Tumgik
#{ só pra ter uma ideia eu to com bastante plots mas to me segurando pra não postar tudo de uma vez só ;v; }
hyunjungjae · 1 year
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vo conta sobre o dia de hj pq ao mesmo tempo que eu fiquei mt chateada eu ri bastante, só pulem se nao quiserem sabe
hoje estava eu lindamente escutando músicas, aí a belezura do meu celular tem meu face id, mas se o face id não ve minha cara e acredita que é alguém completamente diferente, ele bloqueia e só da pra desbloquear com senha.
ai meu cabelo tava todo na minha cara, meu face id não reconheceu e bloqueou logo de cara, ai eu fui bem calma colocar minha senha…
…mas vamos voltar a uma semana atrás onde, numa bela madrugada, eu mudei minha senha por motivos desconhecidos e falei “vou anotar pq é certeza que vou esquecer”, anotei? não pq me distrai fazendo seila que porra.
voltando pro dia de hoje, coloquei minha senha antiga, não foi, na mesma hora eu lembrei “mudei de senha” ai eu tentei umas 4 combinações diferentes dos números que eu sabia que tinha na senha mas não sabia em que ordem…não deu certo, meu celular bloqueou por um minuto.
nessa hora estava eu já aos prantos tremendo que nem uma vara verde, morrendo de medo e seila mais oq, ai comecei a anotar todas as combinações que vinham na minha cabeça, ai beleza, tentei dnv…nao deu certo, meu celular bloqueou por cinco minutos, esperei os 5 minutos e tentei de novo, essa hora só deus tava me segurando pq eu tava quase desmaiando.
não deu certo dnv, bloqueei meu celular por 15 minutos (PQ IPHONE EH UMA MERDA, AI SE EU ERRASSE DNV DEPOIS DOS 15 MINUTOS ELE IA BLOQUEAR POR UMA HORA)
ai como eu já tinha pesquisado modos de salvar meu celular eu falei “fodase vou fazer isso” só q eu ia perder tudo no meu celular, fotos, minhas anotações, aplicativos, absolutamente tudo.
pq entre perder tudo no celular e bloquear ele por uma hora com chances dele não desbloquear mais, eu escolhi perder tudo. ai beleza, fui lá e restaurei, ai pra pegar as coisas do icloud, ele pediu a senha antiga, EU TENTEI E ACERTEI, DEPOIS DE TER RESTAURADO A PORRA DO MEU CELULAR EU LEMBREI A PORRA DA SENHA
fiquei puta mas quando eu contei pra minha mãe ficou eu e ela rindo, enfim já coloquei a maioria das coisas aq e uma coisa era, eu tinha perdido todas as minhas fics, mas pela graça divina de deus pq deus teve misericórdia dessa criatura burra e otaria, todas minhas fics voltaram pras anotações por meios desconhecidos, via céus.
Tumblr media
quem amou minha história?
sim eu meio que tenho mais ou menos 200 ideias de plots diferentes anotados👍🏻
7 notes · View notes
shineeficfestbr · 7 years
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Fanfic #12 - Minkey Show - 1/1
Tumblr media
Título: Minkey Show
Plot-#: 275
OTP: Minho/Key
Classificação: +16
Contagem de palavras: 9,666
Avisos: linguagem imprópria, álcool
Sinopse: Em toda suas vidas, Kim Kibum e Choi Minho jamais haviam imaginado que seriam ameaçados virtualmente por um psicopata por causa de um erro bêbado estúpido. Porém, o mundo gira, o mundo é uma bola, e às vezes há males que vem para o bem.
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Nada era melhor que uma festa sem sentido para esquecer os problemas. Não que Kim Kibum tivesse tantos problemas assim: na verdade, só queria mesmo uma desculpa para beber; não perdia a oportunidade de saborear uns bons drinks. Se bem que uma festa patrocinada por um jogador de futebol só tinha cerveja barata, mas o importante é que era álcool.
Ele já havia perdido a conta de quantos copos de batida havia ingerido, mas quando Woohyun aparece na sua frente com mais um, ele não rejeita. O gosto é horrível e, dessa vez, o doce do morango havia sido totalmente neutralizado pelo amargo da vodka que desce queimando por sua garganta, mas ele vira o copo igual.
―  Jonghyun tá te procurando. ― Woohyun diz, se encostando ao seu lado na parede. Eles estavam no canto abastado da sala ao lado de uma janela, observando enquanto seus outros colegas perdiam juízo e dignidade enquanto dançavam.
―  Ah, é? ― Um sorriso aparece em seu rosto bonito, e Key se empertiga todo. ― Onde você o viu?
Kibum pergunta, os olhos passando ávidos pelas pessoas amontoadas dançando. Woohyun se inclina sobre suas costas e aponta para o outro lado do cômodo onde Jonghyun estava encostado na parede com os olhos igualmente procurando por alguém, provavelmente ele.
― Pensei que figurinha repetida não completasse álbum. ―  Woohyun diz quando ele lhe devolve o copo vazio e começa a tentar dar um jeito em sua aparência; um tanto difícil sem a ajuda de um espelho, mas podia apostar que estava lindo.
― Digo o mesmo pra você e o Sungkyu. ― Ele responde fazendo o amigo ficar vermelho, uma coisa bem normal quando o nome do presidente do corpo estudantil era mencionado.
― Sungkyu é meu namorado! ― Woohyun grita para ser ouvido acima do som alto. Kibum ri andando com passos decididos para o outro lado da sala.
― Ele parece que não sabe!
A questão é que Kibum deveria ter contado quantos copos de vodka misturada com sei lá o quê havia tomado. Ficar paradão encostado na parede era uma coisa, começar a se mover era outra totalmente diferente, principalmente com o nível de álcool que tinha no sangue. Ele desvia de um corpo dançante, mas não é rápido o bastante, e a criatura desajeitada bate em si, fazendo-o perder o balanço, quase indo de encontro ao chão, porém braços morenos e fortes o seguram apertado pela cintura.
― Hey, delícia, estava te procurando. ― Jonghyun sussurra contra seu ouvido, e trilha uma porção de beijos por seu pescoço. É inevitável se sentir quente no momento, com o outro o segurando tão firme e suas costas sendo pressionadas contra o peitoral definido do outro.
― Nossa, Jjong, se eu não estivesse tão bêbado, eu broxaria. Odeio quando você me chama assim. ― Kibum diz se virando no abraço e enlaçando os braços ao redor do pescoço do moreno que sorri de orelha a orelha.
― É mesmo? ― Jonghyun não lhe dá uma chance de resposta, colando seus lábios em um beijo necessitado, e Kibum ficou muito agradecido; menos conversa e muitos beijos: era disso que precisava.
A pior coisa de se encher a cara é o dia seguinte. Principalmente se esse dia seguinte for uma segunda-feira ensolarada e dia de aula. Maldito Son Dongwoon e sua festa em pleno domingo, jogador de futebol estúpido.
Kibum se sente um lixo, porém um lixo que se divertiu horrores no fim de semana.
― Eu vou matar o Jonghyun. ― Ele resmunga olhando seu reflexo no espelho, encarando os chupões horrorosos de vermelho em seu pescoço e clavícula. Era uma regra básica e que sempre deveria ser seguida por seus ficantes: nada de marcas.
Key chega a escola atrasado, nada muito fora do comum. Algumas pessoas o encaram nos corredores e ele sorri debochado. O adolescente tinha pensado seriamente em esconder os vergoēs em sua pele, mas de última hora resolveu não fazê-lo, já que se não era pra causar, nem sairia de casa.
― Uou, Kim Kibum! Parece que você se divertiu bastante ontem! – Woohyun diz assim que o vê. Ele caminha para o fundo da sala para o seu lugar no meio de seus dois melhores amigos.
― Parece, não é mesmo? Isso é tudo culpa do Jonghyun.
― Minha o quê? ― O moreno em questão pergunta, com resquícios de sono na fala.
― Os chupões. ― Key diz, mas o amigo franze o cenho confuso. ― Key, eu nāo fui responsável por isso não. A gente deu uns pegas na pista de dança, mas não tivemos muito tempo pra isso. ― O moreno diz apontando para as suas marcas, deixando o loiro totalmente confuso. ― Pode perguntar ao Woohyun, ele viu quando a gente se separou na festa, e eu fui socorrer o Taemin de entrar em coma alcoólico no banheiro.
Key se vira para o amigo loiro, que concorda com o que foi dito pelo outro. Kibum dá de ombros e senta assim que a porta da sala de aula é aberta e a professora de química entra no recinto. Ele provavelmente havia ficado com mais de uma pessoa na festa; ele lembrava bem de ter beijado o Jonghyun, e talvez o Jinki, mas não era do perfil do mais velho dos três ser tão agressivo. O adolescente franze o cenho, ele tinha a sensação de que havia dado o amasso, vulgo sarrada do século, com um indivíduo muito gostoso, mas o problema era que não se lembrava de nada.
Duas aulas vêm e vão e Kibum não diz uma palavra. Seu cérebro parecia que ia fritar de tanto que tentava recordar do rosto, ou pelo menos da voz do peguete misterioso. Seu celular vibra em seu bolso e ele discretamente o puxa para fora, desbloqueando a tela para ler a mensagem do Woohyun.
[Namu]'E então? Quem te fez de pirulito?’
'Eu não sei!’
[Namu]'Tem crtza? Com quem vc ficou?’
'Eu peguei o Jjong e o Onew, e não foram eles’
[Namu]'Você realmente não se lembra?’
'Porra o corpo é meu!! É claro que eu lembraria em quem me esfreguei!!’
Kibum deita a cabeça de encontro a mesa, frustrado. Não, ele não fazia ideia de quem havia lhe marcado, e não era justo. E o problema todo nem era o fato dele não se lembrar, porque essa não era a primeira vez que acontecia, o problema era que havia sido diferente, algo lhe dizia que, quem quer fosse o peguete, não merecia ser esquecido.
Choi Minho era o tipo de cara que fazia as garotas da escola molharem a calcinha com apenas um olhar ou um sorriso. Ele era bonito, alto, atlético, capitão do time de futebol, com ótimas notas e simpático com quem lhe convinha: ele tinha tudo o que alguém poderia querer em um namorado, mas esse alguém não era Kim Kibum. Sinceramente, ele odiava Minho com todas as suas forças. Não tinha ideia de como a antipatia havia começado. Talvez tivesse sido quando o recém-transferido Minho sentou na sua aula de teatro e roubou seu papel principal como Danny Zuko, ou foi quando um então capitão do time de futebol resolveu namorar sua amiga Sunkyung, para então terminar com ela despedaçando seu coração em pedacinhos. Existiam muitos motivos para se odiar Choi Minho e sua pose hétero.
Então, quando o infeliz senta ao seu lado na única matéria que pagam juntos, Key fica possesso.
Possesso, porque o loiro não parava de lhe lançar olhares de soslaio, vez ou outra, e quando Key olhava em sua direção, via Choi Minho olhar para o outro lado com rapidez. Isso estava lhe irritando demasiadamente.
― O que foi? ― ele pergunta depois da décima olhada do loiro.
― Nada. ― Minho dá de ombros como se não fosse nada de mais.
― Sério, se você me acha tão bonito assim que não pode parar de olhar, tira uma foto. Dura mais.
― Você se acha a última bolacha do pacote, né, Kim Kibum?
Minho pergunta, com um leve desdém na voz. Kibum respira fundo e sorri o mais brilhantemente possível.
― Eu sou.
Eles não conversam mais que isso, eles nunca faziam. Se era para Choi Minho e Kim Kibum fazerem algo juntos seria apenas uma coisa: insultar um ao outro.
Kibum dá graças a Deus quando o sinal indicando o fim da aula toca, e sai em disparada antes mesmo de o professor sair do recinto. Porém, ele não faz um caminho muito longo; seu braço é preso em um aperto e ele é virado de frente, batendo em um peitoral musculoso. Assim que seus olhos realizam que quem o segura é Choi Minho, Kibum se afasta como se tivesse medo de contrair uma doença contagiosa. E meio que estava, vai que heterossexualidade pega.
― Qual o seu problema?
― Eu só queria ter certeza, Kim Kibum. ― Minho diz, dando dois passos pra frente e, por consequência, o imprensando contra a parede. Kibum não gosta nenhum pouco de como seu coração bate acelerado.
― De quê?!
Ele pergunta e Choi Minho sorri ladino, os cabelos loiros caindo nos olhos. Por um momento, Kibum sente uma sensação de dejavu.
― Nada.
Kibum entra no refeitório apressado. Ele havia lembrado um pouco sobre o peguete da noite anterior e mal podia esperar para compartilhar com os amigos, apesar de ainda não ter visualizado um rosto.
― Viadas, eu me lembrei de uma coisa em relação a festa do Dongwoon. ― Key senta ao lado do Jonghyun, atraindo a atenção dos dois melhores amigos para si. ― Eu beijei uma boca maravilhosa, e foi o melhor beijo bêbado da minha vida.
Ele suspira. Só de pensar no beijo, seu coração palpitava. Toda a pegação havia sido épica, pelo menos a parte que lembrava.
― Foi a minha boquinha. ― Jonghyun diz e ele faz uma careta.
― Não, ele beijava melhor que você, Jjong, e quando a gente ficou eu estava parcialmente sóbrio.
Tudo havia acontecido depois da ideia brilhante do Onew de jogarem beer pong. Kibum tinha uma péssima pontaria e se viu tendo que virar duas canecas grandes de cerveja, que misturadas com a vodka de antes o fez fazer loucuras, e obviamente ficou impossibilitado de se controlar para não beijar bocas desconhecidas. E esse era seu único arrependimento: ele daria tudo para saber quem era o dono dos cabelos loiros e beijos gostosos.
― Então diz logo quem foi! Eu também quero beber dessa água.
Jonghyun diz, desviando de um empurrão dado pelo Woohyun que logo discorda.
― Ah, não quer não, ele não faz seu tipo. ― O loiro diz, com um meio sorriso que faz Jonghyun arregalar os olhos e logo fazer uma careta, seguido de um 'uh’ enojado.
― WOOHYUN! ― Kibum grita interrompendo seus amigos e desferindo dois tapas no braço do loiro. ― Nós não nos pegamos, né? Diz que não!
― Por quê? Tá com medo de eu ter sido a melhor boca que você beijou? Oras, eu fui seu primeiro beijo, Kibum! ― O loiro diz e se arrepende logo em seguida pelo tapa que leva nas costas. ― Isso dói! E não fui eu! Por que você acha que fui eu? Jamais trairia o meu mozão.
― Eu me lembrei de uns cabelos loiros, só conheço você de cabelos loiros além de mim.
Ele responde simplista, passando as mãos nos cabelos do amigo. A textura era diferente, não tinham sido esses cabelos que havia puxado com vigor. Kibum estava muito bêbado, e era do tipo que lembrava depois de pequenas coisas, nunca detalhes importantes.
― O Woohyun não é a única pessoa loira na escola inteira. O Onew é loiro, o Myungsoo, o Junmyeon, a Taeyeon, o Choi Minho. ―  Ele faz uma careta ao ouvir o último nome da lista do Jonghyun, seus olhos vão até a mesa do idiota Minho e sua gangue hétero.
― Eca! Minha boquinha jamais chegaria perto de nenhum integrante do clube hétero.
Kibum diz enojado, ainda encarando a mesa do outro lado do refeitório, perdendo de ver seus dois amigos sorrirem cúmplices. Por um breve momento, os olhos de Choi Minho se encontram com o seu e Key sente o almoço que nem havia comido querer fazer o caminho reverso pra fora de sua boca. Ele preferiria morrer a beijar Choi Minho.
A vida é feita de tentativas, acertos e erros. E esses deslizes, os benditos erros, às vezes enormes escorregadas, acontecem para servir de lição para uma não repetição futura. Ou para uma aprendizagem.
A festa de Son Dongwoon iria entrar para sua lista de coisas a pisotear, esmagar, enterrar e esquecer para sempre. Veja bem, uma importante informação que não pode ser esquecida. Choi Minho é uma pessoa heterossexual e apaixonada pelo sexo oposto. Informação guardada? Então, como um cobiçado solteiro e brilhante capitão de seu time, ele foi à festa de um de seus jogadores para se divertir, comemorando a sequência de vitórias que seu time vinha tendo e, claro, como bom líder, manter um olho nos seus jogadores. Claro que a propriedade era se divertir e não servir de babá.
O problema é que, se ele tivesse sido um pouco mais ajuizado, não teria feito uma burrada tão grande e definitivamente não estaria com uma bomba chiando nas mãos, pronta para explodir.
E tudo começou por causa de sua competitividade estúpida e um desafio bêbado feito por seu arqui-inimigo.
Minho estava de boa, tomando uma cerveja gelada e assistindo Doojoon e Kikwang ganharem de Onew e Taemin num jogo simples de beer pong onde você deveria acertar uma bola de golf dentro de um copo em lugares absurdos. A questão é que Onew e Taemin nāo sabiam onde estavam se metendo porque a dupla de jogadores de futebol era ótima no jogo e brincava com frequência nos vestiários entre treinos. Então, era óbvio que ambos iriam perder e o mais novo deles teria que tomar um litro de cerveja de cabeça pra baixo, e foi exatamente o que aconteceu, acarretando uma séries de merdas seguidas. E ali começou o seu vórtice temporal particular. Se Lee Taemin nāo tivesse passado mal, o jogo talvez tivesse continuado sem ele e Kim Kibum, que escolheu aquela hora para entrar tropeçando nos próprios pés na cozinha e se juntar a eles. A primeira coisa que Minho faz ao vê-lo entrar na cozinha é tentar sair de fininho – ele e Kibum juntos sempre rendiam belas discussões, principalmente quando envolvia álcool, e Minho estava longe de estar embriagado para aguentar tal coisa. Mas ele não é rápido o bastante para competir com um bêbado aparentemente, porque Key o encurrala no balcão da pia. Ele se aproxima com um sorriso faceiro no rosto bonito e dá aquela olhada cheia de desdém para o loiro, que revira os olhos.
― Essa é uma ótima oportunidade para mostrarmos quem é melhor, uh, Choi Minho? ― Kibum diz se encostando ao seu lado no balcão. Minho ri sem vontade, balançando a cabeça em negativa.
― Passo ― ele responde se preparando para sair, mas Key o impede com a mão em seu cotovelo ― Yah, Choi, eu te desafio! ― Essa era a frase que o loiro não podia ouvir, seu ponto mais que fraquíssimo.
― Você acha que não vou ganhar de você? ― Ele pergunta se aproximando de Kibum e falando bem no seu ouvido para ser escutado no meio da gritaria adolescente.
― Acho. ― Kibum responde presunçoso, tomando o copo de sua mão e bebendo todo o conteúdo. ― Quer apostar que você não ganha? ― Ele completa.
Minho sorria largo, os dentes branquinhos dignos de um comercial da Colgate à mostra.
― E o que eu ganho em troca caso você perca? ― Os olhos de Kim Kibum eram de um castanho claro lindo, brilhantes, e que o deixava mais ainda parecido com um gato. O menor morde o lábio inferior e sorri debochado, dando de ombros.
― O que você quiser, o mesmo pra mim.
E foi ali que as coisas começaram a rolar ladeira abaixo.
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Minho entra na escola como sempre, como se tivesse saído de um dorama, e é logo flanqueado por um grupo de garotas, para que ele obviamente não dá muita bola. Ele sorri para elas, diz um ‘Olá’, mas não é nada mais que isso: garotas que gostavam de ter a atenção do 'oppa’ a todo custo não eram seu tipo. Ele curtia umas mais difíceis. As que faziam o famoso cu doce e que o faziam trabalhar duro para tê-las. Tudo ocorre como sempre: ele assiste suas aulas da manhã, almoça no refeitório, joga um pouco de conversa fora com os amigos e vai para o campo de futebol. Ele chega cedo como sempre, então não se apressa a ir ao vestiário trocar de roupa. Ele prefere se sentar na arquibancada, escutando um pouco de música. Choi Minho queria poder esquecer por completo o que havia acontecido no fim de semana, mas era difícil, e parecia que seu cérebro estava quebrado, porque toda vez que parava pra pensar, a imagem dele imprensando Kim Kibum contra uma cama e abusando do pescoço branquinho do menor vinha a sua mente. Ele conseguia lembrar com nitidez a textura da pele em sua língua, os lábios e os gemidos manhosos. Ainda conseguia sentir os arranhões das unhas bem feitas do outro em suas costas, os puxões em seu cabelo. Minho daria tudo para esquecer e, ao mesmo tempo, daria tudo para repetir a dose.
― Minho, tudo bom? ― Um cutucão em seu ombro o traz de volta a realidade, e ele abre os olhos para encontrar Moon Yunmi em pé a sua frente, seus cabelos pretos caindo nas costas como um véu. Ele sorri, batendo o espaço ao seu lado, e ela senta tímida.
― Veio torcer por mim hoje? ― Ele pergunta se aproximando dela, que fica vermelha quando ele coloca a mão no topo de sua cabeça carinhosamente. Yunmi era fofa, e Minho mal podia ver a hora em que sairia com ela.
― Você disse que eu poderia vir, então resolvi aparecer ― ela responde baixinho. A garota era dois anos mais nova e havia lhe escolhido para ser seu primeiro amor, não ia negar.
― Eu disse. ― Minho sorri. Por trás dela, ele vê alguns dos garotos do time aparecerem. Como sempre, Doojoon, Kikwang e Dongwoon estão correndo, e logo atrás Woohyun anda com os olhos grudados no celular seguido por Hoya, Taekwoon e Junho. Ele volta sua atenção para a Yunmi, mas, antes que pudesse voltar a escutar o que ela dizia, seu celular vibra e a mensagem que ele recebe no aplicativo messenger do facebook lhe tira o ar. Choi Minho era uma pessoa simples, gostava de garotas e futebol. Porém um deslize estava prestes a destruir sua reputação.
― Você ficou pálido de repente. Tudo bem? ― Yunmi pergunta, tocando-lhe o braço, e Minho afobado guarda o telefone celular no bolso da calça cáqui. Seu coração batia feito louco e suas mãos tremiam desenfreadamente.
― E-e-eu, é. Eu tô bem, só vou… eu vou ali. ― ele sai meio que correndo, passando voado pelos colegas de time que gritam perguntando onde ia, mas ele não liga, a pessoa que estava fazendo aquilo só podia querer acabar com sua vida. Minho respira fundo e segue com passos pesados em direção ao prédio de artes da escola. Só tinha uma pessoa que podia lhe esclarecer que merda era aquela. Ele iria matar Kim Kibum.
A sala de desenho estava vazia, tendo suas aulas terminado há bastante tempo. Kibum gostava de ficar por ali por ser silencioso e muito mais calmo que o prédio principal da escola. No momento, ele estava editando fotos do Sungjong e Myungsoo: ambos eram ulzzangs e suas fotos faziam sucesso no Tumblr do loiro.
Seu sonho era no futuro se tornar um fotógrafo de moda, por isso usava os amigos de cobaia. Seu celular vibra notificando uma mensagem, e ele o pega esperando ser a Sunkyung ou a Amber o chamando para fazer altos nadas, mas não é o que encontra. O remetente um tal de Minkey shipper – um fake –, e o que lê o deixa perplexo.
“Se você estiver lendo isso é porque 'eu sei o que você fez na noite passada'. Não, falando sério. Eu realmente sei o que você fez na festa do Son Dongwoon. Por exemplo, eu sei que o Taemin quase entrou em como alcoólico ao tomar um litro de cerveja de cabeça pra baixo, sei que a Taeyeon e a Tiffany brigaram feio por causa de uma foto no Instagram, sei que a Hyuna pegou o Hyunseung aos beijos com o Junhyung e sei que Choi Minho e Kim Kibum tiveram o amasso de suas vidas. Você acha que é mentira? Olha seu inbox do Facebook. Isso é só uma prévia, eu tenho em minhas mãos cinco minutos inteiros de pura sacanagem que o mundo adoraria ver (talvez não o mundo, só a comunidade estudantil da Lee Soo High), mas que não irá ser divulgado caso você que está lendo coopere comigo.
Você ainda está aí? ㅋㅋㅋㅋㅋㅋ Então, seja bem vindo ao Minkey show!
ㅎㅎㅎㅎㅎㅎㅎㅎㅎ~~ Apertem bem os cintos e sigam as minhas instruções à risca – não vale trapacear ou tentar me enganar, a não ser que vocês queiram que o mundo saiba o quanto adoram chupar um ao outro.”
ㅋㅋㅋㅋㅋㅋㅋㅋㅋ
Kibum lê e relê a mensagem de texto incrédulo. Só podia ser uma brincadeira de mau gosto, não podia ser verdade. Porém, era sim. A prova estava bem ali, anexada com um vídeo de segundos dele e Choi Minho se beijando, e mesmo se o vídeo não estivesse ali, Kibum agora lembrava muito bem. Ele não sabe bem o que fazer, só junta suas coisas na velocidade da luz. Kibum precisava fugir dali o mais rápido possível, de preferência fugir do planeta. Ele anda rápido em direção a saída mais rápida, com o objetivo claro de chegar em casa e caçar a alma do filho da puta que ousava o chantagear, mas precisava fazer isso longe da outra parte da equação.
― YAH, KIM KIBUM! ― Seu nome é gritado a plenos pulmões, ecoando pelo corredor vazio, e Key sente todo o almoço que havia comido mais cedo fazer o caminho reverso. Ele xinga baixinho, mas não para, continua andando rápido e se fingindo de surdo em direção ao caminho oposto em que a voz vinha. Ele não a escuta uma segunda vez, porém os passos de alguém correndo para lhe alcançar são altos. Ele também corre, porém não era uma pessoa atlética.
― Foi você, não foi? E eu achando que você não lembrava de porra nenhuma! ― Minho grita o empurrando contra a parede; Kibum perde o ar com o impacto de suas costas contra a superfície de concreto. Kibum era uma pessoa destemida, mas a visão de um Choi com um metro e oitenta e músculos furioso a sua frente lhe tira toda a capacidade de ser sagaz.
― Do que você tá falando?
― Qual é, Kibum! A porra da mensagem!
― Você também recebeu?
― O quê? Vai me dizer que não foi você?
― Não ― ele responde e logo em seguida seu celular apita, avisando a chegada de mais uma mensagem. O celular de Choi Minho também parece ganhar vida, pois ele o tira do bolso. O remetente é o mesmo da mensagem anterior, um perfil fake.
“Vejo que você visualizou minha mensagem, significa que estamos na mesma página, certo? Então, você deve estar se perguntando: o que eu quero? Bom, nada mais que diversão e Minkey! Então, pombinhos vamos ao jogo e não tentem me fazer de bobo, eu sei de tudo.” O primeiro desafio é….
TCHAN TCHAN TCHAN TCHAN
Minkey show To-do list 1:  Tomar um café juntos e conversar! Kyaaaa~~~ (não é tão difícil assim, certo?). Não se esqueçam, eu sei de tudo.
― Mas que porra!
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Era inacreditável: em toda sua vida, Kibum jamais havia imaginado que passaria por esse desastre, que seria ameaçado virtualmente e que teria que dividir uma mesa e conversar com Choi Minho por causa de um erro bêbado estúpido.
Minho se senta à sua frente, Key não presta muita atenção nele, mais preocupado em contar quantas pessoas conhecidas além do Jonghyun, que trabalhava no pequeno café que resolveram entrar, estavam ali agora presenciando um absurdo daqueles. Minho parece fazer o mesmo – ele olha ao redor com seus olhos expressivos, nervoso.
Jonghyun se aproxima da mesa deles. Minho se senta ereto, tomando uma pose defensiva, mas o moreno ignora, colocando um copo de cappuccino na frente do Kibum, que sorri agradecido.
― O que você vai querer? ― Jonghyun então pergunta a Minho, que murmura um ‘suco de maracujá’ baixo. Seu amigo volta a lhe encarar mais confuso do que nunca. ― O que você tá fazendo com ele?
― Depois te conto. ― ele responde ao amigo, que bufa exasperado, indo de volta ao balcão.
Os dois garotos não conversam muito depois disso, não tinham nem sobre o que falar.
[Minkey shipper] ‘Não estou vendo vocês conversando.’
Acho que precisam de um incentivo, né não? ㅋㅋ
O celular de ambos pisca notificando a mensagem, anexada com uma foto de um computador mostrando a página da escola e o vídeo dos dois prestes a ser postado no fórum dos alunos.
Minho se levanta rápido, olhando em todas as direções, mas logo se senta outra vez, derrotado por não encontrar nada suspeito. Kibum, por outro lado, resolve analisar com o olhar todos em posse de um celular em mãos.
― Quem você acha que pode ser? ― a voz do Minho se faz presente depois de um tempo.
― Não sei. ― Key observa uma garçonete vir com o suco do Minho. Ela também estudava na mesma escola que eles, só que dois anos abaixo. Ele a encara com olhares desconfiados, mas a garota ignora totalmente sua existência, sorrindo toda serelepe para o jogador de futebol. Ele espera ela ir embora para então voltar a falar. ― Temos que descobrir a pessoa logo, não quero um vídeo meu com você vazado por aí. Isso é ridículo, e eu nem lembro como chegamos àquela situação. Ridículo.
― Você realmente não lembra?
― Eu lembro um pouco da pegação, mas não me recordo de antes. Você se lembra?
― Não. Nem um pouco.
A conversa dos dois não sai muito do campo neutro, mas não é de um todo ruim. Kibum descobre que Minho gosta de literatura inglesa e tem um vasto conhecimento de girlgroups assim como ele. Minho também curtia musicais e escutava Lorde.
Kibum ficou impressionado, porém a hostilidade ainda estava lá. Eles se odiavam por serem total opostos e não havia como mudar isso.
Vejo que vocês me obedeceram direitinho. Me senti orgulhoso, porém aqueles 30 minutos que vocês passaram em silêncio foram tensos. Enfim, chegamos à segunda rodada. Estão prontos? Aí vai.
Minkey show To-do list 2: Assistir a um filme juntos no cinema. UAHHHHHH! Daebak!~~ espero q vcs se divirtam como estou me divertindo horrores sos. ㅋㅋㅋㅋㅋㅋ
― Ninguém pode saber que estamos saindo. ― Minho diz se esgueirando na pequena cabine individual que Kibum estava estudando na biblioteca. O menor suspira cansado: o outro vinha repetindo isso sempre que tinha uma oportunidade. Eles haviam conversado de verdade há dois dias e, nesse tempo, sempre que o jogador de futebol o via lhe dizia isso, quando Kibum não fugia dele.
― Não estamos saindo, Minho. Só estamos agindo feito marionetes de um lunático. Enfim, eu pedi ajuda do Jonghyun e ele me disse que tem como rastrear o endereço de IP do idiota que manda as mensagens.
Ele responde. Quem quer fosse o psicopata que estava mandando as mensagens estava absurdamente quieto. Dois dias e nem um sinal de vida, e Key estava literalmente com o coração na mão. Ele parecia um louco atualizando as redes sociais e tendo mini infartos a cada notificação em que era marcado em algo. Quem parecia estar se divertindo com isso eram seus melhores amigos: Jonghyun e Woohyun não perdiam a oportunidade de marcá-lo em coisas idiotas no Facebook ou fazer piadinhas quando viam Choi Minho.
― Isso é bom. Quando eu pegar essa pessoa, ela vai se arrepender.
Kibum revira os olhos, voltando a atenção para o livro de geografia.
― Você disse que não quer que nos vejam juntos e está aqui. O que você quer, Choi? ― Kibm só queria que ele fosse embora, porque onde o loiro estava na escola, seu fã-clube ia, e era irritante.
― Vamos ao cinema hoje. ― Minho diz. Kibum levanta os olhos de seu livro com a boca aberta em confusão. ― Sabe onde fica o Cinema Ribbon no centro da cidade? ― Kibum murmura um sim perplexo. Por que diabos Choi Minho queria ir ao cinema com ele? Ainda mais para o Cinema Ribbon, que era um lugar frequentado por pessoas que gostavam de filmes alternativos, de baixo orçamento e cult. Nāo para héteros como Minho, que era fã de blockbusters. ― Te encontro lá às sete, beleza?
― Tá, mas por quê?
― A mensagem. Você não recebeu? ― Minho pergunta e Key suspira, puxando o celular da bolsa. Realmente a mensagem estava lá. Por um momento, ele havia pensado em algo completamente diferente, mas obviamente seria impossível isso acontecer.
― Às sete, Kibum, não esquece. ― Minho diz mais uma vez e o deixa sozinho, com uma leve sensação de decepção no ar.
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Kibum dá o ar da graça com vinte minutos de atraso, só porque ele pode. Minho está o esperando na porta do cinema, com os ingressos na mão e uma expressão de poucos amigos. Ele está bonito, com jeans azul claro, camisa polo preta e cabelos loiros em um topete.
― Você está atrasado. ― Ele resmunga, empurrando o ingresso para o menor, que o pega. Kibum lê o título do filme no papel e não pode deixar de sorrir: era seu favorito. 'Les Chansons D’amour’, um filme musical francês e xodó do Key, que o Ribbon estava reprisando naquela semana.
― Ah, adoro esse filme. ― Ele diz com um sorriso que é retribuído pelo outro.
― Bom, vamos entrar logo. Não quero correr o risco de alguém nos ver juntos.
Minho diz o puxando pelo pulso para dentro do cinema.
Eles assistem ‘As canções de amor’ na companhia de outros amantes da sétima arte e, se Key fica impressionado por Choi Minho saber todas as músicas de Alex Beaupain, não deixa transparecer. Porém, quando o loiro repete baixinho a última frase do filme junto com Louis Garrel “Ama-me menos, mas ama-me por muito tempo”, é involuntário o arrepio que lhe envolve.
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― Por que você tem tanto medo de ser visto comigo? ― Kibum deixa escapar depois de um tempo andando em silêncio. Era uma coisa que estava curioso em saber. ― Acha que seus amiguinhos héteros vão pensar que você é viado por estar na companhia de um?
Minho não responde de imediato. Com as mãos nos bolsos, ele caminha sem pressa como se fosse dono de todo o tempo.
― Eu não tenho problema com sua sexualidade, Kibum. Se eu tivesse, Woohyun e Junho não estariam no meu time, estariam? – Ele diz por fim. Eles já estavam na rua do Kibum; sua casa era a última, não faltava muito.
― Qual o problema então?
― Você. ― Kibum franze a testa um pouco confuso. E Minho logo completa. ― Você tem uma reputação, sabia?
― Ah, isso. ― Key nunca foi de se importar com sua ‘reputação’. Na verdade, ele não dava um foda-se para o que as pessoas falavam sobre si; eram sempre mentiras, mas nunca teve forças de desmenti-las. ―  Você já procurou pensar que talvez não sejam verdades o que falam de mim por aí?
Ele arrisca perguntar, olhando bem nos olhos do mais alto. Minho o encara de volta e eles passam alguns muitos segundos olhando nos olhos um do outro em uma minibatalha. Kibum é o primeiro a desviar o olhar, encarando seus tênis surrados.
― Estou começando a perceber isso agora ― ele escuta Choi Minho dizer, mas não se dá o trabalho de questionar, ou entender. Kibum se vira sem nem ao menos dizer ‘adeus’ e entra em casa. Ele estava sentindo demais e não curtindo nem um pouco.
Minkey show To-do list 3: Assistir a um jogo de futebol do Minho (e torcer por ele).
Essa vai especialmente para você, Kibumie. É sua hora de quebrar as amarras do preconceito quanto a esse esporte maravilhoso e se jogar viado no futebol. Te garanto: não existe nada mais emocionante que 22 homens suados correndo atrás de uma bola. Então, esteja pronto, vista seu melhor modelito e vá ser a melhor líder de torcida da Lee Soo High! :'D
― Ah, vá se foder! Meu melhor amigo joga e eu nunca vi um jogo nessa merda e terei que fazer por Choi Minho?! Me matem! ― Kibum resmunga contra o travesseiro. Ele tinha planos maravilhosos para sua noite, que consistiam em assistir RuPaul’s Drag Race e manter distância do loiro jogador de futebol. Definitivamente não tinha plano algum de ir a um jogo idiota.
A noite anterior tinha sido estranha demais, cheia de sentimentos indesejáveis. Kibum não havia nascido para gostar de Choi Minho, disso tinha certeza, ou ao menos achava que tinha. Afinal, eles se odiavam desde o primeiro dia que haviam se visto, ou assim pensava que o ódio era mútuo. A questão é que alguma coisa estava mudando e rápido demais com apenas alguns dias na companhia do outro, e por culpa de uma chantagem idiota que nem sabia por que diabos estava obedecendo. Não tinham garantia de que o filho da puta do Minkey shipper iria apagar o vídeo depois de todos os desafios feitos, ou se ao menos os desafios iriam parar. Kibum só queria chorar e voltar a ter uma vida normal.
Ele vai igual para o jogo; não tinha outra alternativa, afinal.
Kibum chega na escola faltando alguns minutos para o começo da partida e segue a massa em direção ao campo de futebol, arrastando os pés. As arquibancadas estão lotadas, mas ele consegue ver Kim Sungkyu, pseudo namorado do Woohyun, com um cartaz com o nome do amigo, e segue até ele.
― Key! Finalmente veio torcer pelo Woohyunie? ― O presidente estudantil pergunta,
― É, algo do tipo. Não sabia que você curtia futebol, Gyu.
― Não gosto. Na verdade, não faço ideia do que acontece, mas minha presença deixa o Hyun feliz, então. ―  O mais velho sorri apaixonado e Key franze o cenho. Ele perturbava muito com o amigo sobre os sentimentos do Sungkyu, muitas vezes dizendo que o mais velho apenas lhe dava bola por ser irritante, mas parecia que estava errado.
O pessoal na arquibancada começa a gritar empolgado e Kibum volta sua atenção para o campo onde ambos os times se alinhavam no centro. O time da Lee Soo High com seu uniforme rosa e preto, que Kibum achava muito bonito por sinal, e o time adversário da Yang Goon School, com seu uniforme cinza e preto. Seus olhos procuram ávidos entre os jogadores de sua escola pelos cabelos loiros de seu melhor amigo e Choi Minho. Ambos estavam lindos, mas Kibum não podia negar que o Choi estava impecável e de morrer em sua pose de capitão.
― Então, qual o objetivo? ― ele pergunta ao Sungkyu assim que a bola rola em campo e os vinte e dois machos começam a correr.
― Eles têm que acertar a bola na rede adversária. ― O mais velho responde e Key volta a olhar pro campo. Nāo parecia ser tão difícil assim. Todo o primeiro tempo ele passa em silêncio, o time da escola estava levando um acocho da YG, aparentemente. Kibum aguenta firme e forte calado, batendo palma ocasionalmente junto com os outros, mas quando Minho pega a bola e avança contra o goleiro adversário fazendo um gol, ele grita para logo xingar a terceira geração da YG quando seu jogador derruba o capitão da Lee Soo.
― Isso não é errado? ― Ele pergunta a Sungkyu, mordendo o lábio inferior apreensivo. Minho estava no chão com as mãos na panturrilha esquerda enquanto os outros jogadores se amontoavam ao seu redor.
― É sim. Mas o juiz é idiota demais para dar cartão.
― YAH, CHOI MINHO! ACHO MELHOR VOCÊ LEVANTAR ESSA BUNDA DO CHÃO AGORA! ― Kibum grita a todos pulmões se fazendo ouvir por toda a extensão do gramado. ― WOOHYUN, QUEBRA A PERNA DESSE PUTO! ― ele continua, e o adolescente em questão lhe dá dois polegares pra cima. ― YAH, SUNGYEOL! ― Por fim, ele termina de gritar para o goleiro Lee Soo, por ser a única outra pessoa que conhecia de verdade no time, e volta a se sentar como se nada tivesse acontecido. De longe, ele pode ver Woohyun rindo, assim como outros garotos conhecidos do time. Choi Minho apenas o encarava com o semblante fechado – ele parecia bem melhor. O capitão levanta mancando e com a ajuda do auxiliar técnico e é tirado de campo apenas por alguns minutos para se recuperar e não segurar o jogo parado. Ele anda até a arquibancada e, por um breve momento, Kibum acha que ele vai lhe xingar até a morte, mas ele simplesmente sorri, tomando a garrafa d'água que o menor tinha na mão e tomando seu conteúdo.
― Eu vou fazer um gol pra você ― ele diz e pisca para Kibum, lhe devolvendo a garrafa e voltando para a beira do campo.
― Desde quando você e Choi Minho sāo amigos?
― Nāo somos.
Ele diz consciente demais de muitos olhares para si. Pela primeira vez na vida, Kibum se sente constrangido de algo.
― E que porra foi essa então?
Key dá de ombros, o rosto quente e as mãos tremendo involuntariamente. Ele segura a garrafa apertado contra o peito, como se fosse algo precioso, e assiste o resto do jogo vibrando junto com os outros – ou pelo menos tenta, já que seus olhos não deixam Choi Minho um único momento, tal como as borboletas em seu estômago não paravam de se alvoroçar a cada sorriso do loiro.
Quando o jogo termina, consagrando a Lee Soo High vitoriosa, Kibum vai embora sem dar chance do loiro o alcançar e ignorando totalmente o Sungkyu, que tentava lhe levar até a beirada do campo onde seu melhor amigo estava. Key só queria ir para casa e pensar melhor seus atos e sentimentos.
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[N° desconhecido] ‘Obrigado por hoje. Sabe, por torcer por mim.’
           Tava na lista
[Hétero] Mesmo assim
          Foi divertido
[Hétero] Você gritando meu nome me deu flashbacks, tinha esquecido que cê é um bom vocal
visualizada há cinco minutos
[Hétero] Dsclp
         Boa noite, Minho
[Hétero] Boa
Depois de ver Kibum no jogo, Minho sentiu uma gama de sensações estranhas e nenhuma delas explicava de fato o que estava acontecendo consigo. Ele queria de alguma forma, uma leve parte de si, queria agradecer o misterioso Minkey shipper, mas não antes de enforcá-lo até o último suspiro. Ele só sabia que era melhor se deixar levar; talvez não fosse nada importante, talvez algo bom fosse surgir de tudo isso – no mínimo, uma amizade. Não que estivesse à espera de mais que isso. De jeito nenhum.
― O que você tá fazendo?! Todo mundo tá olhando?! ― Kibum entra em pânico quando Choi Minho puxa a cadeira ao seu lado na mesa do refeitório. Verdadeiro a suas palavras, todo mundo havia parado o que fazia para olhar. O jogador então sorri para Kibum, passando o braço por seus ombros.
― E daí? Pensei que você adorasse atenção. ― ele puxa a bandeja de comida do menor para seu lado, roubando suas batatinhas.
― É, mas não fui eu que disse que não queria ninguém sabendo que estamos saindo. ― Kibum diz baixinho quando o fã clube do Minho passa por eles. Elas param por alguns segundos com expressões incrédulas no rosto ao ver o oppa em mesa inimiga, mas seguem seu caminho.
― Depois de ontem, Kibum, muita gente está cheia de teorias. E eu só estou almoçando com um amigo, certo, Woohyun?
O loiro em questão dá de ombros e sorri. Minho finge não ver Key sussurrar 'traidor’ para o outro.
― Claro.
Minho olha pra Kibum, que tem uma expressão traída no rosto dirigida ao amigo, mas suas bochechas estão com uma coloração vermelha e a linha de seus ombros estão tensas. Ele tira essa oportunidade para se aproximar mais ainda, puxa Kibum contra seu corpo e seus lábios roçam de leve na orelha do menor.
― Relaxa, Kibum. ― Ele sussurra contra o ouvido do outro e sorri satisfeito quando a cor de seu rosto e pescoço ficam em um tom escuro de vermelho.
Choi Minho não tinha ideia do que estava fazendo, mas estava adorando causar um tumulto.
OI CASAL MAIS LINDO DO PLANETA!!! Vocês realmente acharam que eu não iria mandar um desafiozinho hoje? Então gostaria de deixar registrado aqui que eu AMO as fotos do Kibumie. O Key tira lindas fotos e seria legal que ele variasse em seus modelos, porque nós fãs do seu blog estamos cansado de ver fotos do Myungsoo, Sungjong e Taemin sempre (pfvr não digam a eles) Então, Minho, essa é pra você.
Minkey show To-do list 4: Servir de modelo para o blog ulzzang do Kibum! Quero muitas fotos lindas, ein! <3
   [Minho] O que eu preciso para as fotos?
Minho manda a mensagem pro Key e espera a resposta ansioso entre a montanha de roupas no chão de seu quarto. Desde que o desafio do Minkey shipper havia sido exposto, ele estava interessado nas fotografias do Kibum. Era bom saber mais sobre o garoto loiro, era bom ter uma visão diferenciada do outro. Minho estava fascinado; tanto que havia passado horas no tumblr do garoto.
   [Meu Karma] Só veste sua melhor roupa e me encontra na cidade.
Kibum responde depois de um tempo, e ele suspira pesado, se jogando nas roupas. Não era a resposta que queria, mas era o máximo que conseguiria arrancar do Kibum.
Key está sentado em um banco de praça, aparentando uma total impaciência, e ele percebe que não foi uma boa ideia assim se atrasar; afinal de contas, intimamente, ele não queria desagradar o outro. Minho se aproxima sorrateiro; Key estava tão focado em olhar pro seu celular que não percebeu até o jogador falar em um tom alegre.
― Cheguei!!! ― Disse num sorriso largo. Kibum se sobressaltou um pouco, mas logo recuperou a compostura, encarando-o dos pés à cabeça com uma careta no rosto bonito.
― Essa é sua melhor roupa? ― Key resmunga, demonstrando o quão sem paciência estava, enquanto ajustava a mochila nos ombros.
Minho não estava nem feio na sua concepção. Sua calça jeans clara rasgada nas coxas e camisa branca eram elegantes e despojadas o bastante, além de caras.
― Foi mal pelo atraso. Então, onde vamos? ― Ele pergunta, já seguindo um Key que andava rápido entre as pessoas que haviam tirado o domingo para curtir o sol da manhã.
― Há todo um processo de iluminação que eu preciso por conta do sol, que você, atleta estúpido, nunca saberia. De qualquer forma, já estamos perdendo muito tempo. ― O menor explica e Minho percebe que estão indo em direção a um pequeno parque no meio da selva de prédios de onde moravam, a única coisa verde na cidade grande. ― Toma essa coroa de flores. Coloca na cabeça, senta no gramado e tenta parecer bonito. ― A última fala foi dita quase em um sussurro meio a contragosto, e Minho sorri largo. Ele sabia que era bonito, mas ouvir Kim Kibum dizer isso era muito melhor.
― Uma coroa de flores?
― É, Hétero. Uma coroa de flores. Flower boy sempre foi o conceito das minhas fotos. Vai dar pra trás? Isso fere todo seu orgulho heterossexual?
MinHo encara o outro por alguns segundos. De uma forma estranha, se sentia levemente ofendido pela maneira grossa e arisca que Kibum sempre falava consigo e, principalmente, odiava quando dava a entender que ele era algo próximo a um homofóbico. Em primeiro lugar, ele nunca se importou com quem era ou não gay. Em segundo lugar, sua cabeça estava muito confusa para simplesmente afirmar a própria heterossexualidade. Mas isso ele nunca admitiria para o Kibum. E muito menos para si.
Ele solta um muxoxo baixo e acaba colocando as benditas flores na cabeça assim que chegam a uma parte abastada do parque, entre grandes árvores e um campo de flores. Não achava que fosse algo que combinasse com seu estilo, mas estava bem cansado de entrar naquelas brigas sem sentidos que sempre aconteciam entre ele e o mais velho. Minho se senta sobre o gramado, logo ficando descalço ao tirar os tênis encardidos – assim que Kibum dá um chilique dizendo que o calçado não combinava no conceito –, e deixa toda a sua atenção para a câmera, tentando fazer poses que desse a ideia do tal conceito que fora lhe dito, sendo ajudado pelo próprio fotógrafo diversas vezes.
MinHo não pode deixar de perceber como era bonitinha a concentração do mais velho junto de sua câmera. A testa franzida, as diversas caretas enquanto brigava pela melhor angulação… Muitas das fotos tiradas tinham um sorriso sincero estampado no rosto: o maior se sentia feliz e até mesmo encantado demais por Kim Kibum.
E quanto ao próprio Kibum… Repetia mentalmente várias vezes na cabeça que precisava marcar um cardiologista com urgência. Seu coração não deveria estar batendo tão rápido quando tudo o que fazia era tirar fotos.
Uau! As fotos ficaram lindas como sempre. Eu nunca tinha reparado, mas nossa, Choi Minho, você é de tirar o fôlego! Enfim...
Eu sei que vocês devem me achar um psycho ou algo do tipo, mas eu só quero o bem. Veja só, talvez eu seja alguém bem random, ou alguém que está sempre ao lado de um de vocês, ou eu só seja bem louco. Enfim, o que estou tentando dizer é que a amizade é uma coisa bonita, principalmente quando ela supera o ódio e raiva infrutífera e assim também é o amor. Fica a dica.
Minkey show To-do list 5: Assistir ao pôr do sol na praia.
Já dizia um filósofo famoso ‘O mundo gira, o mundo é uma bola’. Bom, se não foi um filósofo, foi alguém muito inteligente e sensato. O mundo de Choi Minho havia girado, saído de seu eixo e indo girar finalmente em torno de um sol. E o pior, ou melhor, não havia decidido ainda esse sol era Kim Kibum, outro garoto. O garoto que todos falavam pelos cantos por ser ‘dado’ demais, feliz demais, gay demais. O garoto com o qual seu santo não batia e que sempre batia boca quando era votado pelo corpo estudantil para ser o próximo protagonista nas peças de teatro da escola.
Honestamente ele se via totalmente perdido. O que era pra ser um conjunto de coisas a se fazer para salvar sua reputação, havia se tornados dias que ele não queria esquecer. Nunca. Ora… Ainda gostava de uns belos e fartos pares de peitos, da curva acentuada e de uma boca com gostinho de gloss de morango. Não era como se magicamente tudo que ele tinha como mantra pessoal tivesse mudado.
Mas tinha o Kibum…
E ele realmente não entendia como isso estava lhe abalando tanto. Os risos. As caretas. Até mesmo os tapas constantes acertados em suas costas, pareciam coisas que o atleta não queria perder.
Mesmo com medo de admitir. Ele queria o Kibum próximo a si. O tempo todo.
― Uma porção de coisas pra estudar e aqui estou eu, recebendo insolação contra minha pele branquinha na praia. ― A voz que provavelmente faria Minho revirar os olhos e querer sair de perto por acreditar se tratar de futilidade, naquela vez, acendeu levemente um calor dentro de seu corpo, fazendo-o sorrir.
― Você sabe fazer alguma coisa além de reclamar, Kibum? ― O atleta pergunta risonho, afastando-se um pouco da toalha que estava estendida na areia da praia para que o menor se sentasse.
― Comer e dormir. Reclamar, comer e dormir é minha santa trindade ― Key responde prontamente, abraçando os próprios joelhos enquanto observa as ondas das praia se quebrando na beira.
― Achei que sua santa trindade seria Madonna, Britney e Lady Gaga. ― Ele diz em tom de brincadeira, mas Kibum se vira para encará-lo como se estivesse pronto para quebrar seu pescoço.
― Só porque eu sou gay, aparentemente eu tenho que gostar de todas as divas pop do planeta? Não posso gostar de Metallica ou, sei lá, Guns ‘n Rose?
― Pode, mas…
― Mas elas são sim minha santa trindade do pop mesmo. ― Key acaba rindo, fazendo o loiro rir junto. A risada do Kibum, querendo ou não, era totalmente contagiante.
― Conseguiu descobrir com o Jonghyun quem é que está mandando as mensagens? ― Minho pergunta depois de um tempo, jogando pedrinhas ao vento, levemente entediado.
― Não. Ainda não. Eu sinto muito… Espero que por estarmos fazendo tudo, o vídeo não seja divulgado e estrague sua popularidade.
― Você está me pedindo desculpas? ― A voz era totalmente surpresa e até mesmo levemente chocada. Desde quando Kibum pedia desculpas a alguém?
― Não fode, Choi. Eu imagino o quanto sua heterossexualidade deve ser intocada. Fora que você não ia aguentar o peso que é ser gay numa sociedade completamente homofóbica.
― Você sofreu muito… Digo… Quando se assumiu gay?
― Meus pais não aceitaram de cara e me expulsaram de casa. Isso foi no primeiro ano do ensino médio, e eu tive que morar um tempo com o Woohyun até eles entenderem que isso é o que eu sou e sempre serei. Já levei socos feios por estar andando de mãos dadas com outro garoto.... Além das fofocas infinitas ao meu respeito, né? Na escola, já dei pra metade da população masculina, certo? Não foi o que você ouviu por aí? Quando, se muito, namorei com uns cinco. Ser gay é difícil pra caralho, Choi. E não importa o quanto eu te odeie, eu nunca ia querer isso pra você.
O loiro fica calado, absorvendo cada palavrinha dita pelo menor. Os olhos estavam concentrados no horizonte, onde o sol preguiçosamente se escondia aos poucos, deixando o céu numa mistura de cores linda. Azul, amarelo, rosa, e até mesmo levemente verde.
― Sabe, Key, eu nunca saberei o que você passou. E talvez por isso eu seja um babaca e até mesmo preconceituoso, mas tudo isso foi por pura ignorância. Por não entender. Por ter medo do diferente. Desculpa. Desculpas por mim e por todos os caras idiotas e héteros que acham que podem falar qualquer coisa da tua vida. Você é incrível.
Kibum ri, mas não olha uma única vez na direção de Choi Minho, os olhos fixos no horizonte.
Também não soube o que falar, ele apenas… Se sentiu acolhido diante daquelas palavras. Muito, até. Estava perdido e confuso com o conjunto de sensações que lhe acometia no peito; não saberia nunca explicar o que lhe rondava a cabeça. Também não saberia explicar como sua mão havia se entrelaçado com a do outro enquanto viam o sol sumir uma vez por todas do céu.
É com uma dor no coração que venho lhes informar que chegamos a reta final do nosso show.
I’m like TT, Just like TT
You don’t know how I feel, So mean, so mean~~
Fico feliz de vocês terem seguido minhas instruções por causa de uma coisa tão boba quanto a reputação de ambos. Fico feliz também em saber que vocês se tornaram bons amigos… vocês se tornaram amigos, certo? certo? Eu espero. Apesar de que, como um bom Minkey shipper, eu preferiria ver vocês se pegando pelos corredores dessa escola tediosa. E sim! Eu estudo com vocês, nossa! nossa! Na verdade, estou mais próximo do que imaginam e nunca irão descobrir, estou tão próximo que sei bem que seguiram meus passos (mais uma vez segue em anexo as provas. São lindas minhas fotos, não?) Bom, depois do nosso último desafio, vocês irão receber todas as senhas das minhas nuvens e poderão fazer o que quiser com o vídeo de vocês. E prometo que não tenho mais cópias, eu juro de dedinho.
Eu estou tão triste! ㅠㅠㅠㅠㅠㅠㅠㅠㅠㅠ
Minkey show To-do list 6: Se beijem romanticamente na chuva, assim como nos filmes que o Kibum gosta!
Ele estava sentado na arquibancada do campo de futebol. As pernas esticadas rente ao corpo, desprovido da camisa que estava enrolada na mão, devido ao suor e o calor de ter corrido tantas e tantas vezes pelo gramado. De longe, conseguia fitar a mochila com todas suas coisas, mas a preguiça pós-treino falava mais alto que tudo. Deveria ir para o vestiário, tomar um banho e seguir para as coisas que tinha que fazer. Mas não, estava na arquibancada, fugindo do sol forte, pensando nas últimas coisas que lhe vinham acontecendo.
Não que fosse estranho rejeitar uma garota – ele havia feito aquilo uma porção de vezes. Mas rejeitar a pobre Yunmi, pensando em como não queria que o Kibum ficasse chateado consigo por ter ficado com outra, parecia o cúmulo do absurdo. Aquele baixinho arisco estava tomando conta dos seus pensamentos de uma maneira incontrolável, deixando o atleta totalmente louco.
Um suspiro cansado acabou escapando de seus lábios e, batucando os dígitos sobre as coxas, se perguntava o que aconteceria depois que a lista de coisas para ele e o Key fazer chegasse ao fim. Ele não queria se afastar do garoto; estranhamente, a ideia de ter que voltar a sua rotina normal sem o menor na sua vida, parecia… Triste.
― Um absurdo! Uma puta falta de absurdo! ― O jogador olha para a parte de baixo da arquibancada, vendo um Kibum enfezado e vermelho, subindo enquanto resmungava com o ar e o mundo. Não muito longe, ele via os olhares curiosos de algumas pessoas ao redor do campo e, na pista de atletismo, os dois vinham recebendo muito disso desde que começaram a se falar na frente de todos abertamente.
― Boa tarde, Kibum! ― Riu baixinho, enquanto o outro se encarregava em lhe dar o dedo do meio, acabando por fazer o sorriso se tornar uma gargalhada.
― Boa tarde pra quem, idiota? Você viu a droga que teremos que fazer dessa vez?
― Não. Meu celular está na mochila e estou exausto demais para ir atrás dela. Qual o problema dessa vez? Você vai ter que entrar em campo comigo?
Ele ria só de imaginar a cena, mas quando não foi acompanhado pelo outro, que tinha os braços cruzados contra o corpo e o pé batendo raivoso no chão, logo parou.
― Não, otário. A gente vai ter que se beijar. Beijar. Eu. Você. Beijando.
Kibum sibila entredentes e Minho sente as borboletas em seu estômago se alvoroçarem em antecipação. Sinceramente, ele não estava nem um pouco avesso à ideia; se isso fosse há alguns dias, principalmente antes da festa na qual ele havia incitado o Kibum a ficar consigo, talvez Minho fosse fazer uma expressão de nojo e morrer. Mas agora, não. Choi Minho queria isso; na realidade, ele desejava isso há muito tempo, só que antes era covarde o suficiente para não se aceitar e aceitar o Kibum.
― Me deixa ver a mensagem. ― Ele pede, esticando a mão onde o outro coloca o aparelho celular. Minho segura o sorriso que queria partir seu rosto ao meio e lê a ideia do Minkey shipper com interesse. ― É uma pena que não esteja chovendo agora. – Ele suspira, olhando para o céu ensolarado.
― É mesmo. PERA, É O QUÊ?! NÓS NÃO VAMOS FAZER ISSO, MINHO!
― Por quê? Tá com medo de se apaixonar por mim, Kibum? ― Key não responde sua pergunta e, por alguns segundos, ele se enche de esperança. Minho também não dá muita chance de o outro ter qualquer reação a nada. Ele pega Kibum pelo pulso e o arrasta consigo arquibancada abaixo em direção ao campo. Seus companheiros de time ainda estão por lá, mas todos estão saindo do local para as laterais, porque os irrigadores estavam prestes a serem ligados. Eles andam até o ponto central e Minho para com o Key a sua frente; ele coloca as mãos nos ombros do menor, segurando-o no lugar, mas, na realidade, ele estava mesmo se apoiando com medo de cair para o tanto que suas pernas tremiam.
― O que você está fazendo? Por que estamos aqui?! ― Kibum pergunta e Minho sorri.
― Espero que você tenha roupas extras na mochila. ― Ele diz e, antes que Kibum possa perguntar por quê, os irrigadores são ligados, pontuais como sempre, e Minho puxa o menor até seus corpos estarem colados. Ele espera Kibum se afastar, mas não recebe resistência, então cola seus lábios carnudos nos finos do outro em um beijo casto – apenas um selinho. Os lábios de Kibum eram exatamente como se lembrava, doces e macios como veludo, e o beijo simples evolui para um beijo de língua, as mãos o menor indo para suas costas, e Minho leva as suas para os cabelos loiros do outro.
Quem quer fosse o tal Minkey shipper, eles precisavam agradecê-lo, pois já dizia o ditado: ódio e amor andam de mãos dadas.
― Puta que pariu, eles estão se beijando! ― Do outro lado do campo, dois adolescentes assistiam à cena romântica boquiabertos, juntamente com uma pequena multidão que estava se formando. ― Eu achei que eles fossem arregar. ― Jonghyun diz, olhando pra Woohyun em total estado de espanto.
― Você acha que aquilo é um beijo forçado por medo de revelarmos o vídeo, ou é outra coisa? ― O loiro pergunta ao amigo, mas não precisa responder. Key e Minho se afastam e o jogador de futebol puxa o menor para um abraço, deixando um beijo nos cabelos molhados, para logo em seguida saírem andando de cabeça erguida e mãos dadas.
― Minkey é real ― Woohyun diz, sorrindo e olhando para Jonghyun, que também sorri. ― Nós somos os shippers mais sortudos da história, nosso couple é real.
Eles fazem uma dancinha ridícula da vitória, totalmente alheios a um presidente de corpo estudantil totalmente enfezado atrás de ambos. Pode-se dizer que alguém dormiu na casa do cachorrinho logo após serem estraçalhados pela ira de Kim Kibum.
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Notas finais: Todos os agradecimentos a @Twomoons, que me aguentou chorando por causa do prazo, do tamanho ridículo dessa fic, e que me deu um caminho a seguir.
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Plot enviado: #275 - Kibum nunca admitiria ter ficado com ele naquela festa da faculdade. Infelizmente, existia um vídeo comprometedor pra provar.
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Não se esqueçam de comentar e fazer o autor feliz! (opção disponível na versão desktop do site)
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betada por: Mod N
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