#with:adeline
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onde: proximidades de Noire com quem: @littlcswcn
Até aquela praia era um trajeto longo, mas majoritariamente descendente. Deixando para trás o local favorito dos insulados para o camping, lá no topo da montanha, Nantier havia seguido por mais três horas até a costa. Gostava muito das praias do norte da ilha, sempre mais quietas, mas essa... ele nem ao menos sabia se tinha nome. Separada por Noire por um costão, era minúscula, e era invisível, portanto perfeita. O sol já estava se aproximando do horizonte quando finalmente pisou os pés na areia grossa, de pedras negras. Com o rosto avermelhado pela quentura da fogueira e a touca cobrindo até abaixo das orelhas, tinha um ar quase infantil naquela cena, até que virou o olhar com atenção na direção do som. Um som novo. Não se movia como um animal, era alguém. A figura de Adeline surgiu cerca de um minuto depois, capturada pelos olhos escuros e fixos, avaliativos, à meia luz crepuscular. Que grande sorte ele tinha. Imaginou se ela pensava o mesmo, se via sua mochila enorme destacando-se acima da linha da areia enquanto o sol baixava tanto que era impossível enganar-se sobre ele ir a algum lugar naquele momento. “Eu cheguei primeiro, se você se recusa a dividir o espaço, a meia-volta é sempre uma opção”. Sem cumprimento ou introdução. Fora um alerta inédito. Nantier nunca havia se dirigido a palavra a ela, algo compreensível quando não era novidade para si o tanto que ela o evitava.
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