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#╰     𝙛𝙞𝙡𝙚𝙙 𝙪𝙣𝙙𝙚𝙧   ╱   headcanons  .
mcronnie · 2 months
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Existe um fardo silencioso em pertencer a uma família tradicional. Ainda mais quando essa tradição não engloba apenas dinheiro e negócios, não, quando a tradição se trata de cultura, costumes, heranças e segredos que compartilham e que os mantém unidos para sempre. A expectativa só se torna ainda maior quando você é a primeira semideusa a renascer no clã, a primeira tocada pelos deuses depois de tantas gerações de devoção e culto a um panteão que por décadas foi esquecido pelo consenso popular, reduzido a mitos e histórias. 
Veronica nasceu sabendo que tinha uma obrigação com a família, e ainda que seu pai tivesse tentado protegê-la das expectativas, nem ele podia a manter resguardada da curiosidade e cobrança dos McKinneys. E isso só piorou com a ida ao acampamento. Não era apenas o presente da família, agora era um canal direito entre seu sobrenome, e o Olimpo. 
Tinha muito o que provar…
A obrigação de corresponder e elevar as possibilidades, fizeram Veronica se tornar uma semideusa extremamente dedicada e esperta, no que lhe interessava, ao menos. Seu interesse sempre se restringiu à Magia, era seu dom particular, tinha séculos de recursos e segredos que lhe tornaram cada dia mais curiosa e ávida por conhecimento, e inevitavelmente; reconhecimento. 
Havia algo que lhe alimentava a alma em conquistar admiração, talvez fosse a vida midiática que levava, sendo filha de uma celebridade, tendo dinheiro para estar nos lugares certos… Ou talvez fosse apenas a sua tendência a dramaticidade, podia dizer que se alimentava da atenção, por um tempo. Não fingia ser outra pessoa, apenas se levava em todas as direções certas, seja com seu talento e treino para os palcos, ou nas redes sociais, ou mais importante ainda; o reconhecimento da deusa que parecia tão inacessível e difícil de se agradar. Encantar Hera, sim, parecia um prêmio digno. Mais que isso, servir Hera era sublime. Supria parte das suas necessidades como semideusa; o carinho, atenção e admiração. 
Hera não lhe devia nada, mas ainda estava lá, se comunicando e orientando quando tudo parecia fora do lugar, ou simplesmente, quando Vee precisava dela. Havia salvo sua vida, lhe guiado para o acampamento, feito muito mais que a própria genitora. Não foi uma escolha difícil se tornar sua devota, atender suas necessidades e ainda realizar os desafios que ela lhe propunha, aproveitando de suas habilidades únicas. Hera, para si, era tudo que Hécate nunca seria. Foi também a canalizadora de toda Mágoa que alimentou da mãe, devido ao descaso.
Veronica tinha tudo para ser grandiosa; era esperta, carismática e ainda tinha os recursos, então, se era tão óbvio sua competência, por que Hécate parecia tão desinteressada em sua evolução? 
Hécate se tornou então, "a Groupie", persona não grata em sua vida, sendo diminuída e ofendida pela filha em cada chance que tinha. Ainda que o desejo de fazê-la se arrepender se provava ainda ali em cada momento em que ia à exaustão ou se arriscava em busca da perfeição em um feitiço, ou um recurso que estava perdido e ela decidiu que precisava colecionar. E principalmente gravada em seu corpo pela forma como se punia, artisticamente em seu ver, por cada vez que se decepcionava com a mãe. Criara um hábito: quando se reparava decepcionada com Hécate, um novo piercing ou tatuagem era feito. Nunca assumiria, mas precisava dos lembretes visuais de sua ingenuidade, já que a dor com a qual nunca se acostumava totalmente, passava. Precisava lembrar quando se olhasse no espelho, de todas as expectativas e frustrações. 
Seu primeiro grande confronto com a condição de semideusa foi a missão que enfrentou com o, agora ex namorado; Elói e Thabatha, uma amiga e filha de Hipnos. Dizer que a missão havia sido um fracasso nem começaria a descrever; três saíram, apenas dois voltaram. E não apenas falhou; assistiu, incapaz, Thabatha ser morta enquanto ela mesma só sobreviveu graças a Elói. Não apenas voltaram com uma parte a menos da missão, Elói foi amaldiçoado e pela primeira, mas não última, vez, foi confrontada de como sua insuficiência em lutar e se defender, sua covardia em matar, prejudicou quem amava. 
Causou uma maldição na pessoa que amava, e o que acreditaria depois, ser seu maior ressentimento. – mesmo que nunca tivesse visto nenhum sinal de raiva pelos lábios de Elói – tinha certeza que em algum momento, o amor que sentiam, se tornaria ódio. Ele precisou salvá-la, ele foi amaldiçoado por protegê-la. Era culpa dela. Não seria possível passar por isso sem que a culpasse tanto quanto ela o fazia. 
O Pior era saber que não seria a última vez que estaria na posição de donzela em apuros, e que cairia recorrentemente no vício de precisar ser ajudada, ferindo seu ego profundamente no processo. 
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