#Balthasar frias
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Não haviam quaisquer rastros dos pacientes nos jardins abaixo àquela hora. Deveriam estar todos dormindo ou batalhando internamente se haviam de fato enlouquecido ou não. Tornava tudo mais cômico acompanhar seus devaneios e surto mais de perto e a tortura mental era um dos maiores apressos de Marlye Von Tressel muito antes da imortalidade, muito antes de sequer crescer, se fosse bem sincera. Aos que diziam que crueldade era algo que se desenvolvia claramente jamais havia esbarrado com gente como ela, incapazes de sentir, mas perfeitos na repetição tão bem feita que enganava quem quer que fosse. Camaleões, alguns chamavam, e que fosse. Marlye sempre gostara daquilo, de jogar, de tomar para si diferentes faces, ser diferentes pessoas e ter diferentes modos dependendo com quem estivesse. Tudo, é claro, para tornar seu jogo impecável e a diversão infinita. O barulho da porta atrás de si não exigiu que a vampira olhasse para trás, sabendo muito bem quem estava a caminho. As sobrancelhas se ergueram ao ouvir a voz de Balthasar, como num sarcasmo silencioso de que ambos sabiam muito bem que sempre haviam acidentes por ali. Esperou que ele prosseguisse, contudo, acompanhando a história e soltando um riso de escárnio ao final dela. "Tenho certeza que passou noites em claro em puro luto por essa pobre vida perdida." Disse dramaticamente, com uma mão no peito como se a situação fosse capaz de lhe gerar alguma compaixão. Não era. "Já passei pela morte duas vezes." Revelou, dando de ombros e fazendo pouco caso do ocorrido. "É superestimada. Tolos passam tempo demais pensando sobre ela e acabam se tornando alvos fáceis demais para os predadores que existem ainda em vida." Chegava a ser patético, na opinião dela. A vampira soltou um longo suspiro ao ser questionada, movendo os olhos para o céu noturno e estrelado acima. Gostava da brisa não fria ou quente demais daquele horário. "Estão entediantes. A mente deles é fraca demais, maleável demais. Não chega a ser sequer um desafio quebrar algum deles." Marlye rolou os olhos, ajeitando a postura e procurando a face alheia. "Se eu os dissesse para pular, eles pulariam." Claro que criaturas inferiores eram necessárias, eles precisavam ser comandados, afinal, mas era uma verdadeira tortura de tédio quando nem mesmo lutavam por si mesmos. Talvez estivesse na hora de mudar o jogo outra vez, afinal, coisas monótonas e previsíveis não serviam de estudo algum. "E como vão seus experimentos?"
onde: telhado da ala psiquiátrica do hospital
com quem: @ncsrin
Abriu a porta de emergência que dava para o telhado do hospital, bem acima da ala psiquiátrica e de longe pode observar Nesrin sentada. Ainda era uma relação nova que vinha construindo. Mas saber que os métodos de tratamento da mulher convergiam com os seus era de bastante graça - poderia ter uma parceira com quem dividir seus grandes interesses de estudo. “Sabe, há alguns meses houve um acidente aqui.” Ele começou, relatando a história real, enquanto caminhava na direção dela. Vinham se encontrando ali todas as noites, para discutir o saldo do trabalho naquele dia. “Um paciente subiu e se colocou bem próximo do parapeito. Disse que se mantivesse os pensamentos felizes, ele iria ser capaz de voar” soltou um riso debochado, afinal, se não soubesse da magia existente em muitos de Storybrooke, teria achado a fala absurda. “E ele pulou. Olhou bem nos meus olhos e pulou. Mas parece que os pensamentos felizes o deixaram na mão, pois ele acabou no chão. O crânio estourou pela queda, ele foi de cabeça. Ele era novo ainda” contou até se sentar ao lado da psiquiatra e deixar que um sorriso no canto dos lábios ocupasse seu rosto. “Mas são ossos do ofício, não? A morte não me assusta há tempos” murmurou com um tom jocoso - isso porque era humano. E estava cercado de diversos outros seres, mágicos e mortos, que teriam menos medo ainda. “Como foram as coisas hoje? Continuou seu experimento?”
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