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Colin sempre fora uma das pessoas mais amigáveis de sua casa, e talvez, da própria escola inteira. Não tinha problemas com quase ninguém, era amigo de uma grande parte dos alunos, e para ajudar, ainda fazia parte do time de quadribol de sua casa. Obviamente, era aquela pessoa que conseguia conversar com todos, e inclusive, parava no corredor para cumprimentar a maioria das pessoas, e era o que fazia naquele dia, vendo as diversas pessoas que passavam e conhecia. Assim que parara de conversar com um par de garotas da Corvinal, voltou a caminhar, poucos segundos antes de alguém esbarrar em si. Xingou baixinho, tendo um de seus livros indo para o chão, abaixando-se para pegá-lo antes de erguer os olhos e observar Ophelia. Novamente, era uma das pessoas com que conversava em Hogwarts. Era estranho, porém. A garota não parecia ser como o resto das pessoas, não parecia gostar de conversar com outros, e aquilo fazia com que Hopkins se sentisse especial de alguma forma. Abriu um sorriso, observando a amiga por alguns segundos. “Perdão, não quis esbarrar em você. Onde ‘cê tá indo com tanta pressa?”

Por alguns instantes, esfregou a lombar, que havia batido no chão. A voz de Colin a fez segurar o xingamento que viria a seguir, chamando a pessoa de coisas que poderiam ser consideradas bastante ofensivas. ❝ está tudo bem, colin. não precise se desculpar. ❞ admitiu, enquanto juntava seu livro do chão, junto da pena que havia caído um pouco mais para a frente.  ❝ uh, eu estou indo para a aula de transfiguração e bem, essa seria a segunda vez que eu chegaria atrasada na aula da professora mcgonall... ❞ deu de ombos, arrumando a sua gravata e olhando para ele, finalmente. mantinha os olhos baixos, pois manter contato visual não era bem o seu forte e fitar Colin a deixava desconfortável, apesar de que ele não lhe apresentava ameaças.  ❝ então, eu acho que vou indo. é, vou indo, sim. ❞ disse, arrumando seus objetos junto do corpo.

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Insuportável, era essa a palavra que vinha na mente de Ophelia quando ela imaginava sair do salão comunal de sua casa. As pessoas simplesmente não faziam o seu estilo, ter que aturar as imaturidades dos alunos sonserinos lhe estressavam. Era um ou outro que destoava esse grupo e, ainda assim, não poderia dizer que eram seus amigos. Amigos – coisa que ela fazia questão de não conservar. Era complicado deixar que as pessoas se aproximassem, até porque, compartilhar seus segredos mais profundos era como abrir o seu coração, e ela tinha medo. Toda a escuridão que havia dentro de si poderia ser revelada e nem mesmo teria como reverter o que aconteceria, caso tivesse um deslize sentimental. Droga, existia Colin. Ela não conseguia explicar o que tinha entre eles, fora uma tensão não-sexual, não tanto. Não se via entregue a ele nessa maneira (na romântica muito menos), mas dizer que era acolhedor saber que havia alguém com quem podia ser ela mesmo não era totalmente mentira. O conforto nunca lhe apeteceu, até conhece-lo. Estava correndo pelos corredores quando um dos monitores-chefe, sonserino, chamou a sua atenção, a fazendo olhar para trás, mas sem parar de correr, batendo bruscamente em alguém. ❝ merda, isso dói... ❞ @clnhxpkns