanho simétrico entre si. As letras eram ligadas umas às outras, arredondadas, mas a tinta ficava mais forte em algumas letras do que em outras.  Em volta de cada primeira letra de início de uma página havia um desenho de adorno.
Parecia ser um diário. No lado direito superior de cada página tinham datas e seguiam uma ordem crescente entre as folhas. Folheou o caderno e parou no ano de 1940. 
Em todas as páginas havia receitas, com algumas frases anotadas em volta delas: “Agora já escrevo melhor, antes eu pudesse ir à escola como as outras mulheres. Mas sou grata que minha mãe me ensine em casa.”, “O preparo dessa parece ser muito fácil.”, “Não vejo a hora de poder cozinhar de verdade e não apenas escutar minha mãe falar sobre isso, e ter de escrever.”, “À minha filha, eu ensinarei as receitas na prática.”, “Por que na maioria das vezes ela fala de cortes específicos para carne?”, “Hoje é dia de brincar na rua enquanto o pai e a mãe vão vender na Rua da Ponte.”, “Porque será que não comemos das receitas que a mãe faz?”, “A mãe e o pai não podem brincar comigo, mas tudo bem o vô e a vó também não saíam com a mãe”.
Passou um dia todo lendo o diário, tentando entender o que pareciam ser expressões antigas escritas. Ao pesquisar sobre algumas delas, identificou que não eram português. Ela se cansou ao chegar em uma página que continha as frases: “Mataram a galinha que eu brincava para fazer no jantar. Ela era minha amiga.”, “Não vou comer mais carne de animais.”,“As minhas receitas serão diferentes.”.
Enquanto tomava café, lembrou dos pães que havia comprado. Ao morder percebeu um gosto diferente do que estava acostumada, cuspiu em sua mão. A cor de dentro não era muito diferente do restante do pão. Mas parecia ser recheado. Questionou-se se haveria a possibilidade de ser algo de soja ou carne, não gostava muito de soja, tampouco do gosto de carne. Então, não sabia reconhecer o sabor de nenhum dos dois. Sua boca encheu d’água, olhou por algum tempo para a mão com pão mastigado, e o comeu.
No domingo, ela voltou à feira, mas a banca das irmãs não estava mais no mesmo lugar. Ficou um pouco por ali e ouviu a voz da vendedora oferecendo seus pães. Esperou um pouco mais e a viu se aproximando segurando sua cesta. Esperou que ela terminasse uma venda e acenou. A cesta dela estava vazia:
- Vamos nos sentar ali -  Apontou para a grama e sentou. Depois, indicou para onde estava a banca. -  Vendemos tudo semana passada. Gostou? - perguntou apontando para o diário.
- Sim, muito - disse, abaixando o rosto.
- Bom, posso te alcançar outros. Em casa existem caixas só deles. Acredito que as mulheres da família  adoravam escrever.
- Eu quero, obrigada. Escuta, o que tem dentro dos seus pães? Acho que não é, o gosto é bem diferente, mas me lembrou o sabor de carne. E sou vegetariana.
Ela retirou uma embalagem de pão de sua mochila e deu uma mordida:
- Capaz, também não como carne de animal. 
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michelediy · 5 years ago
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Novidades de Dia dos Namorados 2020: +40 Ideias de presentes
Com o Dia dos Namorados 2020 se aproximando, tudo que queremos é presentear quem amamos com algo muito especial, por isso fique atenta as nossas dicas criativas.
O dia dos namorados é uma data muito esperada, esperamos que os presentes sejam especiais e que surpreendam quem a gente ama, por isso, cada vez mais comum optar por presentes criativos e marcantes, alguns deles podem ser feitos por nós mesmo.
Então fique atente como fazer lindas opções e realmente torne essa data ainda mais especial para você e seu amor.
Dicas especiais de diy para dia dos namorados para você fazer.
Dicas criativas para o Dia dos namorados 2020
Começamos nossa relação de ideias sugerindo um trabalho manual que seu(sua) parceiro(a) vai amar. Que tal transformar uma foto do casal em um lindo quadro?
Aqui tem um tutorial que ensina a técnica de transferir foto para madeira:
youtube
Inicie o dia dos namorados de forma especial, saiba que pequenos detalhes, até mesmo decorativo, podem deixar o dia do seu amor ainda mais especial!
Que tal esses mimos incríveis?
(Foto: Amanda Celetrino)
Veja o passo a passo:
youtube
Faça um buque de maquiagem, sua namorada vai amar!
(Foto: Pin Carol Ferreira)
Não sabe produzir um buquê? O tutorial da Lara Amaral te ensina a produzir um buquê:
youtube
O que acha de produzir um cartão feito a mão?
(Foto: Dtorque)
Detalhes que encantam seu amor:
Tutorial May Furtado:
youtube
Que tal começar o dia com um café da manhã bem especial? Veja algumas ideias de cestas de café da manhã.
(Foto: @miudoscomafeto)
Alguns detalhes na sua cesta podem fazer toda diferença, capriche nos mimos que a pessoa amada se encanta.
(Foto: @uv_simonesimonetto)
Se optar por preparar o café, que tal um detalhe muito especial e cheio de amor?
(Foto: @projetocasada)
O biscuit também pode ser um aliado na hora de tomar o café da manhã super especial.
Mais algumas dicas de presentes para dia dos namorados.
(Foto: @isah.biscuit)
A criação de um ambiente romântico também é muito importante, você pode criar detalhes com potes de vidro, guardanapo e eva com glitter, ficar lindo!
(Foto: @sim.casarei)
Se for preparar algum prato, não esqueça de deixar bem claro todo seu amor.
(Foto: @emcasacomcapricho)
Procurando um presente simples e barato para o dia dos namorados 2020? Uma lâmpada e uma caixa de MDF podem resolver. Que tal preencher a caixa com bombons?
Você também pode criar um potinho cheio de frases e coisas que irão deixar seu amor se sentir ainda mais amado.
(Foto: @yasminchristt)
A surpresa também pode estar presente no espelho do banheiro, do quarto ou em algum cantinhos especial da casa.
(Foto: Dentro do casamento)
Um vale pipoca a dois pode deixar a noite ainda mais animada.
(Foto: @elinealmeida8675)
Você deve investir em uma decoração bem romântica, com detalhes simples você cria algo bem especial.
(Foto: @artesedecordapam)
Encha a cama de corações, esse mimo com certeza vai surpreender.
(Foto:@los_regalos_com)
Ideias para se inspirar e fazer no dia dos namorados 2020
Algumas ideias artesanais são lindas opções para presentear, veja algumas dicas que você poderá fazer:
Caixinha decorada cheia de vales amorosos
Veja algumas sugestões de presentes personalizados para dia dos namorados.
(Foto: Pin Gaby Verrone)
Caderno com 365 motivos para o amor de vocês
(Foto: @scrappersoul)
Quadro decorado com nome do casal feito com prego e linha
(Foto: @mical_artes)
Quadro de MDF personalizado com fotos de momentos especiais
(Foto: @artslizza)
Vaso de coração feito em amigurumi
(Foto: @macaverdecroche)
Quadro decorativo com varal de fotos, é um mimo muito lindo
(Foto: Instagram)
Esse quadro de coração lindo foi feito com palito de picolé, inacreditável.
(Foto: @storesuco)
O casal de biscuit pode animar muitos momentos a dois, você pode usar como item decorativo
(Foto: @atelieangelbiscuit)
O cesto com flores acaba se tornando um clichê que toda mulher ama receber
(Foto: Instagram)
Caixa de madeira decorada com as iniciais de vocês
(Foto: @mais1personalizado)
Ursinho de amigurumi fofinhos
(Foto: @atelie_marcia_barros)
Cabideiro de madeira com pregos
(Foto: Rustem Can)
Mimo especial e cheio de amor com a foto de vocês, feita com palito de picolé
(Foto: Pin Cashback Krista)
Mini álbum cheio de amor e fotos de momentos inesquecíveis.
Aprenda a fazer um álbum personalizado para dia dos namorados.
(foto: QC Presentes)
Quadro artesanal feito com material reciclável
Foto: Revista Artesanato)
Sabonetes em formato de Flores 
(Foto: Saboaria Artesanal Lucrativa)
Ideias com Corações
O coração é o simbolo do amor, então trouxemos inspirações cheia de amor para você surpreender quem você ama nesse dia tão especial.
Buque de corações em feltro
(Foto: @coisasprocasorio)
Buque de corações com frases de amor 
(Foto: Recém Casados)
Almofada love, para que nunca esquecer o seu amor
(Foto: Pin Claudia Jezabel)
Coração de pompom para você decorar muitas coisas como uma linda almofada
(Foto: NonSoloRiciclo)
Quadro listrado decorado com coração de botões
(Foto: Pin Annerien Bester)
Quadro de pregos com coração feito com linda vermelha
(Foto: Blog Quintal)
Lembrancinha doce decorada com corações de EVA
(Foto: Camelia Sinensis Blog)
Aprenda a fazer o presente do dia dos namorados passo a passo
Agora vamos a vídeos com tutorias que ensinam passo a passo como garantir seu mimo especial:
Leia Também:
Artesanato para Dia dos Namorados em Feltro
Ideias de Artesanatos para Dia dos Namorados
Tutorial de Ideias Personalizadas – DIY:
youtube
Tutorial de Capitaozeferino:
youtube
Tutorial de Lady Lidy Pink:
youtube
Tutorial de Jessica Belcost:
youtube
Tutorial de Karina Correia:
youtube
Tutorial de Jaqueline Guerreiro:
youtube
Tutorial de Clara Gonc Fotografia:
youtube
Tutorial de Isabelle Verona:
youtube
Tutorial de Priscila Paes:
youtube
Confira também: 21 Ideias Criativas de Artesanato para Dia dos Namorados
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choppedfirebird-blog · 6 years ago
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Riccardo Tisci: os desfiles mais marcantes do estilista na Givenchy On: Riccardo Tisci (Foto: Divulgação)Riccardo Tisci (Foto: Divulgação) 2018 vai ser marcante para Riccardo Tisci: um ano após deixar a direção-criativa da Givenchy, que comandou por 12 anos, o italiano vai apresentar sua primeira coleção para a Burberry, onde promete uma verdadeira revolução, mudando o calendário de entregas e sistema de lançamento de coleções (seguindo o modelo de drops adotado por marcas do streetwear como a Supreme). Revoluções não são novidade para Riccardo, que, na Givenchy, trouxe sua linguagem tão contemporânea para a casa, conquistando, com sua estética de forte veia gótica, famosas como Beyoncé, Rihanna, Cate Blanchett, Florence Welch e Rooney Mara – que viu nas coleções de Tisci para a maison francesa a ferramenta perfeita para comunicar sua nova imagem nos red carpets após ser escalada como protagonista de Os Homens que Odiavam as Mulheres. No mês em que Riccardo Tisci comemora seus 44 anos, reunimos algumas de suas coleções mais icônicas, que lhe renderam um squad de famosas de alto calibre – e que se reuniu ao italiano na capa de nossa edição de outubro de 2015, para comemorar seus 10 anos de Givenchy. Riccardo Tisci na capa da Vogue de outubro de 2015 (Foto: Arquivo Vogue)Riccardo Tisci na capa da Vogue de outubro de 2015 (Foto: Arquivo Vogue) A coleção de inverno 2008 é tida por muitos críticos como a primeira em que Riccardo Tisci se sentiu mais livre para misturar os códigos da casa com sua veia bem moderna, com um pé no gótico. Os looks que abriram o desfile, cobertos de correntes douradas, viraram hit instantâneo. Givenchy - inverno 2008 (Foto: Getty Images)Givenchy – inverno 2008 (Foto: Getty Images) Já a coleção de verão 2010 veio calcada numa imagem rock n’roll, firmando o blazer listrado p&b – inspirado em David Bowie – como a peça queridinha da estação nos looks de street style. Givenchy - verão 2010 (Foto: Getty Images)Givenchy – verão 2010 (Foto: Getty Images) Misturando a alfaiataria masculina com longos ultrafemininos, a coleção de alta-costura de verão 2010 apresentou um dos vestidos mais icônicos da história do Oscar: o longo de saia em degradê roxo usado por Zoe Saldana na premiação daquele ano. Givenchy alta-costura - verão 2010 (Foto: Getty Images)Givenchy alta-costura – verão 2010 (Foto: Getty Images) Firmando-se como um dos nomes mais fortes da alta-costura de sua geração, na coleção de inverno 2010 de alta-costura da Givenchy Riccardo Tisci firmou os naked dresses ultratrabalhados como tendência absoluta (e duradoura!) dos red carpets. Sua maior entusiasta? Beyoncé, que usou looks do gênero assinados por Tisci em diversas ocasiões, como os galas do Met. Givenchy inverno 2010 - alta-costura (Foto: Divulgação)Givenchy inverno 2010 – alta-costura (Foto: Divulgação) Inspirado pelo dançarino japonês Kazuo Ohno, Riccardo Tisci apresentou em seu verão 2011 de alta-costura uma coleção etérea, que passava longe de suas referências mais soturnas e góticas. O resultado foi uma de suas coleções mais marcantes e que, mais uma vez, foi parar no tapete vermelho do Oscar, com Cate Blanchett. Givenchy - verão 2011 alta-costura (Foto: Divulgação)Givenchy – verão 2011 alta-costura (Foto: Divulgação) Em 2011, Tisci, já estabelecido como uma potência da alta-costura, apresentou mais uma coleção de tirar o fôlego para o inverno daquele ano, com quase todos os looks em branco total e cobertos por pérolas, plumas e bordados. Foi desta coleção que Tisci e Kim Kardashian tiraram inspiração para o vestido de noiva da socialite, que se casou com Kanye West vestindo Givenchy em 2014, provando a atemporalidade das criações do italiano. Givenchy - inverno 2011 alta-costura (Foto: Divulgação)Givenchy – inverno 2011 alta-costura (Foto: Divulgação) Voltando ao prêt-à-porter, 2011 foi o ano em que Tisci lançou a icônica estampa de rottweilers nos desfiles da semana de moda de inverno masculina da casa. Os cachorros depois estamparam peças femininas e até acessórios como bolsas. Nessa época, Riccardo emplacou uma série de estampas que se tornaram desejo imediato entre homens e mulheres. Givenchy - inverno 2011 masculino (Foto: Getty Images)Givenchy – inverno 2011 masculino (Foto: Getty Images) Já em seu desfile de verão 2012, Tisci se desvencilhou das estampas e apresentou uma coleção que investia na alfaiataria, reinterpretando o visual surfer de um jeito sofisticado e conteporâneo. O auge? Gisele Bündchen fechando a apresentação – e depois estrelando a campanha da coleção. Givenchy - verão 2012 (Foto: Getty Images)Givenchy – verão 2012 (Foto: Getty Images) A coleção de alta-costura de verão 2012 pode ter sido marcada pela beleza das modelos, que exibiam piercings enormes no nariz, mas foram os vestidos – alguns que demoraram mais de 350 horas para serem concluídos – que reforçaram a maestria de Tisci como couturier. Givenchy - verão 2012 alta-costura (Foto: Imaxtree)Givenchy – verão 2012 alta-costura (Foto: Imaxtree) Na coleção de inverno 2013 de prêt-à-porter, Riccardo Tisci renovou seu apelo pop com mais uma estampa que se tornou febre absoluta: a de Bambi, que protagonizou um dos looks mais icônicos de sua carreira: o de moletom com saia transparente, que várias famosas usaram na época. Givenchy - inverno 2013 (Foto: Imaxtree)Givenchy – inverno 2013 (Foto: Imaxtree) Comemorando seus dez anos de Givenchy em 2015, a coleção de inverno prêt-à-porter daquele ano exaltou os códigos mais fortes do legado de Riccardo Tisci para a casa: referências católicas, um estilo dark, peças com um capricho único em seus bordados e detalhes e, claro, uma beleza marcante, com toque quase agressivo. Givenchy - inverno 2015 (Foto: Imaxtree)Givenchy – inverno 2015 (Foto: Imaxtree) Assuntos sobre modelos e agencias de modelos na web: Agencias de modelos Melhores agencias de modelos Altura necessária para as modelos Como entrar para uma Agencia de Modelos Agencias de Modelos Brasileiras Agencia de Modelos do Brasil Lista de Agencias de Modelos Brasileiras Matérias sobre Modelos e o mundo da moda Lista de Agencias de Modelos Modelos Masculinos SPFW Revista Epoca Vogue Empório Armani Online Lista de Agencias de Modelos Agencias de Modelos Agencias de modelos famosas Principais Agencias de Modelos Melhores Agencias de modelos do Brasil Agencias de Modelos do Brasil Linksweb Neoplanos Agentes do Alem 3ICAP Premio de Moda AnuarioTI Governo Estadão – Caderno de Moda Beleza, Moda e Agencias de Modelos do Brasil Mural Fashion ID Porto Alegre Fashionlines Balenciaga Pebblebeb Sweetyus SPNEWS O Povo Hubblo Informações sobre agencias de modelos Informações sobre agencias de modelos e modelos Agencias de Modelos e Top Models Notícias Modelos, Agencias de Modelos e Bastidores da Moda Modelos, Agencias de Modelos e Moda Agencias de Modelos, Agencias de Moda do Brasil, Top Models, Modelos Femininos, Modelos Masculinos Vulnerável e Oscilante Moda, Modelos e Agencias de Modelos Agencias de Modelos e Top Models UOL Estilo G1 Moda Jornal O Globo Folha S.Paulo Principais Agencias de Modelos do País: FORD MODELS, MEGA MODEL BRASIL, MAJOR MODEL , LEQUIPE AGENCE, Way Model    Clique para compartilhar no Twitter(abre em nova janela)Clique para compartilhar no Facebook(abre em nova janela)Compartilhe no Google+(abre em nova janela)Clique para compartilhar no Pinterest(abre em nova janela)Clique para compartilhar no LinkedIn(abre em nova janela)Clique para compartilhar no Tumblr(abre em nova janela)Clique para compartilhar no Pocket(abre em nova janela)
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quebreiaregra · 6 years ago
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Snoopy, Charlie Brown e toda a sua turma invadiram a @pernambucanas!!! A coleção está a coisa mais fofa e conta com peças de cama, banho, pijamas, bolsas, cadernos e roupas infantis. Eu amei esse pijama listrado com o Snoopy e a bolsa transversal. Ah, o caderno é outra fofura à parte que não deu pra resistir. A linha já está disponível no app da Pernambucanas e nas lojas físicas da marca.
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williamquaresma · 7 years ago
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Exercício de descrição
Estou deitado, em posição confortável ouvindo música. O cobertor se aninha aleatoriamente em minhas pernas, tentando esquentar meus pés gelados. É um velho cobertor, lembrado desde a infância, com pequenas partes enegrecidas pelo fungo de diversas doenças. Ele é listrado em branco e azul, não é muito grosso, foi produzido em fibra sintética.
Minha guitarra a direita repousa encostada na parede, onde há vários papéis colados. Ela é única, revestida por fita crepe e tem cordas mais antigas do que deveriam. Acima dela pende uma toalha recém usada, pendurada em um skate customizado. Ao lado também está pendurado uma espécie de boné das forças armadas, lembrando uma época que volta a qualquer instante, mas que não é bem vinda.
Pelo chão, ao meu redor, há várias peças de roupas espalhadas. Algumas limpas, mas não faz diferença. Elas vão desde camisas de verão até suéteres confortáveis e caseiros. Uma flanela vermelha cheia de histórias para contar, com uma mancha branca no ombro indecifrável. A pilha de roupas se concentra em um canto, sob um armário de tijolos sem porta, cujas prateleiras são tábuas horizontais fixadas diretamente na parede. Nessas prateleiras estão livros, cabos, papéis, um violino e até um tijolo, menos roupa.
Na parede oposta a mim, há um armário, e nele há uma pequena coleção de livros e garrafas de vinho. Em uma delas há uma vela derretida na parte superior, tampando a entrada da garrafa. Uma cadeira no pé da cama a espera de alguém que nunca senta. Na entrada há um tapete sujo de areia, onde se acumula pistas de vários crimes. Vale dizer, que as paredes são sujas e o teto úmido, onde há vários pedaços de pano presos. Acima da cômoda, na altura da visão há buracos feito por pregos, dando um ar charmoso ao quarto.
No centro pende um candelabro improvisado, com restos de vela derretida em lugares onde não se consegue ver. O quarto possui uma lâmpada forte, em contraste com as paredes cobertas de um pano negro. O teto é igualmente sujo, para acompanhar as paredes e não quebrar o clima do ambiente. Os pregos estão enferrujados pela maresia, criando um círculo de ferrugem na madeira, espalhado pela umidade de goteiras criadas acima do forro. Claro, o mesmo foi pintado em branco, o que causa um efeito único e faz toda a sujeira vibrar gritando. O pintor certamente imaginou uma cena dessas.
Aliás, de que outra cor seria, senão branco. Decerto não deixariam ao natural, isso só faria a podridão da madeira aparecer. Dessa forma, ela ainda apodrece, porém não demonstra. Uma fachada bem pensada. Nós encontros do forro com as paredes, o acabamento, também em madeira, pende parcialmente despregado, mostrando o concreto podre e esfarelento.
No quarto há uma janela, branca, e obviamente suja. Uma janela quase nunca aberta, e em seus vidros poderia-se desenhar qualquer coisa. Talvez devesse ser desenhado uma janela limpa. Isso seria talvez mais inteligente que apenas um "limpe-me" ou "socorro, lave-me" como escrevem em carros, claro, escrevem de maneira condizente com a população que o utiliza.
Abaixo da janela, entre a parede e a cama, está uma prateleira branca feita de compensado. Não precisa de muito esforço para imaginar ela totalmente podre, mantida de pé por forças sobrenaturais, que por sinal, agem sobre o forro também. Nela há mais livros, papéis, documentos, cadernos, pó, caixas e até uma caixinha de ovos. Em meio a tudo isso guardado, há vários cotocos de velas deformados por uma chama a muito apagada. Velas de todas as cores, algumas misturadas em poças rígidas de cera. São esculturas, como prédios que se erguem do chão tentando alcançar o céu, mas são deformados e derretidos pelo poder do sol. Na parte inferior da primeira prateleira a fumaça das velas desenhou formas estranhas. Agora mais atentamente vejo, um fio de cabelo. Diferente dos demais, ele é longo, liso e castanho escuro. Ele me lembra alguém...não lembra?
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silent-chronicle · 7 years ago
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#1 Clara
Ocean blue, what have I done to you? Cut so deep, yet growing throught and...
"Clara! Sai já da cama!" Ouço a minha tia da cozinha e o despertador do meu celular, tocando Two Door Cinema Club. Já são 7 horas? Por quanto tempo eu dormi? "Vamos, você não vai querer se atrasar no primeiro dia, Clara!"
Me sento na cama e prendo meu cabelo embaraçado num coque. Meu quarto está frio porque deixei o ar condicionado ligado durante a noite toda, uma mania minha. Minha cabeça dói, e eu estou com muita fome.
"Clara, não me faça subir até..."
"Já estou indo!" Grito e me levanto da cama. Não consigo lembrar de nada que aconteceu ontem de noite, mas eu não me importo muito. Hoje é um novo dia, e um dia bem importante. Meu primeiro dia de aula no terceiro ano.
Tiro a minha camiseta branca que usei como pijama e me vejo no espelho em frente a cama. Estou acabada. Tem um resto de maquiagem embaixo dos meu olhos, e eu acho isso horrível. Meu cabelo está bagunçado preso no coque, e a tinta roxa está desbotando, fazendo com que pareça lilás. Tem coisas que não consigo melhorar na minha aparência mesmo. Visto minha calça jeans clara, um cropped preto listrado e uma camisa cinza por cima. Acho que não vai fazer muito frio hoje.
Depois que me arrumei, desço as escadas até a cozinha mexendo no celular, vendo se tem algum resquício para que eu saiba onde estive na noite passada. Nada.
"Por onde esteve, garota?" Minha tia me pergunta do fogão, onde ela prepara ovos fritos com torradas. Dou um pequeno sorriso a ela, e parece que ela entende que nem eu lembro. "Renato que trouxe você para casa?" Ela pergunta, depois.
"Provavelmente. Ele sempre faz isso." Respondo, me apoiando no balcão da cozinha. Minha tia olha para mim com as sobrancelhas erguidas e ri. "Ele é um ótimo amigo. Ainda bem que você tem amigos assim. E ainda bem que você me tem! Seus pais nunca deixariam você sair um dia antes do seu primeiro dia de aula." Ela diz, e me dá um abraço.
"Você é demais, mesmo. Ou talvez ainda seja uma adolescente, e quando você era adolescente não podia sair, e prometeu a si mesma que quando fosse mãe, iria deixar a filha sair todos os dias da semana" dou uma mordida na minha torrada e olho para a minha tia "eu sei que você saia escondido, senhorita Lia."
Ela ri mais alto ainda e eu rio junto com ela. Uma vez eu achei o diário dela, e foi lá que eu encontrei muita coisas sobre ela. Minha tia tem só 30 anos, e cuida de mim desde que eu tinha 8 anos. Hoje eu tenho 17 anos, e ela ainda me trata como sua filha. Sim, ela cuida de mim desde os 21 anos dela, e até hoje eu me pergunto como ela conseguia. Ela me diz que a nossa vizinha, a senhora Amélia cuidou de nós duas até que ela conseguisse passar na faculdade e ter um emprego. Isso foi quando ela completou 26 anos. Eu já tinha 13 anos na época, e já me virava bem quando ela ia em festas da faculdade e tudo mais.
"Você não vai querer chegar atrasada no primeiro dia de aula, vai?" Minha tia vai até o balcão e tira meu prato com o último pedaço da torrada.
"Claro que não, Lili. Já estou quase pronta."
"Me chama de Lili de novo que eu te proíbo de sair de casa, Clara!" Nós duas rimos e eu subo para meu quarto.
***
Saio de casa faltando só 20 minutos para a aula começar, mas isso não me preocupa. Normalmente no primeiro dia de aula ninguém liga para nada, é só um blá-blá-blá sem fim. Mas também tem suas vantagens. O meu colégio é muito grande, então chega a um ponto de que ninguém liga mais para nada, e sempre muita gente nova entra.
"Você tá me ouvindo, Clara?" Minha tia cutuca minha perna me olhando nos olhos.
"Sim, estou." Eu retorno o olhar, mas é claro que eu não sei o que ela falando. "Desculpa."
"Vamos jantar na casa do Rodrigo hoje, está bem?" Minha tia estaciona dois quarteirões antes da escola. Faço que sim com a cabeça, dou um beijo em sua bochecha e saio do carro.
Se tem uma coisa que eu aproveito de verdade, é primeiro dia de aula. Só o primeiro, porque eu odeio escola. Mas no primeiro dia você pode ser quem você quiser, e é claro que não vai conseguir manter o papel até o final do ano, mas a primeira impressão foi dada. Não sei se mais alguém pensa igual a mim.
Chegando no portão verde escuro do colégio, já vejo o Renato e a Gabi. A Gabi, como sempre, com uma jaqueta jeans, calça preta, cachecol de lã cinza, chocker preto e batom vermelho. Seus cabelos loiros desajeitados em um rabo de cavalo se moviam enquanto ela ria com o Renato. Ele, com a sua camiseta lisa branca com mangas pretas e sua calça boyfriend, segurava seu cigarro entre o dedo indicador e dedo do meio.
"Logo cedo?" Digo quando chego perto deles. Gabi me dá um abraço apertado e Renato me dá um sorriso de lado, como ele sempre faz. Pego o cigarro dele e dou uma tragada forte, mas vai ser a única do dia. Não estou totalmente recuperada de ontem, eu acho. Aliás, ontem...
"Esqueceu isso ontem, cabeçuda" Gabi estende o braço com um carregador de celular preto nas mãos, o meu.
"Você que me levou para casa?" pergunto para o Renato.
"E quando eu não levei?" ele sorri olhando para seus vans pretos, e em seguida coloca os braços nos meus ombros "o que seria de você sem mim, Clarinha?"
"Ah, nada, com certeza. Já teria desaparecido em alguma festa porque não tinha ninguém para me dar carona" coloco meu cabelo para trás e olho ao redor "aliás, o que aconteceu ontem?"
A Gabi dá uma risada estridente e coloca as mãos na boca, sem borrar o seu batom vermelho.
"Você não lembra mesmo, né?" Ela continua rindo, e eu faço que não com a cabeça.
"Nada demais, festa do Felipe. Vamos, vai bater o sinal." Renato joga o cigarro no chão e caminha na direção da porta do colégio.
É engraçado ver as pessoas novas no colégio. Enquanto estávamos nos corredores até a nossa sala, tinham alguma meninas do primeiro ano nos observando. Primeiro elas olharam para mim, claro. A estranha do cabelo roxo. Nem ligo. Fizeram uma cara de impressionadas, uma delas até colocou a mão na boca. Depois, viram a Gabi e (posso estar ficando louca), mas acho que a Gabi sorriu para elas, porque o elas ergueram as sobrancelhas de um jeito bem sarcástico. E por último, viram o Renato. Uma delas se escondeu na outra, e acho que ela deve ser a tímida do grupo. A outra deu um sorrisinho, enquanto a do meio (que deve ser a Queen Bee) colocava a lingua entre os lábios e fazia "ual" lentamente. Coitadas.
A primeira aula era de um professor antigo, de história. É difícil de acreditar como os professores gostam de falar sobre vestibular no terceiro ano do Ensino Médio. Ele passou a aula inteira falando sobre isso, e nem precisei prestar atenção nisso.
Depois de 50 minutos de tortura, a segunda aula era de um professor novo, um tal de Fernando, que nos daria aula de Artes Cênicas. Ele entrou na sala segurando dois cadernos e eu podia jurar que a sala inteira parou para observá-lo. Ele é alto e forte, com cabelos escuros não muito curtos e nem muito longos.
"Ei, fecha a boca." Falo para a Gabi. Ela estava simplesmente de boca aberta para aquele professor. Pois é, essa aula vai ser longa.
Enquanto aquele professor falava alguma coisa sobre Shakespeare, eu resolvi observar a minha sala e ver quanta gente nova havia entrado esse ano. Normalmente, é no terceiro ano que a maioria das pessoas muda de escola.
Perto da carteira da Gabi, haviam duas garotas novas, ambas loiras. Nenhuma delas era natural, mas tudo bem. Logo atrás delas, estava sentada Carolina. Ela tinha mesmo que estar na minha sala?
Desde o nono ano eu caio na mesma sala que ela, e não gosto dela desde então. Até hoje ainda acho que ninguém realmente gosta dela, porque parece que todos os seus amigos só são amigos dela por ela ser famosinha. Isso é escroto.
"Clara." Ouço uma voz me chamar do meu lado esquerdo.
Olho para o lado e Renato está me observando, com um papel na mão. Ele abre o papel me mostrando o que está escrito dentro dele. Festa da Mayara hoje?
Não me lembro de ter sido convidada para essa festa, mas se o Renato está me chamando, é porque ele foi. Faço que sim com a cabeça e volto a olhar para frente.
Depois de quase cinquenta minutos ouvindo o professor relativamente bonito falar sobre Shakespeare e Jane Austen, temos duas aulas seguidas de Matemática. Eu não tenho nada contra matemática, até vou bem nessa matéria. Mas duas aulas... É, eu acabei dormindo.
"Ei, garota. Acorda." A Gabi me chama antes de ir para o intervalo. "Vou deixar você aí se não acordar!"
Me levanto da cadeira e pego meus fones de ouvido. Trouxe um ótimo lanche vegano, mas não estou com nada de fome, quem sabe mais tarde eu até coma.
Chegando no pátio onde todos os alunos do Ensino Médio se encontravam, sentei com o Renato e a Gabi numa das mesas de plástico branco.
"Eu não acredito que o Leo não vai na festa hoje. Sério, não é possível! Deve ser coisa da namorada ridícula dele, onde já se viu?!" A Gabi reclamou, tomando sua Coca Diet.
"Gabi, meu, relaxa. Já falei que vou dar um jeito dele ir nessa porra." Renato respondeu, revirando os olhos. "Agora para de falar nisso, por favor."
"Ai, que ressaca, hein Renato!" Ela passou as mãos no cabelo e cruzou os braços, deixando o Renato debruçado na mesa sozinho.
"Ow, Gabi. Ele vai, pode deixar. O Re sempre dá um jeito. Você vai pegar ele e fazer todo o seu plano mirabolante. Mas para de encher o saco, mesmo." Eu disse carinhosamente enquanto colocava as mãos nas costas do Renato.
"Tá bom, que seja!" Ela sacudiu as mãos no ar. "E não é um plano mirabolante." Eu revirei os olhos e me encostei na cadeira. É claro que é um plano mirabolante. Pegar um cara que namora, tirar uma foto e mandar pra namorada não e algo normal. É algo bem Gabriela.
Vi uma pessoa conhecida se aproximar de nós três. Era o Pedro, nosso amigo das festas.
"Bom dia, Clara, Re, Gabi! Ah, que dia maravilhoso!"
"Que que você usou, Pedro? Me dá um pouco." Eu disse, estendendo o braço para ele.
"Clara, você é demais." Me respondeu rindo. Olhou para trás e viu uma das loiras se aproximando, com biquinho aparente. Ela vestia uma regata rosa que deixava seus seios bem a mostra e uma calça jeans bem justa, além dos saltos meia-pata pretos. "Oi gracinha!"
"Oi gatinho!" Ela disse, beijando o seu pescoço. "Esses são seus amigos, Pepe?" Apontou para nós três com cara de nojo. Pepe.
"Prazer, Clara. Esse é o Renato e a Gabi." Ela levantou as sobrancelhas e se voltou para o Pedro, cochichando algo em seu ouvido que o faz dar um sorriso malicioso.
"Ah, garota. Pega alguma coisa pra eu beber, linda." Pedro passou as mãos na cintura da loira. "Depois nós..." e cochicha algo em seu ouvido.
Ela cruzou os braços deixando seus seios mais a mostra ainda, e são bem legais, mas sai de perto para comprar algo para ele. Ao sair, ele fica de olho na bunda dela, e ela abre um sorriso malicioso. Depois volta o olhar para nós e apoia na mesa que estamos sentados.
"É o seguinte: festa da Mayara. Vou levar uma coisa louca. Se preparem."
"Que horas que é essa festa?" Eu perguntei para o Pedro, mexendo no celular. "E onde vai ser?"
"Vai começar cedo, acho que às 18h. Mas vai até o sol raiar. É na casa dela, uma travessa da Augusta. Ô, menina sortuda de morar no melhor lugar de São Paulo." Ele respondeu olhando ao redor, provavelmente procurando sua 'amiga'.
"Sortuda mesmo. Vou ver se apareço." Olhei para o Renato, esperando que ele se mostrasse que iria também e eu pedir a carona. Mas chega uma época que se você for o único amigo com carteira de motorista, maior de 18 anos e que não bebe, você tem a obrigação de levar pelo menos sua melhor amiga.
"Sim, Clara, eu vou. Eu te levo." Ele me deu uma piscada. Ai, melhor amigo.
O sinal bate pouco tempo depois, e subimos para mais algumas aulas. Tudo passa relativamente rápido, uma aula de literatura, com o mesmo professor do ano passado. Uma de gramática, com o professor comunista falando sobre as manifestações que estão ocorrendo em São Paulo, por causa das eleições de governador do Estado. Algo assim.
Saindo da escola, dou uma passada no salão de beleza para retocar a cor do meu cabelo. Eu pintei meu cabelo de roxo no ano passado, porque nunca gostei de ser igual a todo mundo. Essa coisa de "adolescente convencional" nunca foi algo que me agradasse. Então, quando completei 16 anos, num dia qualquer, resolvi pintar o cabelo de roxo. E eu gostei.
Minhas roupas nunca foram iguais às das minhas amigas, nem meu gosto musical, muito menos meu estilo de vida. Sobre a minha vida, todos já sabem. Mas só realmente comecei a mostrar as minhas diferenças quando pintei o cabelo, e acho que isso foi bom não só pra mim. Sou amiga do Renato desde o oitavo ano, e ele era um adolescente bem convencional. Seguia as modinhas, já chegou até a usar calça colorida. Mas eu nunca achei que ele realmente gostasse. Quando tingi o cabelo, ele também parou de querer seguir tendências. Passou a deixar o cabelo não curto e nem tão longo, mas cacheado nas pontas.
Seu estilo musical também mudou, parou de ouvir pop (não totalmente, quem nunca dança e canta quando ouve Lady Gaga ou Katy Perry?), e passou a ouvir alternativo/indie. Igual a mim e a Gabi. Não sei se isso é o que ele sempre gostou, ou se foi influência, mas eu gosto mais dele assim.
***
Já estou em casa quando recebo uma mensagem da Gabi. Vai com que roupa hoje? Respondo. Calça preta e cropped branco, jaqueta jeans. Conhecida como "a de sempre". Não passam nem 3 minutos e já tem outra mensagem. Tá linda, vou de vestido. É hoje.
Começo a me arrumar 17h30, o Renato vai estar em casa 18h. Não vamos de carro até a casa da Mayara, o Renato não quer que sujem o carro dele, então vamos até uma estação de metrô e de lá vamos para a Augusta. Coisas de Renato.
"Vai sair, Clara?" Minha tia pergunta da porta do quarto.
"Aham. Festa da May." Respondo me olhando no espelho enquanto passo o delineador.
"Isso porque você estava me ouvindo no carro quando eu te disse que íamos jantar no Rodrigo." Puts, esqueci. "Já sei, esqueceu. Tudo bem. O Renato vai te levar?"
"Desculpa, eu esqueci totalmente. Vai sim, vamos de carro até uma estação e depois pegamos o metrô."
"Juízo, não volta muito tarde porque amanhã você tem aula." Ela me deu um beijo na testa e entra no seu quarto.
Termino de me arrumar 20 minutos depois do Renato chegar em casa. Ele me espera sentado na cama, me apressando e mexendo no cabelo.
"Vamos, Clara. Já começou a festa, você tá linda." Ele diz, me olhando pelo espelho.
"Parou, aí. Falta pouco. Pega minha bolsa no armário?" Ele tava usando uma calça boyfriend (sim, de novo) e uma camisa preta larga que combina perfeitamente com seu tênis branco da Nike. O cabelo, despenteado como sempre. "Valeu. Tô pronta." Ele me puxa pelo braço e descemos as escadas, indo pro seu carro.
***
Chegando na estação, nos damos de cara com uma movimentação estranha. Muitos policiais atentos a todo e qualquer movimento, milhares de pessoas (não que isso seja anormal em horário de pico) se movimentando para lados opostos com pressa, crianças chorando, funcionários do metrô em seus rádios se comunicando a todo instante.
"Parece que está tendo manifestação na Augusta." Renato diz, no meio do caminho.
"Na real?????" Respondo indignada. "Hoje é dia de fazer manifestação???"
"É, fazer o que. Tem Black Bloc e tudo. Tem medo?"
"Você me conhece, cara. Vamos logo." Atravessamos a estação até chegar na catraca. Entramos no primeiro vagão que aparece, porque as portas já iam fechar. Para variar, sem assentos vazios. 
“Gostei da roupa.” Renato me diz olhando pros meus olhos. “Retocou o cabelo?”
“É, as vezes precisa. Eu tô vestindo a mesma roupa de sempre, mano.” Coloco o cabelo atrás da orelha e pego meu celular. 
Minha tia tinha me enviado duas mensagens. Já chegaram no metrô? e Quando chegar em casa me avisa. Provavelmente vou dormir aqui no Rodrigo. Respondo que já chegamos e que irei avisar, e te amo em seguida. Ela me responde que me ama e um emoji piscando. São muitos poucos os relacionamentos que eu realmente acho adoráveis. Sempre fui muito desapegada, namorei duas ou três vezes mas nunca passou de 4 meses juntos. A simples ideia de gostar de alguém a ponto de não querer ninguém mais me assusta e eu acho que nunca vou encontrar alguém que eu possa realmente desenvolver um sentimento tão intenso como esse. A minha tia e o Rodrigo namoram há quase 10 anos. Se conheceram na faculdade de arquitetura aos 20 anos (ele tinha 22) e nunca mais largaram um do outro. Eu curto pra caramba o Rodrigo, ele é o cara certo pra ela.
“Hein?” Ouço o Renato me chamando. 
“Desculpa.” Volto à realidade. “O que disse?”
“Você tá muito distraída hoje, baby girl. Aconteceu alguma coisa?” Ele me responde arrumando uma mecha de cabelo meu atrás da minha orelha.
“Não, tá tudo bem. Algumas sensações e devaneios, nada incomum.” Respondo. “O que vc tinha dito?”
“Você acha que o plano da Gabi é uma boa?” Ele repete. Para falar bem a verdade, eu não tô nem ligando. A namorada do Felipe, Júlia, já o traiu 2 vezes com pessoas diferentes. O pior: ele sabe disso, não gosta dos caras e nem da atitude dela, mas continua com ela. E ele mesmo já a traiu com a Gabi uma vez. Mas a Júlia não sabe e nem pode imaginar uma cena dessas. Aquele tipo de garota que não suporta ver o namorado rodeado pelos seus amigos, não deixa o namorado sair para nenhum lugar sem ela, não gosta que o cara faça nada. Já me da arrepios. Então, seria uma boa diversão pro Felipe.
“Seria uma boa pro Felipe sair da cadeia de vez em quando.” Eu digo pro Renato enquanto aponto para a porta, indicando que é a estação que vamos descer.
Saindo do trem e subindo as escadas da estação, tem mais movimentação ainda. A rua Augusta é atravessando a Avenida Paulista, e precisamos chegar lá. O relógio do meu celular marcava 18h56, ou seja, no tempo certo para chegar na hora boa da festa. Ao chegar na rua, um batalhão de homens e mulheres mascarados  e encapuzados entravam na avenida atirando coisas. Do outro lado, milhares de policiais do Batalhão de Choque faziam uma barreira para não serem atingidos pelos materiais lançados.
“Péssimo horário! Corre, Clara, a rua é nessa esquina!” Renato grita para mim e pega no meu braço, apontando para a esquina mais próxima do seu lado esquerdo. Olho para os dois lados da rua e o sigo abaixando a cabeça embaixo do outro braço. Os homens encapuzados começam a correr, e nesse momento tem alguns saindo pelo portão da estação que está há cerca de dez metros de nós dois. Corremos mais rápido para fugir da multidão.
Eu sinto então um puxão em meu outro braço. Me viro para trás e tem um dos homens encapuzados, com apenas seus olhos à mostra. Seus olhos eram azuis e sua aparência não parecia com medo ou com raiva, mas surpreso. “Você...” A minha voz trava. Naquele instante, não consegui me mover. Senti um arrepio por todo meu corpo e uma paralisia momentânea. 
- continua -
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umcubomagico-blog · 8 years ago
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Vida de um nerd qualquer - Parte dois
Mas tarde no mesmo ano da morte do meu avô, nasceu meu irmão Gabriel, finalmente nasceu o irmão que eu sempre quis, mas ele se tornou o centro das atenções porque era muito parecido com meu falecido avô e isso me deixava repleto de ciúmes e raiva. A ponto de me tornar bastante rebelde por alguns meses. Depois disso eu voltei a ser eu e não me separava fácil do meu irmãozinho.
  2008 Eu e o Edu que tínhamos nos separado no fim de 2005 estávamos na mesma sala novamente, mas desta vez a amizade estava mais fraca que antes, afinal ele tinha outro amigo e eu também.
  E em 2009 eu me apaixonei por uma garota um ano mais velha. Lucy. Infelizmente o meu melhor amigo também. Éramos um triângulo amoroso, até que, por fim eu meio que desisti e ela ficou com meu amigo. E quando eu digo que desisti, quero dizer que apanhei de graça e sem estar esperando de um cara que dizia ser meu amigo, mas que me via como ameça.
  Minha família voltou para minha cidade natal e comecei a estudar, e na minha sala eu conheci Saulo que veio ser um grande amigo e mais tarde viria se casar com a minha prima, lembra aquela que entrou comigo no casamento de minha mãe. No meio do ano eu comecei a ter sintomas de depressão e abandonei a escola, sinceramente o pior erro da minha vida.
  Livros, livros e mais livros. Foi em 2010 que tomei amor por esse objeto incrível que reuni em um conjunto de paginas impresso todo um universo extraordinário. Tudo começou porque que voltei a estudar, e quando cheguei à sala de aula, lá estava ela, Fernanda, linda, com uma voz suave, e ar de inteligente, estava sentada no meio da sala de aula, lendo o livro o menino do pijama listrado quando a questionei se ela gostava de ler, ela respondeu dizendo que amava. No mesmo dia corria até a biblioteca publica e peguei o livro cuidado garoto apaixonado. Mais tarde descobri que ela tinha namorado. Fiquei triste e isso fez com que eu me afundasse ainda mais nos livros.
  Mais tarde no meio do ano voltamos a nos mudar para antiga cidade, foi onde eu novamente me deparei com Edu na minha sala. Na minha sala também conheci Samuel um grande amigo, que mais tarde se tornou um irmão. Na mesma sala um mês depois entrou uma garota chamada Cristiane, roqueira, gostava de livros e de desenhar como eu, ela se sentava atrás de mim, conversamos um pouco se nós tornamos bons amigos, mas não tão próximos.
  Por volta de setembro, uns colegas de turma tiveram uma ideia – Vamos ao cemitério a noite ver quem tem coragem de entrar? – bem eu concordei juntamente com outros colegas. Tudo pronto, nós marcamos a hora, chegamos lá, pulamos o muro e começamos a andar, eu estava com medo, Samuel que também foi, sussurrou perto de mim também estava. Cerca de 30 minutos depois a policia chegou, Cris e eu fomos os primeiros a ser encontrados, os policias conversaram com a galera que agora eram apenas 5 o restante conseguiu fugir, Samuel com seu espirito brincalhão tentou descontrair o ambiente e fez uma piada com um dos policias, quase que fomos passear de viatura. Foi uma das coisas mais legais que fiz na minha vida. Infelizmente repeti a serie por frequência.
Novamente em 2011 o Edu esta na minha sala, ele e eu os único nerds, os excluídos. E eu com meu primeiro computador, eu tive uma ideia. “E se nós criássemos um site, ou blog, ou qualquer coisa assim? Se fizermos algo legal, com certeza seremos populares!” ele aceitou de cara. Criei o blog. Mas ele não tinha PC então ficava chato só eu fazer as coisas. No mesmo tempo que comecei a namorar pela primeira vez. Taynara o nome dela, namoramos escondidos 3 meses, quando finalmente pedi a mãe dela. Ela não autorizou, e eu e Taynara nos distanciamos.
Mais tarde eu e Edu decidimos gravar vídeos com o webcam do meu computador. Gravamos dois e paramos, afinal, estava surtindo o efeito contrario que queríamos.
Então comecei a pensar em escrever um livro, a historia era infantil e chata. Cansei de escrever no caderno a mão, foi quando comecei escrever no word. Meu PC queimou. Parei de escrever.
Pouco depois em novembro comei a trabalhar na prefeitura de guarda-mirim, que era um projeto para fazer os jovens entre 14 e 17 anos ficarem na escola. Você fazia uma prova (eu passei em primeiro) e eles selecionavam 25 para trabalhar como uma espécie de estagiário, mas tinha que seguir as regras, tirar notas boas na escola, não beber, não fumar, não praticar vandalismo, e coisas assim.
Quando fiz 17 anos em 2012 fui demitido por ter completado a idade máxima, no mesmo mês ganhei minha primeira câmera, e comecei a gravar vídeos novamente porque estava depressão, tinha perdido o emprego e minha namorada Bruna tinha me largado, eu sai da escola novamente, me tranquei no quarto e comecei a ouvir rock, os vídeos foram a forma que achei para fugir daquela tristeza. Dois meses depois comei a trabalhar em uma padaria.
Em Agosto meu amigo Guilherme estava quase se mudando com a família e o pai dele que é um pastor amigo do meu padrasto, que também é pastor, me ligou para ir a casa dele, lá me  disse que estava com um projeto chamando “como tornar o Pedro útil?” era basicamente eu, “dirigindo" uma peça da igreja dele, controlava o áudio e os efeitos especiais. Eles estavam fazendo isso para se despedir então não recusei.
Em outubro daquele ano eu larguei o emprego briguei com a Cris por causa da minha ex. e voltei para minha cidade natal, fui morar com minha tia, comecei a trabalhar em outra padaria, nesse meio tempo eu conheci um amigo que me chamou para sair, foi com ele que fumei meu primeiro baseado, foi uma viagem louca. Quando minha tia descobriu, consegui convence-la e a todo o resto da família de que era mentira. E resolvi voltar para a casa de minha mãe na outra cidade.
2013 foi um ano mais parado, eu fiz as pazes com a Cris e quase nos tomamos mais que amigos, eu comecei há sair um pouco mais, e ainda não tinha voltado para escola. Mas até que eu tentei, fui alguns dias e parei, ingeri álcool pela primeira vez, e a ressaca foi horrivel. Eu me envolvi com uma amiga de infância. Julia.  Ela se mudou para fazer faculdade. Porém ela voltou para passear, um mês antes do meu aniversário. E foi nesse mês que perdi minha virgindade com uma garota. Foi algo muito bom, mas foi meio... Automático. Depois disso até fim do ano transei com outras garotas. Mais tarde decidi voltar pra minha cidade natal para morar sozinho. Que grande bosta.
No fim do ano, já morando sozinho, minha prima Gabriele e o Saulo se casaram e se mudaram para o rio de janeiro, eu fui escolhido como um dos padrinhos, não tinha outra pessoa então me chamam. Mesmo assim fiquei feliz lembrarem que eu existo.
Em 2014 na festa de ano novo foram o Ricardo, o Paulo e sua namorada, o Jean e eu. Bebemos, zuamos e me perdi. Teve um cara que queria me bater, mas não me lembro muito bem o motivo, sinto muito. No final eles me levaram embora as duas da manha porque eu estava tão bêbado ao ponto de abraçar todas as arvores(ou como eu estava dizendo Ninfas) para lhes desejarem feliz ano novo.
Depois disso eu fiquei sem sair pra lugar algum até em fevereiro, quando fui visitar minha mãe, resolvi ir à casa do Edu, mas quando cheguei ele estava de cama, dengue. Então para não irrita-lo fui embora e passei na casa da Cris, mas ela fingiu que não estava então fui direto embora. Já que o Samuel estaria trabalhando.
Mais tarde Cris apareceu lá na casa da minha mãe, nos conversamos um pouco e percebi que esses poucos meses que fiquei fora foram suficientes para abrir um abismo entre nós. Eu assisti o ultimo capítulo de uma novela com minha mãe. Depois disso fui dormi, meu irmãozinho dormiu abraçado comigo. Sinto falta desses momentos.
Dia seguinte (sábado) fui à casa do Samuel, conversamos sobre garotas, sobre filmes, e tiramos fotos, quando estava quase anoitecendo eu fui embora. À noite eu e a Cris fomos à praça central da cidade, compramos duas latas de cerveja e conversamos. Ela me chamou de machista - e pensando bem, na quela época eu era mesmo machista- disse que todos os homens são iguais entre outras coisas. Encontramos o Samuel e uns amigos dele, eles estavam bebendo vodka. Bebi bastante e tudo ficou confuso. Ao final eu estava indo a todo o momento ao banheiro para vomitar e isso não era legal. Eu sei que ao fim da noite eu me perdi da Cris e comecei a andar com o Samuel, então eu deitei no banco da praça porque não queria mais ver o mundo ao meu redor girar. E ele foi levar a Aline e a Marta na casa delas, eu esperei deitado lá por alguns minutos vendo pessoas que me conheciam se aproximar e perguntarem se eu queria ajuda, porem eu recusava. Pareceu uma eternidade.
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white-l-i-l-i-e-s · 8 years ago
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Eu escrevo em amor porque
Quando você ficou sabendo que ia se mudar, eu achei que tinha tudo sob controle, eu já tava acostumada com a distância, tinha me mudado pra cá por duas vezes e saído de lá duas vezes. Número par, a gente gosta de número par né.
Quando você se mudou a gente jurou que tudo ia continuar igual, você me fez prometer algumas várias coisas naquela noite (oito de agosto de dois mil e quinze), lembra? Eu jurei que iria cumpri-las. Te absolvi de promessas, porque eu, que tinha desfeito vagarosa e cruelmente laços com aqueles que ficaram lá de onde eu vim, sabia que a gente acaba quebrando promessas.
Quando você tava daí, a gente se assumiu aqui, eu lembro do dia exato. A gente tava naquela mostra de filmes que acontece todo ano no Goiânia Shopping, aquele bendito filme que te fez dormir assim que sentamos nas poltronas. Cê dormiu no meu ombro, eu sempre me pergunto se não fica desconfortável, cê sabe, por conta de que você é 20cm maior que eu, e é aqueeela manobra pra escorar em mim. A gente saiu da sala de mãos dadas e não soltamos a mão pelo resto do shopping, eu tava rindo porque tava visualizando a gente fazendo isso (o cinema, a dormida no ombro e as mãos dadas) por mais muito tempo, e a ideia disso me deixa toda boba.
Quando você deu sinais de que ia me deixar, eu já sabia, eu sempre soube. Mas saber não alivia as coisas, né menina? Quando a gente se viu pra conversar, tinham umas sapatão pouco à nossa frente, elas tavam cantando Quem de Nós Dois ou Encostar na Tua da Ana Carolina , eu achei aquilo muito engraçado. O mais engraçado era seu vestido, de costas abertas. Listrado, azul e branco. Engraçado porque minha blusa era listrada, azul e branca.
Quando a gente terminou de vez, eu sabia o porquê, só não entendia por quê. Depois de um tempo eu entendi, e que bom que terminamos, que bom que fomos fortes. Mas entender não alivia as coisas, né? Quando eu fui embora da sua casa, escrevi um texto sobre nosso término naquele caderno indiano que cê me deu. Tem também um texto do dia que terminamos, e de fato foi no dia quatorze de outubro.
Quando eu tentei te esquecer, eu me envolvi com outras esperando repousar o coração num olhar tenro e manso. Óbvio que não deu certo.
Quando eu cansei de tentar te esquecer, eu torci por nós, porque sinto muito daqui, e sinto muito que eu não esteja daí, mas espero que o mundo nos torça de um lado pro outro até acabar com a distância que me faz, daqui de longe, jamais deixar de torcer por nós.
Eu escrevo em amor porque foi você quem me ensinou a escrever.
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revistainventa-blog · 13 years ago
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Quadrinhos para escrever
por Thaisa Carolina
foto Caderno Listrado
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A produção de cadernos de anotações estilo Moleskine® feitos à mão e com capa de tecido de algodão desenhada por três quadrinhistas é o novo projeto da curitibana Caderno Listrado, do editor e encadernador Daniel Barbosa. O conceito da editora é fazer cada produto manualmente, um a um, e em quantidade limitada (dessa vez, cada caderninho tem 100 edições).
A imagem acima é  o caderno desenhado por Fábio Lyra, que tem Monica como seu personagem principal - uma adolescente que curte balada, frequenta sebos de revis­tas e dis­cos, anda pelas ruas des­fru­tando a beleza do Rio de Janeiro e escuta música indie. Abaixo estão, na ordem, as de Rafael Sica, que recentemente lançou o excelente livro Ordinário e Samuel Casal, que faz tanta coisa legal que achei mais justo deixar o site dele falar por mim:+SAMUELCASAL.COM
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Os cadernos serão lançados neste sábado (11/06) em Curitiba, na Itiban Comic Shop. A partir das 16h, Samuel Casal, Rafael Sica, Daniel Barbosa e Fábio Lyra estarão no local para um bate-papo com o público e, em seguida, autografar.  A entrada é franca. 
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  Serviço:  Lançamento Caderno Listrado - Quadrinistas Sábado (11/06) - 16h  Itiban Comic Shop - Rua Silva Jardim, 845 - Centro  Curitiba - PR  Entrada Franca Preço de cada caderno: R$ 52 
Ficha técnica dos cadernos  Formato: Samuel Casal 16x18cm Fábio Lyra 14x21cm Rafael Sica 15x15cm Nº de páginas: Lyra 144 páginas  Casal e Sica 120 páginas
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choppedfirebird-blog · 6 years ago
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Imensidão azul: Chanel Cruise é inspirada no mundo navy
On:
Desfile Cruise da Chanel (Foto: Laura Ancona)
Karl Lagerfeld montou um navio dentro do Grand Palais, em Paris, na França. Lá, o estilista apresentou a coleção Chanel Cruise, inspirado pelo universo navy da casa de praia de Coco Chanel. Na passarela, listrados em tons pastel, vestidos fluidos azuis e brancos, peças cobertas por capas de plástico transparente, jeans destroyed e calças cropped dois dedos abaixo dos joelhos. Como sempre, os tweeds estavam presentes. Casaquinhos xadrezes tinham uma pegada leve, num clima mais verão.
As instalações do Cruise Collection (Foto: Laura Ancona)
Os acessórios, em sua maioria brancos, brilharam. Boinas, bolsas (de médias para pequenas) e sapatos elevaram a majestade da cor. Destaque para os Mary Janes, tênis tratorados e boinas, que devem virar hit das próximas estações.
Na cartela de cores, muito azul e branco (Foto: Laura Ancona)Kristen Stewart é a garota-propapanda da marca. Chegou por último ao desfile, vestindo um vestidinho curto e decotado (Foto: Laura Ancona)Margot Robbie também está lá (Foto: Laura Ancona)
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