#♛ ✟ ≈ Michaell ✦ i must confess that i feel like a monster ✦ (interactions) ≈ ✟ ��

[psycoland]

@house-of-tales

Michaell por mais que tivesse sua vida dupla e em uma delas suas mãos eram sujadas de sangue, ele sabia ser justo e grato, mesmo sendo um demônio. Afinal ele tinha sentimentos humanos e bem resolvidos. Após seu encontro com os irmãos Grimory e Eros, visitou o seu irmão, o que era raro, afinal o outro tinha dificuldades de entender que agora tinha um irmão que voltara dos mortos. Mas eles sempre foram a dubla de gêmeos perfeitos, então o contato sempre permaneceu, mas não tanto físico como antigamente. Leonard, além de assassino também, era confeiteiro, assim aproveitando para pedir presentes de Páscoa para presentear aqueles que foram tão amigáveis consigo, mesmo conhecendo-os em um dia.  

Havia contado toda a história para irmão, Leonard empolgado, fez vários ovos de chocolate e caixas de bombons, um trabalho que durou tempo suficiente para ele querer passar meses descansando. Tudo embrulhado perfeitamente e atendendo os pedidos de Michaell. O demônio também juntou alguns doces que havia ganhado de alguns clientes, ele não iria conseguir comer aquele tanto de chocolate, então resolveu juntar como um bônus para o presente. 

Colocou tudo dentro da sombra e se ariscou a se teletransportar para a casa dos irmãos. Não tinha uma fantasia de coelho, mas se fantasiou de coelho da PlayBoy, o que na sua cabeça era a mesma coisa. Como tinha permissão para acessar a residência alvo, entrou pela sombra, surgindo no teto de cabeça para baixo, apenas do tronco para cima sendo exposto. - “Oh de casa!” - gritou ao invadir a sala, não encontrando ninguém, logo acessando outros cômodos atrás do outro ruivo ou do loiro. Encontrou o mais novo na cozinha, aparecendo bem acima dele. - “Oie! Seu irmão tá aqui também?" 

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O demônio de levantou e deixou o controle em ao lado do vídeo game, deixando tudo em ordem da sua parte antes de se retirar. Ergueu uma sobrancelha enquanto ria um pouco sem graça. - “Desse jeito você me acostuma mal.” - finalmente conseguindo de sentir a vontade a ponto de brincar tranquilamente, mesmo com Eros ouvindo. - “Mas não deixe de aparecer no cassino, foi legal jogar com você... Apesar que na maioria das vezes eu estou nos quartos e não nos jogos, mas enfim...” - já estava de costas procurando algum espaço para projetar uma sombra e ir embora.  

Estava preparado para dispensar qualquer ajuda de Grimory quando as palavras do loiro alcançaram os ouvidos e lhe tirou um sorriso sincero de gratidão. - “M-Muito obrigado! Prometo dar notícias.” - era questão de um pouco mais de liberdade para aquele italiano aparecer na casa sem avisar. - “Sei que não é muito seu gosto, mas você pode aparecer no cassino também, deixo o local menos caótico para você.” 

Com gestou da mão esquerdo, sua sombra começou a se fundir com a parede, formando uma porta. - “Não precisa se preocupar Grimorinho, minha saída já está feita!” - acenou uma última vez antes de adentar. - “Até logo e muito obrigado por tudo!” 

Realmente, o dia havia rendido e muito, mas especialmente para Grimory. Ainda assim, ambos os irmãos achavam graça de como Michaell sempre parecia sem graça pra dizer qualquer coisa minimamente importante ou que ele achasse que iria estragar o clima.

"Relaxa, outro dia você vem de novo!" do jeito que esse ruivo fala, parece até que já decidiu pelo outro. De qualquer forma se levantou "Precisa de portal, ou consegue ir de volta por conta? Se precisar eu faço um pra você."

"Foi bom te ter aqui" Eros simplesmente disse, atraindo um olhar tão em choque do próprio irmão que ele apenas estreitou os olhos "...certo, eu sei que isso é raro de mim, mas eu literalmente consigo sentir as emoções dele e o quanto ele foi tranquilo aqui. Não vou protestar quando se tem alguém genuíno."

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O garoto de programa estava posicionado no pole dance, sustentado apenas por sua calda demoníaca. Vestia apenas uma calça colada, ressaltando sua curvatura, desprovido de camisa, mostrando as marcações musculares. Quanto mais atraente, melhor para aquele cassino misturado com bordel para criaturas mágicas. – “Um demônio do prazer?!? Caralho, por que eu não tenho uma sorte dessas?” – perguntou sem acreditar.

@virtuallghosts​

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Riu alto, ao passo que procurava uma posição confortável para descansar. Tinha em mente que não era uma das pessoas mais confiáveis, tinha conhecimento disso antes mesmo de se tornar um demônio, imagina nos dias atuais. - “Que isso, não pareço está falando a verdade?” - conversava tranquilamente com a criatura translucida.  

Michaell não tinha certeza quem o outro era, mas seu rosto era familiar no mundo dos mortos. - “Eu só queria saber se eu arrancar a cabeça de uma sombra, se o portador morre ou só fica com a sombra incompleta... Apenas uma dúvida científica, não significa que eu tente fazer com aquele carinha ali.” - apontou para a possível vítima. - “Isso quer dizer que eu posso tentar e você não vai me impedir?” 

"Relax, I'm not gonna do it. I'm just thinking about it." - Demon Michaell pro Grimory <3

“stuff me and my friends said in a group chat” sentence starters / @psycoland

O ruivo tinha muuuuuita dificuldade de acreditar nas palavras do outro, e nem era por algum tipo de preconceito ou qualquer coisa parecida. Não, era só... ele consegue ver probabilidades de morte, e tem justamente alguém com a chance nas alturas...e esse cara aí, com os meios de fazer isso acontecer.

"Uhum. Sei. Confio nisso" o sarcasmo naquela voz era gritante, e a expressão com os olhos cerrados não ajudava a disfarçar também "Quer saber? Faz o que você quiser, eu não tenho nada a ver com isso e nem conto como testemunha."

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O demônio arregalou os olhos e piscou confuso, até que aos poucos um sorriso contente foi se abrindo ao passo que notava que o outro estava apenas brincando humorado. Por alguns segundos a ficha caiu do que havia feito e as complicações possíveis, acreditando que realmente poderia ser processado. Mas então esse choque foi embora. - “Vergonha? Puta tímida não faz muito meu estilo.” - deu de ombros enquanto dava uma pequena risada. - “E eu não fiz nada de mais, apenas comi um chocolate! Ou você quis limpar da minha boca para colocar na sua?” - as sobrancelhas estavam erguidas, ainda que o tom de voz carregava o cômico da piada.  

Cruzou os braços e o fitou de forma desafiadora. - “Eita como sou sortudo! Se não fosse iria acontecer o que comigo? Apenas por curiosidade mesmo... Eu iria apenhar? Olha que eu gosto.” - as perguntas carregavam o genuíno de saber a história completa com os outros que tentaram, mas também carregavam as zoeiras e deboches típicas de Michaell. Entretanto logo o assunto de cores voltou à tona e fizeram a atenção do ruivo dispersas novamente. - “Acho que entendi... Queria poder ver cores também... A única coisa que eu faço é sentir cheiro da liberação de hormônios sexuais...” - comentou de forma aleatória, como se não tivesse nenhuma importância. Acreditando que realmente não tinha.  

Eros até poderia ter dito algo a mais, ou ter dado continuidade ao assunto de antes sobre seus poderes e sua natureza, mas o jeito que Michaell segurou sua mão e sugou seu dedo, apenas para lamber o chocolate... não teve outra, a encarnação riu em meio ao choque.

"Você não tem vergonha alguma, não é? Eu deveria te processar por isso" estava claramente brincando enquanto puxava a mão com tranquilidade, por sorte se sentia confortável o bastante na presença do outro ou realmente teria ficado repugnado. Seu sorriso denunciava o bom humor, de qualquer forma "Posso contar nos dedos quantas pessoas conseguiram fazer isso em mim e sair intactas. Sinta-se sortudo."

"Mas enfim, é. Tanto eu como o Grimory enxergamos mais cores que humanos. Temos certeza disso tanto por termos sido humanos antes, quanto pelos testes que fizemos. Isso ajuda no nosso trabalho...sentimentos tem cores, e almas também."

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Michaell não conseguiu conter uma risada descontraída ao ouvir aquele pequeno comentário. Em sua perspectiva, nos primeiros minutos seria legal ir para um lugar aglomerado e ver um show de luzes como se estivesse em uma festa de eletrônica. Porém admitia que o excesso disso seria muito cansativo, entendendo o lado alheio. - “Mas espera ai... Você enxerga mais cores que o normal? Como assim?!” - a curiosidade do ruivo chegava a ser palpável. 

Sorriu enquanto o assusto persistia no amigo, gostava muito dele e não escondia isso. Na verdade, era difícil de esconder qualquer um de seus sentimentos. - “É... É a cara do Grimorinho. Combina com ele!” - após conhecê-lo, não conseguia vincular outra imagem à morte. Entretanto a ação alheia foi um pouco peculiar. Se fosse uma pessoa qualquer, provavelmente sentiria vergonha, mas aquele demônio era diferente. Ele apenas segurou a mão alheia e sugou o dedo alvo, apesar da forma natural, de maneira com um teor malicioso, lambendo o chocolate ali. - “Relaxa! Mas não pode desperdiçar nada!” 

"Se fosse como um show de eletrônica seria meu pesadelo inteiro, ainda mais considerando o tanto de cores que eu vejo" era o preço, de certo modo, de não ser humano. Eros sabia que via mais cores que humanos, então se fosse que nem Michaell descreveu...é, não aguentaria muito. Mas logo estava bem tranquilo, comendo daquele chocolate tão bom, e assentindo quanto ao que foi dito sobre o irmão "O Grimory faz sentido quando quer, e em coisas que não se espera."

"Isso é bom nele mesmo, é algo que atrai. Ele é bem cheio de vida, de certo modo, o que tem sua lógica se considerar que ele representa a Morte, algo intrinsicamente entrelaçado com a Vida" e teria até dito mais, mas logo viu o outro sujando o canto da boca e não se controlou, teve que segurar o rosto alheio e limpar com o dedão "Desculpe, mas não me aguentei, estava sujo."

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Michaell continuava comendo ao passo que interagi pausadamente com os irmãos, apenas para ter a educação de não pronunciar com a boca cheia. - “Apesar de ser meio demônio, eu não vivo no inferno... Até porque não posso, eu tenho um lado humano no final das contas.” - tentou explicar. - “Eu moro na Itália, então não é difícil manter as minhas origens.” - riu de forma rápida, já voltando a devorar aquela maravilhosa lasanha.  

A hora da refeição não demorou tanto, logo já estavam jogando. Os dois ruivos dominavam os controles, enquanto o loiro ficava apenas observando e dando alguns comentários. Claro que perderá muito mais do que ganhava, mas ainda conseguiu conquistar umas duas ou três vitórias, totalmente na sorte.  

As horas foram passando e, apesar da companhia agradável, sentiu que estava na hora de se retirar. As bochechas rosadas, se pronunciou um pouco sem graça. - “Grimorinho, está muito divertido, mas eu acho que já está na hora de eu ir...” - coçou a nunca. - “Amanhã tenho que retornar para o trabalho.” - justificou-se. 

"Ce que sabe" Grimory apenas sorriu, voltando a comer. Estava um clima bem amigável ali, tanto que não tinha pressa em se alimentar, ainda que quisesse muito voltar a jogar.

"Ter conexões com sua origem é bom, acho" ainda que Eros falasse isso, tanto ele quanto o irmão evitavam pensar demais na própria. Era algo confuso, perdido na história e que eles mesmo às vezes tinham dificuldade de se lembrar.

De qualquer forma, assim que a jogatina recomeçou, Grimory voltava a jogar e Eros voltava a assistir. O momento estava bem leve, com tanto o ruivo quanto o loiro bem relaxados. O próprio Eros estava um pouco surpreso com isso, mas decidiu apenas aproveitar o momento. Não era sempre que o dia corria tão bem assim.

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Retirou os olhos do próprio prato apenas para fitar a Morte, espantado com a afirmação da brincadeira. - “Ah!” - exclamou, tampando com a mão esquerda a boca cheia. - “Faz sentido, mas eu vou tomar cuidado de qualquer jeito.” - não queria dar nenhum trabalho. Mesmo com os seus pais falecendo quando tinha apenas cinco anos, já tinha aprendido boas etiquetas, a qual sempre colocava em prática como momentos como aquele. 

Mudou seu foco para Eros, os olhos brilhando em admiração. - “Sim! É uma das melhores lasanhas que já comi.” - foi sincero, não tardando em levar mais uma garfada aos lábios. - “Lembrando que minha origem é italiana, então se estou elogiando é porque realmente está maravilhosa!” 

Tanto Grimory quanto Eros repararam que o outro não captou a brincadeira...no caso, Eros percebia bem mais a vergonha alheia, coisa que ele não realmente entendia, mas fazia ele se sentir mais confortável. Era um sentimento genuíno e não negativo, já era o bastante para que suas ressalvas sobre o outro fossem reduzindo a zero aos poucos.

"...eu tava brincando, relaxa" até a praga do Grimory sentiu dó depois dessa, mas não o bastante ao ponto de não achar graça, claro "Se fosse mesmo problema isso, a gente não comia aqui."

"Ficou bom assim mesmo?" não era que Eros duvidasse do outro, e nem do irmão que assentiu, mas como já iria dizer... "A última vez que fiz uma lasanha acho que tem pelo menos uns trinta anos, só cozinho pros outros."

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Mirou o olhar para Eros, apenas para fazer uma confirmação em silêncio e parcialmente encerrar aquele assunto por sua parte. Não havia muito o que insistir naquele momento, mas eventualmente novas dúvidas iriam surgir naturalmente. Mesmo que seja demônio, seu conhecimento era limitado ao mundo humano, tudo esotérico ainda era novo para aquele jovem ruivo. Fora que estava achando o loiro mais receptivo, talvez estivesse mais confortável com sua presença, porém sem certeza para afirmar.  

Franziu o cenho com o sorriso de Grimory, já esperando o viria. As bochechas coraram suavemente, confirmando com a cabeça educadamente. Se curvou, pegando o prato e logo lhe servindo com um pedaço de tamanho padrão. Não tinha o costume de encher o prato, mas isso não significava que comia pouco. - “P-pode deixar, não vou derrubar.” - a vergonha não o deixou interpretar o aviso como brincadeira. Não tardou e dar a primeira garfada, sendo bem crítico já que sua origem era italiana.  

Seus olhos brilharam com o sabor, a bochecha ficando mais avermelhada. - “Que delícia!” - exclamou, não tirando os olhos da lasanha.  

"É, acho que sim" Eros assentiu brevemente, pensando um pouco nisso. Era difícil por em palavras tudo o que achava sobre ele e seu irmão, por não serem humanos, e sim um conceito puro. Mas o outro parecia ter entendido alguma coisa dali, então tudo bem. Logo arqueou a sobrancelha com o apelido para Grimory, não falando nada mas a cara deixando claro que achou aquilo uma puta viadagem.

"Aham, sonha" Grimory logo foi se servindo, até que olhou para Michaell...e abriu um sorriso implicante. Dava pra ver que ainda que o outro ruivo estava mais confortável, ainda tinha restrições que a Morte achava desnecessárias a essa altura "Pode se servir, eu deixo. Mas se sujar meu sofá..."

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Desviou o olhar da tela rapidamente apenas para encarar o outro ruivo com um olhar incrédulo. - “Me deixando aprender? Você estava rindo da minha cara, sínico!” - e já estava novamente com a atenção presa no jogo, cada vez ganhando mais coordenação e fazendo os combos de forma mais orgânica, ainda que segurasse e apertasse os botões como se fosse um objeto super frágil. Porém não foi surpresa que perdeu o primeiro round, mas estaria mais preparado para o segundo.  

O demônio ouviu a pergunta, porém não respondeu, apenas por educação. Não acreditava ter o direito de escolha enquanto era apenas uma visita, deixando para o outro onde respondeu sem nenhum filtro. Logo deduziu que acabando aquela rodada eles fariam uma pausa para comer e confessava que só pelo aroma já estava ótimo.  

Piscou lentamente para a quantidade de pratos e copos colocadas, olhando em volta procurando pela terceira louça. - “Você não vai comer com a gente?” - questionou o loiro de forma educada, mirando-o com feições inocentes. - “Ou vai comer sozinho em outro lugar?” 

"É covardia, eu ia te deixar aprender naturalmente!" mas agora que o irmão já fez questão de ser coach da Silva, Grimory estava sim se esforçando mais no duelo. Precisava ganhar dois rounds, e por ter dado tanta risada tomou muito dano ainda no primeiro round, então estava sendo cauteloso. Mas logo conseguiu ganhar o primeiro round...e lá vinha o segundo.

"Vão querer comer na cozinha ou na sala?" Eros gritou de lá da cozinha enquanto tirava a lasanha do forno, ele não tinha preferência até porque meio difícil ter quando não come nada.

"Pode ser aqui mesmo!" o ruivo respondeu, desviando o rosto brevemente da tela para responder o loiro, ficando distraído por alguns segundos onde seu personagem ficou apenas recuando. Mas logo voltou a atenção para o jogo.

Logo Eros ajeitou tudo na mesinha no centro da sala, colocando a lasanha, dois pratos, talheres e logo botando refrigerante para os outros dois beberem também. Sequer pegou água para si, não estava com vontade nem disso.

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Ainda bem que conseguia manter a atenção presa em várias coisas ao mesmo tempo, habilidade que adquiriu desde muito pequeno. As palavras entravam pelo seu ouvido e logo já estavam sendo processadas, mesmo que seus olhos e coordenação se concentravam no jogo. - “Faz sentido. Em geral vocês são parecidos. Quero dizer, dá para notar que são irmãos quando estão interagindo entre vocês. Mas quando procura pelos detalhes, tem como ver a diferença.” - procurava as palavras certas para tentar não soar ofensivo.  

Podia ter perdido aquela, mas suas feições mostravam o quão satisfeito estava por ter chegado tão perto em sua primeira vez. Ainda mais quanto podia desfrutar do susto de Grimory. - “Cuidado, Grimorinho. Da próxima vez eu ganho!” - estava confiante agora. Imitou o outro e deixou seu controle de lado, entretanto não se moveu. Estava mais à vontade, mas não era como se fosse sair se servindo, deixando espaço para que os dois irmãos comandassem a cena. - “Okay! O cheiro está fazendo meu estômago roncar.”  

"Acho que sim, na real tem muita coisa que a gente não sabe ainda sobre isso" como por exemplo, o porquê raios nasceram humanos ao invés de terem esse corpo esquisito, ou até mesmo como que isso funcionava. Eros apenas deu de ombros "É, acho que faz parte do que somos, sermos diferentes assim, mas em alguns pontos as coisas se entrelaçam."

"Que porra?!" Grimory exclamou confuso ao ver o outro simplesmente tacar um combo desgraçado, tendo que atacar desesperadamente pra conseguir ganhar aquela. Por um fio de cabelo de vida não perdia a briga! Mas logo soltou o controle com um sorriso no rosto, botando ele do lado "Quase mesmo, mas agora bora comer um pouco e depois a gente volta."

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Michaell ouviu com bastante atenção, apesar dos seus olhos estarem completamente fixos na televisão. - “Entendi. O corpo de você é como se fosse apenas uma carcaça, é isso?” - a pergunta não continha ofensas, o tom simples de curiosidade e de quem quer aprender. - “Isso explicaria o álcool ter efeito curto no Grimorinho.” - seus dedos nervosos com o jogo enquanto prosseguia com o assunto. - “É... Vocês são bem diferentes.” - concluiu entre risos. 

Riu com os comentários do outro ruivo, abrindo um sorriso infantil quando o viu ficar parado para que pudesse bater. Entretanto o demônio não era nem um pouco inocente. Começou dando repetidos socos, apenas para fingir que estava atacando de forma controlada, mas assim que a vida alheia estava chegando próxima da sua, Mic utilizou um dos combos mais fortes que havia aprendido com Eros, por pouco não ganhando o round. - “Quase!” - gritou com uma expressão maliciosa.  

"Tanto minha forma quanto a do Grim são corpos adquiridos após a morte. Estamos eternamente presos na aparência com que morremos" Eros explicou, bem calmo ainda que o assunto fosse um tanto mórbido "Não afeta em nada, se esse mala do meu lado come é porque ele gosta mesmo. Não precisamos disso."

"Ninguém mandou bobear!" Grimory riu mesmo, bem abusado enquanto continuava jogando. Quando dizem que a morte não é justa, provavelmente não era nesse sentido que estavam falando, mas também serve! Mas ok, ficou parado por alguns segundos no jogo, apenas para dar uma margem para que o outro batesse nele. Ainda assim queria que a partida acabasse logo para comer, o cheirinho estava tentando mesmo ele "Tó, pra não dizer que sou totalmente injusto."

[psycoland]

Michaell olhava atenciosamente para seu ouvinte, mais focado na audição do que na própria visão. As explicações eram muito interessantes. - “Faz sentido! Acho que seria horrível caso as luzes fossem como um show de eletrônica” - sua mente logo estava devaneando imaginando como seria, concluindo que realmente era uma péssima visão. Qualquer um ficaria cego ou maluco com isso. - “Bom, eu também evitaria se fosse você...” - comentou por último antes de pegar o chocolate e jogar na boca sem nenhuma cerimônia. 

O ruivo gostaria de esconder, mas sorriu apenas por ver o outro sorrir. Não tinha nenhum motivo especial, mas o pouco que conhecia de Eros, sabia que ele era na maioria das vezes neutro e se havia sorrido, era porque o chocolate realmente estava bom. - “Mando seus agradecimentos para meu irmão depois.” - disse contente. Já estava acostumado com os doces feitos por Leonard, acabando por não achar nada demais. - “Ah! Entendi... Faz sentido, de alguma forma.” - foi a única coisa que podia responder sobre o caso de Grimory. 

Logo desviou o rosto e ficando pensativo. - “É, tem uma diferença bem grande.” - sem nenhuma permissão, pegou outro chocolate e o comeu. Essa era recheada com trufa, o que lhe fez sujar o canto da boca. - “Mas o Grimorinho é bem descontraído mesmo, gosto bastante disso...” - comentou sorrindo de canto.  

"Não são luzes tão chamativas assim, ou eu ficaria maluco... mas é, você tem uma aura bem colorida. O verdadeiro vagalume que saiu do armário. Tem horas que até me forço a não ver a aura alheia, mas é cansativo demais, os outros que lutem" conforme falava, logo pegava um chocolate para comer e entregava outro para Michaell, cheirando o seu apenas por costume. Era automático, logo provou um pouco só de início...e sorriu de canto "Isso está muito bom. Mas é, ele provavelmente não cogitou na hora... conhecendo do jeito que conheço, foi atacado, revidou, e no meio da adrenalina deve ter ido até esse cara por estar mais perto e porque ele já sabe que o Grimory é a Morte. Nem pensou, só foi."

"Hmm, não disse apegado. Eu disse se apegando. Tem uma diferença muito grande aí, concordo que é cedo demais pra dizer se está apegado, mas parece estar no processo disso. Não é algo ruim ou incomum de se ver, o Grim é bem sociável mesmo."

[psycoland]

Sorriu de canto. - “Claro que tinha!” - sabia que realmente tinha sido extremamente engraçado, mas iria fazer um pequeno drama como vítima. - “Eu estava aprendendo a jogar, você esperava o que?” - nem o próprio esperava que fosse agir daquela forma, mas a ansiedade de ver o boneco adversário vindo para cima do seu, desencadeou em uma ansiedade que não previu.  

Ouvir a resposta de Eros de forma curiosa, tinha conhecimento de alguns seres que eram assim, certos demônios compartilhavam da mesma ideia. - “Entendi.” - respondeu sereno sem julgamentos. - “E isso não afeta na sua forma física?” - as perguntas eram apenas por curiosidade genuína, a fim de querer entender os pensamentos do loiro. 

Deu um pulo do sofá ao ver sua vida descendo bruscamente após sua distração. - “Ei!” - gritou apenas para chamar a atenção do outro ruivo. - “Isso é trapaça! Eu estava conversando com o seu irmão, não é justo!” - parecia uma criança brigando.  

"E tinha como não rir? Tua boneca parecia que estava se debatendo numa convulsão, parecia até aqueles bonecos da Michelin!" Grimory riu de novo só de lembrar, mas logo voltou ao foco. Michaell estava ficando mais coordenado, não dava para ficar se distraindo daquele jeito.

"Odeio comer e beber qualquer coisa, fiz para vocês mesmo" Eros explicou, se sentando ao lado do irmão no sofá para assistir a jogatina. Ainda que reconhecesse que a lasanha estava cheirosa e que devia estar gostosa, considerando que era uma lasanha de carne com molho branco, bem preparada...só a ideia de comer arrancou uma careta dele.

Em compensação, enquanto Michaell estava distraído...o ruivo aproveitou para usar os combos mais fortes que conhecia com seu personagem, reduzindo a vida alheia à frangalhos. A boneca ainda estava viva, mas com menos de 20% da vida.

[psycoland]

Sorriu ao ver sua personagem executar um combo de forma limpa, sem todos aqueles pulos e movimentos aleatórios. Parecia de fato uma criança tendo sua primeira experiência, os olhos brilhando com certa curiosidade. Não estava afetado pelo riso alheio, se fosse uma situação contrária, Michaell iria rir sem filtro algum. - “Não é covardia. Você sabe jogar, eu não!” - tentou se justificar, aliás já não achava justo aquele conflito onde não conhecia nem os botões. 

O ruivo de olhos azuis ouvia as instruções com bastante atenção, coisa que sabia fazer muito bem. Ao olhar novamente para suas mãos e aos comandos citados, criou um paralelo em sua cabeça: é igual montar uma arma. Cada peça, ou cada botão, tem uma função específica colocado em certo momento, então você junta tudo em uma ordem e combinação que faça funcionar. Podia simplesmente ter pensado em um quebra-cabeça, mas não foi o caso.  

Desviou o olhar para mirar o loiro mais uma vez, antes dele sair. - “Okay, muito obrigado.” - teve dificuldade em efetuar as esquivas, mas por conta da delicadeza em apartar com medo de estragar o controle, conforme foi pegando o jeito, conseguiu fazer com mais leveza as combinações. Não pode deixar de rir com o xingamento, entretanto o cheiro da lasanha estava começando a invadir suas narinas. - “Esse cheiro está me dando fome.” 

Ok, ver aquelas bochechas vermelhas fez a Morte tentar rir menos...e falhar miseravelmente. Até que o outro simplesmente soltou mesmo o combo que seu irmão havia passado, e pegou o ruivo tão de surpresa que levou o dano todo.

"Ah, é assim? Dois contra um mesmo, na covardia? Então vem!" agora Grim estava jogando sério, ou pelo menos tentando porque mesmo sabendo um combo só, não esperava ver Michaell ficando bom em geral no jogo... e isso fazia ele rir de novo.

"Seguinte, pressiona duas vezes bem rápido pra baixo que aí tu esquiva. Tua personagem tem bastante pose pra outros combos, só fazer isso aqui e improvisar com isso" Eros começou a guiar Mic, parecia até coach de boxeador de tão sério que estava enquanto repassava como fazer a pose de Phoenix da garota e alguns golpes nessa pose que sabia de cabeça. Mas logo teve que ir tirar a lasanha do forno, para a infelicidade do loirinho que estava se divertindo "Já volto."

"Isso, vai pegar a lasanha, filho da puta!" Grimory resmungou e xingou mesmo, sem nem tirar o olho da TV enquanto revidava.

[psycoland]

Sorriu com o comentário, mas sem respondê-lo. Por que era literalmente aquilo, afetava apenas o seu bolso e por isso achava uma pena, não ligava nenhum pouco para a vida sexual dos outros, só queria ser pago quando fosse contratado.  

Michaell não estava entendendo nada, apenas apertando os botões e vendo o que acontecia, de forma nenhum pouco coordenada, mas com todo cuidado com medo de poder quebrar o controle. Havia entendido o que cada botão fazia, porém lhe deu uma ansiedade estranha vendo o boneco adversário avançando que acabou por agir no desespero.  

Suas bochechas avermelharam com a risada de Grimory, mas não foi algo que lhe afetava, acabando por rir junto. - “Eu tô começando agora, okay?” - comentou entre risos. A questão não era apenas do jogo, mas da malícia com videogames em si. Ouviu as instruções de Eros, achando a aproximação alheia estranha no começo, mas não recuou. Sua memória era muito boa para decorar, ao ouvir uma segunda vez já tinha fixado e podia colocar em prática. Olhou para o loiro e sorriu agradecido fechando os olhos levemente, um simples obrigado silencioso, antes de voltar para focar na televisão. - “Ninguém mandou ficar rindo, otário.” 

"Uma pena pro seu bolso, safado" Grimory brincou bem humorado, mas assim que ganhou o ok do outro, começou a partida. Não iria com tudo, deixaria Michaell aprender um pouco os controles primeiro...mas não estava pronto pra ver o outro apertando tudo quanto era botão sem qualquer coordenação. É, não deu, caiu no riso desenfreado. Não era nem pouco riso, era gargalhada ao ponto de que ele mesmo mal conseguia apertar os botões para revidar o pouco que levava "Desculpa- AAHAHAHAHA! AI, CARA, PELO AMOR DE DEUS-"

Eros, vendo aquele show todo e Grimory passando mal, não aguentou e riu também, mas bem mais contido do que o irmão. Logo o loiro se inclinou para Mic, e repassou um dos poucos combos que se lembrava com a personagem dele, tão comprido que teve que repetir algumas vezes para garantir que o outro lembrasse.

"Ei, que isso?" Grimory protestou em meio a risadas ainda "To jogando contra dois agora, mas que porra?"